-Como assim tudo Alice?- Perguntou confusa, Bella.

-Bom, há muuuuuitas coisas que você deveria saber querida. – Disse Renée abraçando-a mais forte.

-Começando pelo motivo de sua mãe ficar separada de você!

-E qual foi mãe?

-Bom, não sei se você soube, mas seu pai, Charlie, tinha varias amantes...- Disse Renée triste.- Eu o amava e custava admitir que essa era minha realidade. Seus tios, Carlisle e Esme, vendo como eu me encontrava depressiva, me ajudaram me obrigando a ir em um psicólogo. Ele só confirmou a verdade o que todos sabíamos, eu estava em depressão. O psicólogo, me receitou remédios pra lá de fortes e também disse que eu deveria sair dessa situação...

“Quando eu disse ao seu pai que queria o divorcio, ele explodiu. Me ofendeu, ofendeu todos, e disse que se eu quisesse o divorcio, eu teria que desistir de você. Lógico, que eu não iria desistir de você minha fofa.”- Disse Renée sorrindo para Bella.

-Bom, mas, ainda não entendi porque você me deixou? Porque não foi a um tribunal? O juiz sempre da a guarda para a mãe...- Bella disse afobada.

-Calma. Já vou chegar nessa parte. Bom, como eu disse, insisti no divorcio e ele logo cedeu, pena que sua guarda não. Fomos ao tribunal pela sua guarda e...- Renée fungou alto.- ele tinha um argumento muito convincente, até mesmo eu, por um bom tempo acreditei que era o correto a ser feito...

-Qual argumento, mãe?- Perguntou Bella olhando o movimento no hotel e segurando as lagrimas.

- Minha depressão. Ele afirmou perante o juiz que eu tomava medicamentos fortes, e sofria de depressão, que a qualquer momento poderia feri-la ou pior. O juiz avaliou minha condição, não somente financeira mas também meu estado psíquico. Um medico lhe explicou os remédios exatamente os efeitos e tudo mais...

“E também, não havia como provar que se eu ficasse longe de Charlie, só me faria bem. Ele decidiu, por fim dar a guarda a Charlie, estabelecendo assim que eu não poderia ficar pelo menos duzentos metros próxima a você, porem isso só valia até você completar dezoito anos. “

“O juiz afirmou que eu não poderia me aproximar, mas que poderia ligar quando quisesse para saber sobre você. Nos primeiros anos, eu não ligava para Charlie, ligava para Esme, minha amiga. Ela até hoje me mantem antenada sobre você. A partir do dia que você começou a entender palavras, eu liguei diretamente na sua casa, porem quando Charlie se casou de novo, eles mudaram o numero de telefone, não passando nem mesmo para Esme ou Carlisle, pois afirmaram que não precisavam, afinal, são vizinhos.”

Nesse momento, não só Renée e Bella, como eu também já chorava. Triste saber que o homem que eu chamava de tio, respeitava e amava poderia causar tanta dor e desgraça assim. Eu  simplesmente fiquei atônita quando meus pais me contaram.

-Bom, agora, como você já deve ter percebido, isso tem dedo da Alice, não é mesmo?- Disse Renée rindo e abraçando a filha.

 É, finalmente titia pode dormir em paz, não é?

-Pois é, já percebi sim...- Disse me incluindo no abraço maternal.

-Bom... meus pais me contaram, - depois de toda pressão, mas isso fica em off.- e eu resolvi ajudar. Conversei com titia Íris e ela disse que me ajudava. – Disse eu, sorrindo amarelo.

-Ali...- Bella me fitou.- eu já disse o quanto te amo hoje?

-Não..

-Pois eu to dizendo agora.- E sorriu pra mim.

-Ooooownt. Eu também te amo Belinha.

-Aah poxa,  agora ofendeu, é nome de cachorro!- Disse irritada.