Marrying With The Devil escrita por Giihrsouza


Capítulo 6
Capítulo 5 - Quem é Isabella Swan?


Notas iniciais do capítulo

Amores meus! Terminei o capítulo agorinha e ele ta quentinho para dar a vocês esse presentão de natal... kkk. Espero que gostem. Boa leitura.



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Capítulo 5 – Quem é Isabella Swan?

Edward:

            Eu ainda olhava o travesseiro intacto e me lembrava da quase facada que tomei. Tudo isso só me relembrava dos horrores que ela me fez passar, dos dias no Resort e principalmente que agora eu estava casado com a oitava praga do Egito em pessoa!

            -Oras Edward, não é possível que até nisso você dê azar! Ao invés de pegar uma ninfomaníaca, você pega uma que literalmente mata na cama. – Emmett dissera quando apareceu para uma visita casual na manhã do atentado.

            Porém, o que não me saía da cabeça era que de alguma forma Bella realmente pareceu ceder, pareceu por um momento acreditar mesmo que iríamos nos relacionar intimamente ali. Sorri com a idiotice dela. Nem se eu fosse o pior dos masoquistas eu ousaria tal ato! Além do que mulher para mim tem que ter alguns atrativos que inexistem na Bella magricela.

            Enquanto tentava entender se realmente isso aconteceu abri a porta do banheiro. Assim que cheguei em frente ao vaso sanitário o puxei para cima e desabotoei e abaixei o zíper completamente no automático.

            -SE PENSA QUE VAI MIJAR ENQUANTO EU TOMO BANHO ESTÁ COMPLETAMENTE E IRREVOGAVELMENTE ENGANADO.

            Voltei a prestar atenção no mundo ao redor, e então ouvi a água caindo do chuveiro, e quando olhei para o lado lá estava a Swan tapando-se da melhor forma com as mãos e o vidro salpicado que não permitia nenhuma visão clara do corpo dela, felizmente.

            Sorri e voltei a minha atenção a meu objetivo inicial.

            -Somos casados, casais fazem esse tipo de coisa.

            -Devo lembrá-lo dos riscos de brincar com a pouca paciência que me resta, Cullen? – Bella esbravejou.

            Quando ameacei abaixar a boxer Bella enfiou-se para dentro do chuveiro novamente com uma rapidez incrível, ignorei-a e me aliviei sem me importar.

            -Juro que vai terminar esse casamento castrado, Cullen.

            -E o que fará com o Jr? Guardará de lembrança?

            Ela nada respondeu, assim que terminei acionei a descarga e me recompus enquanto saía rindo, de alguma forma irritá-la era um passatempo muito prazeroso, porém ainda havia a necessidade de algo a altura do que aconteceu comigo, eu nada sabia sobre Bella, não haviam diários ou qualquer outra bunginganga que revelasse algo sobre ela maior no quarto, bem o jeito era apelar.

            -Emmett, quer fazer uma coisa muito legal? – Perguntei a ele assim que ele atendeu ao celular.

Bella:

            Ignore, ignore, ignore...

            Era o que eu repetia mentalmente desde que o Cullen ousou invadir meu espaço pessoal daquela forma grotesca! Desliguei a água do chuveiro e me enrolei numa toalha, vasculhei o quarto antes de finalmente adentrá-lo e não o encontrei, talvez tivesse evaporado de uma vez por todas.

            Mas eu sabia que não teria essa sorte. O reflexo pálido da lua batia no meu closet aberto, um vestido de lantejoulas brilhou como se me chamasse a usá-lo, mas usá-lo em casa? Pensei em ligar para Alice mas aí lembrei de sua entrevista cedo para ingressar na faculdade de psicologia. Alice tinha um dom extraordinário com crianças e desejava trabalhar em prol das com problemas especiais, muita gente tem uma visão de uma garota fútil quando se trata dela, porém Allie é a pessoa mais caridosa e gentil que conheço.

            Por impulso peguei o vestido que brilhava, olhei para o espelho de corpo inteiro atrás de mim e cheguei a conclusão.Eu estava num casamento de mentira, com promessas de mentira então... Pra quê fidelidade? Me descobri ansiosa para sair, para ter a noite inteira só para mim e era isso que eu iria fazer!

[...]

            Miami à noite era uma verdadeira selva. É escolher seu objetivo na noite, que pode ir desde sexo fácil até uma noite romântica e pegar a avenida certa. A noite era um cardápio variado na cidade.

            Na garagem entrei em meu lindo Camaro, que tenho que admitir foi unicamente por causa do Bubble Bee do Transformers que ele é amarelo com duas linhas pretas, tenho um fraco por carros esporte e seus motores de incontáveis cavalos de potência. Claro que eu não pude deixar de observar que o Aston Martin Vanquish de Edward estava sumido. O que me deixou intrigada foi como que o filho da mãe conseguiu convencer uma empresa de porte internacional a fabricar um ÚNICO carro para ele.

            Claro que eu tinha minhas desconfianças. Dois nomes. Carlisle Cullen.

            Porém isso não importava, já estávamos fodidos mesmo! O cartão preto ardia contra o couro da minha bolsa, eu tinha acesso ilimitado para qualquer lugar e por isso quando liguei o GPS e busquei algum clube noturno fiquei indecisa. Por fim escolhi um que ainda não tinha tido a oportunidade de ir.

            Ao estacionar, vi a fila dobrava a esquina. Passei reto até o segurança que tomava notas de quem estava com a prancheta da área VIP, poucos estavam usando a pulseirinha dourada ali naquela segunda porta.

            -Pulseirinha? – O segurança muito alto com óculos escuros desnecessários para dar aquele ar de MIB, Homens de Preto, me abordou.

            -Não tenho.

            -Então não desperdice meu tempo.

            -Poderá perder o emprego se não der passagem para Bella Swan. – Falei convicta encarando-o. – Provavelmente você é novo na área, não é? Seu patrão sabe o que está fazendo agora?

            -Foi ordem dele barrar garotinhas como você que pensam que podem alguma coisa. E nunca se quer ouvi seu nome.

            Suspirei teatralmente e estiquei-me tentando ver lá dentro.

            -Quero falar com ele agora, ou armo o barraco aqui!

            O segurança metido a Will Smith abaixou os oclinhos muito pequenos para seu rosto largo e me encarou.

            -Dá no pé, garota.

            Bufei frustrada. Mas que bosta será  que Charlie não ia me ajudar nunca com essa bosta de sobrenome? Cruzei os braços firmemente contra meu peito e olhei para o lado, e então fingi a cara mais deslavada do mundo.

            -NOSSA AQUELE CANHÃO VINDO AQUI PUTA DA VIDA É SUA MULHER?

            O segurança me encarou e depois sem resistir dobrou-se um pouco para verificar o que eu falei. Me aproveitei e entrei na boate.

            -MENINA ENDIABRADA!  - O ouvi esbravejar.

            Mais do que rápido agarrei o primeiro cara que vi que me afastou bruscamente.

            -Ai garota nojenta, não sou do seu tipo não!

            Percebi subitamente que eu estava suja de gloss! Eca. Eca e eca.

            -Desculpe, achei que você era o Justin Biber! Sério morro por aquele moleque!

            -Eu heim, garota perturbada. Sou diva meu amor. Não um adolescente com problemas em engrossar a voz. – A bicha ia se afastando enquanto tagarelava sobre si.

            Olhei nas minhas mãos vitoriosa, a pulseira faiscou deliciosamente na minha mão. Me descabelei um bocado e borrei mais o gloss da diva no rosto, assim que achei um segurança interno comecei a atuar.

            -Moço! Olha que desastre.Fui atacada!

            -Atacada, madame? – Ele me olhou de cima em baixo.

            -É, e veja – Mostrei minha pulseira recém adquirida arrebentada. – Acabou que arrebentou.

            -Bom... – Ele pareceu não estar comprando meu papo.

            -Ah não! Você não acredita não é? Pois olha minha cara, meu filho. Acha mesmo que eu saio de casa desse jeito? Acha que eu tenho cara de biscatera? Ta bom, eu vou embora e faço questão de denunciar um abuso aqui que tenho certeza que vai manchar o nome dessa espelunca! Ainda mais quando souberem que eu fui até um segurança que nada fez.

            -E como vai provar que você procurou a segurança?

            Saquei meu Iphone e na hora o virei para a câmera e bati uma foto. Mostrei-o.

            -Puta que pariu. – Ele xingou.

            -Vai me ajudar a conseguir outra?

            Ele bufou e discutiu no rádio. Comecei a ficar impaciente, e vigiei o segurança da portaria que se espremia na galera atrás de mim.

            -O Sr Black decidiu conceder-lhe outra. – Ele disse. – Como é mesmo seu nome?

            Olhei na pulseirinha rapidamente e respondi sem pensar.

            -Keli MePegue.

            O segurança me inspecionou.

            -Nossa, essas cirurgias de mudança de sexo estão cada vez mais eficazes, você parece uma garota de colegial, Douglas. Deveria investir um pouco em silicone, ai ficaria mais tigresa.

            Ok. Não sei o que era mais frustrante. Primeiro: Ter lascado maior beijo em um traveco. Segundo: Receber uma cantada de um segurança gay. Terceiro: Realmente conseguir se passar por traveco.

            -Pois é... E a pulseirinha nova, rola ou não rola?

            -Claro, amor. Sobe por aquela escada lá e pode entrar sem bater, o Sr. Black já ta esperando.

            Ao passar pelo segurança senti minha bunda estalar com um tapa. O olhei incrédula e ele riu safado para mim. Ignore Bella, repeti mentalmente enquanto tentava ver se poderia esquecer todo o episódio de travesti ou se precisaria de terapia intensiva das bravas.

            Quando alcancei os degraus vi que o segurança MIB tinha me avistado e corri ainda mais, quando alcancei a sala da diretoria a abri rapidamente e fechei-a mais rápido ainda.

            Assim que recuperei o fôlego olhei para frente e o perdi novamente. O Sr Black não era nada do que eu esperava, seus cabelos eram negros como a noite curtos e espalhados para vários lados, relaxado e deliciosamente sexy, seus olhos muito negros me encaravam com clara descrença.

            -Ta de sacanagem! Se eu te visse lá fora juro que cogitava te pegar – Ele falou rindo um pouco. – A cirurgia foi um espetáculo, heim Douglas.

            -Po-ois é.

            Me amaldiçoei por gaguejar. E ele riu deliciosamente, senti minhas pernas fraquejarem um pouco.

            -Senta ai. Encontrou o Adam? Ele ta todo derretido com sua nova aparência.

            -Adam?

            -Puta que pariu! – Ele sacudiu a cabeça descrente. – Sério, achei que só os héteros fossem cafajestes. O segurança que você falou da pulseira. Ele ficou preocupado com você sendo agarrado por ai.

            -Desvantagens de ser uma diva. Eu acho. – Respondi da forma mais gay que consegui.

            O Sr Black me encarou mais atentamente, seu olhar caiu até minha virilha, fiquei vermelha na hora e joguei a bolsa ali, seus olhos foram para meu rosto e ele sorriu torto ao vê-lo rosado.

            Ele ia abrir a boca para dizer alguma coisa quando a porta foi aberta bruscamente.

            -JACOB MEU FOFO, FUI ASSALTADO! AINDA NEM VIREI A KELI MEPEGA E JÁ TEM GENTE ABUSANDO...

            O veado de cabelinho escorrido entrou na sala histérico e não demorou até bater os olhos em mim.

            -FOI ELA! ELA! BULINADORA DE VIADOS INFEFESOS!

            -Calma,Douglas. – Jacob disse suspirando. – Estava mesmo providenciando sua pulseira extra.

            O Jacob Gostoso Black então deu a bicha histérica uma nova, e despedindo-se dela. Me preparei para ir embora.

            -Não precisa mandar ninguém, vou embora dignamente. – Falei antes que ele dissesse alguma coisa.

            -Pode ficar ai, garota. – Jacob sentou-se novamente. – Sério, esperou mesmo que eu acreditasse que você era um travesti?

            Esperei sua cota de gargalhadas a minhas custas acabar e logo ele me olhou.

            -Veja, desde que meu pai me mandou tomar conta da boate que eu nunca vi um trambique tão bem feito, então saca só. – Ele pôs na mesa uma pulseira dourada. – Pode me falar seu nome?

            -Bella Swan. – Respondi ainda meio sem graça pelo flagra e por sua presença intimidante também.

            -Então, Bella Swan. – Ele me entregou após ter anotado meu nome na parte branca por baixo da pulseira. – Aqui está sua pulseirinha.

            Sorri e a prendi no pulso rapidamente.

            -Obrigada, Sr Black.

            -Que Sr que nada, me chame de Jacob, alias, de Jake.

            -Obrigada, Jake.

            De repente a noite pareceu muito mais interessante.

Edward:

            Ao melhor modo James Bond eu estacionei meu Vanquish pouco mais afastado da grande casa Swan, não achei mesmo que viesse um dia a querer pisar aqui, ainda mais depois de tudo que ocorreu. Porém agora era vital que eu conhecesse alguns detalhe da vida insignificante da Swan, para assim, executar algo realmente memorável contra ela.

            Alguns cômodos estavam apagados, pelo visto os criados estavam preparando-se para ir dormir.

            -Temos que descobrir como invadir o quarto da Swan. – Emmett revelou a informação óbvia apontando para o segundo andar.

            Evitei usar do sarcasmo, era de vital importância que meu irmão me ajudasse e, ainda que eu tivesse certeza que não iria ferir os sentimentos dele com um ‘Jura?’ daqueles bem irônicos optei por ocupar-me do mais importante. Como adquirir a informação.

            Comecei a caminhar entorno da mansão enquanto girava o aro dourado no meu dedo anelar, na verdade eu nem sei porque o usava, incomodava a beça. Mal tinha percebido que nossa movimentação atraiu a atenção de um vigia que passava pela calçada. Ele caminhava até nos em passos largos.

            -Senhores? Estão precisando de algo? – O vigia nos questionou.

            Emmett olhou para mim em busca de alguma resposta e felizmente minha mente trabalhou incrivelmente rápido.

            -Na verdade sim! Casei-me com Isabella Swan a pouco, mas não tive a oportunidade de vir a mansão, e sabe sou um marido apaixonado pela minha mulher. A irmã dela a chamou para vir aqui e eu resolvi vir atrás para fazer uma surpresa. Quero fazer uma serenata. Mas não faço idéia de qual janela ficar parado e cantar e tocar com meu irmão.

            O homem ajeitou o cinto da calça, provavelmente uma tentativa de demonstrar que pendurado ali tinha uma pistola e algemas.

            -E cadê os instrumentos?

            -Oras, no carro. – Apontei para o veículo. – Irá nos ajudar, bom senhor?

            O que o pobre vigia poderia argumentar mais? Fiz a minha cara mais deslavada com um sorrisinho em expectativa, podendo ser interpretado pelos dois lados, no meu caso em conseguir algo para usar contra a Swan, mas para o vigia um marido estupidamente apaixonado.

            -Ta... – Ele coçou a barba. – A sacada dos fundos é a dela. A da direita.

            -Obrigado mesmo senhor, - Depois me dirigi ao meu irmão - vamos manobrar o carro para melhorar o caminho e pegar os instrumentos, Emmett.

            -Pode deixar comigo.

            O vigia não se demorou, logo que Emmett posicionou o carro para mais perto, eu fui até o carro e quando vi que ele estava distante, tirei do porta malas uma daquelas escadas de mais de uma posição com mais de 3 metros de altura.

            Levamos ela até a sacada que o cara falou, montamos tudo e então me preparei para subir.

            -Emmett, desmonte a escada quando eu subir e espere meu sinal para remontá-la e assim poderemos sair daqui. Não demoro mais do que vinte minutos. Ouviu?

            -Não é tão legal bancar o Mucley enquanto você fica com o Diggy Vigarista.

            -Apenas tope o plano, Emmett, por favor!

            -Tudo bem, tudo bem! – Ele respondeu tristonho.

            Alcancei a sacada e assim que pus os pés ali Emmett começou a desmontar a escada e então com um clipe de papel abri a fechadura simples da sacada. Sorte a minha que eu aprendi com os nerds a arrombar portas.

            Deixei o devaneio de lado e me concentrei. Entrei em um quarto amplo e muito arrumado, com certeza não por ela. Bella nunca arrumava as coisas completamente, e olha que eu sei disso em pouco menos de uma semana morando de baixo do mesmo teto. Tive pena dos empregados que conviveram a vida toda com ela. Abri as gavetas da escrivaninha com estanhos estojos de desenho, dentro havia um caderno, peguei-o e o analisei.

            Haviam retratos de uma família com duas garotinhas e seus pais. Reconheci que as duas deveriam ser Alice e ela, e o pai nunca mudava, deveria ser Charlie. Mas a mulher mudava constantemente, uma era ruiva, outra loira. Os olhos verdes, sempre verdes, num tom parecido com o seu próprio, essa família tinha um cenário que mudava constantemente, ora uma metrópole atrás, ora um parque e havia uma com o aro da Disneylândia. A endiabrada desenhava bem. Tinha que reconhecer.

            Achei também alguns cadernos com contas e revistas de barcos, algumas páginas estavam marcadas e os motores circulados. Estava confuso e intrigado. Quem era Isabella Swan afinal?

            Andei mais um pouco, alguns bichos de pelúcia estavam sobre a cama, poucos títulos empilhados eram Best Sellers, como Harry Potter e poucos romances do Nicholas Sparks. Reparei que os livros da saga do bruxo londrino eram mais surrados. Abandonei a estante e passei a sua escrivaninha, vi um álbum fotográfico.

            As fotos mostravam o crescimento de Bella, Alice aparecia na maioria acompanhada de uma babá que mudava de fase em fase, Charlie raramente aparecia nas fotos, talvez as tenha tirado. O álbum era escasso, faltavam pedaços. Dos meses de idade de repente eram anos e depois adolescência. Tudo em menos de vinte fotos.

            Eu tinha certeza que havia algo estranho. Esme tinha pelo menos um milhão de fotos de mim pequeno, meu primeiro dentinho, meu primeiro passo. Ela me contou que foi depois do meu aniversário de um ano, eu acordei e de repente ela me chamou e eu levantei e comecei a caminhar, ela brinca que não conseguiu meu exato primeiro passo, mas registrou o segundo.

            Pelas poucas vezes que me interessei pela minha própria história me lembrava de a ter detalhada, e meu irmão não estava atrás. Talvez ele tivesse mais fotos inúteis e repetitivas do que eu mesmo, mas Esme me explicara que Emmett era um diabinho e que ela sempre passava algumas madrugadas se dedicando a meu álbum para que nada faltasse e lamenta que talvez não tenha chego aos 100% de eficiência. Mas eu nunca a culpei. Eu sempre amei minha mãe, até mesmo Carlisle, foi presente de mais em minha infância e se esforçou para manter isso na adolescência.

            Tivemos “a conversa” sobre sexo junto com ele e Esme...

            E no entanto, olhando o álbum escasso da Swan, eu descobri que era capaz de sentir algo além do ódio por ela.

            Eu era capaz de sentir pena.

            Andei mais e nada mudava, alguns posters do The Backstreet Boys estava na parede, e depois alguns do Guns’n Roses e Queens. Parece que ela teve a fase da adolescente histérica e depois adotou o rock clássico.

            A imagem de Bella em minha cabeça parecia estar criando várias pessoas ao mesmo tempo, e isso me confundia. Sentei-me na cama tentando absorver algo e moldar para uma vingança, era claro que todo aquele sarcasmo, aquele jeitão rude era para afastar as pessoas, uma auto defesa. Tem de haver um jeito de transpor sua maior arma.

            Não vi quanto tempo se passou, estava absorto demais nos meus pensamentos, foi quando tardiamente ouvi a porta ameaçar a ser aberta. Imediatamente me pus de pé.

            -Bella, está em casa? – Alice adentrava no quarto.

            Merda, merda e merda! Apaguei a luz e me joguei no chão e tentei mergulhar para de baixo da cama, porém minha cabeça estalou fortemente contra uma gaveta, ao que parece a cama da infeliz Swan era uma beliche.

            Juro que eu via estrelas agora.

            Me aproveitei do escuro ignorando minha cabeça para ir até a sacada, quase consegui, a luz se acendeu.

            -Edward?

            Olhei de relance para Alice e tive um susto! Infelizmente no lugar e hora errado, meu corpo pendeu para trás e eu cai com tudo na grama, juro que senti meus pulmões ameaçarem sair pela minha garganta.

            -Mulheres são assustadoras às vezes, principalmente quando dão na telha de imitar o Máscara! – Murmurei para mim mesmo enquanto recuperava o fôlego.

            -Edward, seu cabeção! Ta achando que voa? Porque não pediu a escada? – Emmett veio até mim me auxiliando, fomos para de baixo da sacada.

            -Oras, queria testar se o Tio Newton estava certo quanto a gravidade! – Ironizei fulo da vida. – Alice ameaçou me ver, né! E eu tomei um baita susto com ela. – Admiti.

            Emmett riu e eu tapei sua boca até que vi a luz apagar-se. E então sua risada trovejante ecoou.

            -Se assustando com mulher? Você não é meu irmão. – O Brutamontes comentou enquanto limpava uma lágrima.

            -Duvido que você também não se assustaria com o visual Hulk em miniatura que ela tava na cara.

            Enquanto Emmett ainda ria e esquecia nosso verdadeiro objetivo ali eu refletia ainda sobre as questões que importavam, me senti aliviado em deixar a mansão, quando Emmett tomou a auto estrada que nos levaria de volta ao centro eu pedi a ele que mudasse de direção.

            -E pra onde iremos? Rose me quer em casa cedo.

            -Me deixa num bar e ai pode ir bancar o babão em cima da sua garota da realeza.

Bella:

Meu corpo todo estava com uma fina camada de suor, a pista de dança estava fervendo e o ritmo das batidas apenas me instigava ainda mais para voltar para aonde eu estava e detonar com o que restava do meu joelho e do meu corpo.

-Me vê uma água. – Pedi ao barman

Enquanto esperava senti minha bolsa vibrar. Peguei meu Iphone e vi umas seis ligações perdidas da Alice. Mil coisas fizeram minha mente ferver em possibilidades. Alice fora assaltada. Alice fora seqüestrada. Alice fora estripada. Alice fora estuprada. Alice estava grávida. Alice tinha morrido.

Cheguei ao banheiro feminino e retornei a ligação, no segundo toque ela atendeu.

“Caralho Bella! Você é foda...”

Era raro Alice usar o meu vocabulário chulo para se expressar, algo então deve realmente ter acontecido. Esperei ela acabar e finalmente soltar algo que importasse, mas esse momento nunca chegava!

-Alice, por favor, deixe de me xingar até a sétima geração de palavrões e me diga o que aconteceu.

“Edward!”

-O que tem ele? Morreu? – Perguntei animada.

“Não, ele esteve aqui, eu tenho quase certeza.”

-Ai? Como assim ele esteve ai? Você quer dizer na mansão?

Franzi minha testa tentando raciocinar claramente, porém a musica alta do lado de fora e o banheiro movimentado de garotas indo e vindo em impediam de achar um motivo estúpido que fosse para o Cullen ir até a casa de Charlie, se bem acho que ainda que eu estivesse em um quarto sozinha eu não o acharia. Era ilógico.

-Me explica porque acha isso, direito.

“Sei lá, eu ouvi uns troços estranhos vindo do seu quarto. Achei até que você tinha saído do hotel e vindo até a mansão, mas ai quando acendi a luz eu o vi, eu acho...”

-Acha? Porra Alice! Ele foi ou não?

“Eu...Eu... Ai Bella! Estava escuro e foi muito rápido!”

-E se for assaltantes?

“Nem ouse me por medo a essa altura do campeonato! Já não consigo dormir.”

-Calma, Allie. – Suspirei. – Quer que eu vá para ai?

“Prefiro ir até você”

-Me encontre no hotel então.

Edward:

            Não era do meu feitio virar a noite em um balcão de bar, se Esme um dia desconfiasse com certeza iria arrancar meu fígado fora. O engraçado é que eu nem tinha bebido muito, apenas um wisky estava a minha frente, o segundo da noite toda, o gelo derretera e com certeza ele agora estava com gosto ruim.

            Dei ombros pra isso e pus tudo pra dentro, logo que paguei minha conta tratei de pegar um táxi e indiquei o endereço do hotel.

            Fora uma noite longa, mas que cada minuto arrastado era uma nova pergunta. Quem era Isabella Swan? Meus neurônios pediam arrego e decidi ceder, assim que cheguei ao hotel desci do táxi e não me dei ao trabalho de cumprimentar ninguém subi os andares pela escada, estava impaciente demais para o elevador.

Bella:

            Tínhamos acabado de acordar, nem sinal do Cullen. Alice não pareceu lembrar do episódio fantasmagórico com o vislumbre de Edward na minha sacada e eu também não voltei a fazer menção nele para lembrá-la, ao invés disso puxei-a para a sala enquanto saboreávamos cereal, eu tinha que contar a ela minha noite.

            -Allie, eu conheci um cara tudo de bom ontem!

            Alice teatralmente engasgou com o leite do cereal, não me ocupei em ir socorrê-la, em menos de um segundo ela me lançou uma enxurrada de perguntas, com certeza ela estava eufórica, eu nunca tinha se quer um dia me interessado em um cara em particular para falar isso a ela.

            -Para! Uma pergunta de cada vez! – Pedi alarmada, o ritmo de suas perguntas estava me deixando zonza.

            -Como ele é? – Allie perguntou veloz.

            -Ah, moreno, olhos negros como a noite, cabelo preto curtinho e bagunçado. Voz grossa e máscula. Musculoso...

            -Nome?

            -Jacob Black. Mas ele até me pediu para chamá-lo de Jake!

            -Espera, me conta sua noite do começo, como o conheceu?

            Contei toda a saga para ela, desde o segurança na porta até o triste episódio em que o segurança gay acreditou que eu fosse um traveco e me mandou subir para conhecer o Gostosão Black. Alice riu um bocado e eu a acompanhei, depois que passa todo mundo ri né!

            -Ai ele te deu a pulseirinha? Ele achou você um travesti?

            -Ele me deu a pulseirinha sim e não ele até riu de mim por ter achado que o enganara. Aii Alice ele é lindo! Temos que voltar na boate, eu vou roubar de novo e vou ser levada ser punida no verdadeiro paraíso!

            Alice riu da minha cara ainda mais.

            -Parece que gamou mesmo no cara. E eu achei que não fosse viver para presenciar isso.

            -Assim você soa como se eu fosse ficar sem casar com ninguém pelo resto da minha vida!

            -Mas do jeito que você ia sem se ater a ninguém, sem ter esse brilho nos olhos... Não seria difícil ter que ir no Natal visitar você e sua ninhada de gatos.

            Revirei os olhos. Alice riu mais ainda.

            -Ahh irmã! Isso merece uma comemoração! Vamos à Starbucks, por minha conta.

            -De graça – Me levantei disposta. – até injeção na testa, meu amor! Vamos lá.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Desculpem a demora mas eu tive um bloqueio filho da mãe e isso simplesmente atrasou minha vida toda. Deixei a Mandy [minha beta] louca. Refiz o capítulo duas vezes... e etc.
Que todos tenham tido um Natal abençoado pelo nosso Senhor, e como provavelmente não terminarei um capítulo a tempo de dar 'Feliz Ano Novo', deixe-me adiantar. UM FELIZ ANO NOVO CAMBADA!Temos até dia 21 de Dezembro do ano que vem pra fazer tudo!
Sacanagem.
Mas ignorando as besteiras, espero que tenham gostado do capítulo e comentem! Mereço presente de volta né? DEDOS NOS TECLADOS, CAMBAAADA!
Beeijs.