POV EDWARD

Subi rapidamente e me sentei esperando o jato decolar. Assim que estavamos no ar, ouvi a porta da cabine de comando abrir.

–Finalmente nos encontramos, agente Cullen.

Ergui os olhos vendo bem na minha frente.

–Quem é você? -Perguntei, me levantando e olhando de soslaio para minha arma em cima da mesa.

–Sou Caius. -Respondeu sorrindo.

–E o que você quer?

–Sua alma. Você matou metade da minha família incluindo meu filho. E agora, eu vou matar você.

Sua arma reluzia bem a frente de meus olhos, enquanto eu pensava em algum modo de conseguir distraí-lo e conseguir pegar a minha arma, que não estava muito longe de meu alcance.

–Sinto muito por isso, mas eles sequestraram minha namorada. Eu disse que teria consequências.

–Que se foda o que eles fizeram. Eles não a mataram.

–ELES ESTAVAM VENDENDO UMA GAROTA! -Gritei. -Tem idéia do quão sujo isso é?

–Tenho. E assim que te matar, vou atras da sua vagabunda e a venderei para o meu pior cliente. E manterei contato com ele, só pra saber se ele esta cuidando direitinho dela, como uma escrava sexual merece ser tratada, é claro.

Engoli em seco e respirei fundo. Eu sabia que ele não estava blefando, por isso mesmo precisava agir rápido.

–Pare de pensar em como vai escapar dessa. Porque, simplesmente, você não vai.

–Vai a merda.

–Não me provoque. Sou eu que estou segurando uma arma. -Ele balançou o revolver levemente.

Olhei para minha pistola que estava carregada e destravada em cima da mesa, bem perto. Então, sem pensar nas consequências, fui pra cima dela, mas não antes de ouvir o barulho do tiro e minha perna começar a arder me fazendo cair no chão.

–Seu inútil. -Caius esbravejou pegando minha arma e a jogando do outro lado do avião. -Espero que saiba nadar.

Dito isso ele foi até a cabine onde pude ver o piloto morto ao chão e abriu a pequena porta que tinha embaixo do avião e colocou um dos dois para-quedas e jogou o outro pela porta.

–Dê um “Olá” ao Diabo por mim. -Sorriu e tirou o avião do piloto automático e correu pulando pela porta.

O avião despencava no ar ao mesmo tempo que meu sangue ia para o chão do avião. Eu me sentia fraco, mas não podia desistir. Me apoiei na mesa para levantar e fui para a cabine tentar controlar o avião. Mesmo sabendo que podia ser tarde demais por estar tão perto do chão, eu sabia que as chances do avião cair e explodir eram enormes, mas a única coisa que me preocupava agora, era Bella.

POV NARRADOR

Assim que Caius pisou em Terra firme, soltou seu paraquedas e correu para o local onde tinha deixado seu carro. Fora um plano perfeito. Tinha perseguido o Cullen por dois dias e sabia de todos seus passos, desde a escola, até sua casa e sua próxima parada, a casa de sua namoradinha. Aquela garota ia desejar a morte, e era exatamente aquilo que Caius queria, causar sofrimento e dor em todos, para saberem como ele se sentia.

Estacionou o carro vendo algumas luzes do andar de cima acesas. Saiu do carro e foi até o porta malas o abrindo revelando um verdadeiro arcenal. Pegando sua arma favorita, uma R15, e voltando ao carro. Esperaria um pouco, até que todas as luzes estivessem apagadas.

1 hora depois

Fazia 10 minutos que todas as luzes foram apagadas, deixando a casa em completa escuridão. Caius saiu do carro sem fazer barulho e atravessou a rua e com a ajuda de seu pequeno kit de arrombamento, entrou na casa sem problemas, com sua arma em mãos, e perambulou pelo primeiro andar, não achando ninguém, apenas um pequeno cachorrinho que dormia em uma caminha de cachorros na sala, mas por mais sem coração que Caius fosse, ele adorava animais, sempre se lembrava de sua infância - que ainda era calma, ingênua, sem sangue escorrendo pelas mãos – e tinha 3 labradores em sua enorme mansão. Mas aquele não era o momento de lembrar de seus poucos momentos felizes e sim de se vingar.

O criminoso começou a subir, sorrateiramente, as escadas até chegar ao segundo andar, onde no corredor existiam apenas 4 portas. Uma delas meia aberta, mostrava uma pequena biblioteca, uma outra mostrava um quarto de um menino, porem estava vazio. As outras duas estava fechadas, uma era a dos pais de Bella e outra era o seu. Caius precisava entrar primeiro no dos pais, sem o irmão de Bella em casa, ficaria mais fácil para ele. Então entrou na ultima parte, agradecendo por ter acertado, nesse momento, puxou as algemas de seu bolso e a fita que prenderia a boca deles, sabia exatamente como pessoas desesperadas gostavam de gritar. Primeiro cutucou o pai, fazendo-o abrir o olhos e ameaçar gritar, mas Caius tampou sua boca e abaixou na altura de sua cabeça sussurrando:

–Cala a merda dessa boca, se você gritar, sua mulher morre. -Balançou a cabeça em direção a mulher que ressonava tranquila do outro lado da cama, e logo depois para a arma em sua mão.

O velho homem apenas assentiu e tentando controlar seus nervos levantou-se da cama. Caius o fez sentar e prendeu suas mãos contra o pé da cama, que era parafusado ao chão, e fechou sua boca com um pedaço de fita e repetiu toda a ação com a mulher, que deixava todo seu medo transparecer. Ambos os pais não tinham medo por suas vidas, e sim pela vida de sua filha, que deveria estar dormindo tranquila depois de toda sua viagem turbulenta para Paris. Nem faziam ideia de que aquele loiro que carregava um fuzil sabia tão bem quanto eles sobre a fatídica viagem.

Caius saiu do quarto sorrindo vitorioso, sentindo a glória inflar seu ego.

Abriu a porta com um chute tão forte que a fez quebrar, fazendo Bella pular na cama assustada.

–Mas o que... -Bella balbuciava enquanto acendia a luz do quarto. Arregalando os olhos ao enxergar o responsável por todo aquele barulho.

–Boa noite Isabella, sinto em lhe informar. Mas sua alma agora, é minha. Assim como a do seu namoradinho, ou melhor, ex. Já que provavelmente o corpo dele deve estar completamente em chamas agora.

Bella sentiu seus olhos marejarem ao mesmo tempo que seu coração perdia uma batida. Ela não queria acreditar, mas o loiro a sua frente parecia não mentir.