Mi Tormenta Favorita escrita por suuck_, Lee


Capítulo 9
Til the day you came




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PoV Dulce

Ter o ouvido cantar daquele jeito mexeu comigo de alguma forma. Não sabia que cantava tão bem, e por um momento senti que aqueles versos e ter ele me olhando queriam dizer alguma coisa. Mas pelo visto me enganei já que a musica era pra Megan.

_Tyler: No que esta pensando? – falou me tirando dos meus pensamentos.

_Dulce: Nada, só que vou ter que acordar cedo e to mega cansada – sorri disfarçando.

_Tyler: Já quer ir pra casa? Pensei em a gente fazer alguma coisa, talvez ouvir umas músicas no meu apartamento. – Musica? Como assim ouvir musica? A gente não acabou de sair de um show? Sei bem que musica ele quer ouvir HUUM’

_Dulce: Ah! Deixa pra uma próxima, eu realmente estou cansada e preciso da minha cama.

_Tyler: Hum... ta bom, então. – disse parecendo decepcionado.

O Tyler me levou até em casa e ao chegarmos ele abriu a porta do carro pra mim.

_Dulce: Brigada por me fazer companhia – sorri e lhe dei um beijo no rosto – A noite foi ótima. – me virei pra entrar no prédio, mas ele me puxou pela cintura e colocou umas das mãos no meu rosto.

_Tyler: De nada, mas tem que se despedir direito – disse e então me beijou. Aquele beijo foi mais cheio de desejo que o que havia me dado no show. Ele me apertava e puxava pra mais perto de si, se é que isso era possível, já estava ficando sem ar quando terminei o beijo e dei um passo pra trás.

_Dulce: Er... bom, boa noite – lhe dei um selinho e subi as escadas da portaria sem olhar pra ele. Entrei em casa sem fazer barulho e fui direto pro meu quarto. Tirei a roupa e tomei um banho rápido. Saí, me troquei e em seguida fui me deitar, eu realmente estava cansada e ainda teria aula no dia seguinte. Pequei no sono rápido e nem se quer parei pra pensar em tudo o que tinha acontecido naquele dia.

Acordei super cedo, estava um tempo estranho, com um pouco de chuva e um vento gelado, fui até o banheiro fiz minha higiene, voltei pro quarto e encontrei a Mai deitada na minha cama, ela estava com uma cara de curiosa, eu poderia imaginar o porque.

_Dulce: Bom dia – sorri enquanto abria meu guarda roupa e procurava algo quente.

_Maite: Bom dia – devolveu o sorriso – Me conta sobre a noite passada

_Dulce: Contar oque? – mostrei uma calça pra Mai

_Maite: Prefiro a outra – apontou – contar, oque aconteceu?

_Dulce: Nada demais – dei de ombros

_Maite: Tyler não te beijou? – curiosa

_Dulce: Sim, beijou – fiquei sem graça

_Maite: Agora sim estamos falando do mesmo Tyler que eu conheço – deu risada

_Anahi: Sobre oque estão falando? – entrou no meu quarto e logo se jogou na cama ao lado de Maite.

_Maite: Tyler – sorriu

_Anahi: Ah, Tyler! Eu vi ontem a Dul beijando ele – deu uma risadinha

_Maite: Huuuuuum – deu risada

_Dulce: Oque acham dessa roupa? – tentei tirar a tenção sobre mim e mostrei uma blusa e uma calça, pela cara das duas pude perceber que elas não gostaram. Voltei a procurar.

_Maite: Annie, Ucker te ligou ontem

Ao ouvir aquele nome, meu corpo estremeceu. As cenas da noite anterior veio na minha cabeça, o jeito que o Ucker me tratou a maneira como ele ficou bravo e diferente, o jeito que ele cantou. Tudo voltou a minha cabeça.

_Anahi: Hã? Que horas isso?

_Maite: Sei lá, era bem de madrugada. Eu queria ter não atendido – riu – Ele estava preocupado com você, essa foi à desculpa dele – deu de ombros

_Anahi: Comigo? – falou um pouco alto – Ele está bem?

_ Maite: Não sei, eu disse que você não tinha chegado, então ele perguntou da Dul – aumentou a voz pra falar o meu nome.

_Dulce: Hein? O que tem meu nome ai? – me virei rapidamente ao ouvir aquilo

_Maite: Ucker perguntou se você havia chegado, disse que não – sorriu – fiz mal? – falou de um jeito totalmente desconfiada.

_Dulce: Não – forcei um sorriso e voltei a olhar meu armário. Como assim ele ligou pra saber se eu havia chegado? Por um certo momento eu fiquei feliz com aquilo, sorri baixinho.

_Anahi: Depois falo com ele, vou ir trocar de roupa porque esse tempo já está me deixando mal humorada – saiu da cama num pulo e seguiu pro seu quarto. Mai continuou deitada por ali, ela estava meio estranha, desconfiada de algo, pude notar quando ela viu a minha reação. Eu poderia enganar várias pessoas ou pelo menos tentar, mais a minha prima eu não conseguia. Mai era esperta e me conhecia muito bem, estava apenas esperando ela perguntar sobre alguma coisa, mais por incrível que pareça ela apenas saiu da cama e caminhou em direção a sala. Continue procurando alguma roupa, encontrei uma bem básica, porém quente, me troquei e fui pra sala tomar café, como todos os dias a mesa estava cheia de coisa pra comer, eu não sabia por onde começar. Logo em seguida pegamos nossas coisas e fomos pra faculdade, chegamos no campus e estava aquela loucura, um monte de carro tentando uma bela vaga, desci rapidamente, eu não queria perder o começo da aula e muito menos tomar chuva, eu odiava chuva. Sai correndo em direção à entrada quando dei de cara com Ucker beijando uma menina. Eu não queria ter visto aquilo, de alguma forma aquela cena me afetou um pouco mais que deveria, tentei continuar a andar como se não tivesse visto nada, mais não resisti. Entrei na primeira sala que havia ali no corredor, ela estava vazia, me encostei na parede e abaixei a cabeça. Oque estava acontecendo comigo? Só porque o Ucker tentou me beijar novamente e cantou uma música que eu quase acreditei que fosse pra mim eu estou nesse estado. Tentei me recompor e seguir o meu caminho, quando fui abrir a porta da sala dei de cara com ele.

_Ucker: Bom dia – falou um pouco sério demais, ele estava novamente estranho

_Dulce: Oi – tentei sair mais Ucker segurou meu braço, me virei rapidamente e encontrei os olhos dele cravados em mim.

_Ucker: Você está bem? – parecia preocupado

_Dulce: Sim, estou – me soltei dele – Porque?

_Ucker: Não gosto daquele Tyler – passou a mão no cabelo

_Dulce: O que diabos há entre vocês dois? Ele não gosta de você e você não gosta dele, vocês não acham que eu mereço uma explicação sobre isso? – eu literalmente explodi, dentro daquela sala só podia ouvir os meus gritos.

Ucker apenas riu da situação, eu odiava tanto quando ele fazia isso, eu falando sério e ele levanto tudo na brincadeira. Eu queria socar ele ou causar qualquer tipo de hematoma nele.

_Dulce: Está rindo de quê? – fechei a cara

_Ucker: Você

_Dulce: Ah, isso está virando rotina né? Vou indo – me virei pra ir pro corredor mais novamente Ucker me segurou pelo braço, caramba, ela não sabia que isso machucava?

_Ucker: Desculpa – sorriu – É que você fica engraçada quando está brava, suas bochechas ficam vermelhas e isso me faz rir.

_Dulce: Ótimo, virei uma palhaça pra você. Legal – revirei os olhos

_Ucker: Não é isso. Eu acho que você fica bem bonita quando está brava – sorriu gentilmente pra mim. Que droga, ele tinha vários e vários humores juntos, eu não conseguia acompanhar aquela mudança.

_Dulce: Hum – segurei a mão dele e retirei do meu braço – Você tem que parar de fazer isso, logo eu vou estar roxa. – brinquei pra tentar quebrar aquele clima estranho, mais acho que não fui bem suficiente – Você me ligou ontem.

_Ucker: Eu? Ah não, não liguei, eu queria falar com a minha irmã – se assustou e começou a falar rapidamente

_Dulce: Calma – eu ri, aquilo tinha sido engraçado – relaxa – sorri

_Ucker: Hum – riu sem graça – Bom, vou indo. Tenho uma aula pra dar – passou por perto de mim mais rapidamente parou no meio do corredor e me encarou – Eu adoro deixar você brava, você fica linda assim – deu uma risada totalmente encantadora e saiu andando.

Caramba! É isso mesmo que eu ouvi ele dizer? Que ele me estressa apenas por sacanagem? Eu não acreditava nisso! Alias, acreditava, isso era bem Ucker. Eu não consegui não sorrir com aquele momento.

Estava saindo da classe quando dei uma trombada enorme com Christian, ele era um fofo. No mesmo momento que ele viu minhas coisas caindo no chão se desesperou.

_Dulce: Calma Chris – sorri

_Chris: Desculpa Dul, não te vi. Sério

_Dulce: Ok, vamos respirar – segurei suas mãos

_Chris: Me sinto melhor – deu risada – Pra onde está indo moça bonita?

_Dulce: Preciso comer alguma coisa com uma certa urgência, o café da manhã evaporou do meu estomago – sorri

_Chris: Portanto estamos indo pro mesmo caminho, eu preciso comer a cada 2 horas pra manter esse corpinho – riu – Posso te levar até lá? – me estendeu o braço, como um perfeito cavalheiro, eu ri, Chris era muito bobo mais fazia a gente se sentir ótima.

_Dulce: Mais é claro – agarrei no braço dele e caminhamos

_Chris: Me conta, oque tem feito de bom? Como está o Tyler? – riu

_Dulce: Nossa, as noticias correm por aqui – ri – Está tudo bem, porque? – fiquei curiosa com aquela pergunta, será que o Ucker pediu pra ele tirar informações de mim?

_Chris: Correm sim – deu risada

_Dulce: Vem cá, desde de quando o Ucker sabe cantar?

_Chris: Você viu o mini showzinho dele né? – gargalhou – ele sabe cantar a muito tempo, tem muita coisa que você não sabe

_Dulce: Estou notando isso – ri

Passamos por todo o refeitório, encontramos algum lugar pra sentar. Chris era um fofo, foi até pegar meu almoço.

Ele se sentou ao meu lado e ficamos conversando e rindo muito, com ele era assim o tempo todo. Quando a gente ia começar a recolher as coisas eu me levantei rapidamente e senti uma coisa meio estranha, uma tontura. Chris no mesmo tempo estava do meu lado, me segurando pela cintura.

_Chris: Tudo bem? – preocupado

_Dulce: Sim – fiquei sem jeito – Acho que passei mais tempo sem comer do que eu imaginava – comecei a me recompor

_Chris: Eu também acho, você de morena caiu pra branca – gargalhou

_Dulce: Pode me soltar, eu estou bem agora – sorri

_Chris: Que isso, estou bem assim – brincou

_Tyler: Alguma coisa acontecendo por aqui? – parou na minha frente

_Dulce: Nada – sorri

_Tyler: Não parece muito bem ser nada – encarou Chris

_Dulce: Já disse não é nada – peguei minha bolsa e material e parei de frente com Tyler – vamos?

_Tyler: Vamos – continuou encarando o Chris

_Chris: Que foi? – pegou a mochila e jogou nas costas – perdeu algo?

_Tyler: Sim! – ele quis ir pra cima do Chris mais o segurei

_Dulce: Ok, porque esta fazendo isso? – encarei ele

_Tyler: Ele estava com as mãos em você – me observou

_Chris: Detalhe, ela estava passando mal.

_Dulce: Sim, eu estava. Agora vamos – peguei na mão de Tyler e sai andando

_Chris: Tchau pra vocês – deu uma risadinha

_Dulce: Tchau Chris – sorri de volta

_Tyler: Eu não gosto dele

_Dulce: Ultimamente você não gosta de ninguém - resmunguei e me sentei no banco que havia por perto

_Tyler: Desculpa, esses caras daqui ficam de olho em você e isso realmente me irrita!

_Dulce: Hum

_Tyler: Dul – se sentou ao meu lado – desculpa ok? – pegou no meu rosto

_Dulce: Tudo bem, já passou, mais não gosto que trate meus amigos assim

_Tyler: Vou melhorar – se aproximou de mim e me beijou, oque parecia ser um beijo rápido logo se transformou em algo quente. Tyler colou o meu corpo no dele, suas mãos percorriam meus braços, sua boca simplesmente explorava a minha.

_Ucker: Dulce? – limpou a garganta pra chamar atenção

Parei o beijo e olhei pra cima e vi Ucker parado ali, nos encarando.

_Dulce: Oi – fiquei totalmente sem jeito

_Tyler: Mais que saco, você atrapalhando de novo? – se irritou

Ucker riu debochado

_Ucker: Te espero na sala daqui a 5 minutos, temos aula – me encarou e saiu andando

_Dulce: Já estou indo – comecei a juntar minhas coisas, mais Tyler me segurou querendo voltar aonde paramos – Tyler, tenho que ir – falei entre os beijos

_Tyler: Fica comigo, deixa ele pra lá – beijou meu pescoço

_Dulce: Não posso, eu vou ser reprovada.

_Tyler: Ah – parou de repente – Melhor ir então, nos vemos mais tarde pode ser?

_Dulce: Sim, pode – sorri e dei um beijo nele e sai andando.

_Ucker: Está atrasada – ele estava sentado no piano tocando algumas notas

_Dulce: Não estou – joguei minhas coisas na cadeira e caminhei até o piano – Licença?

Ele se afastou um pouco pro lado me dando espaço pra sentar – O que vamos fazer hoje? – perguntei enquanto eu começava a mexer nas teclas

_Ucker: Você toca e eu observo – sorriu irônico

_Dulce: Que piada hilária! – fingi rir – Agora fala sério

_Ucker: Estou falando sério – saiu do meu lado e se sentou na cadeira de frente comigo, eu quero ver você tocar – sorriu.

_Dulce: Não está brincando?

_Ucker: Nem um pouco – levantou a sobrancelha – Pareço estar brincando?

_Dulce: Não – bufei e voltei a encarar o piano – Sabe que esse lance de ser o centro das atenções é com você e não comigo, ok?

_Ucker: Que isso – gargalhou – Uma coisa não tem nada haver com a outra

_Dulce: Lógico que tem,  você consegue ser o centro e eu apenas fico no canto – ri

_Ucker: Para de se diminuir, não é legal – me encarou – Deixa eu perguntar, gostou do show de ontem?

_Dulce: Claro!

_Ucker: Qual música você mais gostou? – curioso

Ai caramba! Ele não estava fazendo isso! Como eu iria dizer pra ele que eu amei a música que ele tocou? Seria muito estranho da minha parte.

_Ucker: Deixa eu adivinhar. Half Of My Heart?

Eu ri

_Ucker: Que foi?

_Dulce: Seu ego chegou ao céu nesse momento

_Ucker: Ah – riu sem jeito – mais é sério, gostou ou não de Half Of My Heart?

_Dulce: Gostei sim - encarei ele

_Ucker: Então toque ela – sorriu como se fosse muito fácil, tocar.

_Dulce: Hum

_Ucker: Eu te ajudo, te passo as notas e você toca pra mim, fácil – voltou a se sentar ao meu lado e começou a me mostrar todas as notas, do jeito que ele tocava e sabia tocar parecia bem fácil. Não acredito que iria me arriscar dessa forma! – sua vez Dul – sorriu

Me preparei, fechei os olhos pra tentar rever todas as notas daquela música, eu estava tremendo de nervoso, odiava ser o centro de atenção, odiava ver todo mundo me encarando.

_Ucker: Respira – sorriu e colocou suas mãos em cima das minhas

_Dulce: Estou tentando – respirei mais forte

_Ucker: Pronta? – falou baixinho no meu ouvido, como eu odiava aquilo!

_Dulce: Sim – abri os olhos

http://www.youtube.com/watch?v=758s0P612pc

_Ucker: Você está tocando – deu risada

_Dulce: Não me atrapalhe – ri

Eu estava tentando me concentrar, tentando me manter focada, mais era impossível. Ele não me deixava ter essa concentração toda, cada vez que eu respirava eu sentia o perfume dele e as cenas da noite anterior e de todo o resto vinha na minha cabeça de uma forma totalmente absurda.

Eu realmente estava adorando aquelas aulas, aqueles momentos só nosso, eu sei que deveria me lembrar da primeira noite que tive com ele, o quão idiota ele foi, mais eu não conseguia, parecia que quanto mais tempo eu passava com ele, mais eu conhecia ele.

Quando eu achava que tudo não poderia piorar minha concentração ele começou a cantar baixinho.

I was born in the arms of imaginary friends

(Eu nasci nos braços de amigos imaginários)

Free to roam, made a home out of everywhere I've been

(Livre para andar sem rumo, fiz um lar de todos os lugares onde estive)

Then you come crashing in

(Então você chegou abalando tudo)

Like the realest thing

(Como a coisa mais real do mundo)

Trying my best to understand all that your love can bring

(E eu tentando o melhor que posso para entender tudo o que seu amor pode proporcionar)

O som daquela voz penetrava no meu ouvido me fazendo estremecer toda. Ele havia cantado essa música, mais eu estava tão longe e havia tanto barulho que não pude notar o quão bem ele cantava. Sua voz era rouca e grossa, eu estava delirando naquele momento. Por um instante eu me distrai e acabei errando algumas notas.

_Ucker: Calma – riu – de novo

_Dulce: Eu acho que já chega – tentei me levantar mais eu logo senti as mãos dele cravada na minha cintura, me fazendo voltar a sentar.

_Ucker: Ainda não – sorriu – de novo, Dulce! – ordenou

_Dulce: Saco – resmunguei baixinho, mais garanto que ele ouviu porque logo em seguida deu uma risada gostosa. Voltei a tocar e ele a cantar.

_Ucker: Canta essa parte! – pediu

_Dulce: Te odeio Christopher! – eu estava puta da vida com aquela situação

_Ucker: Eu sei – gargalhou

Não pensei duas vezes e comecei a cantar, no inicio eu estava sem graça e minha voz quase não saia mais logo comecei a gostar da ideia, a voz dele acompanhava a minha, fazia uma total sincronia.

I was made to believe I'd never love somebody else

(Eu fui feito para acreditar que nunca amaria ninguém)

I made a plan, stayed the man who can only love himself

(Meu plano era continuar sendo o homem que só consegue amar a si mesmo)

Lonely was the song I sang

(Solitária era a canção que eu cantava)

Quase no final da música eu percebi que ele me encarava, virei a cabeça não sabendo oque estava fazendo e vi seus olhos castanhos mergulhados em mim. Uma de suas mãos estavam na minha perna, apertando levemente. Ah como eu odiava ele!

Por incrível que pareça eu estava tocando sem olhar pras teclas, estava apenas deixando me levar, mais aquilo não durou muito. Eu acabei errando as notas  e ele riu, no ultimo estrofe da música ele se aproximou de mim e cantou enquanto me olhava e me acariciava.

'Til the day you came

(Até o dia em que você apareceu)

 Showing me a another way and all that my love can bring

(Me mostrando outra perspectiva e tudo o que meu amor pode proporcionar)

Foi naquela hora que eu errei, me perdi por completo na música, ele percebeu e começou a rir, ele sabia o efeito que ele tinha sobre mim. Odiava o fato de não conseguir esconder isso. Sua mão estava apertando minha perna, a outra mão estava indo pra minhas costas, sua boca estava se aproximando da minha, eu já podia sentir o hálito fresco e gostoso dele. Meu deus, como eu saio daqui?

De repente, num simples gesto eu vi ele me beijando, foi apenas um selinho demorado, logo ele recuou, acho que estava esperando que eu lhe desse algum tapa ou xingasse, mais eu não consegui, eu queria espancar ele mais não conseguia.

Quando me deparei, eu vi minhas mãos no pescoço dele, puxando ele pra mim, colei nossos lábios com uma fúria terrível, uma força sobrenatural. Eu abri um pouco a boca pra deixar acontecer, eu queria sentir ele.

Parece que ele havia entendido e gostou da ideia, eu podia imaginar ele sorrindo daquele jeito totalmente debochado e irritante que tanto me tirava do sério. Ele me puxou pra mais perto e nossos beijos de simples começou a se tornar algo grande! Mais nos afastamos imediatamente quando ouvimos uma voz atrás de nós.

__Prof. Michel: Vejo uma evolução por aqui – entrou na sala não se importando com nada que havia visto por ali

_Ucker: Professor – limpou a boca e ficou totalmente sem jeito, eu fiquei quietinha atrás dele.

_Prof. Michel: Quanta evolução meu caro Ucker. Eu ouvi a maneira como a Dulce está tocando e simplesmente fiquei maravilhado – sorriu em minha direção, mais eu estava tão sem graça que não consegui nem sorrir de volta.

_Ucker: Sim, é uma grande evolução – se levantou

_Prof. Michel: Podem continuar, eu vim aqui apenas pegar algumas cifras pra minha próxima aula. Desculpa se eu atrapalhei algo – caminhou até a porta

_Ucker: Tudo bem – ficou mais sem jeito ainda, eu podia ver as bochechas dele ficarem vermelhas. Estava tão fofo, jamais vi ele dessa forma.

_Prof. Michel: Até mais – mexeu a cabeça pra mim em forma de até logo e saiu pro corredor, Ucker apoio as duas mãos na porta e começou a rir. Ele estava nervoso com a situação, eu também estava. Fiquei sentada no piano, mexendo as pernas numa forma de nervoso. E agora? Oque iria acontecer?

Ele se virou e me encarou, seu olhar estava diferente mais uma vez, mordi o lábio e desviei o olhar.

_Ucker: Hum, desculpa por ter te beijando – gaguejou um pouco – Foi errado – continuo parado perto da porta

_Dulce: Sério mesmo que acha isso? – me assustei com oque ele falou

_Ucker: Sim! Eu tenho .. hum – engoliu – namorada – coçou a cabeça

_Dulce: Megan! – suspirei

_Ucker: Exatamente – colocou as mãos no bolso – E você tem o Tyler

Eu não podia acreditar naquilo! Mais uma vez eu fui a boba na mãos dele, minha cabeça pareceu pesar uma tonelada de tanta raiva que eu estava sentindo, minhas mãos estavam suando frio.

Me levantei, peguei minhas coisas e caminhei em direção a porta mais parei e o encarei.

_Dulce: Parece que mais uma vez, eu fui a sua bobinha né – meus olhos já estavam cheio de lágrima, eu podia sentir as elas brotando.

_Ucker: Não, não é isso – desviou o olhar

_Dulce: Olha, nunca mais toque em mim novamente ok? Eu só vou fazer essa maldita aula com você porque eu não quero reprovar, eu não posso reprovar. Mais daqui pra frente, não olhe pra mim, nunca mais. Você vai me fazer um favor.

_Ucker: Dulce – me segurou – Não é isso, você não sabe de nada – falou um pouco alto

_Dulce: Sim, eu sei! Eu sei que eu sou uma boba nessa historia, que você pode chegar assim do nada, me beijar e logo depois me chutar, já vi isso acontecer e simplesmente não quero mais isso. Prefiro me manter distante de você Ucker.

_Ucker: Dulce, não fala isso, ok? – pediu baixinho

_Dulce: Porque não Christopher? Eu sou uma trouxa aqui! – gritei

_Ucker: Você não é, eu sou muito confuso pra você. Você merece o Tyler do que a mim

_Dulce: Você está me jogando agora pro Tyler? Até ontem você o odiava!

_Ucker: Ainda o odeio, mais entre ele e eu pra te fazer feliz, escolho ele – me encarou

_Dulce: Hum, então está bem. Agora me solta e me deixe ir

Ele continou imóvel e me segurando

_Dulce: Estou falando sério – puxei meu braço com força das mãos dele – Espero que algum dia, você cresça.

Sai da sala pisando firme no chão, ele me irritava profundamente!


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Notas finais do capítulo

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