Um mês havia se passado e apesar do acordo correr como os planos de Claus, Sarah sempre encontrava uma forma de perturbá-lo, ou irritá-lo, mesmo não querendo assumir, ela já começava a descobrir que o sentimento de raiva não era tudo o que sentia.

Sentadas em um banco no jardim real, Sarah conversava animadamente com a Rainha Francis, tornaram-se muito amigas após a partida do irmão da princesa dois dias depois de seu aniversario, os preparativos para o aniversario de Claus estavam se aproximando e a ansiedade da rainha deixava a todos eufóricos, principalmente Sarah ao qual estava encarregada de praticamente tudo, na manha do mesmo dia havia discutido com o noivo por motivos banais.

-        Nada de mascaras. – disse Francis olhando o papel em suas mãos – Seu aniversario foi magnífico, minha querida, mas não desejo roubar sua inspiração.

-        Obrigada, mas acho que algo mais masculino caia bem nesse caso. – disse a jovem olhando o horizonte – Preciso ir.

-        Para onde, minha querida? – perguntou a senhora tocando suas mãos.

-        Vou ver as crianças no orfanato, o padre havia me pedido para fazer uma visita a eles. – disse ela sorrindo.

-        Então, vá. Gostaria de te acompanhar, mas tenho muita coisa a se fazer. – disse a rainha sorrindo.

Sarah caminhou para fora do jardim segurando a barra do vestido, a carruagem esperava na estrada do castelo, Forrs parado ao lado do cavalo branco conversava com Claus animadamente, uma coisa estranha de se ver aos olhos da princesa. Parando em frente aos dois, Sarah pediu para Forrs lhe abrir a porta, e como bom servente e amigo o jovem abriu para a dama sorrindo feliz.

-        Não pretende falar comigo? – disse Claus sorrindo.

-        Forrs me leve para o orfanato, às crianças me esperam. – disse ela ao amigo quando entrou.

-        Pretende me deixar de castigo por reclamar das flores? – riu Claus sentando-se ao seu lado.

-        Desça da carruagem agora! – ordenou a princesa olhando a janela.

-        Por que não conversamos no caminho? – perguntou quando a carruagem começou a se mover – Onde estamos indo?

-        Não te interessa. – respondeu ela abrindo a janela.

-        Ficas brava comigo por não gostar de flores rosa para o meu aniversario, oras Sarah acha que um homem deve ter flores no aniversario de vinte anos? – zombou ele rindo alto.

-         Idiota! – sussurrou ela em russo.

-        Sei que não me elogiou. – riu novamente – Diga o que pensa, estou disposto a escutar, vamos nos casar preciso saber como é minha futura esposa.

-        Penso que não gostaria de me atrasar para a visita às crianças. – disse ela encarando-o – Penso que nunca deveria ter aceitado o acordo contigo, penso que não deveria ter aceitado meu irmão trocar meu noivo, penso em ter morrido quando disse sim a ti.

-        Ó isso magoou! – brincou sorrindo – O beijo que demos na ultima semana não constou como “não gostaria”.

-        Deslizes que não pretendo cometer novamente. – reclamou Sarah sorrindo – Aposto que Charles seria um cavalheiro e respeitaria uma dama.

-        Ele... – começou Claus quando a carruagem parou.

-        Chegamos Sarah. – disse Forrs abrindo-lhe a porta.

-        Obrigada! – disse sorrindo enquanto descia.

O orfanato estava calmo, as crianças ansiavam pela visita da princesa, Sarah por sua vez gostaria que Claus estivesse longe enquanto estava ali com os órfãos, encontrando o padre a contar historias para os pequenos, quando a viram todos correram para abraçá-la, o que surpreendeu ao príncipe parado ao seu lado.

-        Olá crianças! – disse ela animada.

-        Nunca pensei em vê-lo aqui, príncipe Claus. – disse o padre Jorge sorrindo – Mas como sua noiva está empenhada em ajudar a paróquia com o orfanato.

-        Sarah vem aqui praticamente todos os dias. – disse Forrs ajudando a princesa a se levantar.

-        As crianças precisam de mim. – disse ela pegando um pequeno no colo – Não é mesmo Fred?

-        Claro! Vamos tem uma historia nova para você contar. – disse o garoto de cinco anos – Tem um homem te esperando.

-        Homem? – repetiu a princesa curiosa.

-        Sim, tal Conde Hammter... – reclamou o menino confuso.

-        Conde Timothy Hammter? – sussurrou Sarah sorrindo abismada.

-        Sim, esse jovem venho lhe procurar ainda cedo, está com Marty cantando. – disse o padre sorrindo – Me parece uma boa pessoa.

-        Ele é. – completou ela sorrindo – Onde se encontra?

-        No pátio. – sorriu Jorge caminhando para lá.

Sarah caminhou com entusiasmada seguida do noivo, que acompanhava desconfiado a morena de olhos claros, tanta alegria para reencontrar um homem não era o que se esperava de uma princesa seria e fria que Sarah aparentava ser, e Claus deveria conhecer esse Conde Hammter, seria ele um rival?