Acontecimentos II escrita por Rdxsan


Capítulo 4
Capítulo 04 - Esse mordomo, poesia.


Notas iniciais do capítulo

Quarto capítulo da fic.
Realmente demorei para fazer esse capítulo, não sabia qual seria a base dos poemas... xD
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172231/chapter/4

Claude POV On

- Ah... aquele homem, nós o deixamos no trem... - Ciel diz.

- Não há problema nenhum... ele é suspeito de sequestrar várias garotas da minha idade... se o deixamos no trem, as pessoas vão reconhecê-lo e mandá-lo para a prisão. - Jessica diz.

- Mas ainda quero saber o motivo... dele estar querendo fazer aquilo com você, Jessica... - Alois diz.

- ...Ele... queria me estuprar... ele sequestra garotas da minha idade e as mantém na casa dele, e depois as mata... ele fez a mesma coisa com uma das minhas amigas, só que eu tinha conseguido fugir, mas dias depois ele me reconheceu e veio atrás de mim... eu tive de usar o dinheiro que era pra eu usar para comer para pagar a passagem daquele trem, mas ele também entrou... e eu fiquei correndo por todo o trem, passando vergonha, pois todos estavam me olhando, mas nada me importava naquela hora. Eu só queria fugir daquele homem... e foi quando eu caí em cima de você... Conde Ciel Phantomhive... mas foi sem querer, me perdoe... - Jessica se explica.

- Na verdade eu que tenho de me desculpar. Perdoe-me pelo comportamento rude naquele momento, eu não sabia que você estava passando por tudo isso... - Ciel diz.

- Bem, vamos entrar? - Alois pergunta.

Todos nós entramos e Jessica fica fascinada com a entrada da mansão.

- Q-que lindo... - Jessica diz.

- Bem, para ser melhor ainda, o jantar será no jardim. Ciel, terei que pedir ao seu mordomo que... faça o jantar de hoje. - Alois diz.

- Por que, Mestre? - pergunto.

- Você tem de redecorar o meu quarto e o de Jessica, que será do lado do meu. E também guardar as nossas roupas. Faça isso rápido. - Alois diz.

Ajoelho-me.

- Sim, vossa Alteza. - digo.

- Senhor Sebastian, você se importa com isso...? De fazer o jantar...? - Alois pergunta.

- Claro que não, Conde Trancy. Como você é o dono, diga-me o que quer para o jantar de hoje. - Sebastian diz.

- Bem, hoje, Claude preparou carne de soja especial ao molho de ervas com laranja, arroz e salada de alface com hortelã e menta, e chá de rosas... faça isso. E de sobremesa, torta de uva com framboesa e hortelã. - Alois diz.

- Conde Trancy... perdoe-me dizer isso, mas não acha meio indelicado falar isso tão calmamente...? Ele é meu mordomo... - Ciel diz.

- Perdoe-me Ciel. Peço-lhe educadamente a sua autorização. - Alois diz.

- Tudo bem, então, Sebastian, faça. - Ciel diz.

- Sim, meu Lorde. - diz Sebastian, ajoelhado.

Sigo para o quarto de meu Mestre, deixo as coisas lá, em breve a mobília chegará, então devo deixar o chão e as paredes prontas. Rapidamente retiro o papel de parede lilás do quarto de meu Mestre, e coloco o outro, roxo, com detalhes em preto e branco. E depois retiro todo os azulejos, colocando o mármore branco. E depois deixo as roupas em cima da cama, que logo depois serão guardadas no armário que em breve chegará.

       (Observação de Claude: Tudo isso levou 30 minutos, eu sou um demônio. Acho que se eu fosse um humano e tivesse de fazer isso... esfaquearia a mim mesmo até a morte.)

Depois sigo para o quarto ao lado, que será de Jessica. Coloco o papel de parede rosa com detalhes em roxo e imagens de rosas, e depois o mármore marrom. Idem as roupas, deixo na cama que já tinha no quarto.

       (Observação de Claude: Idem.)

Agora são 6:58. Às 7 e meia, a mobília chegará. Sigo para a cozinha e vejo Sebastian colocando a comida já pronta na bandeja.

- Você deve imaginar, que os humanos realmente gostam disso, certo? - Sebastian diz.

- Realmente. Mas bem... precisa de ajuda? - pergunto.

- Ah... claro... você pode fazer a salada e o chá? - Sebastian responde com uma pergunta.

- Sim. Você agora está fazendo a carne de soja especial... e a sobremesa? - pergunto.

- No forno. - Sebastian responde.

Claude POV Off

Hannah POV On

Percebo que meu Mestre chegou, e termino rapidamente de tirar a poeira da mesa do escritório. Sigo para a sala.

- Ah... boa noite, Mestre. Vejo que está tu... hã? Quem é essa? - pergunto, percebendo que há uma garota com Alois. - E quem é esse? - pergunto também, percebendo que tem um garoto também.

- Hannah, isso não é da sua conta! Saia daqui, sua puta! - Alois grita.

- O que é isso, Alois?! Não fale assim com sua própria empregada! - Jessica diz.

Hannah POV Off

Alois POV On

- Isso não - Quase ofendo Jessica Skyflower, de rosto sereno...

       ' Rosto sereno, olhos castanhos perfeitos. Aliás, rosto perfeito... É a primeira vez que me apaixono assim. '

- Ah... Jessica... me perdoe... Hannah, fique com eles aqui e faça qualquer coisa que eles pedirem. Vou para o meu quarto e em breve retorno. - digo.

Ando pelos corredores da mansão em direção ao meu quarto. Passo pelas portas, inclusive a da cozinha, de onde vem um cheiro muito bom. Lá entro e vejo Claude e Sebastian fazendo o jantar.

- Mestre... precisa de algo? - Claude me pergunta.

- Você já decorou o meu quarto e o de Jessica? Já preparou o de Ciel? A mobília vai chegar logo... esteja preparado. - digo.

- Já decorei ambos os quartos, e sobre o de Ciel, Sebastian disse que iria prepará-lo. A mobília chegará às sete e meia, agora são sete e vinte e dois.

Acalme-se, Mestre. - Claude diz.

- Hum... e Senhor Sebastian, precisa de algo? Está tudo bem? - pergunto.

- Tudo perfeito. Obrigado pela estadia em sua bela mansão. - Sebastian diz.

- Não foi nada, senhor Sebastian. Bem, Claude, ficarei no meu quarto um pouco, Hannah está na sala fazendo companhia a Ciel e Jessica. Retornarei em breve. - digo.

- Sim, vossa Alteza. - Claude diz.

Saio da cozinha e sigo em frente. Abro a porta de meu quarto e lá entro. Sento na minha cadeira, pego a pena e a mergulho no nanquim. Começo a fazer as curvas que formarão letras, em seguida palavras.

O poema: " O que são os mordomos? "

       ' São seres que servem seus mestres perfeitamente, impecavelmente.
         Que jamais mentem para seus mestres, e os seguem como uma sombra.
         Que obedecem todas as ordens de quem o comanda, quase como um cachorro.
         Ágeis como um leopardo.
         Indiferentes como a escuridão da noite.
        
         Claude, olhe-me com aqueles olhos que um dia apenas queria a minha alma.
         Não mude esse olhar jamais.
         Com os olhos da aranha falsa e misteriosa,
         no silêncio do céu brilhante.

         Diga-me o que eu sou para você, ó mordomo.
         Mordomo vestido de tecido negro.
         A alma que tu desejas após o fim do contrato,
         vingança de sangue, abismo do inferno, caio eu lá,
         sob as tuas mãos,
         também indiferentes. '

Perfeito. Será que o Claude vai ler isso...? Ele é bem misterioso, talvez se interesse. Bem, devo retornar à sala. Saio do meu quarto e deixo a porta aberta propositalmente. Quando chego na sala, Claude está levando a bandeja com as comidas e Sebastian levando o carrinho com o chá, além de Hannah guiando Ciel e Jessica ao jardim.

- O jantar já está pronto?... - pergunto.

Claude percebe o momento em que falo.

- Ah sim, Mestre. Venha também. Agora são sete e vinte e oito. Devo ser rápido pois as mobílias chegam dentro de dois minutos, caso eles são se atrasarem. - Claude diz.

Caminho.

- Raras pessoas chegam na hora certa. Vamos. - digo.

Chegando no jardim, Claude deixa as bandejas na mesa e se retira.

- Devo ficar esperando a mobília chegar, bom apetite. - Claude diz.

- Conde Trancy, deseja um pouco de chá de rosas? - Sebastian me pergunta.

- Ah, sim. Obrigado, senhor Sebastian. - respondo. Sebastian me serve uma xícara de chá. Olho para Jessica, parece que ela está olhando a comida, e ela aparentemente está com fome.

- Sebastian... por favor, sirva Jessica primeiro. - peço a Sebastian que entende e balança a cabeça dizendo sim.

- Hã? Hã... quê? N-não se preocupe comigo, senhor Alois... - Jessica diz, envergonhada.

- Pode me chamar apenas de Alois. - digo. Sebastian serve um pouco da carne e o arroz, além da salada, depois dá para ela uma xícara de chá de rosas.

Ouço o barulho do sino da mansão, aparentemente a mobília chegou.

Alois POV Off

Claude POV On

Vejo que as mobílias chegaram. Várias carruagens em frente a mansão.

- Boa noite. Sou Daniel Wilkinson. É daqui que foi pedido a entrega dessas mobílias? Duas camas, armários... - Daniel pergunta.

- Ah, sim. Podem entrar. - digo. Vejo vários homens trazerem as caixas com as peças que virarão a mobília do quarto de meu Mestre e de Jessica. Digo aonde eles devem colocar cada caixa. Guio-os até todas as caixas estarem dentro da mansão.

...

Após todas as caixas terem sigo guardadas, digo:

- O pagamento foi feito na loja. Obrigado por trazer a mobília na hora certa.

- Não foi nada, obrigado você pela preferência a nossa loja. Volte sempre lá. - Daniel diz, saindo da mansão e se despedindo.

Volto para a mansão e abro as caixas das mobílias do quarto de meu Mestre, porém vejo um papel escrito com um poema. Aquele poema de antes... " O que são os mordomos? ". Leio tudo.

- Então é isso o que ele pensa que são os mordomos... interessante... - digo.

      'Claude, olhe-me com aqueles olhos que um dia apenas queria a minha alma.
       Não mude esse olhar jamais.
       Com os olhos da aranha falsa e misteriosa,
       no silêncio do céu brilhante. '

- Como deseja, Mestre. - digo.

Ah... então já que você escreveu esse poema, escreverei um também. " O que são os mestres? ". Para ir escrever logo, arrumo toda a mobília em segundos, ignorando as etapas de um humano, que tem que montar tudo... faço tudo ficar pronto. Sigo para meu escritório. Lá pego um papel e uma pena e a mergulho na tinta. Começo a escrever.

O poema: " O que são os mestres? "

      ' São seres que dão as ordens a seus servos,
        seres que comandam tudo ao seu redor,
        que olham o mundo com análise.
        Que andam pelo mundo com honra.

        Não abandonarei meu Mestre,
        e o olharei como a única alma que desejo,
        meu Mestre, não te preocupes,
        ande calmamente pelo jardim de perigos desse mundo,
        sob o silêncio do céu brilhante.

        Dia em noite,
        açúcar em sal,
        vivos em mortos
        ouro para azul-escuro,
        esse é o mordomo ao qual o Mestre comanda.

        Fique calmo,
        que no abismo do inferno terás a minha mão para segurar,
        terás um caminho gigante para andar,
        após o desejo se cumprir,
        e sua alma eu devorar.

        Pois lhe desejarei até o fim. '

- É a resposta pelo outro poema, Mestre. - saio do meu escritório, levando o papel. Sigo para o quarto de meu Mestre e deixo o papel escrito com o poema em cima de uma pequena mobília ao lado da cama dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo terminado :D
Não vão pensar besteira sobre aquela frase do Claude "Eu lhe desejarei até o fim" hein... minha fic não tem esses intuitos ù-u...
Apesar de que o próximo capítulo será tenso. .-.
Esse mordomo, loucuras.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Acontecimentos II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.