Era ele mesmo, Tom Kaulitz, ou então alguém idêntico, tão parecido que nem mesmo Bill Kaulitz poderia ser tão igual. Meu Deus, eu não conseguia acreditar naquilo, aquele piercing no lábio inferior esquerdo, aquelas mãos que faziam os solos das minhas músicas favoritas, aquele homem no qual meu celular era lotado de fotos, sim era ele, tudo isso ali, perto de mim e só pra mim. Não sei qual era a minha expressão, mas o suposto Tom me olhava com espanto.

-  Você está bem? Desculpe-me por... – fiz com ele o que faço de melhor, interromper.

-  Sim, eu estou bem, mas foi um choque para mim.

-  Desculpe-me de qualquer forma.

-  É você mesmo, você é o Tom Kaulitz dos Tokio Hotel? – perguntei, e pelo que sentia do meu rosto minha expressão devia estar á coisa mais medonha do mundo.

- Sim, sou eu, e você como se chama?

-  Anikka.

-  Bonito nome. – ele sorriu ao dizer isso. – Sim, era mesmo ele, aquele sorriso não negava.

-  Ah, obrigada, mas eu não gosto.

Ele sorriu mais uma vez.

Ficamos em silêncio, e pude notar que o elevador não fazia nenhum movimento, ou seria impressão minha, já que eu mal sentia minhas pernas?

-  Você notou que o elevador parece estar parado?

-  Sim, eu também notei. – Que bom, não era impressão minha. Espera, eu disse que bom? Eu estava pressa num elevador no qual poderia nunca mais sair. Senti que a adrenalina começou a correr no meu sangue. Ou será que esse ainda era o efeito que Tom tinha causado sobre mim? Eu sempre fui fã da banda, desde que ouvi pela primeira vez, eu não amava Tom como as outras garotas da minha idade, eu o admirava como profissional e nada mais, porém por algum motivo desconhecido o meu coração estava batendo num ritmo extremamente frenético no meu peito.

-  Acho que parou.