Girei a cabeça lentamente para frente, ao perceber que ele ainda me olhava.

Senti que meus olhos se remexiam nas minhas pálpebras, e por que diabos esse elevador demorava tanto pra abrir? Resolvi não ouvir mais músicas, já que elas poderia me causar vergonha mais uma vez.

-          Você não vai cantar mais? – uma voz grossa me interrogou.

-          O-o-o-oi? – gaguejei devido ao medo e a vergonha.

-          Você, por que não vai mais cantar? – ouvi aquela voz mais uma vez.

-          Ah, não, não.

-          Eu estava gostando.

Senti que meus lábios sorriam, mas minhas sobrancelhas se franziam, posso até imaginar a minha cara naquele momento.

-          Você me conhece não é? – aquele homem de porte enorme - se comparado ao meu- me perguntava.

-          Na-na-não, acho que-e-e-e não.

-          - Não precisa ter medo de mim, e sim você me conhece;

-          Conheço? Eu não me lembro de você. – minha voz parecia sair normal dessa vez.

-          Sim, conhece. Vamos ver se você se lembra agora.

Ele puxou o capuz que cobria sua cabeça, seus cabelos eram longos e trançados, me fez lembrar de Tom Kaulitz, o guitarrista dos Tokio Hotel, mas não podia ser. Sorri ao imaginar uma besteira dessas. E aquele homem continuou a se revelar, tirando os óculos e olhando em meus olhos.

-          Meu Deus. – minha voz saiu um tanto baixo, mas ele pode me ouvir.

-          Viu, eu disse que você me conhecia.

Eu não conseguia acreditar naquilo que meus olhos viam...