Sabe aqueles dias que você não tem vontade de fazer nada? Que tem vontade de ficar em casa, assistindo TV e comendo doces? Bom, hoje eu estou me sentindo assim.

A casa de Mark não era muito longe da minha, mandei - lhe uma mensagem e estou com o carro parado em frente à porta de sua casa.

Minutos depois ele sai com um enorme sorriso simpático que eu tanto gosto nele, Mark era um cara legal e muito atraente, era alto, com olhos verdes esmeralda e com cabelo castanho claro, com certeza ele era muito bonito. Eu me sentia bem com ele, mas não o bastante, em parte eu gostava da minha vida aqui em New Jersey, mas minha infância e adolescência foram muito mais animadoras, mas eu não tinha que ficar pensando no passado quando eu tinha um futuro promissor à frente...

– Oi meu bem! - sou interrompida por Mark que entra no carro e me dá um selinho.

– Oi... - sorrio e ele sorri também.

– Ér... Vamos? - ele pergunta me olhando com preocupação.

– Sim, sim, desculpe. - digo e saio com o carro.

Ficamo-nos em silêncio, Mark sabia sobre minha adolescência, pois sempre o vi como melhor amigo não como um noivo ou marido.

Conhecemo-nos quando eu estava procurando um emprego, ele me ajudou muito na minha vida, mas eu não me sentia bem fazendo isso com ele, aliás, eu não o amava...

Mas se esta pensando se eu amava James Sullivan, ainda, não... Eu não o amo mais... Estou na minha fase de vida que tem plano e nessa plana esta incluído em ficar solteira!

Mark se mexe um pouco e liga o rádio... Estava passando uma entrevista da banda Avenged Sevenfold, ótimo, ele deixa na entrevista e eu continuo dirigindo.

Sorrio em ouvir a voz de Johnny, o pequeno Johnny, ouço Matt fazer uma piadinha muito sem graça, que só ele riu, sorrio novamente vendo que eles não mudaram nada Johnny ainda falava coisas sem sentido e Matt continuava fazendo piadas sem graças.

Sou interrompida por uma voz que é muito familiar... Aquela voz me deu um arrepiado na nuca e meu sorriso desaparece era ele... Brian Haner, ou Synyster Gates se é o caso, ele estava falando de uma turnê que eles vão fazer aqui em New Jersey, meu sorriso aparece novamente, ao pensar que tenho a possibilidade de rever meus amigos, de brigar com Zacky por causa de doces, ficar nervosa com Johnny porque ele me chamou de baixinha, mesmo ele sendo baixinho também, e... Falar sobre meus problemas com o Brian... Mas isso não ia acontecer, não éramos mais crianças, ele eram homens feitos e eu era uma mulher feita, não podia querer voltar ao passado, mesmo porque não tinha como. (Mas se tivesse eu ia com certeza.).

Finalmente, chegamos a essa bendita festa, Mark sai do carro e abre a porta para mim, sorrio e saio com sua ajuda, arrumo o cabelo e vamos para dentro da enorme casa que aviam batidas muito altas de musicas escrotas.

Entramos e não encontro ninguém que conheço, Mark me apresenta a algumas pessoas, mas eu nem dou bola só falo um "oi" e pronto. Saio de perto do Mark e vou para a mesa pegar algo para comer, pois só agora tinha percebido que estava com fome.

Pego alguns docinhos com um cheiro muito bom e percebo uma mulher me olhando com cara de bunda, era só o que me faltava, sorriu para ela e ela responde com um sorriso. Pego meus docinhos e saio dali.

– Que mulher estranha. - digo para mim mesma.

Sento em um sofá muito cafona que estava no meio do salão e começo a comer, logo vejo a mesma mulher vinda em minha direção, reviro os olhos e sorrio.

– Olá. - ela diz me olhando sorrindo.

– Ér... Olá. - Dou lhe um sorriso falso.

– Prazer sou Michelle Dibenedetto.

– Hum... Legal... - digo e volto a comer meus doces.

– Ér... Qual é seu nome hein? - ela pergunta e reviro os olhos, porra ela não percebeu que eu não quero conversar com ela?

– Letycia Redbirt. Por quê? Posso ajuda - lá? - digo meio grossa, com a esperança que ela se toque e sai da minha frente, pois estava tampando a vista.

– Não, só quero conversar com alguém, essa festa esta um saco. - ela diz e se senta ao meu lado. Eu a olho com uma cara tipo: “Hello! Não quero conversar com você querida".

Mas ela não se toca; o Deus. Dou lhe um sorrio muito mais falso do que o anterior e ela sorri.

– Tem razão, essa festa esta um saco. - digo, mas não era mentira. - Ainda mais quando vem gente que eu nunca vi na vida e se senta do meu lado e começa a puxar assunto sem eu querer conversar. - jogo lhe uma indireta. Ela ri e responde.

– Com certeza. - PUTA QUE PARIU, essa mulher é burra, surda, retardada, ou coisas parecidas?

Suspiro e fico em silencio, talvez ela se canse do meu silencio e vai embora. Mas não deu certo.

– Você gosta de Avenged Sevenfold?

– Ér... Não, meu bem. - sorrio com muito mais falsidade.

– Que pena, sou noiva do Guitarrista solo. - ela diz com orgulho e eu fico curiosa.

– Zacky? - pergunto com curiosidade.

–Não, Zacky é a base, o solo é o... - ela é interrompida por Mark. - Amor vai, amanhã tenho trabalho cedo não podemos fica aqui até tarde.

– Sim, vamos. - digo levantando. - Ér... Tchau... Mi... Michelle?! - estava torcendo para ser esse seu nome.

– É, tchau Lee. - ela sorri e eu a olho tipo: "Quem te deu o direito de me chamar de Lee?”.

Sorrio de novo, com falsidade, e saio com Mark, até que ela grita meu nome e vem em minha direção.

– Lee, toma meu numero, me liga, alias me passa o seu. - reviro os olhos e lhe passo meu numero. - Bom, pode ir, me liga, não... Deixa que eu te ligue.

–NÃO! Eu te ligo. - sorrio e ela sorri e acena para mim e Mark, e finalmente saímos daquela festa chata.

Entramos no carro e dirijo para casa de Mark o deixo lá e vou para a minha. Quando chego jogo minha bolsa com uns docinhos dentro no sofá e vou para o quarto sento na cama e não vejo mais nada.