No Divã Com Os Marotos escrita por Munike


Capítulo 6
Amor: de amigos e de irmãos; às vezes não.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas. acho que a frequência de postagem será mais ou mesmo essa (uma semana ou duas), porque os lindos e maravilhosos professores decidiram que trabalhos e provas são ótimas coisas para fazer quando se sai de uma greve (Rede de ensino federal/IF's). Bom é isso, vou deixar vocês(ou você) lerem (ou ler).
*Revisado*



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Sirius: Espera aí!

James: Sirius, nós estamos indo tão bem... O que foi?

Remus: É porque a Lindsay vai narrar de novo.

Lindsay: Era só o que faltava... Merlin tá vendo isso, Sirius, Merlin tá vendo.

Sirius: Mas é injusto. Você narra sempre, nós só às vezes, ainda tem gente que nem narrou e já estamos no quarto dia.

Peter: Cara, o Sirius tem razão. Mas eu não me importo de não narrar, talvez algumas partes pequenas.

Lindsay: Sabemos, Pitty

James: Então o que você propõe Sirius?

Sirius: Nós podemos fazer assim: dividir a narração em algumas partes, mas sem tirar a atenção do foco principal. E o de hoje, se dependesse de mim, seria todinho pro meu Remmy.

Remus: E você nem imagina o quanto eu me sinto lisonjeado por isso.

Lindsay: Pessoas, por que invés de estarmos discutindo e destilando nossa ironia, nós não escolhemos alguém, que ainda não tenha narrado, para fazer logo essa joça?

Peter, James, Sirius e Remus: Mas quem?

(alguém abre entra e na casa)

Lily: Vocês estão aqui? Vivos?

Todos: A Lily!

Lily: Eu o que, hein?

James: Lils, amor da minha vida, essência do meu ser, luz que...

Lily: Pede logo, James!

Lindsay: Lils, amiga, você vai narrar para a gente.

(silencio)

Cri cri cri cri

Peter: Alguém, por favor, mata aquele grilo.

Lily: Vocês estão falando sério?

Remus: É uma questão de justiça

James: E pro idiota do Sirius parar de reclamar.

Sirius: Hey! Não fale de mim como se eu não estivesse aqui

James: E pro idiota aqui parar de reclamar.

Sirius: Eu não sou idiota, Bambi

Lily: Parem com isso. Ok, eu narro, mas onde vocês estavam?

(som de cinco pessoas falando ao mesmo tempo)

POV – Lily Evans

Hoje, apesar de ser um lindo dia para se aproveitar dormindo um pouco mais, levantei mais cedo do que de costume, para fins de semana. A Linds ainda dormia e eu tive que acordá-la. Já prontas descemos para o café da manhã e voltamos para terminar nossas tarefas.

- Lils, você acha que madame Pomfrey vai permitir? – essa era uma pergunta que eu vinha me fazendo há alguns dias

- Eu não sei, Linds, mas espero que sim. Bom, eu não saio de lá sem, ao menos, me fazer ouvir. – isso eu não ia mesmo

- Então somos duas. Terminei o meu. – ela disse colando os deveres numa pilha de outros tantos deveres e anotação.

- Só faltam duas linhas para acabar. – escrevi o mais rápido que pode e quase derrubei o tinteiro quando fui guardar a pena. – Vamos logo, antes que os garotos cheguem. – incrivelmente nesses dias o Potter tem me deixado em paz. E eu agradeço a meu bom e doce Merlin por esse ato de piedade e compaixão para com essa pobre pessoa.

Nós estávamos conversando sobre a carreira que seguiríamos e sobre a “pequena” fixação da Lindsay sobre vira-tempo quando ela parou de falar por alguns instantes seu olhar cruzou com o de um quintoanista, mas logo se recuperou.

- Bonjour, chérie. – ela o cumprimento

- Bonjour, mademoiselle. – disse o rapaz pegando com delicadeza a mão da minha amiga e nela depositando um beijo.

Assim eram Regulo Black e Lindsay Black quando não precisavam manter as aparências. Ela havia me contado que eles não eram muito próximos, não como ela era com Sirius, e eu brincava dizendo que se eles fossem tão próximos assim seria praticamente incesto, ela apenas “Somos primos, sua pervertida.”. Após esse encontro, descemos as escadas para o quarto andar e chegamos à Ala Hospitalar.

- Madame Pomfrey, gostaríamos de falar com a senhora. – falei quando ela veio ver o que queríamos.

- É muito importante – adicionou a Linds

- Suponho que seja sobre o garoto Lupin, certo? – ela disse apontando para uma cama mais afastada, que estava com o cortinado fechado.

- Ele esta bem? – eu perguntei, afinal eu me preocupava com ele, mesmo sabendo que isso não mudaria nada.

Remus: Saber que tinha pessoas que se importavam comigo, mesmo sabendo o que eu sou, já ajudava bastante, Lils.

Lily: Que se importavam não, que se importam e sempre será assim, você sabe disso.

James: Atrapalhando esse momento tão belo. Eu esperava mais interrupções do Sirius, mas de você, Moony... Estou muito decepcionado.

- Ele está dormindo agora, mas vocês podem voltar quando ele acordar, se quiserem.

- Não, é até bom que ele esteja dormindo, assim conversamos melhor. – expliquei e ela fez sinal para que a seguíssemos e assim fizemos.

- Então o que as senhoritas gostariam de me falar?

Nós perguntamos a ela se poderíamos ficar o dia todo com Remus, ela negou imediatamente, então explicamos que seria melhor e que o ajudaríamos, mas dentro do que ela permitisse. Se não fosse pela Lindsay e seu poder de persuasão - e também talvez, só talvez, o fato de madame Pomfrey gostar um pouco de nós duas - não teríamos conseguido, tivemos muitas restrições, mas conseguimos. Como era de se esperar os Marotos apareceram lá e não ficaram nada satisfeitos em saber que nós seriamos “auxiliares” e ficaríamos com o Remus até ele poder sair, mas madame Pomfrey ameaçou proibi-los de entrar na enfermaria- mesmo que estivessem doentes - até fevereiro, então eles se calaram e nós fomos ajudá-la com algumas poções.

- Parece impossível, não é? – ouvi a Lindsay comentar ou meu lado. Ela olhava para onde eles estavam com um sorriso bobo.

Lindsay: Er... Minha vez?

Remus: À vontade.

POV – Lindsay

Eu tinha olhado de relance o que os garotos estavam aprontando com o meu “paciente”, mas o meu olhar se deteve na cena; Sirius sentado na ponta do colchão, James de pé ao lado de Peter que ajoelhado em uma cadeira e os braços apoiados no encosto da mesma. Você deve se perguntar o que há de mais nisso, não é? Eles não estavam ali porque eram obrigados a isso, mas sim porque queriam estar. Não era necessário ninguém me dizer que eles se preocupavam com o Remus e que fariam qualquer coisa por ele, não depois daquela cena, pois isso era evidente.

- Inacreditável. – a ruiva sussurrou em resposta após um tempo olhando aqueles garotos. Ela tinha um sorriso de admiração, seus olhos brilhavam como esmeraldas. A Lily estava vendo como era uma relação de irmãos por outros, como era ser aceito independente do que ou como você é, estava vendo tudo o que ela não tinha com a égua Petúnia. Eu passei a mão pela cintura dela e apoiei a cabeça em seu ombro. Esse era o meu modo de dizer que ela também poderia ter tudo o que ela queria, era assim que eu mostrava como era ter uma irmã. O James olhou para onde estávamos e eu pisquei para ele em um gesto um cúmplice e ele retribuiu, a Lils estava tão longe com seus pensamentos que não percebeu nada.

- É melhor terminarmos isso logo. – falei depois de um tempo e ela concordou com um leve aceno de cabeça, parecendo ter dificuldade de parar de observar aquela cena.

POV – Remus Moony

Era domingo e eu estava na biblioteca, com pilhas de pergaminhos - alguns com anotações, outros com tarefas já prontas e alguns ainda em branco -, quando alguém cobriu meus olhos; mãos tão conhecidas

- Tenho mesmo que adivinhar quem é? – perguntei divertido

- Só se você quiser. – respondeu uma voz em tom calmo. Uma voz também conhecida.

- Não sei... – mordi o lábio inferior fingindo pensar. – Será que é aquele garoto da Corvinal? Qual o nome dele mesmo... Andrew?!

- Como você descobriu? – disse, falsamente espantado, sentando ao meu lado. – Você estava chateado semana passada.

Isso não foi uma pergunta, então eu deixei que ele continuasse, mas ele não continuou. Às vezes era tão complicado entender o que ele queria ou onde queria chegar. – É... Acho que estava, mas... eu não entendi direito.

- Quarta-feira você estava chateado com alguma coisa, mas eu quis perguntar logo, achei melhor esperar. – então era isso.

- É só que eu não gosto de mentir pros meus amigos. – ele manteve aquelas orbes cor chocolate em mim, aguardando que eu continuasse. – O Sirius, mesmo com anos de convivência, eu não o entendo; ele vive me dizendo que eu tenho que dar chances para criar relações e quando eu encontro alguém que eu gosto ele põe mil defeitos e... e ele devia me apoiar, mas não. – pressionei as mãos no meu resto antes de continuar a falar - sussurrar na verdade - e ele continuava a me observar, agora com a mão apoiada no queixo e o polegar nos lábios. – E a única solução que eu encontrei foi mentir. Pro meu melhor amigo, mentir para ele.

- Sabe Remmy, Você é bem lento às vezes. – ele comentou serenamente e eu lhe lancei um olhar aborrecido. Isso é coisa que se diga? – E não me olhe assim, você deveria observar melhor o que acontece à sua volta. Mas você tem sorte... Acho que vou falar com... Alguém! – me deu um beijo na testa e saiu. Assim, sem mais nem menos. 

- Não tente entender, Remus, não tente. – eu dizia para mim mesmo antes de voltar minha atenção para os deveres a minha frente. – Lento. Pff, até parece.

POV – James Potter

Peter, Sirius e eu estávamos sentados sob a faia, o Padfoot estava falando algo sobre... Bom eu não faço a menor já que não parava de pensar em como a Lily ficou ontem, tão linda... Parecia uma mãe observando o seu filho brincar. Como alguém pode ser tão encantador e...

- James Potter, eu estou falando com você. – abri os olhos assustado (quando eu fechei mesmo?). Não, não era a minha ruivinha.

- Qual é?

- Como assim “qual é?”. Eu sou sua namorada e é assim você que fala comigo, Jamie? – cara como eu odeio esse apelido.

- Olha, não exagera, nós só saímos umas quatro vezes e...

- Você está terminando comigo? – e ela precisa chorar por isso? Eu me levantei, segurei suas mãos e nos afastei um pouco.

- Baby, nós passamos ótimos momentos juntos, mas eu não sou o tipo de cara que se detém à relacionamentos e você merece alguém que te faça feliz. E eu sinto muito, mas eu não sou essa pessoa. – por que não aparece ninguém para me salvar, hein Merlin?

- Você é um cretino! Você só sabe usar as pessoas, e quando elas não são interessantes o suficiente para o senhor eu-sou-o-fodão, vocês as descarta como se não fossem nada. Você é um ser desprezível, um maldito cretino miserável, ignóbil. Eu espero do fundo do meu coração que você encontre alguém para amar. – ela mudou sua expressão de desprezo total para uma tão amável que eu me arriscaria dizer que era a mesma pessoa. – Sabe por que, Jamie?

- Sinceramente, eu não faço a menor idéia.

- Então eu esclareço para você. – ops! Expressão psicopata – Porque, quando você encontrar, ela não querer nada com você, isso se ela for uma garota esperta. E ela não vai querer nada, porque você é o tipo de cara que não se detém à relacionamentos. Aí você vai saber como dói. Bom, pelo menos mais que isso. – SPLAT! Exato, acabo receber um belo tapa. Cara, meu rosto tá ardendo.

- Mais o que diabos tá acontecendo aqui? – minha fada madrinha falou saindo sabe-se lá de onde. – Espera um pouco. Hum... Garota irritada + James estapeado = Garota levou um fora e, Aleluia Irmãos, deu uma resposta para esse moleque. Querida, você fez um bom trabalho aqui. – acrescentou examinando o meu rosto. A louca agradeceu e foi embora.

- Onde eu estava com a cabeça quando chamei essa desequilibrada para sair? – murmurei o lado esquerdo do meu rosto.

- Mas você não pode negar que ela tem uma boa direita, não pode mesmo.

- O que você quer?

- É assim que você me trata? Eu queria falar com você sobre você-sabe-o-que, mas tudo bem, eu não importunar mais. – ela disse caminhando para o castelo.

- Eu acabei de levar um tapa no meu lindo, maravilhoso e perfeito rostinho, que mamãe e papai tanto trabalharam para fazer, então alivia aí. – eu estava logo atrás dela, mas sabia que ela tinha revirado os olhos.

- Falando em mamãe e papai, minha mãe chamou sua família para passar o natal com a gente. O Sirius também vai. – nós já estávamos no Hall de entrada quando ela terminou de falar. Parecia o Ranhoso fugindo de um xampu.  

- Natal em família, que lindo.

- Sabe, eu estava pensando em chamar o Remus, o Peter, o Frank e as meninas. O que você acha?

- Natal com a família e amigos? Melhor ainda. – não pude evitar o sorriso maroto que se formou

- Você anotou tudo o que eu falei naquele dia, né? – agora a gente estava no segundo andar

- Anotei sim, mas me diz uma coisa,

- o que? – ela parou de frete para um quadro

- De quem você está fugindo? – eu vi quando ela me olhou pelo canto dos olhos antes de falar alguma coisa para o quadro e ele girar para o lado.

- De ninguém, agora entra aí – falou me empurrando para o túnel que tinha atrás do quadro.

  Depois de muitas tentativas frustradas tentando descobrir de quem ela estava se escondendo e alguns lances de escada que havia dentro do túnel, chegamos ao sétimo andar e ela pediu a sala.

- Cadê as anotações?

- Estão aqui, toma. – entreguei as anotações e larguei no divã.

- Você só pode tá de brincadeira comigo.

- O que foi?

- Você resumiu a “Operação Fada Madrinha” nisso? – será que fiz besteira?

- Vai, nem tá tão ruim assim.

- É melhor você anotar tudo direitinho dessa vez, entendeu?

- Sim, senhora capitã. – eu aguardei as instruções fitando o teto, mas a única que eu ouvi foi o silêncio(?). – O que houve?

- Nada, Jay... Absolutamente nada. – ela falou recostando na poltrona.

- Mas deveria ter acontecido?

- Eu não sei. – murmurou, mas logo se recuperou. – Mas não estamos aqui para falar de mim, não é mesmo?

E assim passaram-se algumas horas até ela dizer que estava bom por hoje e que eu fiz ótimos progressos e sumir, para depois aparecer só na hora do jantar.

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Kassandra Munike: Sobre essas pequenas interrupções no capítulo

Acho que ficou confuso (Não, imagina. Os personagens começam a discutir no meio do capítulo e nada ficou confuso) e é por isso que eu estou aqui. O inicio da historia foi contada por mim, a autora (grande coisa ¬¬’), mas depois essa tarefa foi passada para os personagens, pois, quem melhor que eles para contar uma história sobre eles? De agora em diante as interrupções serão mais freqüentes, porque eles não conseguem não interromper. Por motivos justos. Nada esclarecido? Questionamentos nos reviews. Beijos.


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Notas finais do capítulo

Bom foi isso gente.
Alvo S.: Eu sabia que o papai não devia ter colocado o nome do meu avô e o do Sirius em uma só pessoa. Bom, agora eu sei que minhas teorias são verdadeiras.
Kassandra: Quais Teorias, Al?
Alvo S.: Sobre o comportamento do meu irmão, mas mudando de assunto. Por que o Andrew disse que o Remus era lento às vezes? eu não entendi isso.
Ron: Nem eu.
Hermione: Sabe Ron, a sua capacidade de percepção é tão grande quanto a sua amplitude emocional, e olha que acho que ela continua a mesma, amor.
Alvo S.: Tia Mione? Tio Ron? O meu pai está aqui também?
Kassandra: Não, Al. Gente não é para começar uma discurção .
Ron e Hermione: Ninguém ia começar a discutir aqui.
Kassandra: Ok, por hoje chega. Bye, bye.
Alvo s.: Não deu para falar muita coisa hoje, Então até o próximo capítulo
Ron: Eu não fiz nada, mas Tchau gente.
Hermione: Queridos leitores, espero que tenham gostado desse capítulo, mas se ele não agradar não tem problema. Sinceramente, espero responder alguns reviews. Beijos e até mais.



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