No Divã Com Os Marotos escrita por Munike


Capítulo 7
Organização e esconderijos.


Notas iniciais do capítulo

Gente, olha eu aqui! E com o capítulo que é o que importa.
Mas chega de conversa, vão ler, vão.



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POV – Sirius

Com o Moony “de volta”, depois do jantar nós começamos a organizar as coisas para o Halloween, que, por sugestão da Lindsay, seria na antiga sala adivinhação. A princípio eu discordei, mas depois que avaliei melhor a idéia, pois a maioria – a maioria que estava organizando – tinha que concordar com o lugar, percebi que era um ótimo lugar para uma festa assim. Agora, nós, o Grupo Diligente – idéia da Alice e da Dorcas -, estávamos discutindo sobre quem ficaria responsável pelo que.

- A Dorcas e a Lene poderiam ficar com a parte decorativa. – sugeriu a Evans.

- É, elas são ótima com isso. – concordou a Alice.

- Aceitamos, com certeza. – disse a Lene. Impressão minha, ou essas garotas estão realmente tomando a frente nisso?

- Meninos, o que vocês acham? – a Lindsay perguntou. Ao menos alguém se importa com nossa opinião. Nós concordamos, porque já tínhamos visto essa dupla em ação umas vezes, e elas não deixaram a desejar.

- Agora... Música! Para quem vai? – perguntou James.

- Eu fico. – dissemos Lindsay e eu ao mesmo tempo.

- Ótimo! Eu não pensei em ninguém melhor que os dois para isso. – disse o Frank. – Mas vocês sabem que terão que trabalhar junto com a Lene e a Dorcas, não é?

- Bom, se quisermos algo bem feito, a música e decoração tem que estar em harmonia. – comentou a Dorcas.

- Bom saber, Dorcas. Então o Frank e o Pettigrew poderiam cuidar das comidas. – disse a Lily.

- Nada que os nossos amigos elfos não resolvam. – o Peter falou.

- Mas nada de explorá-los, Peter. – o avisou o Frank.

- Mas e você e o James, ruiva? – perguntei.

- É Evans, Black, Evans! E respondendo a sua pergunta, o Potter e eu ficaríamos fiscalizando o trabalho de vocês. – quando a Evans disse isso o Progns abriu um sorriso que, como diria a própria, parecia que tinha engolido um cabide. – Já o Remus e a Alice, eles podem ficar com o trabalho mais pesado; os feitiços.

- Por mim, tudo bem. – disse o Moony e a Alice também concordou. Eles eram muito bons com feitiços. Na verdade quase todos eram bons em feitiços, mas eles eram excelentes. 

- Então ficou assim: Decoração - Dorcas e Marlene; Música - Lindsay e Sirius; Alimentação - Frank e Peter; Feitiços e afins - Alice e Remus; Inspeções - Eu, James, e Lily. Lembrando que temos duas semanas para preparar tudo. Então ao trabalho.

Depois de distribuir as funções, cada grupo foi trabalhar nelas. Bom, era para isso acontecer, mas acabamos jogando conversa fora e algumas garrafas de cerveja amanteiga vazias depois, alguns foram dormir. Ainda bem que a nossa reunião na sala comunal, pois já estava bem tarde para ficar andando pelos corredores.

Eu estava conversando com o James sobre a Emmile, a ex-namorada dele, ele estava falando sobre como ela era desequilibrada e que batia forte de mais, quando eu, sem querer, ouvi o Remmy falando com a Lindsay e, também sem querer, eu prestei atenção na conversa deles.

- Vai Linds, me ajuda, por favor.

- Remus, eu não posso te ajudar se você não me disser o ele falou. – ela disse como se aquilo fosse obvio.

- Ele disse que eu sou lento às vezes, que eu deveria prestar mais atenção à minha volta e que eu tinha sorte. Ele também disse que falar com Alguém. Bom, foi isso.

- E ele disse tudo isso depois que você falou que o... Sirius! Sabia que é feio ouvir a conversa dos outros, mocinho?! – nem preciso dizer que ela me descobriu, né?

- Como assim? Seu vira-latas pulguento, eu tô aqui desabafando e você nem presta atenção no que eu digo. Isso é que é amigo. – disse o Prongs se metendo, eu acabei esquecendo que ele estava falando.

- Sem dramas, pessoas. Eu estava conversando com o James e acabei ouvi sem querer a conversa de vocês, só isso. – eu falei tentando parecer convincente, mas eles me conheciam.

- Claro, claro. Então Remmy, nós continuamos amanhã ou vamos para um lugar sem... pessoas que ouvem nossas conversas sem querer? – ela sugeriu olhando sugestivamente para mim. Que indireta mais direta.

- Outro lugar me parece bem mais convidativo que esperar. – e dizendo isso levantou-se e saiu acompanhado da Lindsay. Mas quem o “ele” que eles estavam falando?

- Mal jeito, Pads.

- Não enche, Prongs. Quer saber? Enche sim, mas os nossos copos.

- É isso aí!

POV – Remus

Após sentarmos em um lugar bem mais afastado dos “curiosos”, retomamos nossa conversa.

- Sabe Remus, realmente, às vezes, você demora a perceber o que acontece. Mas... me responde uma coisa?

- O que? – perguntei, um pouco aborrecido por insinuar que eu sou lento, sem nem explicar o porquê.

- Vocês estão namorando, namorando... ou só namorando?

- mas o que? – ela me lançou um olhar ameaçador – ela realmente sabe fazer isso – e levantei as em gesto de rendição. – Ok, ok, nós estamos só namorando; nada sério.

- É simplesmente estranho te ouvir falar isso. Muito esquisito mesmo. – eu arqueei uma sobrancelha e ela continuou. – Digo, você é o mais certinho, mais gentil, mais... “sentimental” – ela fez as aspas com os dedos – Você é Remus, sabe?!

- É... Obrigado por me dizer quem eu sou, mas acho que, sim, eu já sabia disso. – eu acho incrível a capacidade que a Linds tem de se complicar quando explica alguma coisa.

- Você entendeu, seu chato. – ela disse fazendo bico, era um ato praticamente involuntário e ela odiava. – Voltando ao assunto; por que você acha que o Sirius faz essas coisas?

- Eu não sei, já desisti de tentar entender. Ele tá sempre dizendo que eu só penso em livros e estudos, que eu deveria sair com alguém, mas sempre que eu encontro alguém uma pessoa que eu goste e que nós possamos ter alguma coisa – mas nada muito sério, porque... você sabe, luas – ele vem e diz que não é uma pessoa adequada para mim, que eu preciso de alguém ‘opostamente parecido’ e outros montes de coisa. Uma vez ele disse que eu não deveria estudar com uma garota da lufa-lufa, só porque ele pensava que ela sentia alguma coisa por mim, dá pra acreditar?

- Interessante... Muito interessante. – ela falou com um sorriso enigmático. Esse sorriso me dá mais medo do que se ela estivesse me ameaçando com uma cruciatus­, e eu estivesse sem varinha.

- Você tá parecendo o chapéu seletor falando assim. O quê que você está pensado em aprontar? – perguntei desconfiado.

- Eu?! – disse com seu melhor tom de indignação, fingido claro. – Eu sou uma monitora, senhor Lupin, não saio por aí aprontando. Olha já está tarde para criança ficar fora da cama, mocinho, já para cima. – ela adora desconversar.

- Criança... Olha quem fala. Boa noite, tronquilho. – dei um beijo no rosto dela e ela me deu outro e também subiu, mas eu ouvi os resmungos dela.

POV – Lily

O que eu tinha na cabeça quando sugeri trabalhar com o Potter? Foi com essa pergunta que fui me deitar, mas não consegui dormir – fica realmente complicado dormir com a Lice, a Lene e Dorcas fofocando sem parar – então eu tentei formular uma resposta plausível. De umas semanas para cá ele tem se tornado bem menos desagradável e, com todos esses anos aprontando, ele deve saber verificar se alguma coisa está dando certo. E o motivo principal; mantê-lo sob minha observação, afinal a McGonagall foi bem clara quando disse “Se houver qualquer infração as regras, vocês pegarão detenção até os seus filhos nascerem.”

- Paixão, pensando na morte do Sr. Spock? – Sr. Spock era um gato que eu tinha, ele recebeu esse nome porque as orelhinhas eram praticamente iguais as do capitão Spock, de Star Trek.

- Não, eu já superei essa perda na minha vida, diferente de você. Eu estava pensando que se sairmos um pouquinho que seja da linha, Linds, a McGonagal nos entrega as quimeras. – ela fez uma careta, provavelmente imaginando a cena.

- Cara, falando em quimeras, faz tempo que não visitamos o Hagrid... Mas isso não vem ao caso agora, porque eu estou com muito sono, então – ela me deu um beijo na testa – Boa noite, Lils.

- Boa noite, meu anjo.

#-#-#-#

Eu bem que tentei acordar a Lindsay, mas ela me mandou ir para um lugar pouco convidativo e enfeitiçou alguns travesseiros para atacar quem tentasse acordá-la, então a deixei dormir e desci com as meninas para o salão principal. Estava chato, por isso resolvi prestar atenção em que elas estavam falando.

- Não, eu falei que se desse eu até poderia ir, Lene.

- Como assim “se desse”? Você não opção melhor, Branquinha.

- Ter eu até tenho, mas...

- Ele vai chamar a Lily. – completaram a Alice e a Lene, em uníssono, para a Dorcas.

- Como vocês têm tanta certeza disso? – desafiei já sabendo de quem falavam

 - Porque é óbvio que o Martinez vai te chamar, ruiva.

Eu já ia responder quando uma revoada de corujas entrou no salão e a Lindsay – que saiu sabe-se lá de onde – sentou-se ao meu lado, que eu não me lembro de estar vazio, e uma coruja posou entre nossos pratos.

- Bom dia, senhoritas. Olha, o Profeta! Possa dar uma olhadinha, Lils? – ela perguntou o arrebatando das minhas mãos.

- Mas me devolva depois, por favor. – ela tinha a irritante mania de ficar com meus jornais, sem eu nem ao menos ter lido.

- Você que sabe que eu sempre... Aguamenti – as páginas se incendiaram antes mesmo que ela pudesse ler e como reflexo ela tirou a varinha da manga, literalmente.

- O que foi isso? – perguntou a Alice

- Isso – a Lene apontou para um projeto de jornal – Foi aquilo. – agora ela apontava para a mesa da Sonserina, onde certas pessoas estavam com sorrisos satisfeitos no rosto. Ao meu lado eu ouvi a Lindsay conversando com ela mesma sobre dar uma lição neles e que não devia por ser monitora.

Assim as aulas daquele dia se passaram e as que tivemos com a querida Sonserina foram bem tensas. Quando voltamos para a torre da nossa casa encontramos os Marotos esparramados nas poltronas e sofás, eles conversam algo muito baixo e pararam quando perceberam que estávamos ali. Eu estranhei várias coisas naquele momento, como o fato deles parecerem preocupados, se entreolharem como se não soubessem o que fazer, o Pitty – acho esse apelido tão fofo – se levantar e oferecer o lugar para a Linds, e após ela sentar o Sirius passou uma copia do Profeta Diário­ para ela e sussurrou alguma coisa. Eu a observei em quanto ela lia. Ela fixava a pagina principal e seu rosto ficou mais pálido que de costume.

- Sim, eu vou ficar bem. – disse num sussurro.

- O que você viu aí? – perguntei tentando olhar por cima do ombro dela que me entregou o Profeta.

A notícia principal era “Nova ordem – número de Comensais da Morte aumenta vertiginosamente”, até aí nem uma surpresa, não importava como, mas ele sempre conseguia aliados. Quando olhei a noticia seguinte entendi a reação da Lindsay.

Família desaparecida

Uma das linhagens mais antigas entre os bruxos; a família Oliver, está desaparecida há cinco semanas. Os vizinhos pensaram que eles apenas haviam saído para visitar o filho, Nickolas Oliver, que estuda na Rússia, mas o garoto também não se encontra na escola. Eles são os últimos descendentes dessa família e não concordavam com a política dos puro-sangue.”

A nota continuava por aí, mas o resto eu já sabia. Os Oliver moravam próximos à casa da Lindsay, quando eu fui passar as férias com ela os conheci.

- Você não acha que... Acha? – ela perguntou quando eu coloquei o jornal em qualquer canto

- Eu não sei... Pode ser que eles apenas estejam “abrigados” ou qualquer outra coisa. – disse tentando acalmá-la, mas no fundo eu tinha medo. Medo de, por ideais estúpidos, perder todos, perder pelo que se fale à pena lutar.

- É, a Evans tem razão – disse o Potter antes que ela retrucasse. – Eles podem ter sido ameaçados e resolveram ir para algum lugar.

- Mas... E o Nick? – ela perguntou apoiando a cabeça no ombro do Remmy e ele passou o braço pela cintura dela antes de falar

- Você não acha que eles iriam tentar se salvar e deixar o filho deles à mercê dos comensais, acha?

- É, pode ser. Acho melhor eu guarda minhas coisas... – ela levantou e foi em direção as escadas mas parou e nos encarou por um instante antes de começar a subir e dizer. – Eu não vou jantar hoje... Vou dar uma volta. É, por aí.

POV – Lindsay

Eu estava caminhando pelos corredores, sem rumo, só para distrair minha mente, quando me dei conta estava parada em frente a escadaria que leva para a torre de astronomia.

- Por que tantas escadas? – resmunguei me apoiando na parede. Eu queria me distrair sim, mas chega de escadas por hoje. E foi ali, sentada no chão de um corredor aparentemente vazio, que eu vi algo que nunca havia reparado; era uma nova passagem, que eu não sabia para onde ira me levar, mas mesmo assim eu fui. E foi naquela passagem desconhecida que eu encontrei alguém que nunca esperaria encontrar. Até hoje eu não sei se foi naquele dia, antes ou depois, mas com certeza eu passei a vê-lo com outros olhos. Mas eu nunca soube se ele realmente algum dia chegou a me enxergar assim.

- Régulos Black, então é aqui que você se esconde?


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram? não? sim?
Será que esclareceu alguma coisa sobre o Remus? Espero que sim.



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