Hotel Bizarre escrita por Jujuvia


Capítulo 3
Um cravo por vez


Notas iniciais do capítulo

Preciso dizer que o título ficou uma bosta??
Valeu pelos reviews gente.



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- Mas então, desde quando tem a banda?  ̶  Perguntei para Bill, na esperança de sair daquele silêcnio chato e incômodo que havia se instalado entre nós dois.

- Nos juntamos em 2001, e nosso single mais conhecido, Durch Den Monsun, já tem uns 6 anos, mas não quero falar de mim, isso cansa as vezes, fale de você.  ̶  Bill tomou um gole do vinho que estava na taça e sorriu.

- Bem, falando assim você até parece um psicólogo, até quando vai nossa consulta?  ̶  Disse, apoiando a cabeça sobre as duas mãos e olhando para a mesa.

- Se o meu irmãozinho for esperto, acaba numa cama.  ̶  Ouvi uma voz risonha e maliciosa atrás de mim, logo um homem sentou-se ao lado de Bill, era o Tom, seu irmão mais velho, é, agora tenho a certeza de qual deles leva a fama de namorador.

- Yan? Está aí ou fugiu?  ̶  Bill balança frenéticamente uma das mãos na frente do meu rosto.

- Desculpa, eu me distraí.

- Então, vai querer?  ̶  Bill perguntou sorridente.

- Querer o que?  ̶  Questionei, confusa e perdida.

- Ir pra cama com ele.  ̶  Tom se intrometeu na conversa.

- Não é nada disso, fica quieto seu idiota.  ̶  Bill deu um tapinha no irmão e levantou.

- Vem, vamos ali pro balcão.  ̶  Bill pegou minha mão e me levou em direção à um pequeno bar que havia no salão, para os convidados poderem beber.

- Se querem privacidade, tem um hotel ótimo aqui perto, levei a Tracy, ou seria a Milena?  ̶  Tom fazia deboche enquanto tentava se lembrar o nome das garotas com quem havia dormido.

- Ele é sempre assim?  ̶  Perguntei, com um meio sorriso no rosto.

- Não, as vezes ele fica bem pior.  ̶  Bill começa a rir.

- É que você ainda não viu meu irmão, ele pega muito no meu pé.  ̶  Comecei a rir, acho que é isso que irmãos mais velhos fazem, eles ficam te incomodando até você tentar se matar.

- Me fala mais sobre você.  ̶  Bill pediu.

- Ah, minha vida nem é tão interessante, não precisa se preocupar em saber.  ̶  Desviei o olhar para o chão e fiquei calada.

- Por favor, você pode saber sobre mim quando quiser, é só procurar, mas eu não te achei.  ̶  Bill pegou um copo que estava ao seu lado e pediu uma bebida.

- Me achou? Como assim?  ̶  Agora tinha ficado curiosa, eu estava perdida por acaso?

- Na internet, não achei nada, só uma foto, e dizia que seu nome era Lara, mas acho que se informaram mal.  ̶  Bill deu um gole na bebida e continuou.

- Ou talvez você deva ser uma espiã da CIA.  ̶  Bill começou a rir e logo parou ao ver que eu havia ficado calada e um pouco chateada.

- O que foi? Disse alguma coisa errada?  ̶  Ele perguntou, segurando minha mão, com o olhar apreensivo.

- É que Lara era o nome da minha mãe.  ̶  Abaixei a cabeça e senti um aperto dentro de mim, fazia muito tempo que não ouvia o nome da minha mãe, e quando ouvi, senti como se fosse desabar, como se tudo fosse cair em cima de mim.

- Desculpa, eu só estou te deixando pior ainda, quer saber, vou dar uma volta, depois a gente se encontra por ai.  ̶  Bill levantou do banco e virou as costas.

- Bill, espera, não foi sua culpa, não é nada, é só que...  ̶  Bill virou-se para mim e se aproximou novamente, deixando nós dois frente a frente.

- Só que?  ̶  Ele perguntou.

- Queria tê-la conhecido, queria ter passados os Natais e ação de graças com ela, queria abraçá-la bem forte e dizer o quanto eu a amo por ser minha mãe, queria apenas tê-la aqui comigo.

- Desculpa, não queria falar sobre esse assunto, é que eu não sabia.  ̶  Bill me abraçou e logo me confortou com um sorriso, parei por alguns instantes, para poder olhá-lo diretamente, nem havia notado o quanto ele parecia com o irmão, eu mal sabia alguma coisa sobre ele, e ele muito menos de mim, fiquei tímida diante do olhar dele, de fato devo dizer que aquele olhar mais me machucava do que consolava, era um olhar de pena, jamais quis que tivessem pena de mim, queria apenas ser forte.

Algum tempo depois notei que já haviam algumas pessoas no salão, não que elas fossem importantes para mim naquele momento, a não ser pelo homem parado perto da porta, com alguns cravos na mão, observando eu e Bill praticamente colados um no outro.

Strify deu um pequeno sorriso e foi falar com Yu e Kiro, que estavam perto dele.

- Bill, eu preciso ir, meu irmão chegou, até mais.  ̶  Praticamente pulei do banco e atravessei o salão em disparada, indo até o Strify.

[/Strify...

- Acho que vou lá fora, quando a Yan vier...

- Oi Strify, ficou muito bonito com essa roupa.  ̶  Yan se aproximou e puxou meu casaco, me tomando toda a atenção, que logo foi direcionada para aqueles dois olhos castanhos e o sorriso em seu rosto.

- Oi, já chegou, que rápido, do Kaulitz até é aqui é bem longe, não acha?  ̶  Perguntei, um pouco rude com ela, que logo desapareceu com aquele sorriso e franziu o cenho.

- Desculpa, só estava brincando, você também está linda, como sempre.  ̶  Abracei-a pela cintura e dei um beijo em sua testa, novamente o sorriso apareceu, dessa vez estava um pouco tímido.

- É impressão minha, ou devemos sair daqui?  ̶  Perguntou Kiro.

- Pois é, vamos lá ver quem compareceu, até mais.  ̶  Yu acenou para mim e Yan e logo sumiu no meio do salão, que já estava quase cheio.

Um silêncio chato logo se instalou, mesmo com a música que tocava, parecia que estavámos sozinhos no mais completo vazio.

- Strify, eu vi você com alguns cravos, é pra alguém especial?  ̶  Perguntou Yan, sentando-se em uma cadeira próxima.

- Sim, eu a convidei para vir comigo, mas ela não quis.  ̶  Peguei o arranjo de cravos sobre a mesa e tirei uma das flores dele.

- Nossa, quem é essa garota burra?  ̶  Ela perguntou, com um sorriso no rosto.

- Ela não é burra, só preferiu se encontrar com outro cara.  ̶  Respondi, entregando a flor à Yan.

- Pra mim, que fofo, mas guarde as outras para a garota, talvez ela tome juízo.  ̶  Yan pegou o cravo e o cheirou.

- Ela tem juízo, o problema é que ela não nota que eu gosto muito dela.  ̶  Segurei a mão de Yan e a encarei fixamente.

- Por que você não fala isso pra ela, ou melhor, demonstra.  ̶  Yan fez uma cara de esperta e começou a rir.

- Já tentei, mas ela não notou ainda.  ̶  Tirei mais um cravo e o entreguei para Yan.

- Mais um, e  a garota? Vai ficar sem flores?  ̶  Ela sorriu ao pegar um cravo branco dessa vez.

- Vou entregar uma...  ̶  Levantei da cadeira e me aproximei de Yan, depositando um beijo no canto de seus lábios, o que a fez corar e me olhar apreensiva.

- ...De cada vez.  ̶  A encarei fixamente e saí dali, deixando-a sozinha na mesa.

Sei que a deixei confusa com tudo aquilo, mas eu já tinha tomado uma decisão, era ela quem eu queria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sei que parece que o Strify tá indo muito rápido, mas a verdade é que ele gosta da Yan, antes da fic começar, deixem alguns reviews, eu agradeço *--*
Próximo capítulo tem personagem novo ♥



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