Dias passaram-se e Sara evitou Jack ao extremo, até que - oito dias sem se falarem - ele tomou uma atitude.

- Nem um oi fala, pensei que nosso amor platônico nos levaria a algum lugar. - Ele falou.

- Platônico seria se houvesse algo mútuo nisso, e é apenas calor. Fogo, ou coisa do tipo. - Sara resmungou.

- Qual é, é dia 11, tem a festa do Mickey e bom... As garotas convidam... Que tal tomar uma atitude? - Ele sorriu.

- Estou tomando Jack. - Sara levantou-se da cadeira. - Tentando manter todos ao meu redor seguros.

- Eles não precisam de babá! - Ele berrou.

- E você Jack? Você precisa? - Sara pegou sua bolsa e saiu andando.

Confusa, era a palavra certa para defini-la. Sua mente rodopiava com sensações, emoções e pedidos renegados na sua alma.

Ela queria, precisava, podia, concertar os erros. Só não necessariamente da forma que ela estava fazendo. Sentia-se suja ao ''usar'' Jack para que ele não a estourasse dias depois com vários tiros. Mais também sentia algo por ele, não mútuo, não platônico como ele dissera, algo fraco, porém, ele sentia o mesmo duas vezes maior.

- Nada pior que um fanático amoroso. - Sara falou abrindo a porta de casa.

Sua mãe havia feito malas e então a recebeu com berros.

- Seu avô está doente e nós precisamos ir ajudá-lo. Chegamos em alguns dias, talvez dois. Tem comida no congelador. - Ela falou.

- O.k., mãe. - Sara falou jogando-se no sofá e ligando a t.v.

Passava One Tree Hill quando os pais de Sara saíram pela porta deixando-a só. 

Poucos minutos após várias batidas vieram da porta.

- Esqueceu a chave? - Sara abriu sorrindo.

- Não aceito um não. - Jack falou entrando e fechando a porta.

- Jack, não! - Sara berrou.

- Sim? - Ele a beijou.

- Jack ,não faz isso. - Sara falou com os olhos estremecendo.

- Não vou parar. - Os olhos de Sara começaram a fechar lentamente enquanto ela retribuia os beijos lentamente.

Os dois cáiram no sofá e continuaram com as carícias.