Sara acordou no meio da madrugada, havia dormido nos braços de Jack no meio do parque local.

Ela pegou sua bolsa e saiu deslizando levemente pelo chão evitando que Jack acordasse.

- Erros não são tragédias. - Sara repetiu para sí mesma enquanto andava.

Sara chegou em casa e sua mãe dormía junto à seu irmão mais novo e o pai escrevia seu roteiro. 

- Desculpa o atraso. - Sara falou batendo a porta.

- Sabe Sara, estou fazendo um roteiro para uma série. Uma garota sofre um acidente e retorna alguns dias antes para viver novamente. Sem poder influenciar no futuro, claro. - Ele falou.

Sara sorriu.

- Isso parece um dejà vu. - Ela falou subindo as escadas e deitando-se em seguida.

A noite foi inquieta, uma chuva começou a cair pela janela e Sara apenas pensava em Jack acordando com a água molhando-o.

(Dorme, ele está bem! Dorme!, pensava)

Na manhã seguinte Sara acordou atrasada o que a fez pegar emprestado o carro do pai e rezar para nenhum policial pedir sua carteira de motorista.

Ela chegou um tempo após o ínicio da aula e recebeu um passe para passar a aula fora da sala. Já que segundo a professora Bckbird o atraso é a ''mente insana'' do jovem mal acostumado.

Do outro lado do pátio Jack e Brendon conversavam.

Sara acenou com um leve sorriso e ele acenou de volta.

Após o fim da aula Sara pode entrar na sala quando o professor Grimaldi entrou. Jack continou lá fora, mas, Brendon parou na frente de Sara.

- Você roubou o meu melhor amigo. Não se assuste se eu roubar algo valioso de você. - Ele falou rispidamente. - Sabe como é, ação e reação.

- Isso é uma ameaça? - Sara empurrou ele.

- Apenas um aviso. - Ele respondeu.

- Chega perto de mim e eu te castro. - Ela falou sentando-se.

No fim das aulas Jack pediu uma carona para Sara, que não pode negar.

- Você tá estranha. - Ele falou.

- Não estou não. - Sara falou desviando o olhar.

- Bela pegadinha ontem a noite. - Ele sorriu.

- Eu não sabia como te acordar... Tive medo. - Sara falou piscando os olhos.

- Medo? Eu te faço ter medo? - Ele sorriu forçadamente.

- Não é isso, Jack. - Sara falou. - Não é por ai.

- Não? - Ele tornou a sorrir de forma falsa.

- Receio, Jack. Receio. - Sara falou.

- Acho melhor mudarmos de assunto. - Ele tossiu levemente.

- Chegamos. - Sara falou destrancando as portas.

- É... - Ele deu um beijo no rosto dela. - Até amanhã.

Sara bateu a porta e a trancou dirigindo rapidamente sem olhar pelo retrovisor.

A noite tornara-se como a primeira, pacata. Ela deitou-se na cama e ficou lá, pálida e adormecendo aos poucos a cada minuto. Não descera para jantar ou para assistir seus programas preferidos, queria apenas ficar ali. Parada, estática. Catatônica.