A garota o encarou alguns instantes e piscou várias vezes , como se tentasse acordar , ao abrir seus olhos encarou o homem que esperava uma resposta ancioso , ele estava preocupado achando que ela estivesse passando mal ou algo parecido .

— Sou eu — falou com um fio de voz . 

Ela estava nervosa , como se já o conhecesse de algum lugar, mas não conseguia se lembrar , e isso a irritou .

— Sou Edward — ele falou estendendo a mão ainda envergonhado .

— Isabella — ela deu uma pausa — Como já sabe ; o que o senhor deseja ?

— Não precisa me chamar de senhor ... — ele encarou o rosto dela alguns instantes — Eu vim conversar com você ; eu sou irmão da Alice.

— Ah claro ! Alice — falou revirando os olhos — Entre .

Edward se sentiu feliz por poder vê-la e ouvi-la  pessoalmente , mas agora ele não sabia o que fazer, não sabia o porque foi procurá-la , sentia-se travado perto dela e seus sentidos ficavam paralisados , suas mãos suavam e seu coração palpitava como se fosse explodir. Não sabia o que dizer , todos esse dias de tortura emocional e quando finalmente chegou a hora ele não sabia o que dizer , não conseguia dizer nada.

— Então ... quer um café , uma água ... chá ? — ela disse indo para a cozinha.

— Uma água — falou baixo .

Ela abriu a geladeira e tirou duas garrafinhas pequenas de água ,  jogou uma para ele que pegou e rapidamente começou a beber o líquido desesperadamente , se sentaram na mesa e ambos estavam sem palavras.

— O que veio fazer aqui ? — ela perguntou sem graça depois de um tempo.

— Eu ... eu queria falar alguma coisa ... 

Naquele momento , olhando nos olhos de Isabella percebeu que a amava , e não sabia o que fazer com isso , nunca tinha a visto antes , não poderia simplesmente chegar e dizer que a ama com todas as suas forças , ela chamaria a polícia o acharia louco , ou coisa pior .

— Que coisa ?

— Eu não consigo — falou se levantando da cadeira e seguindo para a porta — Me desculpe ... Isabella.

Seguiu para fora da casa em passos largos, não conseguiu olhar para trás, teve medo, não acreditava que fez isso, que passou por todo aquele sofrimento por nada , se sentiu fraco e incapaz de ser feliz.

— Edward , espera ! — ela gritou o fazendo olhar para trás.

— Me desculpe ... eu não queria ... 

— Espera ... não precisa se explicar — ela olhou no fundo de seus olhos e sentiu suas pernas estremecerem — Quer almoçar comigo ?

Por mais que tentasse ele não conseguia acreditar que ela estava lhe pedindo isso, era mais que um sonho.

— Eu ... adoraria — falou com um sorriso.

Ela sorriu e os dois seguiram para um pequeno restaurante próximo de onde estavam .

Isabella não sabia o que estava acontecendo , só sentiu que não podia deixá-lo ir, sentia uma ligação inexplicável, como se fossem feitos um para o outro, mas ela não queria se iludir, ao mesmo tempo não podia deixá-lo escapar , afinal não é sempre que o cara dos seus sonhos lhe bate a porta.

Conversaram a tarde toda, sobre coisas banais, mas a cada olhar, a cada palavra dita, a cada gesto feito, a cada sorriso , transmitiam um sentimento especial, uma alegria de estar um ao lado do outro. Isabella acabara de voltar da Espanha, onde passou um tempo na casa da mãe, logo depois de voltar da França onde conheceu Alice, decidiu passar um tempo com a mãe, mas essas viagens eram só uma desculpa, pensava que talvez se viajasse pudesse fugir do mundo, da realidade, da rotina, onde não aguentava mais viver, mas era hora de acordar.
Mas no irmão de sua amiga encontrou a fuga que precisava, e gostaria de entender melhor essa coisa que lhe tomava quando olhava para ele.

Seria o famoso amor a primeira vista ?