A Festa Do Divórcio escrita por Dri_Volarius


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Cap. novo galera, espero que gostem.
Esse cap ta bem grandinho, mas eu tenho quase certeza de que não ouvirei ou lerei, no caso, reclamações quanto a isso... E por isso espero receber coments... o bom combustível de todo autor. =** e vamos ao cap.



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A boate Louvre Club inaugurava no mesmo dia em que Bella havia voltado de Madri com a idéia da Festa do Divórcio pululando em sua mente. Por sorte ou acaso do destino, quando rumava para a casa de Rosalie passara na frente da tal boate e naquele mesmo instante decidiu que ali seria a sua festa. 

De acordo com o que Rosalie havia falado, os donos aproveitaram o espaço de uma antiga oficina mecânica para dar vida à magia da Louvre. Logo na fachada, uma pirâmide de quatro metros de altura foi inspirada no Louvre de Paris e com as letras de dois metros de altura que formam o nome do lugar, tomam conta de toda a entrada da casa.

Luzes vermelhas e douradas iluminavam o nome da casa enquanto que artistas circenses faziam performances na grande pirâmide de aço. A limusine de Bella parou em frente à boate e um dos seguranças que estava á entrada da casa apressou-se para abrir a porta do carro. Um tapete vermelho a aguardava.

- Tapete vermelho? – perguntou olhando admirada para Rosalie e Jéssica que saiam logo em seguida.

- E ainda tem mais surpresas gata! – disse Rosalie piscando.

Por exigência de Rosalie, Bella havia deixado parte da decoração a cargo da amiga, pois, de acordo com ela, não seria justo Bella não ter nenhuma surpresa ao planejar toda a festa sozinha e ninguém melhor que uma amiga super-fashion e que a conhecia para preparar algo especial para ela. No fundo Bella não havia se convencido daquela desculpa de Rosalie, mas ainda sim deixou amiga de divertir com o que mais gostava depois de homens, é claro.

- Mara!!! – Bella pegou um susto saindo do lugar quando ouviu o grito vindo da entrada da boate, virou a tempo de ver uma mancha rosa de braços magros fecharem diante de si. – Maravilhosa!!!

- Olá Jane! – cumprimentou quando a moça deu-lhe dois beijos no rosto, na verdade ela só encostou a bochecha na de Bella.

Jane Cristtofolletti é a promoter de festas que Bella contratara para organizar a sua. Quem olhasse a mulher de pouco mais de 1,50 de altura não poderia imaginar que ela possuía uma das maiores agencias de eventos de todo o oeste do país. Com seu jeito ligeiro e espirituoso havia conquistado Bella logo de cara. Mas com o decorrer do tempo ela foi ficando rápida demais, empolgada demais e espirituosa demais e Bella ficava perdida em meio aquele pequeno furacão, apenas Rosalie a acompanhava, foi por isso que Bella decidiu deixar a amiga resolver os últimos detalhes.

- Você está um must!

- Obrigada.

- Rose!!! – gritou sem necessidade já que Rosalie estava a dois passos dela. Bella tampou os ouvidos. As duas fingiram beijos de cumprimento. – Jéssica!!! – ela fez o mesmo com ela. – Meninas vocês estão mer-vei-lleux!!!

- Obrigada Jane. – disse Rosalie jogando o cabelo para o lado. – E as coisas como estão? Tudo certo? Nos conformes?

- Lógico cherrié! – Bella se perguntou aonde aquela mulher polida e simpática, cheia de idéias extravagantes, mas ainda sim simpática havia parado. – Você acha que eu, Jane Cristtofolletti, deixa a desejar? É lógico que não cherrié! Tudo está prontíssimo para receber todos os convidados.

- Ufá!

- E são esses os hommes yummy da noite? – perguntou andando até os quatro homens que olhavam para tudo alheios a qualquer coisa, menos Ementt que parecia mais uma vez ter caído de pára-quedas ali.

- Sim, são esses. – respondeu Jéssica toda sorridente.

- É... são bonitinhos...

- Bonitinhos? – Jéssica olhava de olhos arregalados para Jane, visivelmente ofendida.

- Cherrié, eu já vi mais yummy que esses. – continuou rodeando Emmett. Ele parecia três vezes o tamanho dela.

- Poxa.

- Mas dão pro gasto. – piscou para James que sorriu galante. – Você e você. – apontou para James e Emmett. - serão os escortes de Bella.

- “Esco” o quê?

- Acompanhantes, James. – Emmett respondeu sorrindo para Bella. Ela agradeceu internamente que Jane não tivesse escolhido Carlos Montana, o homem lhe causava... coisas.

- Isso! Vão fazer a grande entrada com Bella. – piscou para ela. - E vocês dois os réceptionnistes. – Jane completou olhando de Anthony para Montana. – Irão receber os convidados à porta.

Todos confirmaram com um aceno de cabeça,

- Bella, fleur de ma vie, - ela virou para Bella pegando suas mãos nas suas. - você vai entrar com cada homem ao seu lado. No seu casamento você entrou apenas com um, hoje você entrara com dois. Para dar um ar de prospérité. Certo?

- Certo!

Jane suspirou olhando para todos.

- Vamos lá! Mexam-se! – gritou pegando a todos no susto. – Bill? – chamou um dos seguranças. – indique o caminho do aux toillet para os rapazes. – o homem apenas meneou a cabeça e virou-se, logo foi seguido pelos quatros homens.

Rosalie deu um tchauzinho para Emmett.

- Então cherrié, pronta para ver o interior da casa? – olhou para Bella em expectativa.

- Prontíssima!

A parte interna da boate era ainda mais exuberante. O interior possuía uma estrutura digna das maiores casas noturnas de Los Angeles. Logo na entrada havia um Lounge externo que possuía um ambiente agradável para descanso ou a espera de amigos. Na decoração havia longas cortinas de veludo nas cores vermelhas, douradas e pretas e obras de arte que inspiravam o Louvre de Paris foram espalhadas de forma elegante pelas paredes. A parede oposta à entrada sustentava três espelhos grandes mais de formatos diferentes assim como a moldura de cada um: toda dourada com pequenas pedras brilhantes imitando jóias.

O teto era uma harmonia de grafismo rico em detalhes que envolviam com perfeição um lindo e luxuoso lustre de cristal. O desenho parecia estar saindo diretamente do lustre dourado. Ou seria lilás? As luzes do lugar, que já incidiam em varias direções, não davam para decidir, mas ainda sim era tudo muito perfeito. Globos de vários tamanhos com ladrinhos espelhados ficavam suspensos no ar por toda a extensão do teto. O chão era todo revestido de mármore preto que davam a sensação, quando as luzes incidiam sobre ele, de que se estava dançando no universo.

Também dentro da boate, haviam pequenos lounges com estofados de couro vinho o que permitia continuar na festa sem sair dela.  Espalhadas de forma organizada em quatro cantos da boate, mesas de vidro, com luzes por baixo, foram decoradas com lindos vasos de flores silvestres, sendo que em cada mesa uma quantidade exagerada de taças e mais taças, por enquanto vazias, deixavam ainda mais brilhante os espaços das mesas. Até incomodava ficar olhando por muito tempo.

Havia um pequeno palco ordenado com a mesma estrutura da pirâmide do lado de fora, onde um Dj testava o som.

Parecia que não havia muita coisa mudada ali, de acordo com o que lembrara de ouvir Rose falar, a casa parecia do mesmo jeito. Quando externalizou o pensamento para Jane a mulher quase teve um treco.

- O QUÊ??? TÁ DOIDA??? – ela andava de um lado para outro. Uma mão na cintura e a outra na testa. E não é que a mulher até perdeu o sotaque Francês! Pensou Bella olhando assustada perante o chilique.

- Er... desculpe Jane, mas eu nunca entrei aqui, então...

- Então deveria ficar calada! – a mulher andou até um dos sofás mais próximos. – Me tragam um champanhe! – gritou.

- Vai buscar Jéssica. – mandou Rosalie preocupada.

- Por quê eu?

- Você não ouviu Jane falar?

- Mas não foi necessariamente para mim.

- Anda logo!

- Ah... my... god! – Jane levantou-se em um salto e sumiu por trás de uma cortina preta.

- Bella! Por que você falou isso? – Rosalie perguntou puxando Bella para um canto. – Jane vai ter um siricutico aqui. – sua voz era estridente.

- Me desculpa, Rose, mas eu não to vendo nada demais aqui, só essas mesas parecem não fazer parte da decoração da boate, mas o resto... – Bella fez um movimento com os braços para explanar todo o espaço. - Eu paguei uma fortuna para não terem feito nada? – Bella falava aos sussurros.

Se perguntou do por quê está falando assim? Não tinha a mínima idéia, talvez seria por Rose esta usando o mesmo tom.

- Como não? – A voz de Rosalie foi ficando cada vez mais estridente. – Você não viu o tapete vermelho...?

- Sim!

- Os seguranças?

- Sim!

- As luzes lá fora?

- Pra mim continuam as mesmas de qualquer outra boate.

- Os artistas?

- Sim!

- A decoração?

- Parecem que já fazem parte do lugar, tirando as mesas, como eu já disse...

- Você que pensa cherrié! – disse Jane voltando com uma taça de champanhe na mão. Como ela as ouvira se falavam tão baixo? Pensou Bella. Poderes sobrenaturais? – A Louvre possuía em sua decoração apenas as cortinas pretas e algumas vermelhas, as douradas fui eu quem mandou colocar. O lustre? – apontou para cima. – Esse belo lustre possui essa variação de cor do dourado para o lilás por que fui eu quem mandou. – ela bateu no pequeno peito. – Teremos acrobacias aéreas com artistas circenses escolhidos especialmente por mim. Essa estrutura? – bateu na estrutura que rodeava o Dj com força. – Fui eu quem mandou construir só para combinar com a de fora. Teremos garçons belíssimos passeando com bandejas cheias de champanhe sofisticados e os canapés mais délicieux da cidade. Música de boa qualidade será tocada por este DJ. – apontou para o Dj que sorriu. – E só o aluguel dessa boate foi uma fortune!!!

- O dinheiro saiu do meu bolso, Jane, você só teria que organizar a festa!

- E você acha isso pouco? – Jane movimentou os braços e espirrou champanhe para todos os lados.

- Jane minha roupa! – choramingou Rosalie.

- Meu cabelo. – Jéssica fez o mesmo pegando os cabelos.

- Pelo menos você dá um trato nele! – Jane sentou-se no sofá mais próximo apontando para Jéssica com a taça. – Nunca ouviu em texturização, cauterização, relaxamento, hidratação... essas coisas?

- Saiba que o meu cabeleireiro é o melhor! – Jéssica cruzou os braços na frente do corpo e empinou o nariz.

- Eu acho...

- Parem! Será que dá para voltarmos ao assunto da minha festa? – Bella quase gritou, aquelas brigas sem sentido e supérfluas já a estavam tirando do sério.

- Calma, Bella. – Pediu Rosalie alisando os braços de Bella.

- Isso não tá dando certo.

- Está dando certo sim. Só é o cansaço que está nos deixando estressadas.

- Oh Dieu! O que eu não faço por meus clientes. – Jane levantou-se em um salto sumindo novamente por trás das cortinas.

Segundos depois Jane voltou, olhou para Bella, respirou fundo e suspendeu uma boa parte da cortina dando passagem para três carrinhos de alumínio sendo conduzidos por três garçons, que de acordo com o comentário de Rosalie, eram mais bonitos que os go-go-boys de Jéssica, exceto Emmett.

Os três carrinhos pararam na frente de Bella, fazendo seu queixo cair e sua boca formar um “O” bem redondo. Dos três carrinhos o que mais chamou a sua atenção foi o do meio, pois ali estava o seu bolo de divórcio. Olhou para Jane, ela lançava-lhe um sorriso presunçoso, muitos comentários vieram a sua cabeça, mas preferiu falar nada, Jane já estava se sentido por cima da cocada pra ela ainda ter que fazer mais elogios. Optou por admirar o bolo, ou melhor, a obra de arte.

O bolo possuía três andares de glacê branco e pérola, cores que combinavam com o seu vestido, a base de cada andar era revestida por fitas vermelhas e em cima do bolo, no último andar, aquilo que Bella havia entendido como obra de arte: o bonequinho dos noivos. Um pouco antes da confecção dos tais bonequinhos, Jane praticamente obrigou Bella a esmiuçar todos os detalhes possíveis da roupa que usaria no dia da festa, ela tentou fazer com que a promoter mudasse de idéia, pois queria que o vestido fosse uma surpresa para todos, mas Jane era Jane e ninguém podia contra a pequena mulher. No entanto, naquele momento, Bella soube exatamente o que Jane queria, o vestido da boneca de biscuit que a representava era uma copia quase perfeita do seu próprio vestido e todos os detalhes estavam ali, até mesmo aqueles que estavam em seu sapato também estavam no sapato da boneca. Era incrível! Ela tinha que admitir.

Depois de contemplar cada minúcia da sua boneca, partiu para aquele que representava seu ex-marido. O boneco estava com a roupa idêntica a que ele usava no dia de seu casamento, até mesmo a flor da lapela era igual. Aquilo foi assustador. Mais assustador ainda foi o aperto no coração que Bella sentiu ao visualizar a cena que os dois bonecos estavam protagonizando: a boneca-Bella estava empurrando para fora do seu bolo o boneco-Edward, que praticamente já caia. Bella estava empurrando Edward para fora da sua vida. Uma vida que muitas vezes sonharam juntos, mas havia se despedaço e o “para sempre” não aconteceria.

“Estavam envoltos apenas nas roupas que outrora usavam, mas que agora servia de algo como cama e lençol, as respirações não estavam mais descompassadas, o suor do corpo já havia sumido e o coração já batia normalmente. Bella suspirou aconchegando seu corpo nu mais ao de Edward que por sua vez depositou um leve beijo nos cabelos embaraçados da mulher. Aquilo era meio louco e eles nem bem tinham chegado à sala de jantar, pensou Edward, abrindo um sorriso.

- O que achou? – perguntou olhando ao redor.

- Maravilhoso como sempre, mas ainda sim não me acostumei. – Ela disse com a voz meio mole acariciando o tórax do marido.

- Estou falando da casa.

- Ah... – os dois riram.

- Mas é bom saber que você gosta.

- Acho maravilhoso. – ela mordiscou a orelha dele e foi impossível para ele não sentir o arrepio passar pelo corpo. Se continuassem assim não saberia se ela havia gostado do apartamento ou não.

- Mas me diga o que achou desse apartamento. Saiba que você pode mudar o que quiser.

Bella olhou ao redor e já definiu que a primeira mudança seria as cores das paredes, aquele cinza com bege não combinava em nada com ela, ou melhor, com eles. Admirou mais um pouco e já gostava dos tamanhos das janelas e das posições da portas, o lustre da sala seria mudado, mas aquele que estava lá não seria jogado fora. Mas até o momento só aquilo mudaria, pois não havia conhecido todo o interior do apartamento, nem ela e nem Edward havia perdido tempo com coisas banais. Sorriu passando a acariciar as pernas do marido até onde sua mão alcançava.

- Quer mudar alguma coisa?

- Em você nada.

- Estou falando do apartamento, Bella.

- Ah, sim. – sorriram. – Até o momento pouca coisa, mas ainda desconheço os outros cômodos para pensar em qualquer mudança.

- Quer fazer isso agora?

- Está muito bom aqui com você para me fazer mudar de idéia. – ela se aconchegou mais.

- Mas podemos experimentar os outros cômodos. – Edward puxou Bella ainda mais para junto de si.

- Quanto tempo ainda temos aqui? – perguntou em um sussurro. Era sempre assim, bastava o marido chegar perto demais para que todos os seus sentidos pervertidos aflorassem.

- Todo o tempo que você quiser. – ele sorriu diante a feição desentendida da mulher. – O apartamento já é nosso.

Depois disso foi difícil pensar nos outros cômodos.”

- Já sabe o que vai fazer?

- AH! Tá doido Jasper?!?! – Disse Edward assustado com uma das mãos ao peito e de olhos fechados. – Quer me matar de susto, filho de cruz credo? – perguntou ao homem que estava agachado ao lado do carro, como se escondendo, mas o rosto estava na altura do de Edward

- Desculpa, não foi minha intenção.

- E precisa chegar desse jeito?

- Que jeito?

- Assustando as pessoas?

- Não tenho culpa se você estava no mundo da lua. – disse Jasper depois deu a volta no carro e entrou sentando-se no ao lado de Edward, no banco do lado do motorista.

- Como você aparece assim do nada? Parece assombração. – Edward ainda estava visivelmente abalado.

- Pensei que você tivesse me visto. – Jasper olhou para o amigo que estava branco que nem papel. – pelo visto não viu. – Edward lançou um olhar homicida ao amigo que se encolheu no banco.

- O que veio fazer aqui? – perguntou Edward passando a olhar para frente. – Como me achou?

- Você poderia precisar de apoio. – Edward meneou a cabeça em concordância. – Te achei pelo carro. E cara, esse prata é muito chamativo, parece uma lantejoula gigante, alguém pode te reconhecer e pior me ver aqui, com você.

- Então cai fora.

- Essa eu não ouvi. – Jasper continuou. – E além do mais você está muito perto da entrada e isso aumenta as chances de nos verem aqui.

- Acho que você tem razão. – Edward ligou o carro. – Vamos para outro lugar.

- E passar na frente da boate? – Edward lançou um olhar de “obvio” para Jasper. – Lógico que não! Dê a ré e entra nesse beco. – mandou apontando para trás.

- Mas eu não posso dar a ré aqui...

- Não tem guarda de trânsito nesse horário, então vai logo antes que seja tarde demais.

Edward não sabia o que o fez dar a ré e entrar no beco, se foi o raciocínio lógico de Jasper ou o tom agourento que ele colocou nas últimas palavras, mas ainda sim parecia que o amigo tinha razão. O lugar estava parcialmente escuro o que facilitava a não percepção de seu volvo prata berrante.

- E agora? – perguntou Edward.

- Como está o movimento lá?

- Algumas pessoas já chegaram, na maioria mulheres. Algumas amigas da Bella da editora outras não faço a mínima idéia de quem sejam. – os dois olhavam para frente da boate onde mais um carro, um taxi, parava em frente. – Ah! Sua mãe também já está lá.

- O QUÊ?

- Ainda não desistiu de atentar contra a minha vida? Agora que me deixar surdo?

- Minha mãe? Lá? Naquele antro de perdição? Compactuando com as loucuras da sua ex-mulher? – Jasper estava visivelmente transtornado. Seus olhos estavam praticamente do tamanho de pires.

- Jazz, pára com o drama! É só a sua mãe. E quanto a Bella ser a minha ex-mulher é por pouco tempo, estamos aqui para mudar isso. – Edward olhou diretamente para a limusine parada na entrada do estacionamento próprio da boate.

- Minha mãezinha vai ser corrompida pelas loucuras da sua ex-mulher! – acusou Jasper erguendo um dedo em direção a Edward que mal lhe deu atenção.

- Pelo visto você não conhece sua mãe muito bem, Jazz.

- O que você quis dizer com isso? – o rosto do amigo ficou repentinamente vermelho.

- Jazz, dá um tempo.

- Vamos lá Edward, responda! – A voz dele estava ameaçadora.

- Jazz, presta atenção. – Edward relaxou no banco dirigindo o olhar para o amigo. – A sua mãe é uma mulher jovem, bonita e que está viúva há 10 anos, você acha realmente que ela está todo o tempo sozinha como demonstra pra você?

- Ah! Então não tem provas do que diz.

- Jazz, vai pelar frango. – Edward negou com a cabeça voltando sua atenção para a boate.

- Você levantou falso testemunho contra minha pobre mãezinha. Isso é calunia ouviu bem? Calunia! – Edward olhou para Jasper espantando, não podia ser verdade a ingenuidade do amigo em relação à mãe. – Peça desculpas. – Jasper cruzou os braços na frente do corpo.

- O quê?

- Peça desculpas por ter ofendido minha mãezinha.

- Fala sério, Jazz.

- Peça! – o rosto de Jasper começava a atingir novos tons de vermelho.

Edward balançou a cabeça negativamente, Jasper só poderia ser louco.

- Ok, ok. Desculpa. Satisfeito?

- Ainda não, mas já está bom por hora.

- Fala sério! – Edward resmungou.

- Hei! Aquele não é Jacob? – alarmou Jasper, apontando para frente da boate, mudando rapidamente de humor.

- Onde?

- Saindo do conversível vermelho.

- É ele mesmo!

- Mas ele não disse que não viria?

- Mas também não disse que viria.

- Cafajeste!

- E você pensava que Jacob Black não apareceria em uma festa cheia de mulheres que estão loucas para serem azaradas? – perguntou Edward.

- Todas, menos a minha mãezinha, lógico.

Edward bufou descrente.

- Mas quem é aquela saindo do carro com ele? – questionou Jasper, olhando uma bela mulher que agora andava de braços dados com Jacob Black até a entrada da boate.

- Não faço a mínima idéia. – respondeu Edward os vendo sumir pela entrada. – Mas deve ser alguém muito importante para Jacob ter que trazê-la para uma festa assim, onde tem muitas mulheres dando sopa.

- Todas, menos a minha mãezinha, lógico.

- Jasper, pára com isso!

- Ok. Uma mulher importante ou que tenha colocado cabresto nele.

Os dois riram.

- E agora? Alguma idéia? – perguntou Jasper contendo o riso.

- Eu queria chegar mais perto.

- Da boate?

- Não! Da lua. – Edward respondeu balançando a cabeça. – Jazz, você faz cada pergunta.

- Desculpa. Mas é por que estou com fome. – Jasper passou as mãos pela barriga que como para confirmar ao dono fez um sonoro barulho. – Como você pretende chegar mais perto sem ser visto? E depois que estiver lá vai fazer o quê?

- Jazz, você só faz pergunta difícil. – Edward respirou fundo e depois soltou. – Meu Deus, o que estou fazendo?

- Nada. – respondeu Jasper

- O problema é esse. Eu sei que tenho que fazer alguma coisa pra levar Bella para aquele jantar, só não sei o que. – ele já estava se desesperando.

- Oh senhor dos casais apaixonados e dos maridos corneados o que eu não faço por um amigo desses? – Jasper ergueu as mãos para o céu.

- E eu sou qual amigo, apaixonado ou corneado?

- Prefiro não comentar.

- Imbecil! – Jasper gargalhou. – Mas o que você pretende fazer?

- Ed. – Jasper se olhou rapidamente no espelho retrovisor do carro. – Olha e aprende. – então ele saiu do carro.

- Mas...

- Dãn. Dãn. Dãn-dãn-dãn. Dãn. Dãn-dãn-dãn. Dãn. Dãn-dãn-dãn. Dãn. Dãn-dãn-dãn. Dãnrãnrããããnnn. Dãnrãnrããããnnn. Dãnrãnrããããnnn...

- Mas que musica é essa, Jazz?

- Missão impossível, cara! Missão impossível! – Jasper atravessou a rua.

Edward juntou a mãos e começou uma prece silenciosa pedindo que o plano “missão impossível” de Jasper desse certo, senão Alice seria mulher viúva uma semana depois de casada.

*

A música já estava bem mais alta do que no momento em que entraram para conhecer a boate. Bella podia ouvir e sentir as pesssoas, seus convidados, em movimento pela boate, uma gargalhada aqui e outra ali já a faziam quase quicar na poltrona, que Jane a obrigara a sentar para esperar o momento da sua grande entrada, ansiosa para saber quem e o que estava acontecendo com a sua festa. Por que não poderia ser parecido com o seu baile de debutante que ela ficou em pé na entrada do salão cumprimentando todos os seus convidados? Por que este está longe de ser um baile de debutantes, cherrié, respondeu Jane, antes de sumir, mais uma vez, por aquelas cortinas pesadas e pretas. Aquele ato já estava incomodando demais.

Mas a promessa de que não ficaria ali sozinha, apenas assistindo o vai e vem dos garçons, a deixou bem mais tranqüila, principalmente quando descobriu que seus companheiros de exílio seriam James e Emmett. Ela havia gostado dos dois homens, mas aquilo durou apenas os primeiros 15 minutos, pois parentes possuíam mais assunto para conversar do que conhecidos e foi quase que imediatamente, depois dos 15 minutos, que ela perdeu o interesse pela conversa dos homens e passou a acompanhar os vai e vem dos garçons com bandejas que saiam cheias e voltavam secas em questão de segundos. Esperava que seus convidados ficassem logo bêbados, pois não perceberiam se a bebida acabasse antes da meia noite e isso era uma coisa que nem ela e nem ninguém gostaria que acontecesse.

Cruzou as pernas para depois descruzá-las e cruzá-las para outro lado. Chamou um garçom que passava por perto pedindo mais uma taça com água. Já tinha bebido quantas? Quatro? Não tinha certeza. Se continuasse naquele ritmo teria que usar o banheiro bem cedo o que no final das contas não seria má idéia, pelo menos ela sairia dali o mais rápido possível. Secou a taça de água com vontade, mas antes de pedir uma nova para outro garçom seus olhos se deparam com algo que fez seus ombros caírem: do outro lado de onde estava uma reluzente placa com os dizeres “banheiro para funcionários” chamou a sua atenção.

- Lógico que teria um banheiro só para eles. – resmungou, colocando a taça vazia na bandeja igualmente vazia de um garçom que passava.

- Disse alguma coisa Bella? – perguntou Emmett.

- Não. Nada. – respondeu esticando pernas.

- Deve esta sendo um saco para você ficar presa aqui não é? – perguntou James.

- Você não sabe o quanto.

- Sinto muito.

- Hum... sem problemas.

- Era para estarmos fazendo companhia para você, mas acabamos entrando em assuntos de família. – lamentou Emmett.

- O que é sempre difícil de não acontecer quando nos encontramos. – James completou sorrindo para o primo.

- Mas vocês não moram juntos? – perguntou Bella quase contente por estar sendo incluída na conversa de novo.

- Não. Emmett mora em uma república. – responde James. Bella percebeu por seu tom de voz, que ele não aprovava a decisão do primo.

- É perto de tudo. Não preciso pegar condução ou coisa do tipo.

- Mas não é necessário e você sabe disso. – disse James para o primo.

- Sinto muito James, mas já estou grandinho o suficiente para ter que ficar dependendo das suas caronas atrasadas.

- Mas ainda sim são caronas. – Bella sentiu que mais uma vez iria ser deixada de lado, mas aquilo não aconteceria de novo.

- Eu morei em uma república e Emmett tem razão em dizer que é perto de tudo. – Disse Bella levantando-se. - E por que você não tem um carro? – aquilo era muito estranho, pois até mesmo qualquer adolescente que tivesse a mínima condição de comprar um carro usado o faria. E para universitários, ainda mais que estavam no último ano, ter um carro fazia parte da natureza deles. Pelo menos no seu tempo era assim. Oh mais que cabeça a minha! Nem sou tão velha assim. Pensou se divertindo.

Ficou perdida em pensamentos e nem ao menos percebeu que os homens ficaram repentinamente calados, mas o silêncio deles acabou chamando a sua atenção.

- Desculpa, mas perdi alguma coisa? – perguntou sentindo uma leve tensão tomar conta do lugar.

Olhou de um para o outro, James estava vergonhosamente tentando esconder um sorriso que cismava em surgir em seu rosto, enquanto que Emmett olhava para todos os lados menos para ela e para James. Era impressão sua ou o rosto do homem estava um pouco vermelho. Até que James não agüentou e soltou uma sonora gargalhada Emmett o olhou homicida.

- Não há graça nisso, James. – brigou. Mas o primo não esboçou nenhuma outra reação a não ser continuar rindo.

- Onde não há graça? – Bella teve que esperar James se controlar para poder obter uma resposta, pois era visível que de Emmett não obteria nenhuma.

- É que... o Emm não sabe dirigir.

- E isso é motivo de graça? – perguntou Bella ainda sem entender. – ele pode aprender. Não é? – virou-se para Emmett que preferiu procurar algo de muito interessante em seus pés do que encarar Bella. Aquilo era estranho.

- Não. Não quando se tem medo. – respondeu visivelmente envergonhado.

- Você tem medo de dirigir? – perguntou Bella chocada. Aquilo não era normal.

- Shiii...! – pediu ele visivelmente constrangido. James voltou a rir.

- É meio estranho... mas... tudo bem... isso acontece não é? – Bella estava mais a fim de se convencer do que entender.

Para ela ou para qualquer pessoa que soubesse e pudesse dirigir era no mínimo difícil conceber a idéia de que uma pessoa, no caso um homem, universitário, quase formado, e ainda por cima com muitos músculos e aparentemente intimidador, quando não estava lendo livros de fisiologia e usando óculos de grau, não soubesse dirigir por ter medo. Era muito estranho! Inconcebível! E o que aquele homem não passava na mão de seus amigos e inimigos. Repentinamente Bella sentiu pena dele. O cara deveria sofrer, talvez por isso que era tão tímido. Mas quando Bella iria voltar a dar continuidade ao assunto, ou melhor, matar a sua curiosidade um aglomerado de pernas e braços, vultos enrolados na cortina preta e por fim vozes chamaram a sua atenção. Seria divertido senão fosse bizarro, parecia um filme de terror com fantasmas.

Bella, James e Emmett olhavam assustados aquela cena quando um homem alto e moreno de perfeitas feições indígenas invadiu a cozinha carregando Rosalie com um braço e puxando a perna que Jane tentava a todo o custo impedi-lo de mover. Se Bella não estivesse tão assustada teria rido da confusão, coisa que James fez com gosto. Emmett correu para tirar Rosalie dos braços do homem, no inicio ela se debateu, mas ao reconhecer Emmett praticamente se jogou no colo do homem.

- Santo Deus! Eu só queria entregar uma carta!

- Você não pode ver a noiva!

- Bella já é casada!

- Verdade. – Jane pensou rápido. – Você não pode ver a ex-noiva.

- Ah! Por favor. – o homem sacudiu a perna e Jane foi junto ate que por fim ela soltou descabelada e ofegante.

- Juro por Dieu, que nunca passei por nada parecido com a loucura que está sendo essa festa. Juro! – a mulher se levantou resmungando, olhou para o homem, empinou o nariz e sumiu pela cortina ajeitando os cabelos loiros em corte Chanel.

- E eu juro que nunca vi uma baixinha tão forte quanto essa. – disse ele ainda olhando para a cortina. – Exceto Alice. – Bella fingiu não ouvir o nome da ex-amiga. – E ai Bella! – olhou para a mulher com um sorriso de orelha a orelha.

- Oi Jake, como vai?

Bella nunca pensou que se sentiria tão bem ao receber o abraço do amigo, na verdade não sabia que necessitava tanto de um abraço. Talvez tenha sido por isso que ficou mais tempo do que o comum abraçada a ele, o que não passou despercebido por Jacob Black.

- Você esta bem?

- Anhan. – não foi convincente. – Só estou cansada.

- Quer ir embora? – aquele só podia ser o Jake, o seu melhor amigo homem, cresceram juntos e ele a conhecia muito bem.

- Não. – “sei”, pensou em completar. Mas quem ela estava tentando enganar? Se saísse dali para onde iria? O Alasca era frio demais.

- Você quer fugir então? – era visível um pouco de humor na voz dele.

- Eu só queria tirar 15 minutos longe dessa confusão. – Bella se separou dele. – Já estou toda bagunçada, minha maquiagem precisa ser retocada. Definitivamente preciso de um tempo sozinha.

- Talvez você não precise de 15 minutos apenas para isso. – Jacob disse a olhando nos olhos. Bella desviou sua atenção olhando para ele dos pés a cabeça.

- Nossa! Você está um gato! – disfarçou.

- Eu sei. – esnobe! Aquele era mesmo Jacob Black. – Você também está! Uma ex-noiva nada puritana e totalmente pervertida. – gargalharam. Bella deu um tapa em seu braço. – Mas não mude de assunto. – falou voltando a seriedade. O rosto de Bella murchou.

- Nada escapa de você não é. – Bella sentou-se.

- O que acontece com você, não. – Ele abaixou-se na frente dela. – Mas não precisa fazer essa cara. Confesso que quando recebi o convite e os rumores do que você ia fazer, sinceramente, não acreditei que você chegaria tão longe. Desculpa Bella, você pode ser meio louca, - ela sorriu. – mas nada disso faz o seu tipo. – Jacob apontou para as cortinas.

- Eu só queria inovar. Você sabe o quanto que eu gosto de novidades. – ela tentou sorrir, mas foi difícil.

- Só eu sei o quanto. – disse ele sorrindo. – Mas de qualquer forma não vim aqui para recriminar qualquer atitude sua...

- Obrigada. – disse sincera.

- Eu vim fazer uma entrega especial. – Jacob, sobre os olhos curiosos de Bella, retirou um envelope pardo de dentro do bolso interno do paletó que usava e colocou entre eles.

- Uma carta? De quem?

- Veja você mesma.

Bella pegou o envelope, não percebeu que suas mãos tremiam e que muito menos seu coração dava saltos ao invés de batidas. Olhou a carta com atenção e sentiu um misto de desapontamento e felicidade ao ver o nome de sua mãe escrita com a sua caligrafia fina que ela tanto quisera herdar.

- Como...

- Hoje, pela manhã.

- Eu não sabia que ela estava na cidade. – Bella sentiu o coração comprimir. Como sua própria mãe tinha ido à cidade e não foi visitá-la? Que descaso! Que triste! Quero minha mãe! Pensou.

- Nem eu. Mas antes de sair para a agência ela me fez uma visita. Fiquei totalmente surpreso por não esperá-la e muito menos àquela hora da manhã. Ela disse que seria breve...

- E ficaram a manhã toda juntos? Isso é bem a cara de Renné Swan. – se divertiu. Conhecia sua mãe muito bem para saber que se falasse que a visita era rápida ela passava um dia, se falasse que ficaria um dia, passaria uma semana e assim por diante.

- O pior é que não Bella. – os olhos de Bella se arregalaram. – Ela nem sequer aceitou o meu pedido para entrar e só o que fez foi me entregar essa carta. Pedindo que lhe entregasse, pois, como ela disse, palavras ditas não seriam suficientes para fazer você ouvir. Ela conhece a filha que tem. – Bella olhou para a carta, a tristeza a invadiu de novo. – E ai está. Além do mais, esses podem ser os 15 minutos que você tanto deseja. – Jacob levantou-se depositando um leve beijo na cabeça da amiga. – Gostaria de lhe apresentar uma pessoa. – Bella olhou para ele e não acreditava no que via, os olhos do amigo de repente ficaram intensos e brilhantes. – Ela é muito especial e está na festa.

- Está apaixonado, Jake? – perguntou sorrindo.

- Enfim estou.

- Garota de sorte.

- Garoto de sorte. – corrigiu. Jacob se aproximou das cortinas, mas antes de atravessá-las parou e virou-se para Bella. – Leia com carinho.

- Obrigada. – mas Jacob já havia ido.

Bella olhou para a carta, passou os dedos trêmulos de nervosismo onde estava escrito o nome da mãe. Será que 15 minutos seriam suficientes? Mas isso não importava, não quando tivesse conseguido sair dali. Olhou ao redor procurando uma rota de fuga e nada encontrou. Levantou-se rapidamente já arquitetando uma maneira de despistar a todos, foi quando seus olhos se encontraram com os de Rosalie. A amiga estava encostada a Emmett e parecia que havia ouvido tudo. Não foi preciso Bella dizer nada para que amiga já soubesse o que ela estava pedindo.

- Ok. Ok. O que eu não faço por você Bellalouca. – Rosalie rodou os olhos nas orbitas e olhou para Emmett e James. – Vamos precisar da ajuda de vocês.

*

Nossa! Que mundo era aquele?

Jasper, quando passou pelas portas de vidro da boate, rapidamente se perdeu na profusão de luzes, barulho e pessoas. Ficou parado olhando tudo ao redor e definitivamente chegava à conclusão de que a tal Louvre era mesmo sensacional.  Deu alguns passos em direção a pista de dança onde mulheres e alguns poucos homens se divertiam pra valer. Olhou atentamente e reconheceu alguns rostos ali. Alguns amigos íntimos, outros colegas de trabalho e outros que preferiu não olhar muito para não desconfiarem dele e o chamarem de dedo-duro ou x9.

Alice ia pirar com tudo isso. Pensou sorrindo, lembrando que um dia havia prometido levar a mulher, quando ainda eram noivos, aquela boate, mas alguns dias depois ela o fez jurar que nunca colocaria os pés naquela boate. E maldita a hora que ele passou a ajudar Edward Cullen. O bobão que não quer o divórcio! Cruzou os braços na frente do corpo passando a imaginar todas as ofensas que diria para o amigo se um dia Alice soubesse que ele esteve na festa de Bella.

De repente um grito e um par de mãos de unhas longas e vermelhas surgiram em seu peito. Jasper pulou para trás se livrando rapidamente das mãos de Jéssica Newton.

- Jaaaaasspppeeerrrrr!!!! – ela gritou. Jasper olhou ao redor notando que algumas pessoas ouviram mesmo a música estando alta.

- Aonde?

- Bem aqui na minha frente! – ela lhe apontou o dedo indicador em riste. – Você é Jasper!

- Lógico que não! Sou Bill.

- Bill? – ela parecia confusa e Jasper não deixou de notar que ela malmente se agüentava em pé. – Cara. Você é muito parecido com um amigo meu!

- Cara de sorte ele. – falou. Jéssica começou a rir estrondosamente.

Aproveitando a deixa, saiu bem rápido das vistas da mulher.

“Acho que não foi uma boa idéia entrar aqui sozinho. Se Alice desconfiar onde estou ela me mata! Ou pior, me castra!” pensou. Rapidamente ele olhou ao redor, tentando por seu plano em prática. Mas não fazia a mínima idéia de que tinha um plano até pensar nele. Levou às mãos a cabeça girando o corpo no mesmo lugar.

- Caramba! Se eu não fizer alguma coisa o Ed vai me matar.

- Jasper?! – ouviu alguém chamar o seu nome. Olhou ao redor procurando por uma nota de fuga. Não poderia deixar que ninguém mais o visse ali. Mas antes que decidisse um caminho mãos fecharam-se em seus ombros que murcharam. – Esta querendo se esconder, Jazz, ou é impressão minha?

- Eu... Jake!!! – Jasper nunca havia ficado tão feliz em ver o amigo e o abraçou, Jacob não demonstrou muita afinidade com o cumprimento e o afastou rapidamente. – Desculpe. – pediu Jasper sem graça. – Mas acho que estou ficando louco que nem o Ed.

- O quê? Ele ta aqui? – Jacob ficou surpreso e passou a olhar ao redor esperando que Edward saísse debaixo de uma mesa.

- Lógico que não. – negou Jasper alto demais, para logo em seguida puxar Jacob pelo o ombro e falar em seu ouvido. – Está a um quarteirão daqui.

- Fazendo o quê? - Jacob estava curioso.

Jasper olhou para o amigo com cautela. Pensou alguns segundos chegando à conclusão que não faria mal a ninguém se Jacob soubesse o que estava acontecendo, já que ele havia sido padrinho de Edward em seu casamento com Bella.

- Ele, ou melhor, nos dois estamos pensando em estratégias para fazer com que Bella fale com ele ainda esse noite. O cara ta desesperado! E eu também! Se Alice me pega aqui, ai meu Deus, não quero nem ver. – choramingou, mas parou logo em seguida, pois algo de diferente na expressão de Jacob chamou a sua atenção. – O que foi? Desembucha.

- Talvez o único momento seja esse...

- Do que você está falando?

- Há quase dez minutos entreguei uma carta de Renné para Bella, acho que ela vai querer ler sozinha e vai sair daqui.

- Da festa?

- Acho que sim.

- Pulgas que nos pariu! – Jasper levou às duas mãos a cabeça. – E agora?

- Cara. Corre! – Jacob disse segurando o amigo pelos ombros. – Vão atrás dela antes que ela suma com a limusine do centro. Essa é a única chance de vocês. Corre! – estimulou.

- Jake, hoje, você é o cara! – Jasper deu um tapa no braço do amigo e tentou andar o mais depressa possível que as pessoas na boate lhe permitiam.

Chegou à saída a tempo de ver a limusine, que outrora estava estacionada ao lado da boate, arrancar, alguns carros buzinaram. Viu quando Bella abaixou um pouco o vidro.

- Volto em 15 minutos! – gritou para Rosalie e dois homens que usavam apenas calças sociais segurarem uma mulher de roupa rosa que estava histérica.

- Para onde ela foi? – perguntou Jasper esbaforido ao lado de Rosalie.

- Credo! Vai matar a mãe de susto, Jasper! – disse ela com as duas mãos no coração. – O que você está fazendo aqui? – sua expressão era desconfiada.

- Para onde ela vai, Rose?

- Por que você quer saber?

- Não interessa! Fala logo Rosalie!

- Nem morta querido! – disse ela girando nos saltos e voltou para o interior da boate.

- Merda! – Jasper passou a mão pelos cabelos.

- Ela só foi dar uma volta. Parece que recebeu a carta da mãe e quer ficar sozinha. Não vai muito longe. – disse um dos homens para Jasper. O cara levou um tapa na nuca do outro que estava ao seu lado.

- Qual é o seu nome? – Jasper perguntou.

- Emmett.

- Emmett. Hoje, você também é o cara.

Ao dizer isso saiu correndo em direção a rua, mas ainda sim pode ouvir um dos caras lhe chamar de “maluco!” Atravessou a avenida correndo. Um carro freou em cima de si, o motorista lhe mandou o dedo do meio. Mas Jasper continuou correndo. Percebeu quando Edward saiu do carro indo a seu encontro.

- Jazz, o que...

- Corre negada!

- Mas... – por algum motivo Edward passou a correr atrás de Jasper.

- Só corre!

- Eu vi Bella saindo da boate!

- Sim! E nós vamos atrás dela!

- Mas ela está indo para o outro lado! – Edward apontou com o polegar para trás de si.

- Vamos pegar o meu carro!

- Mas o meu...

- É uma grande lantejoula. Todo mundo conhece o seu carro. – Jasper parou respirando profundamente, apoiando as mãos no joelho. Segundo depois disparou o alarme do carro, entrou e abriu a porta do carona, mas Edward continuava parado no mesmo lugar. – Entra no carro! – Edward piscou aturdido e entrou no carro. Jasper logo saiu cantando pneu.

- O que nos vamos fazer? – perguntou Edward respirando profundamente.

- Vamos atrás dela.

- E quando a encontrarmos faremos o que depois? – definitivamente ele estava sem idéias.

- Ed, tira a roupa. – falou sem pestanejar.

- O quê? – Edward praticamente gritou. – Tá doido homem!

- Edward, cala a boca e tira logo a roupa!

- Pra que?

- Meu chapa, cola em mim que vai ser o maior sucesso. – Jasper soltou uma gargalhada maquiavélica.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas do meu s2 (Principalmente aquelas que deixam coments huhuhuh) Muito obrigada por estar acompanhando a minha história.
É bom saber que de alguma forma estou fazendo parte da vida de pessoas que mal conheço ou nunca vi. hihihih
Três dias e já teve cap novo.
A rotina da fic seria essa, mas infelizmente vou ter que ficar sem pc por alguns dias e infelizmente não sei ao certo de quanto tempo, mas vou fazer o possível para cumprir esse prazo. Até mesmo por que já estou com ideias de novas histórias para compartilhar com vocês, mas pretendo fazer isso apenas quando terminar de postar essa aqui, ok.
No mais...
Obrigada pelos reviews... e por estarem acompanhando.
=**** e ótimos dias para vocês!