Aquilo era estranho ou no mínimo desconfortável. Mas a presença daqueles quatro homens na limusine teve o efeito de fazer com que aquelas três amigas, que outrora conversavam animadamente bebendo champanhe, se calassem constrangedoramente. Não que eles já estivessem trajados para fazer o que foram pagos para fazer, divertir uma noite louca e muitas mulheres, mas só a presença deles naquele espaço só tornava as coisas mais reais.

Elas haviam parado em frente ao Pub que Jéssica havia marcado com um deles como ponto de encontro. Assim que chegaram Jéssica ligou avisando e foi de queixo caído que elas viram os quatro homens saindo o lugar.

- Nossa Jéssica! Aonde você encontrou esses tem mais? – perguntou Rosalie baixando ainda mais o vidro do carro.

- Se tem eu não faço a mínima idéia, mas que eu trocaria o Mike por um desses facinho-facinho eu trocaria. – ela respondeu sorrindo enquanto acenava com uma das mãos os chamando.

- Eu não conhecia esse seu lado pervertido Jéssica. – comentou Bella vendo o primeiro homem entrar no carro.

- Nem eu amiga, nem eu.

Essa foi a última frase dita dentro do carro por uma delas, logo em seguida o silencio imperou.

Alguns minutos se passaram enquanto que das sete pessoas no carro, seis se encaravam e eram encaradas. Bella abriu a boca umas duas vezes para comentar qualquer futilidade, mas assim que a coragem vinha, ela passava e Bella tornava a olhar para um ponto qualquer do carro, enquanto passava a alisar vagarosamente o vestido. Se estivesse sentada ao lado da porta já teria escapado dali mesmo o carro estando em movimento ou não. Dava certo nos filmes.

- Então é você a dona da festa? A tal da Isabella? – comentou um dos homens, o que tinha os cabelos um pouco cumpridos.

- Como assim a “Tal da Isabella”? – perguntou se sentindo ofendida e empinando o nariz. Que ele vá chamar a sua mãezinha de “tal”, pensou irritada.

- Só curiosidade. – ele piscou para ela que virou o rosto. – Desculpe, mas é só modo de falar.

- Hum! – empinou ainda mais o nariz. – Sim. Mas é só Bella ok. E essas são minhas amigas: Rosalie Hale e Jéssica Newton.

- Olá! – responderam em uníssono.

- Newton? – perguntou ele com o cenho franzido encarando Jéssica. – Não era Stanley?

Jéssica sorriu disfarcadamente, bebendo logo em seguida um pouco de champanhe. – Er... Newton é meu nome de casada.

- Então?

- Eu esqueci momentaneamente que era. – sorriu amarelo.

- Não é uma coisa muito comum de se esquecer Dona. – disse outro homem, um negro que parecia ter 1,90 de altura.

- Pois é!

- E como se chamam? Jéssica parece andar meio esquecida ultimamente e não nos falou o nome de vocês. – perguntou Rosalie olhando de esgoela para a amiga que fingiu não perceber.

- Me chamo James Sinigan. – se apresentou sorrindo sedutoramente, mas parecia ser forçado demais. Bella se perguntou se aquela era uma forma de ser charmoso ou sedutor, prendeu o riso ao o comparar a alguém que estava sofrendo cólicas estomacais. – E esses são Anthony White. – apresentou um rapaz de cabelos lisos e negros e incríveis olhos verdes, um tanto parecidos com o de Ed... preferiu não terminar o pensamento. – E Carlos Montana. – o homem negro que fizera o comentário sobre o esquecimento de Jéssica era forte e de cabeça raspada, suas feições eram sensuais e Bella poderia jurar que qualquer mulher transpiraria instantaneamente só de olhá-lo, ela mesma já estava sentindo o suor brotar de sua testa e entre os seios. O homem piscou para elas e Rosalie emborcou a bebida de uma só vez.

- E ai meninas? – ele disse e Jéssica soltou uma risada estridente. Bella olhou para ela de esgoela, parecia que a amiga estava transpirando mais que ela. Conteve o riso.

- E aquele com os livros é Emmett. – disse apontando para o rapaz que sentara o mais distante possível do grupo e lia atentamente um livro sobre alguma coisa relacionada à estrutura óssea. – Emmett? Ei cara? Dá um tempo ai e cumprimenta as garotas. – James chamou jogando uma bolinha de papel no rapaz.

- Hãm? – espantou-se passando encarar pela primeira vez as moças no carro. Sua expressão parecia ser de alguém que caíra de pára-quedas ali.

- Por favor, não incomode. – Bella pediu contendo uma gargalhada. Meu Deus o que está acontecendo comigo? To surtando só pode ser. Acho que bebi champanhe demais, pensou mordendo os lábios para não rir.

- Oh! Me desculpe. Eu estava concentrado, tenho uma prova importante na segunda então... – James lhe lançou um olhar perplexo o fazendo calar quase que instantaneamente. – Er... desculpe. Como vão garotas? – disse arqueando uma sobrancelha. Dessa vez Bella não se conteve e riu deixando o rapaz embaraçado. James sacudiu a cabeça negativamente.

- Você faz faculdade? – Bella perguntou tentando se redimir.

- Sim. Curso Medicina na Universidade da Califórnia. – respondeu fechando o livro. – Na Ucla. – emendou dando de ombros.

- Sério? – perguntou Rosalie animada. – Eu também me formei lá a dois verões. – Ementt sorriu.

- Shiiii... agora ninguém mais vai falar. – Jéssica disse torcendo os lábios, mas Rosalie preferiu não discutir.

- Legal! – Ementt sorria. - Em Medicina?

- Sim.

- Essa ai se acha. – comentou Jéssica com James que somente riu.

- Cala a boca Jéssica! – Rosalie deu uma tapa na cabeça de Jéssica.

- Ei! Desse jeito você vai estragar o meu cabelo.

- Seu cabelo já está estrago querida.

- Tá lá, senhora perfeição. – resmungou Jéssica.

- Obrigada.

- Dá para vocês duas pararem, por favor? – Bella pediu ao notar que Jéssica iria revidar.

- Então. – continuou Rosalie jogando as madeixas loiras para o lado. – Me especializei em dermatologia e a quase um ano abri um clínica de estética.

- Interessante. – Emmett exclamou visivelmente interessado. – A área de atuação que pretendo seguir é a ortopedia. Já estou no último ano então já estava na hora de escolher.

- Isso é verdade. – Rosalie confirmou só sorrisos para o rapaz que não ficava atrás.

Bella olhou de um para o outro e meio que já sabia onde aquilo ia terminar, provavelmente na cama de Rosalie. Bella só esperava que a amiga não abusasse demais do rapaz, por algum motivo ela havia se afeiçoado a ele. Só não entendia o motivo de como alguém tão empenhado em ter um futuro brilhante como médico ortopedista havia parado dentro de uma limusine, integrante de um grupo de go-go-boys, com mais três loucas e seguindo em direção a um festa do divórcio animar um grupo de mulheres taradas. Bem cada um com as suas fantasias.

- E vocês três? Também são estudantes universitários? – perguntou Jéssica colocando um pouco mais de champanhe em sua taça.

- Não, não. – começou James rindo. – Eu sou dançarino mesmo. Ganho a vida sendo go-go-boy e... acompanhante. – sorriu abertamente. – Mas breve isso vai mudar.

- Por quê? – Bella perguntou franzindo o cenho.

- Algum tempo estou juntando uma grana pra abrir uma oficina para carros de luxo, como esse aqui. – disse batendo no banco de couro vermelho. – E estou quase lá.

- Espero que você consiga.

- Eu também. – de repente ele abaixou o tom de voz se inclinando um pouco em direção as três mulheres que instintivamente fizeram o mesmo, pois o sexto sentido para fofocas que só as mulheres possuem apitou em alerta. – Emmett é da família. Ele foi o único sensato em seguir para uma universidade. Na verdade nenhum de nós, os primos, havíamos conseguindo grandes cartas de admissão, então deixamos para lá. Mas Emmett foi o único a ser admitido pelas melhores. Mas tudo na vida não são flores completas e não tínhamos condições financeiras na época que lhe permitisse seguir para Harvard ou Dartmouth, então foi melhor ficar no estado. De vez em quando eu o chamo para uns trabalhos como esse, sabe, para ajudar no orçamento.

Os quatro olharam para o rapaz sentando distante, o livro estava mais uma vez aberto entre suas pernas e ele lia concentrado. Bella só conseguia pensar em uma palavra: Harvard. E ela pensou que o cara tinha fantasias. Louca!

- Lembra que eu impus que você deveria fechar o pacote com quatro rapazes Jéssica? – ela confirmou torcendo a boca. – Pois é. Era para ajudar esse cara ai. – Rosalie suspirou.

- Acho que encontrei o homem da minha vida. – ela olhava para Emmett e seus olhos brilhavam, as duas mãos com unhas pintadas de rosa foram ao peito.

- Mais um? – Bella perguntou sem se conter. Rosalie a fulminou com o olhar. – Não tá mais aqui quem falou. – Bella levou as mãos ao alto voltando a encostar-se no sofá.

- Vou logo dizendo que esse ai não é muito fácil não. Só vive para os estudos acho até que é gay. – disse James sorrindo, olhando para o primo que tirava óculos de grau da mochila.

- E vou logo dizendo que eu sou bem persistente. E se for gay, faço virar homem rapidinho. – Rosalie se levantou e caminhou curvada e se apoiando na lateral do carro em direção ao universitário.

- E olha que ela é bem capaz mesmo. – emendou Jéssica sorvendo o champanhe.

- E você Anthony o que faz? – perguntou Bella.

- Sou modelo e faço alguns cursos semestrais de artes cênicas. – respondeu sorrindo abertamente. Ele parecia ser uma pessoa essencialmente empolgada fazendo Bella lembrar-se de alguém muito especial, seu coração apertou ao pensar no sorriso de Alice.

- Então que ser ator? – inquiriu Jéssica.

- Estou tentando.

- Já fez algum trabalho?

- Algumas participações como figurante em alguns filmes e duas peças teatrais, mas em nenhuma fui o protagonista. – respondeu. Era evidente um pouco de angustia em sua voz. – Também trabalho como Office-boy e às vezes ajudo minha irmã a tocar o bar da família. Conheço James há alguns anos e meio que trabalho como free-lance na área dele.

- Nossa! Você e bem versátil! – Bella comentou.

- O mundo exige. – sorriu. – Mas o meu negócio mesmo é a atuação.

- Quem sabe você não poderia ajudá-lo Jessica? – Bella propôs com entusiasmo.

- Ih! Lá vem você com essa síndrome de Madre Tereza. – Jéssica cruzou as pernas sorvendo champanhe, de repente ela deu um salto no banco. – Olha que você pode ter razão Bella! – ela rapidamente se aprumou no banco, seus olhos excitados. – Acho que esse champanhe ta me adulterando, como eu não reparei nesse primor antes? Rose? – chamou pela amiga que mal lhe deu ouvido. Deu de ombros colocando um pouco mais da bebida na taça enquanto resmungava alguma coisa. Bella captou apenas algumas palavras como “Loira safada”, “barato” e “mão de vaca”. Balançou a cabeça negativamente.

Anthony olhava de Bella para Jéssica e dessa para a outra como se fosse um desenho animado. Bella ficou com medo de o rapaz ficar com torcicolo permanente.

- Jéssica tem uma agência de modelos. Ela e a sua equipe também dão apoio publicitário e fotográfico para algumas revistas de moda e fitness,

- Ta brincando? – Anthony ficou descrente.

- Lógico que não! – disse Jéssica com um aceno de mão. – Ou você acha que a Bella tem cara de quem brinca? – ele rapidamente negou olhando para Bella. – Eu conheço muita gente nessa vida e nas outras e Bella é a criatura mais sensata de todas. – Jéssica olhou Bella da cabeça aos pés. – Eu acho. – completou com uma careta. Todos riram. – Mas enfim, você tem porte e um rosto bem bonito que completa com esse... – apontou para o rosto de Anthony. – sorriso charmoso. Ideal para capas de revistas teens. Só está faltando verificar o físico, mas isso vemos depois. Caso não seja lá essa coisas temos o santo photoshop e você não sabe o quanto que ele ainda é utilizado. – Jéssica soltou uma risada estridente. Bella lhe encarou assustada. – No mais, caro rapaz, pegue meu número com James e passe na agência na segunda-feira. De tarde é melhor, menos tumultuado e não se esqueça de levar o seu book, precisamos saber como você se comporta com as câmeras também. Faremos um pequeno ensaio e mais uns blá-blá-blá de chatices.

- Er... desculpe, mas poderia ser segunda de manhã...

- Não abusa da sorte Anthony. – James o repreendeu.

- Só se você me der um bom motivo. – Jéssica cruzou as pernas balançando a taça nas mãos.

- Talvez não seja um motivo tão grande, mas eu leciono piano para algumas crianças, três vezes na semana. É onde me pagam melhor e se tento mudar um pouco os planos os pais ficam umas feras. – Anthony falou baixo, mas apenas uma única palavra chamou a atenção de Bella.

- Piano? – Bella estava com o cenho erguido. – Acho lindo! Lembro que quando conheci Edward pedi que me ensinasse só que a minha paciência não acompanhou muito os meus dedos.

- Quem é Edward? – perguntou Anthony curioso.

- Meu marido. – Bella respondeu sem pensar.

O som do pigarro pode ser ouvido do outro lado da limusine, Bella olhou para Rosalie e as feições da amiga não eram nada boas.

- Quero dizer, meu ex... ex-marido. – Bella se corrigiu e passou a olhar a rua através do vidro escuro da limusine.

- OK então. Segunda de manhã. – concordou Jéssica. – E viva a educação clássica das crianças! – terminou fazendo um brinde sozinha.

- Eu acho que mereço uma porcentagem maior em cima de vocês, seus aproveitadores. – James disse para Anthony. – Emmett parece que enfim vai desencalhar e você vai virar capa de revista. Acho que mereço uma grana a mais.

- Pois é. – comentou Bella com a voz baixa. – mas ainda falta o Sr. Montana.

- É verdade! – Jéssica exclamou batendo com a mão na cabeça. – O que acha?

Um momento de silêncio se fez presente na limusine até Bella, que ficara alheia a tudo, encarou Carlos Montana a tempo de ver o homem mexendo no bolso interno de sua jaqueta jeans, segundos depois, tirou de lá pequenos cartões em sua mão enorme.

- Repassando isso já está de bom tamanho. – entregou alguns para Bella e Jéssica.

Com a ajuda da luz interna do carro as duas mulheres puseram-se a ler o conteúdo de um dos cartões que estava na mão de Jéssica. Segundo depois as duas se entreolharam de queixo caído, depois viraram para Montana que sorriu e lhes lançou uma piscadela. Jéssica bebeu o resto do líquido de sua taça enquanto se abanava com as mãos.

*

- Pode falar, Edward. – disse Jasper ao celular.

- Como estão as coisas?

- Bem.

Edward não gostou daquela resposta.

- “Bem” como?

- Er...bem de bem, ora...

- Jasper! – Edward insistiu entre dentes.

- Er... que... bem... já está tudo meio que pronto. – Jasper tentou desconversar, mas havia um tom hesitante em sua voz que não passou despercebido por Edward.

- Explique esse “meio que pronto”.

- Você ou a Bella gostam de comida mexicana? Tipo burrito, enchilada, guacamole...?

- Jantar mexicano Jasper! – Edward praticamente gritou ao telefone. – Você não acha que a minha vida já virou uma novela mexicana pra você ainda querer comprar um jantar mexicano?

- Ed, foi a única coisa que encontrei a essa hora. Se eu fosse você não reclamaria não...

- Você já viu algum jantar mexicano romântico, Jasper?

- Er... não! – respondeu sem graça. Mas logo emendou. – Mas olhe só, você estará inovando! Que sorte heim! E logo você que queria fazer algo diferente, conseguiu!

- Ai meu Deus! – Edward olhou para o céu. – Só falta você me dizer que também contratou músicos mexicanos.

- Claro! Serviço completo! E os caras têm até bigodes e tudo!

- Jazz... cala... a... boca! – Edward falou entre dentes passando a mão descontroladamente nos cabelos. – Você está estragando tudo. Se eu soubesse...

- Calma ai, cara! – Jasper pareceu ofendido. – Sabe o que eu deveria estar fazendo agora e a essa hora? Deveria estar em minha casa, com minha mulher, em minha cama, aproveitando os primeiros momentos de casados. Mas não! Estou aqui ajudando você...

- Mas foi você que se ofereceu...

- Por que eu me importo com você seu idiota!

- Mentira! É por que você tem medo de Alice!

- Uma pena você achar que é só por causa disso. – e desligou o celular.

Edward passou a andar de um lado para o outro em frente ao prédio que Bella dividia com Rosalie após ter saído de casa. Ele queria ter saído, mas Bella achou que seria bem melhor se ele continuasse a morar lá, porque, de acordo com o que havia falado aos gritos, não conseguiria passar nem mais um minuto naquele lugar, e logo ela que havia escolhido toda a decoração do apartamento espaçoso deles, com todo o cuidado e carinho. Era ridículo ele continuar a pensar nessas coisas como se não houvesse algo de mais importante para fazer, como por exemplo, pensar em um plano B.

Depois de ter acertado com Jasper o que cada um faria em relação ao plano A, ele havia trocado de roupa rápido e rumado em seu volvo para o apartamento de Rosalie, com o intuito de tentar uma nova aproximação com Bella. Passado por essa etapa a seguinte seria fazer com que os dois ficassem sozinhos em algum lugar. Primeiro ele tentaria convencê-la a sair dali com ele por apenas alguns minutos para conversarem uma última vez, quem sabe até fazer com que ela enxergasse a loucura que estava prestes a fazer, o que de certa forma acabaria de vez com qualquer vestígio de uma reatação. Lógico que aquilo não era verdade, mas Bella não precisava saber disso.

Se não desse certo, ele ficaria de joelhos e imploraria se fosse necessário para que ela saísse dali com ele. Se isso também não desse certo, bem, um seqüestro ia ser meio complicado, mas ele estava disposto a fazer isso também. Não sabia como seqüestrar alguém, mas algo como uma corda e fita adesiva invadiam seu mente. No entanto, ele havia chegado tarde demais e, de acordo com o porteiro do prédio, fazia um certo tempo.

Porém, não era aquilo que o estava deixando ainda mais preocupadíssimo, mas sim o fato do porteiro ter mencionado o nome de alguém, isso fez com que os pêlos do corpo de Edward se arrepiassem. Era algo que ele não contava.

E outra coisa que também não estava em seus planos era o fato de ter sido tão rude com Jasper. O amigo estava se empenhando por ele e isso por si só já era muito. Pegou o celular discando novamente o número do amigo.

- O que é? – Jasper atendeu rude.

- Desculpa o seu mano aqui? – pediu Edward com sinceridade.

- Por quê eu deveria?

- Porque você é um cara bacana e tal. – Edward tentou brincar.

- Faça-me o favor Edward! Você é bem melhor que isso. – mas parecia que não havia dado certo.

- Tá certo. – Edward respirou fundo. – Desculpa, Jazz, sinceramente. Não deveria ter falado com você daquela forma. Está se empenhando muito em defender uma causa que nem é sua e acho até que vou gostar de comida mexicana. – aquilo era mentira, ele odiava comida com tempero forte. - Mas acho que estou ficando maluco e desesperado!

- É verdade o desespero, porque maluco você sempre foi. Mas só aceito se você falar uma coisa. – Jasper pediu em tom sério, mas Edward sentia que não vinha coisa boa por ai.

- O quê?

- Diz que eu sou o mestre! – Jasper gargalhou logo em seguida.

- Vá a merda, Jazz...

- Olha! – os dois riam. – Tudo bem cara. O que não fazemos por nossos melhores amigos.

- Obrigado.

- Mas você vai me dever essa. To pensando em umas coisas bem legais para o aniversario de Alice mês que vem.

- Pode contar comigo.

- Mesmo que não pudesse eu iria cobrar.

- Eu sei disso.

- Então, temos novidades?

- Elas não estão mais aqui.

- É. Eu já desconfiava. – disse Jasper pensativo. – E agora?

- Estou pensando em um plano B.

- E ai?

- Ainda não pensei direito, mas não é isso que está me incomodando. – Edward passou a mão por seu cabelo de novo, sentando-se no meio fio.

- Passou a mão pela cabeça? – Jasper perguntou sério.

- E o que isso tem haver? – Edward franziu o cenho.

- Isso diz se realmente é serio ou não. – Edward rolou os olhos.

- Posso continuar?

- Por favor. – Edward balançou a cabeça negativamente.

- Jéssica Stanley Newton.

- Cruz credo! Sai de ré satanás! – Edward podia jurar que até o sinal da cruz o amigo havia feito.

- O porteiro me disse que ouviu Rosalie falar o nome dela antes de saírem em uma limusine.

- Limusine?

- Exato.

- Jéssica Newton?

- Ela mesma.

- Então, meu caro amigo, não querendo tirar todas as suas esperanças, mas já o fazendo: definitivamente era uma vez o seu casamento.

- Por isso que disse que algo me incomodava. Por que se Bella pediu ajuda para a Jéssica, então é porque ela está realmente muito firme em sua decisão. – Edward já havia pensado naquilo, mas colocar para fora tornou tudo muito real e ainda mais doloroso.

- Jéssica é maluca e maníaca e, sinceramente, não sei como Mike a agüenta. – Jasper reprovava.

- Ele viaja muito.

- O que talvez justifique dela ser assim.

- Pelo o que Bella já me disse, ela sempre foi assim.

- Então não tem cura? – perguntou Jasper em desolação.

- Acho que não.

- Coitado do Mike.

- Coitado mesmo.

- Não queria estar na pele dele.

- Nem eu. – Edward piscou algumas vezes. – Jasper vamos parar com isso. Parecemos duas candinhas fofocando a vida dos outros.

- Quê Candinha, o quê! Eu sou muito é macho!

- Mas fofoca que nem uma velha de subúrbio. – Edward começou a rir.

- Culpa da Alice. – Jasper se defendeu. Edward continuou a rir. – Sim. Desistiu?

- Claro que não! – Edward se sobressaltou e levantou-se. – Só fui pego desprevenido. Jéssica é meio maluca, mas não tenho medo dela.

- Tá certo! Se vista de homem! – Jasper encorajou. – E vais fazer o quê agora? 

- Fazer o que já deveria ter feito. – Edward entrou em seu carro e o ligou. O urro do motor foi alto. – Vou à festa.