Isabella Decide Morrer escrita por PATYPATT


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

KKKKKKKKKKKKKK....Gente, não esqueçam que essa fic é um ROMANCE, apesar de ser também uma lição de vida!
Então,CALMA!!Leiam que vocês se surpreenderão! Bjos!



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ISABELLA DECIDE MORRER – Cap 2

Carlisle observava Edward sentado no galho alto de uma árvore. Isolado de todos, trancado dentro de sua dor. Ele sabia que o único problema daquele rapaz fora causado pelo o trauma que o impedia de falar. Tentara diversas táticas para ver se conseguir um diálogo ou mesmo uma reação, por mínima que fosse, mas, desde que o pai o trouxera para cá a alguns anos, seu quadro se mantinha inalterado.

Com um suspiro resignado caminhou até a mesa e apertou o ramal interno da enfermaria.

- Enfermaria, Sam falando.

- Sam, por favor, vá com mais alguém buscar o Edward que está na árvore e traga-o aqui.

- Sim, doutor.

Depois de alguns minutos Edward entra acompanhado pelo Sam e o Jacob.

- Obrigado, Sam. Por favor, espere na sala ao lado. – agradeceu Carlisle – Sente-se Edward.

Edward sentou-se e ficou fitando a parede.

- Eu pedi para que viesse por que quis avisar que a visita anual do seu pai está marcada para a próxima semana. Ele vai perguntar se você teve algum progresso... Teve algum progresso, Edward? – Carlisle sempre fazia perguntas instigando Edward a responder, mas, ele permaneceu estático olhando para a parede.

- O Villette funciona para a grande maioria das pessoas que vem aqui – continuou Carlisle – Nos dois últimos anos sugeri para o seu pai que seria melhor ele levar você para casa, mas, ele achou que seria melhor... Para você, ficar aqui. O que acha disso, Edward?

Vendo que Edward não reagiria a sua tentativa de diálogo deu por encerrada o monólogo.

- Sam...

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- 850, 851, 852, 853.... Você acordou! Está melhor?

Bella virou-se para olhar quem era a dona da voz que lhe falava

- Eu sou Alice, sua colega de quarto. – disse oferecendo um maço de cigarros para a Bella que negou em silencio. Uma gritaria começou no corredor e Bella levantou assustada para ver o que acontecia. Um jovem estava tentando se despir enquanto era impedido pela enfermeira que o repreendia firmemente.

- Este lugar não é tão ruim, sabia? Tem ótimos remédios... Você é muito bonita. – vendo que Bella não respondia, continuou falando – Eu vou te dizer qual é o macete aqui... É uma estória: ”Era uma vez um mago poderoso que queria destruir o mundo inteiro e pra isso pôs uma porção mágica no poço no qual todos os cidadãos bebiam...

Todos que bebiam dessa água enlouqueciam e o rei quando viu o seu povo tão mudado ficou aterrorizado. Estava se preparando para abandonar a cidade quando a rainha o deteve e disse: Vamos beber a água do poço, assim ficaremos como eles. Assim, eles beberam da água do poço comunitário da loucura e logo ficaram tão loucos quanto os seus súditos. “E, foi assim que o rei pode continuar a reinar em paz e pelo resto dos seus dias”. Portanto, aprenda a pensar como as pessoas ao seu redor pensam e poderá passar por qualquer coisa. Acha que as pessoas lá fora são menos loucas do que nós?

- Eu não sou louca!

- Você vai mesmo morrer?

- Quem disse isso para você?

- Ah... Você sabe... Falatórios, falatórios... Blá, blá, blá, blá...

- Eu não quero esperar. Sabe como posso conseguir alguma coisa? – Bella se aproximou mais interessada

- É sério? – Alice me olhou espantada. Bella assentiu – Vem fumar comigo, lá fora. - propôs.

- Não obrigada.

- Ah... Qual é? Se vista! Não vai querer que pensem que você é louca, não é?

Bella se trocou rapidamente enquanto Alice a esperava impaciente e seguiram para o jardim. A noite estava ligeiramente fria e o cheiro dos eucaliptos perfumava o ar levemente. Sentaram-se num banquinho e avistaram mais adiante Esme e Edward junto com algumas pessoas que aproveitavam o ar da noite.

- Pergunte a Esme. – Alice falou de repente – Ela irá te dizer como conseguir os comprimidos. Ela é a paciente que está aqui a mais tempo. A turma dela tem mordomias, aqui. Se não quiserem não precisam tomar os remédios. Ela era advogada antes e era casada com um advogado, mas, perdeu o emprego teve uma crise e acabou aqui. O casamento dela também acabou. Ela é muito próxima ao Dr. Carlisle.

- Você acha que ela me ajudará? – quis saber Bella

- Eu não sei, mas, se ela não quiser falar com você, não vai ajudar.

Nesse momento Edward se vira e olha diretamente para Bella. Eles ficam se encarando por uns segundos até Edward lhe voltar às costas novamente.

- E ele? – Bella pergunta

- É o Ed. Eu sei... Ele é lindo. Mas, não dá para falar com ele. A Esme sabe lidar com ele, mas, só ela. Ele foi largado aqui anos atrás.

- Anos? – Bella questionou olhando para Edward que as olhou por uns segundos mais uma vez.

- É o que acontece. Ele sofreu um acidente e quando se recuperou tinha parado de falar. A namorada dele estava no carro com ele. Ela morreu na hora. Ele acha que a matou.

- E o que dizem que ele tem – perguntou curiosa.

- Ai meu Deus! Vivem mudando... Catatonia, “esquiso” isso, “esquiso” aquilo... Não adianta se interessar por ele. Ele não liga para ninguém.

- Também não estou interessada em ninguém. – falou a Bella abaixando a cabeça

- Nem em mim? - Questionou a Alice com inocência.

- Estou morrendo de frio! – exclamou Bella se levantando para entrar

- Espere, vou com você. Você alguma vez fez uma viagem astral?...

Caminharam para o prédio sem perceber que eram observadas por um par de olhos verdes.

No dia seguinte uma enfermeira entra no quarto de Bella avisando que Dr. Carlisle que falar com ela.

Bella entra na sala dele abraçando o próprio corpo.

- Como está Bella? – Carlisle cumprimenta Bella que não responde. – Seus pais estão esperando aí fora – soltou de uma vez

- Não! – Bella levantou num salto – Eu... Eu não posso vê-los. Eu não vou vê-los!

- Mas, eles querem te ver, Bella. Eles vieram até aqui. – Carlisle disse sem se abalar com o descontrole dela.

- Contou para eles?

- Não. Você pediu para não contar. Deixei para você fazer isso.

- Como? Como posso contar a eles? – questionou nervosa enquanto passava as mãos pelo cabelo. Carlisle pensou por alguns minutos e a encarou

- Eu acho que deve vê-los. – disse firme. Bella encarou-o por uns minutos e em seguida assentiu indo se sentar.

Carlisle se inclinou sobre a mesa e apertando o ramal da secretaria pediu:

- Mande entrar o Sr e Sra Swan.

Os pais de Bella sentaram-se no sofá indicado pelo Dr. Carlisle depois de cumprimentá-la.

Após alguns minutos de silencio constrangedor, Renée começou a falar

- Bella sempre tirou notas boas, sempre andou em boa companhia, sempre teve empregos bem remunerados.

- Nunca tivemos nenhum problema com ela – disse Charlie – Ela... - virou-se para a filha – Você sempre nos deixou muito orgulhosos.

- Doutor como vai fazer para que ela melhore? Isto é, pra voltar ao normal?

- Ele é um bom médico, Renée. – disse Charlie contemporizando.

- Bom... Em primeiro lugar, sua filha tentou se matar e vocês não devem se envergonhar disso. Em nossa sociedade sentimos que devemos ser felizes, do contrário nos sentimos perdidos e fracassados. A idéia é conversar. Com Bella, principalmente. – falou Carlisle encarando os pais.

- Conversar?? – Renné se alterou – Deveríamos ter voltado – disse se virando para Charlie.- Por que você nunca me ouve?

- Pai... Quanto estão te fazendo pagar por este lugar? – Bella questionou irritada

- Não é nada. Esqueça. O mais importante agora é a sua saúde. Claro que seria melhor que estivesse conosco, descansar um pouco... – Charlie disse cuidadoso

- Às vezes, ficar longe de todos e até dos entes queridos pode ajudar as pessoas a se acalmar. – interrompeu Carlisle

- Claro. Este... Este lugar vale a pena. Vindo para cá eu notei que tem um belo piano. – disse Charlie

- Toca piano? – Carlisle a encarou surpreso

- Não! – Bella foi taxativa

- Oh, sim doutor... Ela... – começou Charlie e foi interrompido pela esposa

- Ela tocava muito bem. Mozart, Bach... Todos os professores achavam que ela muito talentosa.

- Não importa. Eu não toco mais. Não é nada – cortou Bella constrangida

- Ela até ganhou uma bolsa, mas, achamos melhor ela estudar numa escola tradicional outro curso para que nunca lhe faltasse um emprego bem remunerado. – disse Renée.

- Nós podemos parar de falar sobre isso, por favor? – Bella pediu com voz alterada. Carlisle observava tudo em silêncio, avaliando a relação da Bella com os pais e entendo sua frustração, nessa relação apesar do visível amor entre eles.

- Só queremos que seja feliz! – Renée também exaltada

- Nós podemos parar? – gritou Bella chocando seus pais. – Desculpem. – murmurou envergonhada.

- Tudo bem, querida. Tudo bem – Charlie tranqüilizou-a

- Sinto muito. – murmurou Bella abaixando a cabeça

- Bella, você não quer dizer mais nada para os seus pais, enquanto estão aqui - Carlisle quebrando o silencio pesado que se instalou no ambiente.

Bella negou com a cabeça.

- Tem certeza? – pressionou e ela o encarou com olhos suplicantes. – Bom, é um longo percurso até Forks... Não vão querer pegar estrada a noite – disse Carlisle encerrando a visita.

- Eu creio que sim. Voltar para Forks a noite pode ser horrível. – concordou Charlie levantando-se e todos o imitaram.

Renée abraçou fortemente Bella e ambas choraram em silêncio. Após fazer um carinho na face da filha ela se afastou para que Charlie pudesse se despedir.

- Olha, quando o Dr. Carlisle disser que tudo bem, vá lá para casa. Fique um tempo com a gente. Está bem? – perguntou e Bella assentiu com lágrimas nos olhos. Ele a abraçou forte fungando para não chorar e Bella saiu do abraço indo para a janela envolvendo o seu próprio corpo com seus braços.

- Até breve – Carlisle despediu-se

- Até breve e obrigado – respondeu Charlie

- Foi um prazer – Depois que os pais de Bella saíram ela passou por Carlisle que a observava sem nada dizer e saiu correndo pelo corredor em direção ao quarto. A dor que ela sentia no peito era tamanha que tinha certeza de que o aneurisma estava se rompendo naquele exato momento.

- É agora. – murmurou antes de cair na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Na terça-feira postarei o capitulo 3. Prometo muitas emoções nele!Até lá! Bjos e obrigada pelos reviews!



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