Isabella Decide Morrer escrita por PATYPATT


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa estoria não me pertence, repito.É uma adaptação que fiz de um romance do Paulo Coelho que por se tratar de uma linda estoria de amor, superação e uma grande lição de vida resolvi trazer para vocês nos personagens da Tia Steph.
So Enjoy it!



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ISABELLA DECIDE MORRER – Cap. 1

De frente para a janela do seu quarto Bella contemplava a melancólica paisagem que dava para o bosque. O dia nublado e frio parecia cúmplice com a sua decisão.

- Sim, este definitivamente me parece um ótimo dia para morrer. – murmurou pensativa.

Desistiu daquela vida sem sentido, tinha cansado de sua depressão, companheira fiel e constante desde a sua infância até os dias de hoje, do peso da solidão, do desencanto pela desigualdade no mundo e da crueldade das pessoas.

Dos anos vividos até hoje, nunca sentiu que pertencia a esse mundo e não fora realmente feliz um dia sequer.

S e esforçou para ser a filha perfeita, a aluna exemplar sempre com as notas mais altas do colégio e depois na faculdade, se formou com louvor no curso que os seus pais decidiram que ela faria.

Eles escolheram um em que seria bem sucedida profissional e financeiramente, mas, ela não gostava de Engenharia. Nunca gostou. E eles nunca souberam disso... Nem perguntaram. Mas, também não faria diferença se soubessem.

Tinha vivido essa vida sem sentido até aqui. Hoje a morte com quem flertava a algum tempo, finalmente iria tomá-la num abraço libertador.

Não queria que este momento fosse algo violento, que causasse sofrimento a si ou a seus pais mais do que o fato da sua morte certamente já causaria. Nada dramático tipo se enforcar, de se jogar embaixo de um carro ou ter o seu crânio esmagado por uma bala... Muito menos cortar os pulsos, porque, passava mal com o cheiro de sangue.

Decidiu que partiria dormindo e que seria encontrada com um sorriso nos lábios e uma expressão finalmente feliz. Olhou para as quatro caixas de sonífero que estavam em cima da cômoda do seu quarto. Conseguira com dois amigos que ficaram penalizados com as suas queixas constantes de que não conseguia dormir a dias.

Caminhou até o banheiro, tomou banho, escovou os dentes, penteou o cabelo... Tudo com movimentos que expressavam a calma pela certeza da decisão tomada. Vestiu uma camisola e sentou-se com as caixas de sonífero numa mão e um copo com água na outra. Ainda lentamente foi ingerindo os comprimidos um a um.

Deitou-se e ficou aguardando o efeito dos remédios... Toda sua vida passava diante dos seus olhos como um filme, onde representava um pálido papel.

Começou a sentir enjôo e cólicas fortes, mas, não sentia arrependimento pelo seu ato. Melhor assim... Sorriu ao sentir seus olhos começarem a fechar e a letargia tomar o seu corpo como um beijo de um amante suave e ao mesmo tempo possessivo... Foi seu último pensamento...

Bella abriu os olhos só para fechá-los em seguida confusa. Milhões de luzinhas piscavam cegando-a.

Será que morri? Mas, então tinha alguma coisa errada – Bella pensou - Se havia morrido, por que ainda sentia dor?  Um gemido chamou a atenção da enfermeira para si.

- Você acordou. Vou Chamar o médico para falar com você. – disse a enfermeira saindo.

Bella Conseguiu finalmente focar os olhos na figura de uma linda mulher que saia apressada. Loira, corpo escultural e rosto perfeito. Parecia um anjo, totalmente vestida de azul. Esquadrinhou com os olhar o quarto que se encontrava.

Obviamente sua tentativa de suicídio fracassou e devia estar no hospital.
O som da porta se abrindo tirou-a dos seus pensamentos. Um casal vestindo jalecos brancos se aproximou da cama.

- Sou a Dra Carmen e esse é o Dr. Carlisle Cullen. Como se sente? – perguntou com voz suave.

- Onde estou? – Bella questionou com voz rouca.

- No Villette Isabella, você esteve em coma em tratamento intensivo por duas semanas antes de ficar bem pra ser trazida para cá.

-  Villette?

- Uma clínica psiquiátrica particular. – esclareceu Carmen.

- Claro. São psiquiatras. – constatou com um sorriso amargo. – Por que estou aqui? Quem me pôs aqui?

- Seus pais aprovaram Isabella.- disse Carmen

- Bella. Chame-me por Bella. – corrigiu

- Bella, será que eu posso te fazer algumas perguntas?
Bella ficou em silencio e Carmen prosseguiu...

- Qual a sua data de nascimento?

-  Vinte e três de setembro de dois mil e...De mil novecentos e oitenta e seis.

- Qual o seu endereço?
Bella ficou em silêncio por uns minutos...

- Não...Não me lembro – respondeu confusa.Percebeu a troca de olhares entre os médicos.

- Onde trabalha?

- Na construtora Stanley. Ganho U$ 75 mil por ano mais o seguro. – disse firme

- Qual é a cor do meu cabelo? – Carmen quis saber

- Loiro. – respondeu insegura.

- Tem certeza? – insistiu Carmen, pois seus cabelos eram castanhos. Ficou claro para os médicos que a paciente apresentava um estado mental confuso, mas, que ainda era por efeito dos remédios tomados.

- Por quanto tempo tenho que ficar aqui? – Bella quis saber

- Não é tão simples assim. – Respondeu Carlisle.

- Escute doutor, eu não sou louca, apesar dos fatos indicarem o contrário. Prometo que isso não vai mais se repetir. Só, por favor, me deixe ir pra casa. - implorou

- Bella... Infelizmente, não temos boas noticias sobre o seu caso. Quando tomou a overdose o seu coração parou e você teve um infarto que causou um aneurisma ventricular. Em termos leigos, você danificou o mecanismo que bombeia sangue para o seu coração e causou danos irreversíveis nele. O infarto produziu uma cicatriz que se tornou um aneurisma grande demais para ser operado e que ficará maior até que finalmente se rompa. – disse Carlisle sério.

- Então, vou morrer no fim das contas. – afirmou mais do que perguntou

- Receio que sim. – confirmou Carlisle

- Bom...E quanto tempo eu tenho? Anos?  Um ano?... Meses? – perguntou com voz trêmula.

- Não sabemos ao certo. Mas, não serão meses. - disse Carlisle se aproximando - Talvez dias, ou semanas.

- E tenho mesmo que esperar?- perguntou com voz tremula - Digo, já que vai acontecer, não posso escolher o momento? Por que não me matam logo?- perguntou com lágrimas nos olhos.

- Sinto muito querida. – Carmen apertou a sua mão num gesto de conforto. – Isso já é demais para você assimilar.

- É. É sim – se manifestou Carlisle aproximando-se um pouco mais. – Acho que já dissemos o bastante por enquanto. Achamos que este é o melhor lugar para você. Vai tomar injeções regulares para o coração que podem fazê-la sentir-se mais cansada, mas, vamos fazer de tudo para que os seus últimos dias aqui sejam... Bem agradáveis. – falou com a frieza de um médico que tentava ser o mais gentil possível ao anunciar a morte para o paciente.

- Os meus pais sabem? – Bella perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

- Não. Ainda não – respondeu Carlisle.

- Por favor, não contem para eles. – pediu Bella

- Agora descanse Bella. – disse Carlisle encerrando a conversa. - Rose, você pode fazer a gentileza? - chamou

- Claro Dr. Cullen. – disse a enfermeira se aproximando com uma seringa na mão e aplicando um liquido transparente no meu soro, tive tempo unicamente de sentir as primeiras lágrimas caindo pelo meu rosto antes da escuridão me tomar.


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Notas finais do capítulo

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