Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 7
Suicídio


Notas iniciais do capítulo

Leiam xD



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- Sou seu pai. Tenho meus motivos para estar aqui.

- Você é um desgraçado, isso sim! – afirmava Olívia, fitando o mesmo com ódio, fuzilando-o com o olhar.

Naquele momento, um carro preto se aproximava da mansão. Era o carro de Villona.

- Creonte... Você sabe quem é aquele homem de chapéu ali? Nunca o vi na vida! – perguntava Villona, confusa, fitando o homem por trás.

- Não, não sei... Vamos para lá, talvez você o conheça de perto.

- Certo. Pela simpatia da Olívia acho que esse cara não deve ser tão indesejável...

O carro estacionou e Villona saltou do carro, aproximando-se do portão da casa de Olívia.

- V-Você?! Depois de tanto tempo? – berrava, aflita, ao descobrir que o homem de chapéu era nada mais nada menos que seu próprio pai, Peponi Muenda.

- Villona?! Você cresceu, minha filhinha querida. – comentava Peponi, pronto para apertar as bochechas da filha.

- Eu particularmente não quero que me chame assim. Mas vamos entrar, ficar aqui não vai resolver nada.

- Entra logo, verme. E diga o que você pretende com tudo isso.

Todos se sentaram no sofá da enorme sala de estar da mansão de Olívia. Jéssica servia café para todos os presentes no cômodo.

- Obrigada, Jéssica. Agora pode ir, por favor. – agradeceu Olívia.

- Certo, Dona Olívia. – respondia Jéssica, retornando à cozinha.

- Pode dizer, adorável papai. O que você deseja neste dia, que era pra ser tão bom e já foi desgraçado pela sua presença?

- Eu gostaria de te pedir desculpas. Estou seriamente arrependido do que havia feito com vocês três.

- Papai, acha mesmo que tem alguma chance? – perguntava Villona Nigma, decepcionada com a atitude que o homem havia tomado há anos atrás. – Eu era muito pequena, mas lembro de tudo muitíssimo bem.

Creonte assistia a cena sem pronunciar nada, pois jamais havia visto o homem em toda a sua vida. Somente em algumas fotos.

- É mentira dele, Villona. Só voltou por causa do nosso dinheiro. – afirmava Olívia, fuzilando novamente o pai com os olhos.

Lerato preparava-se para descer as escadas quando escutou toda a discussão.

- Peponi? Depois de tanto tempo, volta dessa forma, do nada?

- Olívia, meu bem, deixa eu te explicar toda a história de uma vez. Sem interrupções. Quando me separei de sua mãe, focalizei minha vida na oficina. Conheci um homem, milionário, que virou meu amigo. Passei a frequentar a casa dele, sempre foi bem tratado por ele e a esposa. Acontece que me apaixonei pela mulher.

- Apaixonado por uma mulher casada? Você não presta mesmo! – lamentava-se Villona, que ainda tinha esperanças de que o pai poderia ser perdoado.

- Ela descobriu, e passamos a ter um caso. O homem morreu há alguns anos em um acidente de carro. Resolvemos assumir a nossa paixão e nos casamos. – Peponi continuava contando os fatos, ignorando Villona.

- E o que aconteceu com a tal da milionária? – perguntava Olívia, curiosa para saber o que o pai tinha realmente aprontado.

- Vocês lembram-se da notícia falando sobre uma milionária que tinha morrido num assalto? Esse ano.

- Acho que lembro sim. Pobre infeliz, o marido ficou com o dinheiro todo da mulher. Podia ao menos usar roupas melhores, não é mesmo? Nem para isso você serve.

- Pois é, minha querida filha Olívia, não é por causa do dinheiro que estou aqui. Quero realmente me regenerar.

- Peponi? Você não tem o mínimo de vergonha na cara, não é mesmo? – berrava Lerato, chamando à atenção de todos. Todos os presentes a fitaram, surpresos.

- Lerato? Você não mudou nada! Está idêntica. – os olhos de Peponi se arregalaram ao fitar a ex-esposa.

- Pelo visto você também. Continua o mesmo canalha.

Distraidamente, Lerato desceu um degrau a mais, tropeçando por todos os que jaziam embaixo este, rolando pela escada inteira. Tentou segurar-se, porém, não houve jeito. Lerato Muenda havia desabado da escada da mansão.

- Mamãe! – Olívia e Villona gritavam em uníssono, correndo na direção do corpo da mulher.

- É tudo culpa sua! – gritava Olívia aos prantos, com ódio supremo de Peponi.

Peponi, desesperado, não sabia o que dizer.

- Vou chamar a ambulância. – decidia Creonte, que até agora não havia pronunciado absolutamente nada.

- Obrigada, Creonte. – agradecia Olívia.

- Mamãe?! Pelo amor de Deus, mamãe, me responde! – Villona chorava ao berrar pelo nome da mãe, em vão.

O médico chegou rapidamente, recolheu o corpo de Lerato e foram para o hospital. Lá, realizou os exames necessários.

- Ela não resistiu. Sinto muito, a mãe de vocês acaba de partir. – lamentava-se o médico, frustrado por não poder fazer nada para mudar a situação da idosa.

E Lerato Muenda, a querida mãe das jovens Villona e Olívia, se foi para sempre.

- Não foi sua culpa, fique tranquilo. A culpa foi toda dele! – gritava Olívia, com ódio do pai, causando terror em todos que estavam perto da mulher. – Você é desprezível, Peponi. Nunca vai ter o meu perdão. NUNCA!

- Olívia, por favor. A culpa não foi dele também. – Villona, inutilmente, tentava defender o pai que, mesmo apesar de tudo que havia feito, ainda amava.

- Obrigado, filha. Ela não me entende, muito obrigado mesmo. – agradecia sinceramente, escorrendo uma lágrima de seu olho.

- Não me agradeça, só fiz isso em consideração por ter nascido.

Olívia, sem suportar a presença do pai, expulsou o homem do velório e do enterro da mãe. Também o expulsou para sempre de sua vida, e afirmou que o pai que ela tinha havia morrido quando saiu de casa.

- Quero esse homem fora para sempre da minha vida, Villona.

- Você está sendo muito dura com ele. Ele também está sofrendo, você não percebeu? Não concordo com ele, mas também não vou agir assim. Nossa mãe não iria querer isso.

- Argh. Villona, você é boazinha demais. Falando nisso, cadê o Creonte? Já tá tarde, hein...

- Acabou de sair do trabalho e já tá vindo.

Alguns meses passaram-se e Olívia ainda sentia uma dor forte por ter perdido sua mãe de uma forma tão horrenda. Eram nove horas de manhã quando alguém havia tocado a campainha.

- Jéssica, atende lá, por favor? Não me sinto à vontade de me levantar e ir até aquele portão de novo.

- Sim, senhora.

Depois de alguns minutos, Jéssica retornou com um envelope de coloração bege nas mãos.

- Correspondência pra senhora.

- Obrigada. – agradecia Olívia, rasgando rapidamente o envelope para saber do que se tratava a bendita carta.

Iniciou a leitura.


“Queridas filhas,

É com uma intensa tristeza que gostaria de pedir perdão por todos meus atos, todas as coisas que aprontei. Com vocês e com a pobre Lerato, mulher que enganei traindo-a com aquela funcionária da pizzaria, o que me arrependo profundamente. Vejo que não receberei o perdão definitivo de vocês, então me decidi. Vou dar fim a mim mesmo, mas antes, em nome do meu arrependimento por tudo, deixo toda a fortuna que estava comigo para vocês, queridas filhas. E, novamente, perdão por tudo. Façam bom uso dela.

Um abraço,

Peponi Muenda.”

Olívia, debulhando-se em lágrimas, guardou a carta na sua gaveta que era utilizada para recordações.

- Ele não pode fazer isso! Não pode!

Rapidamente, apanhou o celular, discando rapidamente uma sequencia de números, pondo o aparelho próximo ao ouvido.

- Villona, venha para cá! Rápido! É urgente!

Villona chegou rapidamente à casa de Olívia e ficou sabendo do ocorrido. Desesperadas, as duas seguiram para o antigo endereço da mansão da milionária, deixado pelo pai.

- Meu Deus! Isso não pode acontecer! – arrependia-se Olívia.

Após o mordomo abrir o portão, as duas correram para o quarto de Peponi Muenda. Este estava esparramado na cama, com um frasco de remédio vazio entre a mão direita. Na cômoda jaziam outros frascos vazios.

Ele... Está... Morto?!



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Notas finais do capítulo

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