Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 5
A Cabana de Madeira


Notas iniciais do capítulo

É gente, descubra o que ocorrerá com Melissa. Prestem atenção, detalhe por detalhe neste capítulo.



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– Olívia, você é um monstro! – berrava Melissa Grandson, amedrontada e aflita após ter descoberto tudo sobre a assassina.

– O que você está querendo dizer, Melissa? – perguntava Olívia, curiosamente, como se não houvesse cometido absolutamente nada de errado e fosse a pessoa mais inocente e santa da face da terra.

Naquele momento, as duas ouviram calmos passos caminhando em direção à porta do quarto onde estavam. Era a idosa Lerato.

– O que está acontecendo?

– A sua filha é uma assassina! – gritou Melissa, levantando-se rapidamente, enquanto procurava desesperada a escada do corredor para ir embora do local. Olívia foi atrás dela.

Lerato, desesperada, pediu a ajuda de Jéssica.

– Jéssica, por favor, venha cá! – gritava, chamando a empregada.

– Sim, senhora! – a mulher corria apressadamente para atender ao pedido da patroa.

– Um copo de água com açúcar, por favor. - ordenou, sentando-se na cama da filha, aflita.

– Certo, dona Lerato. - respondia Jéssica, correndo para a cozinha, buscando o copo de água que a patroa havia pedido.

Melissa, aterrorizada, corria pelas ruas de Estranhópolis, à procura de um táxi. Até que um chegou. Adentrou rapidamente o veículo e correu em direção à sua casa.

O táxi chegou à casa de Melissa, que morava sozinha. Pagou o taxista e adentrou correndo o lote.

– Preciso ir embora daqui, ela sabe o meu endereço.

Por precaução, havia uma caixa onde Melissa guardava sempre seu diário e seus pertences. Retirou o diário rapidamente e fez algumas anotações sobre o dia, sobre a semana, inclusive sobre Olívia e seu segredo. Guardou o diário em um lugar difícil de ser encontrado. Fez sua mala e desceu as escadas lentamente, apesar do grande nervoso que sentia.

Telefonou para um taxista vir rapidamente. O homem, como combinado, chegou. Melissa saiu correndo em direção ao táxi, entrou nele e seguiram o trajeto para a casa dos pais da jovem.

– Vai logo, senhor. Por favor! É urgente!

– Acalme-se, minha filha. A gente vai chegar. Fica calma, vai ficar tudo bem! – dizia o homem, tentando acalmar o desesperado de Melissa Grandson.

– Aqui é o máximo de onde eu posso ir... O resto você terá que fazer sozinha. – afirmou o taxista, recebendo o pagamento do transporte, se despedindo da desesperada jovem.

– Certo. – a jovem assentia com a cabeça, entregando o dinheiro contado para o homem, despedindo-se com um breve aceno.

Procurou relaxar e caminhou em leves passos pelas ruas aclives do outro lado de Estranhópolis, pois a casa se situava no topo de uma enorme e cansativa ladeira.

Após longos minutos de caminhada, Melissa chegou a uma cabaninha em uma das inúmeras e inúmeras desérticas ruas do local. Adentrou aquele pequeno local, a procura de seus pais, um casal de idosos.

A casa estava vazia. E parece que estava abandonada há certo tempo.

– Onde será que estão eles? – perguntava a jovem, desconfiada de que algo poderia ter acontecido com os seus pais, quando foi interrompida por uma batida na porta.

– Quem deve ser?

Dirigiu-se a porta, abrindo-a rapidamente. Seu coração vibrou ao ver de quem se tratava a pessoa que havia aberto a porta.

– Você? Como?

– Não percebeu que havia um carro seguindo você, queridíssima amiga? – perguntava friamente Olívia Muenda. Seus olhos fuzilavam a face de Melissa.

– Ai Meu Deus! Olívia, por favor! Eu prometo que não vou fazer nada com você, eu só quero seguir a minha vida! – a ruiva desesperava-se, berrando com a mulher, implorando pela vida.

– Agora é tarde, Melissa. Você entrou no meu caminho, não há alternativa. – dito isso, Olívia retirou um revólver de sua bolsa bege cuidadosamente, utilizando um par de luvas pretas.

Melissa arregalou seus olhos e tentou fugir, porém, Olívia foi mais rápida, agarrou a jovem pelos cabelos e golpeou-a com uma coronhada, utilizando o revólver.

A assassina se aproximou do corpo caído, e constatou:

– Ainda está viva... – o tom de sua voz era de decepção por não ter dado uma coronhada forte o suficiente para acabar de vez com a vida da jovem.

Rodeou a cabana à procura de uma almofada ou de algo parecido para que pudesse finalizar seu plano e aniquilar a vida de Olívia.

– Aqui deve ser onde aqueles velhotes dormiam... Melissinha me contou a história deles – debochou Olívia, retirando um dos travesseiros da humilde cama do casal.

Retornou à cozinha, que era onde se situava o corpo de Melissa. Aproximou-se lentamente, posicionando o travesseiro no rosto da garota. Melissa, que acordou de repente, começava a se debater desesperadamente. Olívia pressionava o travesseiro cada vez mais forte, até que ela não resistiu. Melissa Grandson havia morrido.

– Perfeito! Excelente! Agora posso ficar tranquila e manterei meu segredo fechado a sete chaves custe o que custar. – comemorou Olívia, sorrindo para a vítima, depositando novamente o travesseiro em seu devido lugar, que era na cama dos idosos, ao lado de outro travesseiro cuja fronha era tão branca quanto esta.

Caminhou até o grande veículo, retornando à sua mansão, que se situava em uma região de Estranhópolis muito distante dali.

Após se passarem quatro dias sem nenhuma notícia sobre Melissa, Olívia se aliviou. Pelo visto, ninguém jamais havia encontrado o corpo da jovem depois do sumiço repentino e inexplicável dos pais da garota.

– Literalmente, Melissa, você me decepcionou. Eu te adorava. Você era a minha melhor amiga... É uma pena. Pobre Melissinha. – lamentava-se Olívia, soltando uma gargalhada nervosa.

Dois anos se passaram com uma ligeira rapidez que Olívia nem havia reparado que havia tanto tempo que tinha realizado sua vingança contra André.

– Olívia, uma surpresa pra senhora. Vá ao portão da mansão, tem alguém te esperando. A senhora vai adorar ao ver quem é! – afirmou Jéssica, sorrindo, se retirando do quarto da milionária Olívia Muenda, descendo a grande escadaria, caminhando para a cozinha, iniciando os preparativos do jantar.

Olívia, vagarosamente, caminhava pelos corredores da grande casa, chegando à porta de entrada, abrindo-a lentamente.

Caminhou pelo jardim, até chegar ao portão da casa. Abriu este, surpreendendo-se ao ver de quem se tratava. Era ela, sua irmã, que havia se mudado há dois anos para outra cidade devido à uma imensa e irrecusável proposta de emprego tanto para seu marido, quanto para ela.

– Villona, você voltou!




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Notas finais do capítulo

É, o ditado ocorreu. A curiosidade matou o gato.