Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly
Notas iniciais do capítulo
É gente, descubra o que ocorrerá com Melissa. Prestem atenção, detalhe por detalhe neste capítulo.
– Olívia, você é um monstro! – berrava Melissa Grandson, amedrontada e aflita após ter descoberto tudo sobre a assassina.
– O que você está querendo dizer, Melissa? – perguntava Olívia, curiosamente, como se não houvesse cometido absolutamente nada de errado e fosse a pessoa mais inocente e santa da face da terra.
Naquele momento, as duas ouviram calmos passos caminhando em direção à porta do quarto onde estavam. Era a idosa Lerato.
– O que está acontecendo?
– A sua filha é uma assassina! – gritou Melissa, levantando-se rapidamente, enquanto procurava desesperada a escada do corredor para ir embora do local. Olívia foi atrás dela.
Lerato, desesperada, pediu a ajuda de Jéssica.
– Jéssica, por favor, venha cá! – gritava, chamando a empregada.
– Sim, senhora! – a mulher corria apressadamente para atender ao pedido da patroa.
– Um copo de água com açúcar, por favor. - ordenou, sentando-se na cama da filha, aflita.
– Certo, dona Lerato. - respondia Jéssica, correndo para a cozinha, buscando o copo de água que a patroa havia pedido.
∞
Melissa, aterrorizada, corria pelas ruas de Estranhópolis, à procura de um táxi. Até que um chegou. Adentrou rapidamente o veículo e correu em direção à sua casa.
O táxi chegou à casa de Melissa, que morava sozinha. Pagou o taxista e adentrou correndo o lote.
– Preciso ir embora daqui, ela sabe o meu endereço.
Por precaução, havia uma caixa onde Melissa guardava sempre seu diário e seus pertences. Retirou o diário rapidamente e fez algumas anotações sobre o dia, sobre a semana, inclusive sobre Olívia e seu segredo. Guardou o diário em um lugar difícil de ser encontrado. Fez sua mala e desceu as escadas lentamente, apesar do grande nervoso que sentia.
Telefonou para um taxista vir rapidamente. O homem, como combinado, chegou. Melissa saiu correndo em direção ao táxi, entrou nele e seguiram o trajeto para a casa dos pais da jovem.
– Vai logo, senhor. Por favor! É urgente!
– Acalme-se, minha filha. A gente vai chegar. Fica calma, vai ficar tudo bem! – dizia o homem, tentando acalmar o desesperado de Melissa Grandson.
∞
– Aqui é o máximo de onde eu posso ir... O resto você terá que fazer sozinha. – afirmou o taxista, recebendo o pagamento do transporte, se despedindo da desesperada jovem.
– Certo. – a jovem assentia com a cabeça, entregando o dinheiro contado para o homem, despedindo-se com um breve aceno.
Procurou relaxar e caminhou em leves passos pelas ruas aclives do outro lado de Estranhópolis, pois a casa se situava no topo de uma enorme e cansativa ladeira.
Após longos minutos de caminhada, Melissa chegou a uma cabaninha em uma das inúmeras e inúmeras desérticas ruas do local. Adentrou aquele pequeno local, a procura de seus pais, um casal de idosos.
A casa estava vazia. E parece que estava abandonada há certo tempo.
– Onde será que estão eles? – perguntava a jovem, desconfiada de que algo poderia ter acontecido com os seus pais, quando foi interrompida por uma batida na porta.
– Quem deve ser?
Dirigiu-se a porta, abrindo-a rapidamente. Seu coração vibrou ao ver de quem se tratava a pessoa que havia aberto a porta.
– Você? Como?
– Não percebeu que havia um carro seguindo você, queridíssima amiga? – perguntava friamente Olívia Muenda. Seus olhos fuzilavam a face de Melissa.
– Ai Meu Deus! Olívia, por favor! Eu prometo que não vou fazer nada com você, eu só quero seguir a minha vida! – a ruiva desesperava-se, berrando com a mulher, implorando pela vida.
– Agora é tarde, Melissa. Você entrou no meu caminho, não há alternativa. – dito isso, Olívia retirou um revólver de sua bolsa bege cuidadosamente, utilizando um par de luvas pretas.
Melissa arregalou seus olhos e tentou fugir, porém, Olívia foi mais rápida, agarrou a jovem pelos cabelos e golpeou-a com uma coronhada, utilizando o revólver.
A assassina se aproximou do corpo caído, e constatou:
– Ainda está viva... – o tom de sua voz era de decepção por não ter dado uma coronhada forte o suficiente para acabar de vez com a vida da jovem.
Rodeou a cabana à procura de uma almofada ou de algo parecido para que pudesse finalizar seu plano e aniquilar a vida de Olívia.
– Aqui deve ser onde aqueles velhotes dormiam... Melissinha me contou a história deles – debochou Olívia, retirando um dos travesseiros da humilde cama do casal.
Retornou à cozinha, que era onde se situava o corpo de Melissa. Aproximou-se lentamente, posicionando o travesseiro no rosto da garota. Melissa, que acordou de repente, começava a se debater desesperadamente. Olívia pressionava o travesseiro cada vez mais forte, até que ela não resistiu. Melissa Grandson havia morrido.
– Perfeito! Excelente! Agora posso ficar tranquila e manterei meu segredo fechado a sete chaves custe o que custar. – comemorou Olívia, sorrindo para a vítima, depositando novamente o travesseiro em seu devido lugar, que era na cama dos idosos, ao lado de outro travesseiro cuja fronha era tão branca quanto esta.
Caminhou até o grande veículo, retornando à sua mansão, que se situava em uma região de Estranhópolis muito distante dali.
∞
Após se passarem quatro dias sem nenhuma notícia sobre Melissa, Olívia se aliviou. Pelo visto, ninguém jamais havia encontrado o corpo da jovem depois do sumiço repentino e inexplicável dos pais da garota.
– Literalmente, Melissa, você me decepcionou. Eu te adorava. Você era a minha melhor amiga... É uma pena. Pobre Melissinha. – lamentava-se Olívia, soltando uma gargalhada nervosa.
∞
Dois anos se passaram com uma ligeira rapidez que Olívia nem havia reparado que havia tanto tempo que tinha realizado sua vingança contra André.
– Olívia, uma surpresa pra senhora. Vá ao portão da mansão, tem alguém te esperando. A senhora vai adorar ao ver quem é! – afirmou Jéssica, sorrindo, se retirando do quarto da milionária Olívia Muenda, descendo a grande escadaria, caminhando para a cozinha, iniciando os preparativos do jantar.
Olívia, vagarosamente, caminhava pelos corredores da grande casa, chegando à porta de entrada, abrindo-a lentamente.
Caminhou pelo jardim, até chegar ao portão da casa. Abriu este, surpreendendo-se ao ver de quem se tratava. Era ela, sua irmã, que havia se mudado há dois anos para outra cidade devido à uma imensa e irrecusável proposta de emprego tanto para seu marido, quanto para ela.
– Villona, você voltou!
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É, o ditado ocorreu. A curiosidade matou o gato.