Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 28
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo , galera. É, nossa história está terminando, espero que "Olívia: A História" esteja levando um rumo que agrade a vocês.



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Foi arremessada em um cubículo escuro, se desesperando. O que poderia haver naquele lugar? Ratos? Insetos? Não, o que havia ali era algo bem pior do que ambos.

– Então você também veio parar aqui?!

Era a voz de Vitória Grandson. Olívia a ignorou, causando uma tremenda fúria na mulher, que não suportava sequer olhar para a assassina de sua irmã.

– Aqui é um bom lugar pra te matar. – afirmou, empurrando Olívia no chão, saltando sobre seu corpo, pressionando seu pescoço, numa tentativa de forca, porém, Olívia, em um chute certeiro, conseguiu afastar a mulher de cima de si, retomando a vantagem, pois havia segurado as duas pernas de Vitória, girando-as de modo que a mulher gritava e se contorcia de dor, implorando por misericórdia.

– Pelo amor de Deus, pare! Eu não farei mais nada! – suplicava Vitória, torcendo para que Olívia caísse na lábia, porém, a mulher era esperta e girou mais forte ainda uma das pernas, soltando-a, de modo que Vitória sentisse tanta dor que não pudesse reagir contra Olívia.

– Eu não vou te matar porque realmente estou arrependida por tudo o que fiz. Se você é infeliz o suficiente pra não entender isso, a culpa não é minha. Agora acho bom você ficar quieta e acabar com esse fogo se quiser um dia sair dessa cela de castigo, porque aquelas carcereiras já devem ter escutado os seus berros, sua escandalosa. – resmungava Olívia, encostando-se em um dos cantos, adormecendo, enquanto Vitória gemia de dor, devido à torção.

Logo após quarenta e oito horas, as duas foram liberadas da cela de prisão e a guerra entre estas permaneceu fora dali. Chegara o dia de visitas para Vitória, que sempre recebia a visita de um advogado, que não era apenas um advogado.

– Meu amor, que saudade. Essa semana demorou tanto a passar, você não sabe o que aconteceu aqui nesses dias. – e contou toda a história de como Olívia havia parado naquele presídio e sobre a constante guerra que ambas mantinham.

– Pelo visto isso vai permanecer...

– Eu preciso da sua ajuda, amor. Eu preciso daquele... daquele frasco que você carrega contigo caso precise. Mais do que nunca, é a perfeita oportunidade. Acho que você sabe exatamente o que fazer. – afirmava Vitória, sorrindo inescrupulosamente, assustando até mesmo o namorado.

– Tudo bem, o que eu não faço por você? Mas não vá aprontar muito, hein. – dizia ele, retirando do bolso da blusa um pequeno frasco, mostrando-o para Vitória, esboçando um sorriso amarelo e assustado, colocando-o novamente no bolso. – Ainda hoje eu vou agir.

Olívia estava no interior de sua cela quando uma carcereira chegava com uma sacola bege entre as mãos.

– Olívia, trouxeram um lanche pra você. – afirmou este, entregando a sacola nas mãos da idosa, que a abriu rapidamente. A sacola estava abarrotada de coxinhas e possuía uma pequena garrafa de plástico de ColaSIM, causando curiosidade, porém, não orgulho, em Olívia, que sentou-se na cama e começou a devorar as coxinhas inocentemente.

– Lanchinho tá bom, tá? – ironizava Vitória, observando a cena toda, se segurando para não rir escandalosamente.

Olívia, ignorando os ofensivos comentários de Vitória, estava com muita sede devido ao fato de ter devorado tantas coxinhas sem beber absolutamente nada. Abriu a garrafa de ColaSIM e ingeriu a bebida de seu interior. Em questão de segundos, Olívia se contorcia, gemendo e gritando, caindo da cama, tremendo e contorcendo no chão. Vitória levantou, fitou a cena, ajoelhou-se ao lado de Olívia e sussurrou.

– Isso é pra você aprender. – soltou uma alta gargalhada, porém, não havia percebido que havia uma detenta escondida no corredor, que imediatamente chamou as carcereiras, que vieram correndo ao auxílio de Olívia, conduzindo-a para a enfermaria do presídio. Olívia não parava de tossir. Guilherme e Ofélia foram imediatamente chamados e, rapidamente, chegaram ao presídio, correndo para a enfermaria. Chegaram ao corredor desta.

– Doutor, o que houve com ela? – perguntava Ofélia, para um homem que saía de um dos quartos de hospitais, provavelmente o doutor que estava cuidando de Olívia.

– Se está se referindo à dona Olívia, ela foi socorrida à tempo e sobreviveu ao atentado. Algum ser extremamente cruel tentou acabar com a vida desta mulher utilizando veneno em um lanche.

– Graças a Deus! – Ofélia e Guilherme fechavam os olhos e realizaram uma pequena reza em agradecimento à sobrevivência de Olívia Espectro.

Adentraram o quarto, onde jazia a mulher, que se alegrou ao vê-los, juntos.

– Meus amores, vocês vieram! – gritava, alegre. Os dois correram até a cama e abraçaram-na. Os três permaneceram alguns minutos em um forte e delicioso abraço, que não compartilhavam há tempo.

– Mamãe, nós queremos ter um papo sério com a senhora. – afirmava Guilherme, olhando rapidamente para Ofélia, voltando o olhar para a mãe. Ofélia assentiu. – Vai ser melhor pra você, e pra todos nós!

– E o que seria isso? O que vocês estão aprontando, hein?! – Olívia piscava para os dois, levando tudo na brincadeira.

– Mãe, o papo é sério. Ofélia, vai ali pra porta, pra saber se não tem nenhum inxirido por aqui. – Ofélia obedeceu, caminhando até a porta, olhando para os dois lados do corredor vazio, fechando-a.

– Podemos conversar à vontade. A área tá limpa.

– Mamãe, a senhora vai fugir daqui e nós já temos a solução. – Guilherme e Ofélia explicaram o plano para Olívia, que escutava atentamente. A mulher não queria colocar em risco a vida dos filhos, porém, o plano não mostrava absolutamente risco nenhum. Olívia conseguiria um revólver com os filhos e chegaria ao muro que divide o presídio da rua e do mundo de fora. Logo em seguida, Olívia, desfarçada, deveria adentrar um avião e pegar voo para um lugar bem longe da cidade de Estranhópolis, quem sabe a famosa Belavista ou a nova cidade, Enseada Belladonna? Isso seria decidido na hora.

O tão esperado dia havia chegado. Olívia aguardava impaciente depois de passar dias e dias sofrendo com a implicância de Vitória, que dessa vez não estava mais na mesma cela que esta. Guilherme, disfarçada e sorrateiramente, entregava o revólver nas mãos de Olívia, retirando-se do presídio rapidamente, aguardando na porta desde, dentro de seu novo carro, comprado especialmente para tal ato.

Olívia havia sido liberada para passear pelo pátio e retirou o revólver do bolso, apontando-o para uma das carcereiras que estava de guarda. Algumas carcereiras tentaram ataca-la, porém, esta atirou na perna destas, sem a intenção de matar, mas de se defender. Com o auxílio da carcereira medrosa, conseguiu pular o grande muro, caindo ajoelhada no chão da calçada. Seus joelhos e pés estavam ralados, porém, sua vontade de fugir daquele lugar era tão grande que não havia dado importância à esses detalhes. Correu em direção ao carro, sendo ajudada pelo filho.

– Vamos! - gritava Guilherme, carregando a mãe em seus braços, deitando-a no banco de trás do carro.

A viagem estava em silêncio, até que o celular do filho de Olívia havia tocado.

– O quê? Ah, a encomenda já foi realizada? Ótimo. Técnico, não posso falar agora, tá? Estou ocupado em coisas importantes. - afirmava Guilherme, deixando o tal técnico falando sozinho.

Ambos chegaram à mansão em questão de minutos.


Vitória havia realizado um trato com uma carcereira de que voltaria para a prisão, mas que iria atrás de Olívia, dizendo que já tinha provado ser de confiança e era vez da carcereira confiar nela.

– Pode ficar tranquila, Euzébia. Eu vou impedir essa fuga da Olívia, nem que eu tenha que matá-la.

Com dinheiro e auxílio das carcereiras, Vitória saía pelo portão da frente, de nariz empinado, e pagou um táxi em direção à mansão de Olívia. Carregava outro revólver nas mãos.

Em questão de minutos, chegou rapidamente à grande mansão, apontando a arma para Aiyana, que abriu a porta sem nem pensar nas consequências. Adentrou a sala de estar, exatamente no momento em que Olívia descia as escadas, preparando-se para fugir.

Olívia havia acabado de chegar à mansão e foi diretamente tomar um banho e se trocar. Nem precisava arrumar sua mala, pois os filhos já haviam feito isso. Após tomar o banho e se vestir, desceu as escadas rapidamente, e soltou um berro de desespero.

– VITÓRIA?!

– Acha mesmo que eu ia deixar você fugir dessa, Olívia? Você não merece nem o feijão que come. Se dependesse de mim você morreria de fome. Se bem que, você pode morrer de qualquer jeito.

Nesse momento, Guilherme e Ofélia desciam rapidamente as escadas, desesperados ao escutarem a voz da presidiária mais temida por todos. Vitória apontava a arma para Ofélia, propositalmente. Olívia se jogou na frente da arma, conseguindo tomá-la de Vitória. As duas berraram, puxaram o cabelo uma da outra, e a arma mudava de posse a cada segundo. Até que se escutou um baque. Um tiro.


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Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas se revelem u.u



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