Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 27
O Escuro Cubículo


Notas iniciais do capítulo

Novo cap galero. Esse é o antepenultimo. Espero que gostem. Ninguem ta lendo mesmo .-.



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– Agora! – duas detentas correram até onde estava Olívia, pressionando sua cabeça na direção do vaso, porém, esta conseguiu se esquivar, segurando o braço de uma das detentas, o colocando para trás, pressionando os músculos e os ossos da mulher.

– AGORA JÁ CHEGA. VOCÊS SABEM POR QUE ESTOU AQUI NESSA CADEIA, NÃO É MESMO? POR MATAR VÁRIAS PESSOAS. E AÍ, QUEM VAI SER A PRIMEIRA?

As detentas recuaram, amedrontadas, inclusive Vitória, que por um instante perdeu a pose de mandona, porém, recuperou o fôlego e empinou o nariz.

– Olívia, acha realmente que é você quem manda aqui? – berrava Vitória, enfrentando a assassina de sua irmã. Olívia, porém, pressionou mais ainda o pescoço da detenta.

– Mais uma gracinha! Falem, só mais uma!

A outra detenta, que estava ao lado de Vitória, estava tremendo, desesperada.

– POR FAVOR, EU NÃO LHE FAREI NADA, MAS SOLTE ELA! Por tudo que é mais sagrado.

Olívia, apiedando-se da pobre detenta, que provavelmente havia sido influenciada por Vitória para agir contra esta, soltou a mulher, que correu em direção à outra, abraçando-a fortemente. Olívia, ao descobrir do que se tratava, fechou os olhos e deixou o banheiro, sendo seguida por Vitória, que não desistia nem por um instante.

– Se liga, é melhor você não mexer comigo, Olívia. Você ainda vai ver do que eu sou capaz de fazer.

Olívia, ironicamente, olhou para trás, soltando uma alta gargalhada, caminhando na direção de sua cela.

Havia chegado a hora do tão aguardado almoço. Olívia morria de fome, pois na cadeia eram somente três refeições ao dia, que muito mal davam para saborear direito. Chegou ao refeitório, que era um enorme local, repleto de mesas e bancos para todos os cantos.

Chegou à grande fila de mulheres, levando tempos para ser atendida. Recolheu uma bandeja, um garfo e uma faca de metal, chegando próxima à merendeira do local, que despejou uma considerável quantidade de bolo de batata em seu prato. Olívia fitou o prato com nojo e procurou sentar em um canto mais vazio, assim evitando causar a ira de mais detentas, o que era tudo o que menos desejava que acontecesse.

– Céus, esse prato está frio! – reclamava, forçando ingerir a comida, pois necessitava comer algo, senão passaria fome naquela prisão. – Isso aqui tá ficando pior a cada dia.

Depois de alguns minutos, sentiu passos vindo em sua direção, girou a cabeça e viu que se tratavam de Vitória e seu bando. Vitória carregava uma faca entre as mãos. Rapidamente, sem que Olívia pudesse reagir, posicionou a faca próxima ao pescoço da milionária, sussurrando:

– Vamos para fora, antes que alguém nos veja e eu te mate impulsivamente. – ameaçou. Olívia, obedientemente, caminhou em leves passos em direção à porta de saída do refeitório, com uma faca apontada para suas costas.

Chegando novamente ao pátio, Olívia girou rapidamente para trás, chutando o braço de Vitória, derrubando a faca. Empurrou a mulher para um canto e apanhou o objeto.

– A situação agora se reverteu, desgraçada. Vai realmente querer brincar com fogo? – ameaçava Olívia, olhando com ódio para Vitória, que teve uma brilhante ideia.

– CARCEREIRAAAAA, ELA TEM UMA NAVALHA! – berrava descontroladamente, desesperada, em um ato impulsivo, fazendo com que Olívia jogasse o objeto em um ralo próximo dali. A carcereira, correndo rapidamente, chegava esbaforida ao pátio.

– Que que houve aqui? Que história é essa de navalha? – por um momento Olívia achou que a mulher se tratasse de um homem, porém, percebeu que quase cometera uma imprudência ao se dirigir à carcereira chamando-a de senhor. Soltou uma discreta gargalhada, logo em seguida respondendo.

– Dona Carcereira, essa mulher é maluca. Ela tentou me agredir pela segunda vez e me acusou de estar segurando uma faca. Ora vejam só. – Olívia, cínica, conseguia convencer a carcereira, olhando ameaçadoramente para as detentas, que se calaram.

– Vitória, tu vai pra cela de castigo! Não é a primeira que tu apronta essa semana. Vem comigo! – A mulher segurava fortemente o braço de Vitória, que olhou com ódio para Olívia, seguindo a mulher, berrando.

– NÃO PRECISA FAZER ISSO, EU SEI O CAMINHO.

Havia chegado o dia de receber visitas e Guilherme chegara para visitar Olívia. O jovem a aguardava na sala de visitas, quando a mulher havia chegado, na companhia de uma carcereira

– MAMÃE! – Guilherme corria até a porta, abraçando fortemente a mãe. – Dona Carcereira, poderia deixar a gente conversar a sós?

– Pode não, moleque! Se quiserem mesmo conversar vão ter que aturar a Ricarda aqui! – afirmava, fitando os dois, sorrindo ironicamente.

Mãe e filho, sem escolha, sentaram-se diante da ranzinza.

– Mamãe, tava com tanta saudade. Não aguento mais ficar vindo aqui só uma vez na semana te ver. O advogado tá tentando diminuir a pena, mas tá difícil...

– Não se preocupe, meu filho. Só estou pagando por todo o mal que eu fiz no passado. E sua prima Ofélia, como está?

– Está ótima. Ela não pôde vir por que não estava se sentindo bem. E tenho uma novidade: está namorando!

– O QUÊ?! – Olívia se surpreendia, sorrindo alegremente. – E quem é o felizardo?

– A senhora se lembra da Jeannie Silva? Que mora perto da gente no finalzinho da grande rodovia?

– Oh, o filho dela? Aquele alienzinho? Sempre simpatizei com ele. Parece ser gente boa. – se precipitava Olívia, interrompendo o filho.

– Ele mesmo. – Guilherme riu.

– Que papinho interessante... – debochou a carcereira, soltando uma alta gargalhada que atraiu dois olhares a encarando.

– Se vai ouvir mesmo, ouve calada, bruxa. – resmungava Guilherme, sem perceber que a carcereira havia se irritado, levantando o bastão, pronta para agredi-lo. Olívia levantou-se rapidamente, tomou o bastão da mão da mulher, golpeando o braço desta.

– É MELHOR PARAR POR AQUI! A GRACINHA ACABOU, DONA RICARDA. – berrava Olívia, lançando o bastão no outro lado da sala. - É bom não se atrever a tocar no meu filho de novo, senão você vai ver do que eu sou capaz de fazer.

Nesse momento, várias batidas de pé se aproximavam do local e abriram a porta com rispidez.

– Acabou o horário de visitas.

Olívia se despediu de Guilherme com um beijo no rosto e um forte abraço e foram precisas duas detentas para levá-la para a cela do castigo, por ter agredido a carcereira, mesmo afirmando ter feito isso somente para proteger o filho.

Foi arremessada em um cubículo escuro, se desesperando. O que poderia haver naquele lugar? Ratos? Insetos? Não, o que havia ali era algo bem pior do que ambos.

– Então você também veio parar aqui?!

Era a voz de Vitória Grandson.



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Notas finais do capítulo

Ainda não vou perder as esperanças de que alguém um dia lerá isso aqui, portanto, obrigado pela leitura e postem reviews.



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