Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 24
O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Ninguém tá lendo mesmo :/



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Nicholas, depois de certo tempo, conseguiu superar a tristeza causada pela partida de Laura Caixão, porém, jamais esquecer a amada. Com muito esforço e perturbação nos pais de criação, conseguiu formar-se em um autoescola e conseguiu sua nova carteira de habilitação.

– Finalmente vou poder dirigir meu próprio carro. Só preciso trabalhar para começar a estudar em uma faculdade e poder sair desse lugar. – afirmava, empolgado. O momento de deixar aquela casa se aproximava cada vez mais.

Neste mesmo instante, Olívia acertava as contas de seu motorista, que acabava de se demitir, devido ao fato de se mudar para outra cidade. Os dois estavam na varanda da enorme mansão de Olívia, acertando o pagamento.

– Aqui está, Clóvis. Pagamento efetuado. – disse a mulher, entregando um cheque nas mãos do homem. – Faça uma boa viagem!

– Obrigado, dona Olívia. – agradecia, realizando uma reverência, beijando a mão da mulher.

Despediram-se com um abraço, pois após Aiyana, o homem também havia sido um dos amigos de Olívia. O homem se retirou da casa e partiu. Olívia sentou-se em um dos enormes sofás da grandiosa sala.

– Preciso elaborar um anúncio para um novo motorista! Deve ser de confiança que nem o Clóvis.

E assim foi feito. Olívia pagou pessoas para espalharem panfletos de contrato de motoristas por toda a cidade de Estranhópolis. Inúmeras pessoas se candidataram, inclusive mulheres, porém, nenhum era do agrado da rica mulher.

– Mas será que nenhuma pessoa presta mais? Pelo visto vai ser difícil arrumar empregados confiáveis como você, Aiyana.

– Tenha paciência, dona Olívia. Quando a senhora menos esperar, vai aparecer um.

O panfleto chegou às mãos de Nicholas, que se surpreendeu.

– Céus, é a oportunidade perfeita! Preciso encontrar com essa dona Olívia e conseguir essa vaga. É o trabalho que eu pedi a Deus!

O garoto assim o fez. Seguiu o endereço conforme escrito no panfleto e, nesse mesmo dia, chegou à mansão. O porteiro do local o interrompeu.

– Ei, ei. Pode parar por aí? Quem é você?

– Eu sou o... Nicholas. Eu gostaria de tentar a vaga para o novo motorista da dona... – nesse momento, o jovem olhou novamente o panfleto, para se certificar do nome de sua suposta futura patroa – Olívia.

O homem estava para dizer algo provavelmente ofensivo quando Olívia se aproximava, interrompendo os dois.

– O que está acontecendo aqui? Pois não? – perguntou ao jovem, simpaticamente. Olívia sorria ao ver os traços do jovem.

– Ele é muito parecido com o Guilherme... Meu Deus, será que...? Não, não pode ser. – pensava a mulher, surpresa.

– Eu gostaria muito de tentar a vaga para motorista, senhora. A senhora é a dona Olívia? – perguntava o garoto, trêmulo. Precisava muitíssimo se tornar independente e sair daquela casa onde só residiam pessoas loucas. Não queria se tornar louco que nem seus pais adotivos.

– Sim, sou eu. Pode entrar, querido.

A mulher o convidou e o conduziu diretamente à sala de estar. Tanto para ele, quanto para ela, parecia que a vida dos dois estava selada naquele encontro. Os dois sentiam-se unidos de alguma forma.

– Então, conte-me sobre a sua vida e o motivo de desejar este cargo. Se não for nenhum incômodo, é claro.

– Que isso! Mas claro que não. A senhora oferecendo uma bela chance e eu hesitar nisso?

E contou toda a história. Contou sobre Laura, sobre ser cobaia, sobre tudo.

– E tem mais uma coisa, dona Olívia. Eu não sei porque, mesmo chamando os dois de papai e mamãe durante todo esse tempo, não sentia como se eles realmente fossem meus pais... Às vezes até penso que sou adotado, pelo fato de me tratarem tão mal ultimamente.

– Entendo...

Continuaram a conversa por longo tempo e Olívia contratou o jovem. Despediram-se com um aperto de mãos. O jovem começaria o trabalho no dia seguinte. Olívia correu até a cozinha, onde estava Aiyana.

– Amiga, não sabe o que eu tenho pra te contar.

E contou toda a história do garoto que suspeitava ser adotivo e como ele lembrava seu filho. Disse-lhe também que havia contratado o jovem para ser seu motorista, pois poderia ser uma suposta chance de aproximar-se de seu tão amado filho. Ofélia, a jovem sobrinha da milionária, escutava tudo, escondida atrás da porta.

– O filho perdido? Encontrado? Espero que a tia Olívia não se esqueça de mim quando tudo isso der certo!

E subiu as escadas, correndo. Não podia ser vista escutando conversas atrás da porta.

Os dias passavam-se rapidamente. Nicholas demonstrou ser um motorista muito eficiente, para o agrado da mãe, que estava esperando ansiosamente pelo expediente do rapaz, como em todos os dias Logo de manhã cedo, o jovem já estava na mansão.

– Nicholas, iremos levar a Ofélia à escola e aproveitarei para fazer umas compras. Estou precisando. – afirmava Olívia, esboçando um pequeno sorriso que passou despercebido.

– Certo. – obedecia Nicholas.

Olívia e Ofélia tomaram café rapidamente e caminharam até o veículo, onde o jovem estava à espera das duas madames.

– Vamos?

Ofélia foi deixada na escola e Nicholas levou Olívia ao centro comercial situado na Rodovia Lugar Nenhum, a mais movimentada da cidade de Estranhópolis.

– Vamos ter uma conversa melhor... Você disse que acha que seus pais que te criaram não são biológicos? Isso se não for incômodo, é claro.

– Não, dona Olívia, que isso. Durante minha infância, fui criado com muito carinho e afeto. Ao chegar à adolescência, minha mãe começou a me tratar com certo desprezo e se tornou uma pessoa fanática na carreira científica dela. O mesmo aconteceu com meu pai. E ambos precisavam de uma cobaia, para experimentos científicos. E a história deu no que deu... Hoje sou nada mais, nada menos do que uma cobaia naquele lugar. Até me apelidaram de Nervoso, devido às minhas crises nervosas após as experiências. E eu preciso sair daquele lugar o mais rápido possível.

– Minha nossa! Por que não disse antes? Esse era o verdadeiro motivo de precisar tanto do emprego?

– Bem... Sim.

– Bom, já que está me contando toda a sua história, também contarei a minha.

Contou tudo para o jovem sobre o filho e irmã que havia perdido, assim adquirido a guarda de Ofélia, a quem criou com muito amor, porém, sempre sentia um vazio devido ao fato de ter perdido seu único filho.

– Sinto muito. Muito mesmo, dona Olívia. Estou sem palavras. – o jovem reagia espantado ao saber de parte da vida sofrida da mulher.

– Nos conhecemos faz muitíssimo pouco tempo, mas gostei de você. Você tem um nobre coração, Nicholas, percebi isso. E sozinho não conseguirá se manter, ter uma vida completa, com estudos... Vou fazer de você um homem rico, garoto. Como eu gostaria que meu filho fosse que nem você.

– Dona Olívia, não precisa tamanha...

– Sem mais nenhuma palavra. Não entendo como aqueles covardes foram capazes de fazer isso com uma criança indefesa que só queria o carinho e atenção destes! Isso é um absurdo!

O garoto ficou sem palavras.

– E quem seria seu... motorista, Dona Olívia?

Isso é o de menos, meu filho. Muitos podem realizar esta tarefa. Seu trabalho como motorista acaba por aqui. Amanhã mesmo te matricularei na melhor universidade de Estranhópolis: La Fiesta Tec.

A vida de Nicholas jamais havia sido a mesma. Estava tendo uma verdadeira vida na mansão de Olívia, com estudo e carinho de todos, inclusive de Ofélia, que se certificou de que a tia jamais iria abandonar a sobrinha, que era como uma filha. Olívia se certificou de que era a hora certa para falar a verdade ao jovem.

– Nicholas, preciso falar uma coisa séria com você.

O jovem se surpreendeu, achando ter feito algo de errado.

– Sim, dona Olívia? Eu fiz alguma coisa errada?

– Pelo contrário, Nicholas. Você conquista minha confiança cada vez mais.

E disse-lhe sobre suas suspeitas de o jovem ser o filho perdido da mulher. O verdadeiro herdeiro de toda a grande herança dos Espectro, uma das famílias mais ricas de toda a Estranhópolis.

– Então a senhora deseja fazer um teste de DNA para saber se sou realmente seu filho? Tudo bem.

– E preste atenção. Por mais que esse exame possa dar negativo, quero que continue gostando de mim como sua mãe, do mesmo jeito que gosto muito de você como uma mãe gosta de um filho!

Os dois compareceram a uma clínica na cidade e realizaram o exame. Um tempo se passou e Olívia e Nicholas foram buscá-lo, a fim de eliminar aquela maldita curiosidade que percorria na mente dos dois. Os dois torciam para serem mãe e filho, com todo o coração.

– É agora, Nick! – exclamou Olívia, cerrando os olhos, preparando-se para abrir o envelope. O jovem fez o mesmo, enquanto a mulher o abria. – Positivo! NICHOLAS, VOCÊ É MEU FILHO!



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Notas finais do capítulo

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