Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly
Notas iniciais do capítulo
Estou sem net.
O cômodo era grandioso e de arquitetura extravagante, estando totalmente decorado com rosas brancas e vermelhas, as mesas possuíam uma tolha branca com pequenas flores bordadas nas pontas e um tapete vermelho ostentava o centro da sala, uma de suas extremidades iam até altar e a outra estava posta perto da porta. O noivo já estava à espera da noiva – se tudo desse certo: sua futura esposa – que se encaminhava ao altar, ofuscando toda a beleza da sala.
O padre por fim deu inicio a cerimônia, fazendo o costumeiro discurso e ao fim da celebração ambos disseram sim, trocando alianças e jurando amor eterno – exatamente igual aos outros casamentos. – e logo depois se seguiu o leve selar que se transformou em um beijo, fielmente aplaudido pelos convidados que já derramavam lágrimas de emoção, igualmente a noiva – agora esposa – e ao marido que se segurava para não chorar.
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Na pequena cabana pertencente aos Grandson, a pequena menina retornava de uma costumeira manhã, onde costumava brincar em companhia da solidão nas ruas desertas de Estranhópolis. Carlota a esperava descansando sobre o sofá, e assim que a menina rompeu pela porta, lhe sorriu antes de pronunciar:
– Melissinha, a mamãe precisa falar sério com você.
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Sem sombra de dúvidas a comemoração do casamento havia sido inesquecível, e tal dia ficaria gravado na memória dos noivos – agora marido e mulher.
E para a surpresa de muito um som estridente soou de forma imperativa como era de costume - alguém estava a tocar a campainha - a mulher rumou ao local em longas passadas devido à curiosidade que fluía em suas veias, sendo surpreendida ao ver a figura avançar de forma rude, adentrando pelo local.
– Senhora, no que posso ajudar?
Mesmo estando horrorizada com o que via no interior da grande casa, a mulher, que estava acompanhada de uma pequena menininha de longos cabelos ruivos, ignorava Penélope e subia as escadas, de onde se certificara ter ouvido a voz de Vitória. Caminharam em direção ao respectivo cômodo, onde estavam todas as amigas da irmã de Melissa, que desesperou-se ao ver quem havia aberto a porta.
O ódio percorria pelo olhar de Carlota. Foi Melissa quem interrompeu o silêncio que se desvairava pelo grande quarto.
– Vitória, eu não acredito. Você tava certa, mamãe. A maninha não presta! – seu rosto se debulhava em lágrimas.
A menina soltara a mão da mãe e saíra correndo. Escutava-se o som causado pela rápida descida na escadaria. Melissa, ao abrir a porta de entrada e sair do enorme bordel, se jogou na calçada.
– Por que isso foi acontecer com a Vitória? POR QUÊ?!
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– Você vai me pagar por isso, sua desgraçada. VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO COM A GENTE. EU SEMPRE AMEI A MINHA IRMÃ MUITO MAIS DO QUE VOCÊ! – Vitória, pela primeira vez, havia perdido seriamente a paciência com a mãe, que não conseguiu conter a satisfação diante de tudo que havia ocorrido. – Você vai me pagar!
A jovem pulou em cima da mãe e as duas se envolveram em uma grande briga de puxões de cabelo, tapas e arranhões. As meretrizes se aproximaram das duas e impediram que o pior acontecesse.
– Vá embora, dona Carlota. Por favor. A senhora é um incômodo aqui. E não é bem-vinda. – ordenou Stéfany, ao ver o desespero da amiga.
Carlota, sem hesitar, foi embora, porém, antes empinou o nariz, como se fosse superior a todas as mulheres presentes.
Vitória, debulhando-se em lágrimas, deixou-se no travesseiro, sendo abraçada por Stéfany.
– Amiga, eu perdi a Melissa para sempre. Ela nunca vai me perdoar depois de ter visto esse lugar.
–----Flashback: OFF-----
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– Pois é, minhas caras amigas detentas, foi assim que eu perdi a minha irmã. Essa foi a última vez em que eu a vi viva.
– Mas que mãe desgraçada! Eu não sei o que eu faria no seu lugar! – resmungava uma das mulheres, que não parecia ser muito mais velha que Vitória.
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Na mansão, Olívia se preparava para dar a notícia à Ofélia, que se preparava para ir à escola. Tia e sobrinha estavam postas na mesa na hora do almoço.
– Como será que a mamãe deve estar? – perguntava a menina, inocentemente.
– Não se preocupe, meu amor. Ela já deve ter chegado lá. Agora vá para a escola, senão se atrasará! – ordenava a tia, tentando forçar um sorriso diante da tenebrosa situação.
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Naquela mesma noite, Olívia decidira que iria contar a verdade à sobrinha. Não podia mais esconder e havia chegado o momento. Exausta, a menina era acompanhada por Aiyana, que carregava sua mochila e a depositava cuidadosamente em um dos sofás. Olívia jazia deitada no outro.
– Ofélia, meu amor, vá tomar um banho que a tia precisa conversar!
A menina assentiu e, delicadamente, subiu as escadas.
– O que será que a tia Olívia tem de novo pra me contar? Será que aconteceu alguma coisa? – perguntava a menina a si mesma, cheia de curiosidade.
∞
Preparando-se para jantar, Ofélia descia cuidadosamente as escadas. Olívia a esperava na sala de jantar. A refeição já havia sido servida.
– Tia Olívia, vai falar agora?
– Vou sim, minha querida. Venha cá, sente-se no meu colo.
Assim o fez. Ofélia, um pouco amedrontada devido ao tom de voz da tia, sentou-se nas pernas de Olívia.
– Querida... É sobre a Villona, sua mamãe. Sobre o seu pai também. – o tom de Olívia permanecia triste, porém, Ofélia surpreendeu-se ao ouvir o nome da mãe, esboçando um sorriso.
– Então era isso? Quando que a mamãe e o papai voltam, tia? Quando? Quando? – empolgava-se por completo, fazendo com que uma lágrima saísse dos olhos da mulher.
– Ofélia... A sua mãe e o seu pai não vão voltar...
O belo e alegre sorriso no rosto de Ofélia desapareceu imediatamente.
– Como assim? O que aconteceu com eles, titia?
Olívia a fitava, sem palavras. Abraçou-a com força.
– Eles estão com papai do céu agora... Papai do céu decidiu que era a hora deles...
– NÃO! – berrava Ofélia, com o rosto debulhando-se por completo em lágrimas.
Olívia, com a criança que berrava e chorava desesperadamente em seu colo, caminhou em direção ao jardim por uma porta na cozinha. Era uma noite estrelada.
– Filha... Olha para o céu. Você tá vendo aquelas duas estrelas que mais brilham? As mais fortes?
A menina, fungando o nariz, assentiu. Olívia conseguiu esboçar um grande sorriso.
– Elas são seus pais. Eles se tornaram duas lindas estrelas! E vão te ver sempre! E você todas as noites também vai poder ver eles.
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Gostaram ,gente? Por favor, mandem reviews. E não abandonarei minha fic e nem a de vocês!