Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 2
Abandono


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas postei. Boa leitura.



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Após o divórcio de um casamento que havia sido tão feliz, que havia durado praticamente dezoito anos, ocorrer, a vida das irmãs Olívia e Villona jamais havia sido a mesma. O estado mental de Olívia, que estava em choque desde a morte de Daniele Canela, piorava, e muito, cada vez mais com a separação dos pais Lerato e Peponi. Seu pai havia desaparecido, sem dar absolutamente nenhum sequer sinal de vida, abandonando até mesmo as jovens filhas, após ter cumprido com o objetivo de cuidar das meninas nos poucos meses que Lerato havia ficado na prisão.

A mãe das meninas, com muitas dificuldades financeiras, conseguiu criar e educá-las com um imenso esforço. Não pensava em mais nada na sua vida além da felicidade e do futuro das pequenas filhas, que cresceram e se tornaram seu orgulho. Olívia, graças aos esforçados e empenhados estudos, passou no vestibular e atualmente estuda direito na famosa universidade La Fiesta Tec, a mais famosa de Estranhópolis. Villona também se empenhou muitíssimo, e se emocionou ao conseguir uma bolsa de estudos, cursando o colegial em uma escola particular, sem ter que pagar absolutamente nada em sua mensalidade.

A mãe das jovens ficou em profunda depressão durante todos esses anos devido à traição e ao abandono do homem e ao assassinato que a filha havia cometido contra Daniele para salvá-la. A prisão perto disso não havia sido absolutamente nada.

Em um pátio, durante o pequeno tempo do intervalo escolar de seu primeiro dia na fantástica universidade de La Fiesta Tec, se situava a caloura Olívia Muenda, sentada sobre um grande banco no centro do pátio da faculdade, contemplando o seu belo e desértico jardim. Muitos estudantes circundavam pelo local, transitando para lá e para cá, papeando com os amigos e colegas. Esses alunos dividiam-se em grupos. Entre esses alunos, se situava um jovem. Este jovem, cuja pele era negra igual a se Olívia, caminhava calmamente pelo pátio. Seus olhos possuíam um tom verde brilhante como esmeralda e seu cabelo era um pouco arrepiado. Os óculos de meia lua, também verde, se sobressaíam e chamavam a atenção de todos que passavam perto deste.

Olívia, ao consultar seu relógio de ouro, levantou-se rapidamente em direção à sala de aula, porém, os dois jovens se debateram um com o outro, derrubando completamente todo o material escolar de Olívia e seus livros para fora do da mochila.

– Oh, perdão, me desculpe! – após se desculpar, o jovem se abaixou e rapidamente recolheu todo o material, livros, cadernos, inclusive um celular, pondo-os novamente na mochila, com exceção do aparelho, entregando-o na mão da jovem, que o fitava, sem expressão.

Os dois jovens se apresentaram um ao outro. O nome do novo colega de Olívia era André, André diMattar. Cursava medicina e estava no terceiro ano na faculdade. Tornou-se o primeiro e melhor amigo de Olívia em La Fiesta Tec. Com o passar do tempo, essa bela amizade tornou-se algo a mais...

Um ano havia se passado. O segundo ano de Olívia e o quarto de André chegaram ao fim e os dois engataram um longo romance com o tempo. André iria se formar aquele ano, assim podendo dedicar-se ao trabalho e à família. O casal já estava decidindo seus planos para o futuro. Iriam casar-se em uma das simples igrejas de Estranhópolis. Todos se encontraram na casa do jovem André, para celebrar o noivado do mais novo casal das famílias. Era uma grande mansão, que havia sido herdada de geração em geração, até chegar aos irmãos André e Josué diMattar. Na discreta festa, estavam os dois irmãos, Olívia, Villona e Lerato, pois os pais dos jovens haviam falecido em um trágico acidente de carro.

Diante de todos os convidados presentes, André ajoelhou-se na frente de Olívia, com o intuito de realizar uma proposta de casamento formal.

– Olívia Muenda, aceita se casar comigo? – propunha o jovem, sorrindo emocionado para a jovem. Escorreram algumas lágrimas do rosto de Olívia. Esse havia sido um grande momento na vida da jovem.

– Aceito. – a jovem se debulhava em lágrimas, enquanto André depositava uma aliança no dedo anelar da mão esquerda da jovem mulher e ela, no anelar da mão direita deste, causando emoção a todos que ali estavam presentes.

O dia mais esperado da vida de Olívia havia chegado. O dia de seu casamento com seu primeiro grande amor, André diMattar. A igreja, que havia sido escolhida pelo casal, era enorme. Os principais detalhes eram de ouro. Os coloridos vitrais possuíam diferentes imagens. Os diversos bancos da igreja estavam enfeitados com belíssimas rosas brancas e um grande tapete vermelho se situava no centro.

Os muitíssimos convidados já haviam chegado. André jazia sobre o grande altar da Igreja, à espera da tão esperada noiva. Este utilizava um terno preto, que havia sido um presente doado por Josué, seu irmão, e uma dourada e reluzente gravata que havia sido comprada por ele próprio, alguns dias antes da cerimônia. Olívia, depois de certo tempo, engarrafada no trânsito, chegou atrasada à igreja, dentro de um carro providenciado pela família do noivo. A mulher vestia um longo e exuberante vestido branco. Este havia sido utilizado pela mãe em seu casamento e estava ainda em perfeito estado, pois Lerato havia conservado para as filhas se casarem. A noiva carregava um grande buquê composto de tulipas e lírios, respectivamente em tons de vermelho branco. Adentrou a igreja, acompanhada de Josué. Villona e o jovem namorado, Creonte, que era amigo de André, se tornaram os padrinhos do casamento. Josué levou a mulher ao altar, iniciando-se o casório.

O padre iniciou um grande e longo discurso. A igreja inteira havia se silenciado, pois o momento mais esperado havia chegado. A grande resposta do noivo e da noiva viriam logo em seguida após o discurso. Após isto, a grande pergunta estava sendo feita.

– Você, André diMattar, aceita Olívia Muenda como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de toda a sua vida, até que a morte os separe?

– Não.



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Notas finais do capítulo

Reviews não mordem, não matam, e fazem um autor feliz. Leitores fantasmas, apresentem-se (: