Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 1
A Funcionária da Pizzaria


Notas iniciais do capítulo

Primeira história relacionada a assassinatos que eu crio. xD. Espero que gostem... Prometo que irei tentar fazer o próximo capítulo ser maior.



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Em um belo dia, na grande e desértica cidade de Estranhópolis, havia uma menininha chamada Olívia Muenda. Essa menina havia acabado de acordar e se preparava para mais um longo, cansativo e trabalhoso dia de aula. Olívia possuía longos cabelos cacheados pretos que desciam em forma de cascata até a cintura, pele negra e olhos castanhos. Costumava utilizar vestimentas pretas, sua cor favorita desde pequenininha.

Olívia e Villona, sua irmã caçula, viviam em pé de guerra. Uma não suportava o gosto e as vontades da outra. Olívia era o tipo de criança que adorava viver em bagunça, já Villona sempre fora uma menina organizada.

As irmãs viviam com os pais em um pequeno casebre situado em uma de muitas ruas desérticas na grande cidade. Os quatro possuíam uma vida simples, porém feliz. A mãe, cujo nome era Lerato, abandonou seus estudos para que pudesse cuidar da mãe adoecida e costumava trabalhar de faxineira na casa de muitos sims da cidade. Já o pai, Peponi, formou-se em mecânica e abriu uma oficina no centro da cidade.

Os quatro se situavam na pequena mesa de madeira na cozinha, tomando o café da manhã. Lerato servia o café da manhã para Peponi, que, como sempre, distraidamente folheava o jornal diário de Estranhópolis. As meninas tomaram a refeição rapidamente e se despediram dos pais com um beijo na bochecha de cada, indo para a escola.

Alguns dias depois, às cinco da tarde, Lerato Muenda havia chegado muitíssimo cedo de seu trabalho, pois sua patroa havia dado o resto do dia de folga devido ao cansaço diário. Abriu calmamente a porta da residência, adentrando o local. Surpreendeu-se ao ouvir alguns ruídos vindo de um lugar que provavelmente seria seu quarto. Caminhou silenciosamente em direção ao local, passando por um pequeno corredor, abrindo sorrateiramente a porta do cômodo, arregalando os olhos e soltando um berro.

O que Lerato havia visto afetou sua vida para sempre: seu marido, Peponi, jazia nu sobre a pequena cama, acompanhado de outra figura, uma mulher muitíssimo mais nova que os dois. A mulher possuía pele mulata, olhos castanhos e cabelos pretos presos em um coque. Seu nome era Daniele, era uma funcionária em uma das inúmeras pizzarias do centro da cidade, próximo à oficina do homem. Os dois estavam em um profundo beijo, quando foram interrompidos pela mãe das meninas.

– Peponi, eu não acredito... Como você pôde?! – berrou a mulher, com várias lágrimas escorrendo de seu rosto.

– Lerato, eu posso explicar. – Peponi tentava se defender, empurrando Daniele na cama, porém, Lerato correu para a pequena cozinha.

Alguns minutos haviam se passado e Lerato ainda continuava deitada de cabeça baixa sobre os braços na mesa da cozinha, chorando sem parar. Seu marido, constrangido com o próprio ato cometido ao trair a fiel mulher que o amava muito, retirou-se da casa, envergonhado, no momento em que uma van, que era a condução que transportava as filhas para a escola, havia chegado.

As duas meninas adentraram o local, exaustas. Villona corria para seu quarto, pois estava exausta com a longa tarde que havia tido na escola. Sua irmã mais velha, porém, resistiu ao cansaço, caminhando até a cozinha, onde achou que provavelmente a mãe estivesse lá. Caminhou pelos fundos da casa e, no momento que iria adentrar a cozinha por lá, outra pessoa havia feito isso. Daniele Canela, a funcionária da pizzaria. Olívia se escondeu, escutando toda a conversa, descobrindo tudo que havia acontecido naquela tarde.

– O que você está fazendo aqui ainda? – perguntava Lerato, olhando com ódio para a jovem Daniele.

Olívia desejava entrar na briga e tirar aquela mulher da casa, pois por algum motivo não havia simpatizado com ela, porém, se tentasse fazer alguma coisa, sabia que a mãe inventaria uma desculpa e um motivo para retirá-la do cômodo, dizendo que não era coisa para crianças.

– Acho que você já sabe... Eu quero que você se separe do Peponi agora! Senão... – fitou uma grande faca que se situava na mesa, apanhando-a, posicionando no pescoço de Lerato.

Olívia arregalara os olhos e, desesperada, correu até uma porta que se situava nos fundos próxima a da cozinha em pequenos passos, para que Daniele não escutasse seus passos.

– Aqui está. – disse ela, recolhendo um revólver que jazia escondido em um pequeno armário no local. Retornou à cozinha, onde Daniele pressionava cada vez mais a faca na direção do pescoço de Lerato, que negava com todas as forças do mundo que se separaria do marido, pois ficaria falada na cidade, não conseguiria emprego e precisaria de Peponi para sustentar e cuidar da educação das filhas.

– Sendo assim, isso significará sua morte! – afirmava Daniele, porém, repentinamente escutou-se um barulho ensurdecedor. A funcionária da pizzaria berrou, caindo no chão, morta, sobre uma poça de sangue.

– Olívia... você... me salvou! – Lerato correu para abraçar a filha, as duas se envolveram em um forte e nervoso, porém aliviado, abraço.

Lerato, em uma emocionante conversa com Olívia, conseguiu convencer a filha de que o melhor a fazer seria ela se entregar a polícia no lugar da filha, assumindo o assassinato, alegando legítima defesa. A filha seria sua testemunha e a pena de cadeia não seria tão pesada e logo a mãe das meninas estaria de volta. Convenceu a filha dizendo que Villona precisava de sua irmãzinha e, a partir daquele momento, Olívia se tornou uma espécie de mãe para Villona, mesmo tendo quase a mesma idade da irmã caçula, pois havia amadurecido bastante após este incidente. A mãe de Olívia lavou e limpou o revólver, propositalmente marcando-o com suas impressões digitais, posicionando-o próximo ao corpo de Daniele.

Peponi, ao ouvir o barulho do tiro, havia corrido desesperado para casa, pois tinha quase certeza de que havia saído do casebre.

– O que está acontecendo aqui? – perguntava, desesperado, ao ver o corpo da amante no chão sobre a enorme poça de sangue.

E Lerato assumiu a culpa pelo assassinato de Daniele, afirmando que a mulher havia tentado mata-la e esta, fugindo desesperadamente, não pensou duas vezes e correu até o armário, retirando o objeto de seu interior, atirando no peito da jovem. Implorou para que o marido cuidasse das duas filhas até sua volta, que provavelmente não demoraria para acontecer.

E realmente não aconteceu. Em cerca de alguns meses, Lerato poderia cumprir a pena em liberdade e voltar a ficar perto das queridas filhas.

O corpo de Daniele Canela foi enterrado no grande e malcuidado jardim dos Muenda. Este foi o primeiro de muitos corpos enterrados naquele jardim.



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Notas finais do capítulo

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