Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 18
Súbita Tragédia


Notas iniciais do capítulo

Esses dois capitulos foram postados rapidamente xD, por causa do recesso escolar... Vou avisar q vou demorar a postar os próximos, mas não deixem de conferir em u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171869/chapter/18

Retornando à sua casa, Olívia, satisfeita, correu até o sofá da sala, se arremessando neste. Cochilou durante horas. Foi acordada por Aiyana, que possuía um telefone sem fio preto em suas mãos. A empregada sorria e seus olhos brilhavam.

– O que houve, mulher? Por que me acordou? – perguntava Olívia, mal-humorada. Odiava quando a acordavam.

– A dona Villona acabou de ligar pra cá. Pediu pra avisar que o bebezinho dela nasceu. É uma menina.

Olívia levantou-se, surpresa. Deveria ter ficado feliz com a notícia, porém, não sentia alegria nenhuma. Sentia outra coisa. Sentia inveja. Porém, não demonstrou isso na frente de Aiyana. Esboçou um longo sorriso amarelo. Qualquer pessoa que tivesse visto este sorriso sem dúvida acharia que era verdadeiro, pois Olívia encenava muito bem.

– Que ótimo. E o nome dela, já foi definido?

– Sim. Ofélia. Ofélia Nigma.

Após dar a completa notícia, Aiyana retornou para a cozinha, deixando Olívia sozinha na sala de estar, pensativa.

– É... Pelo que parece todos possuem o direito de ser feliz, menos eu. Só espero que não aconteça com a Ofélia o que aconteceu com meu filhinho... – reclamava Olívia, deitando novamente no sofá, voltando a cochilar.

Os sete anos passaram-se muito rápido. Olívia havia sido convidada por Villona para ser a madrinha da pequena Ofélia, que, com o passar dos anos, foi se revelando uma menina de ouro e uma excelente filha. Ajudava a mãe no que era preciso, adorava estudar e tinha uma grande afeição por bichinhos de estimação.

Havia herdado os cabelos louros do pai e a pele morena da mãe. Seus olhos eram castanhos e era extremamente magra.

A menina estava completando sete anos de idade em uma celebração na mansão de Olívia, que havia se oferecido para dar a festa. A casa estava decorada de balões com as cores rosa e branco, as favoritas da aniversariante. Os amiguinhos da escola também estavam presentes, além de toda a família. O grande bolo, preparado por Aiyana, também possuía as respectivas cores dos balões. A enorme vela possuía o número 7 e brilhava.

Estava sendo o dia mais feliz da vida da menina, que jamais havia tido uma festa tão emocionante quanto aquela. Marcaria sua vida para sempre.

Com o fim da melhor festa da vida de Ofélia, todos os presentes foram embora, com exceção de Villona e Creonte. Estes haviam levado a filha até um quarto vazio, para uma conversa.

– Filhinha, eu preciso falar com você. – Villona iniciou o diálogo, que, aparentemente, não ia ser nada bom.

– Pode falar, mamãe. O que a senhora quiser. – dizia a pequena Ofélia, sem imaginar o que viria logo após.

– O papai e eu fomos chamados para uma viagem a trabalho que vai durar uma semana. Lá a gente vai fazer muita coisa, não vamos ter muito tempo. Você quer ficar com a tia Olívia?

– Ela te ama, querida. É como se você fosse a filha dela também, é sua madrinha. Gosta muito de você. – afirmava Creonte, acariciando o rosto da filha, sentando-se na poltrona.

– Ai, mamãe. Ela tem um jeito estranho... Eu sinto um pouco de medo quando olho pra ela. Eu tenho mesmo que ficar? – Ofélia abaixava a cabeça, desapontada.

– Vai ser melhor pra todo mundo. Lá você não vai ter nada para fazer, meu amor. E é só uma semana. Passa rapidinho.

O calmo diálogo foi interrompido por Olívia, que havia adentrado o quarto repentinamente, assustando a todos os três.

– E aí, o que foi decidido? – perguntava a mulher, curiosa.

Villona e Ofélia se entreolharam e Ofélia assentiu.

– Ela vai ficar mesmo, irmã. - afirmava Villona, sorrindo.

Olívia sorria alegre, enquanto Creonte esboçava um amarelo sorriso. Não gostava nada da ideia de Ofélia ficar uma semana longe deles. Afinal, uma semana para Creonte era muito tempo.

– Mas ela é também madrinha dela... Não é qualquer uma. É irmã da Villona. Merece um voto de confiança. – pensava Creonte, topando.

– Tá na hora da gente ir, Ofélia. Cuida bem dela, hein, Olívia. – Villona caminhava até a filhinha, abraçando-a fortemente. Creonte se despediu da menina com um beijo na testa. Não queria se emocionar na frente das outras.

Do segundo andar, no quarto onde ficaria hospedada durante uma semana, Ofélia observava da janela o carro dos pais partindo. Estava triste, por algum motivo.

– Por que eu tenho a impressão de que vou ficar aqui pra sempre? – pensava Ofélia, imaginando o que iria fazer durante aquela semana, na casa da madrinha, pela qual não expressava muita simpatia.

Partindo pela estrada, Villona e Creonte estavam muito tristes pelo fato da menina não estar acompanhando os pais naquela viagem, que parecia que seria muito longa.

– Ela vai ficar bem. Ela vai ficar bem. – Villona falava para o marido, tentando acalmá-lo. O homem ficava cada vez mais nervoso ao pensar na possibilidade do que poderia acontecer com Ofélia naquela casa. Alguma coisa em Olívia não o alegrava. Pelo contrário. O causava medo.

Fora tudo isso, a trajetória era muitíssimo longa e a viagem provavelmente duraria pouco menos deu m dia. Ofélia enjoava muito quando viajava com os pais, desde bebezinha. Isso havia sido mais um dos motivos para ficar hospedada na casa da madrinha.

Passavam por uma longa e escura estrada no alto de uma serra. Perdendo a cabeça com seus pensamentos, Creonte, acidentalmente, aumentou a velocidade do carro.

– Creonte! Cuidado.

Os olhos do homem lacrimejavam. Voltando a si, reparou que um carro se aproximava no sentido oposto rapidamente. Tentou desviar, porém, era tarde demais.

– NÃÃÃÃO! – berravam os dois, em uníssono.

Os dois carros colidiram e o veículo onde Creonte e Villona estavam perdeu o equilíbrio e capotou serra abaixo, explodindo.

Circe e Loki criaram Guilherme como se fosse seu filho. A mulher não podia ter filhos e sempre possuiu o grande sonho de ser mãe. Até que surgiu a oportunidade perfeita de comprar uma. Sem saber o legítimo nome do bebê, nomearam-no de Nicholas. O menino tinha os olhos e os cabelos de Olívia e a pele parda, provavelmente herdada do pai biológico.

– Ele está virando um mocinho... É tão lindo. – afirmava Circe para o marido, observando Nicholas correr com os amigos por uma pequena praça do outro lado da cidade de Estranhópolis.

Loki assentiu, enquanto acariciava os longos cabelos ruivos da mulher, sorrindo alegre para as crianças.

Após dois dias, Olívia esperava o jornal diário na varanda, como sempre. O jornaleiro chegou rapidamente e entregou o noticiário à milionária. Logo na primeira página, este dizia:

“Acidente deixa dois mortos em Estranhópolis

Duas pessoas morreram em um acidente entre dois automóveis em uma alta serra na cidade de Estranhópolis. Os dois veículos bateram de frente em uma curva, durante às 2h. Os corpos, através de exames, foram identificados. Os corpos são de Creonte Nigma e Villona Nigma, um casal. O homem dirigia e a mulher estava no banco do carona. O motorista do outro automóvel teve leves ferimentos e sairá ileso, pois quem perdeu o controle do carro fora o homem que havia falecido.”



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será da pequena Ofélia? Sugestões?
Reviews, please.