Forgetting escrita por Helle, Flôr de Lis no Peito


Capítulo 21
Encaixes


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras lindas! Esse é um dos últimos caps, mas calma, mais explicações lá embaixo!Apaguem a luz, aproveitem o cap e vamos lá! =D



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–Hermione acorda! –Berrou Draco sacudindo a garota que se debatia na cama aos prantos.

A garota abriu os olhos em choque. Era tudo um pesadelo. Só um pesadelo. Não podia ser verdade, nada do que havia visto tinha acontecido.

–Por Merlin, quer me matar de susto Granger? –Perguntou Draco se jogando na cama ao perceber que a moça havia despertado.

A castanha lançou um olhar culpado para o rapaz. Quem acabou se sentindo culpado foi ele.

–Foi mal... O que houve? Pesadelos?

Hermione concordou com a cabeça. Passou as mãos no rosto pra tentar desprender as imagens que rondavam sua mente naquele momento.

–Que horas...?

–Muito cedo. –Respondeu o loiro voltando a fechar os olhos. Estava exausto, não havia dormido quase nada naquela noite e pra completar Hermione acordava berrando de seis da manhã.

–Draco... –Chamou a garota.

–Hm..

–Eu tinha algo com... com o Weasley?


O loiro sentou-se sobressaltado. De onde vinha aquela pergunta em nome de Merlin?

–Porque a pergunta agora?

–Nada... é só que...

E então a compreensão veio como um estalo na mente do bruxo.

–Você estava gritando porque sonhou com o Weasley? Ele beija tão mal assim? –Perguntou Draco sorrindo.

Hermione ficou dividida entre sorrir e ficar emburrada. Ela estava gritando por causa da cena que envolvia o Weasley e sim, um beijo. Havia um esqueleto de uma cobra enorme, ela segurando o que parecia ser um dente, água pra todo lado, algo relacionado a Voldemort. Era uma cena bem tensa na realidade.

–Sério Draco. Eu era mais que uma amiga não era?

O rapaz pareceu levar um banho de água gelada. Como dizer aquilo para Hermione?

–Bem...

–Vou considerar isso como um sim. –Disse a moça voltando a deitar na cama.

–Porque isso importa? –Quis saber o loiro deitando-se de volta e cruzando os braços embaixo da cabeça.

–Não importa tanto... É só que... Agora eu entendo porque ele parecia estar sofrendo tanto.

–Vocês tinham terminado. –Declarou Draco.

Hermione virou-se na cama de modo a ficar de frente para o loiro.

–Sério?

–Claro. –Respondeu o rapaz observando o teto. –Você é livre e nada te impede de ficar com quem quiser agora.

–Eu quero ficar com você. –Declarou Hermione sorrindo.




–Ok. Agora me explica isso direito Ronald, o que a vaca da Parkinson fazia aqui? Eu quase morri de susto, estava saindo do banheiro e aquela vaca estava saindo do seu quarto! –Disse Gina apontando o dedo em riste para Ron que estava incrivelmente quieto numa partida de xadrez bruxo com Harry.

–Gina, relaxa. Aposto que a Pansy só quis dar um apoio ao Ron. –Disse Harry piscando pro amigo.

–O apoio parecia estar funcionando, porque o Rony não parece tão devastado quanto deveria estar depois das cenas na casa do Malfoy. Ainda estou pensando com que cara eu vou falar com Hermione! Coitada Rony, você a deixou a beira de um colapso!

–Ela não dormiu aqui Gina, ela só veio me dar um apoio. –Resmungou Ron. –Eu já disse que sinto muito pelo incidente na casa da doninha.

–Acho que você devia pegar mais leve com o Ron, Gina. A culpa foi minha em parte. Eu quem disse a ele que havia conseguido falar com ela, acho que não me expressei bem...

A ruiva derreteu, como sempre derretia, com o olhar culpado de Harry.

“Porque ele tem de ser tão bonito?” –Resmungava Gina em pensamentos.

–Tudo bem... Tanto faz. –Disse passando a mão no rosto e saindo em direção as escadas. Não gostava de ficar muito tempo perto de Harry e do irmão.



–Draco? Draco você está bem? –Hermione batia de leve nas costas do rapaz para ver se ele melhorava do acesso de tosse que se seguiu depois dele se entalar com a própria saliva ou algo parecido. O fato era que Draco estava colocando as tripas pra fora numa tosse escandalosa.

“Mas que droga, ela ainda vai me matar com essas declarações repentinas!” –Pensava o loiro tossindo e afastando a castanha com as mãos. Sentir o toque dela não ajudava em nada seu "auto-controle" que quase existia mais.

–Draco? –Chamou a garota depois de alguns minutos esperando o bruxo voltar a seu "estado respiratório" normal.

O rapaz fechou os olhos e inspirou o ar lentamente. "Ela acaba comigo, droga!"

–Está tudo bem Mione. Está tudo bem.

–Eu pensei que você fosse morrer. –Disse ela séria e Draco percebeu que a bruxa estava com o olhar marejado.

–Eu não morri quando tinha de morrer, não é uma coisa dessas que vai acabar comigo. –Declarou o bruxo sorrindo, numa tentativa de acalmar Hermione e acalmar a si próprio que ainda digeria a frase que ecoava em sua mente. A garota ficou em silêncio até o próprio Draco se manifestar.


–Hermione... O que você quis dizer com...

A garota sorriu, ainda com os olhos brilhantes. Estava sentada na cama, puxando nervosamente as mangas do moletom que vestia. Não sabia como explicar aquilo... Olhou para as mãos que pareciam ter vida própria e resolveu ser brutalmente sincera.


–Eu sinto muito pelo Weasley, mas eu não gosto dele, é de você quem eu gosto, apesar de saber que você não gosta de mim, é claro. Não desse jeito, é claro, eu não sou burra. Eu entendo essas coisas, eu até acho bem aceitável, porque quero dizer... Você me odiava na escola e eu acho que era recíproco mas.. eu não sei. Quero dizer, as coisas mudaram bastante e eu realmente gosto de você e eu acho que se eu pudesse escolher, obviamente eu não escolheria o Weasley, porque eu não conseguiria nem olhar pra ele e tudo o mais...E não é como se eu só quisesse ficar com você porque eu posso conviver com você.. Quero dizer, eu falei com o Harry, e eu achei ele muito legal, mas eu só sinto as borboletas com você e...


–Hermione... –Disse Draco interrompendo o discurso confuso e gigantesco da garota.




–Agora me fala Ron, o que a Parkinson veio fazer aqui hein? Porque ela demorou tanto? –Quis saber Harry fitando o amigo, segundos depois de escutar Gina bater a porta de um quarto no andar de cima.

–Ela veio me dar uma força... –Disse Ron observando sua torre destruir a torre de Harry.

–Rony. –Disse o moreno com um sorriso torto que dizia claramente: “comigo não”

–Bem... Ela é uma garota legal sabia? –Vendo que a frase estava soando totalmente errada Ron se concertou:

–Quero dizer... Ela não é a vaca que parece.

Harry ergueu uma sobrancelha segurando um sorriso zombeteiro e Rony desistiu e fez um resumo.

–(...) E foi isso. A gente conversou sobre muitas coisas, por isso ela demorou.

–Bom saber que sua memória é tão fraca quanto a de Hermione. –Disse Harry sorrindo abertamente enquanto observava seu bispo golpear um peão estratégico.

–Cheque. –Completou o moreno piscando.

Rony bufou mas depois cedeu e abriu um sorriso de canto. Não tinha como esconder nada de Harry.



A castanha olhou para o loiro segurando ao máximo as lágrimas teimosas. Estava se sentindo absolutamente estúpida por estar tagarelando sobre aquilo justamente para Draco. Ela sabia qual seria a resposta dele... Ela já estava conformada com o fato de que...

–Eu acho que te amo também. –Confessou o loiro.

–Eu sabia que... –Começou Hermione abaixando novamente a cabeça.- Quê? –Quis saber a moça, ao processar a frase, inclinando a cabeça para o lado.

–Eu te amo. –Repetiu Draco, dessa vez sorrindo. A cena toda era meio cômica na opinião do jovem.

Hermione abriu a boca pra falar, mas as palavras não lhe chegavam. Ela repetiu o processo duas vezes, mas não pode falar pois as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.

–Ok. Você não devia estar chorando, devia? –Perguntou Draco estreitando os olhos e se precipitando para a castanha, mas se segurando em seguida. Ficou lá, na metade do caminho para abracá-la, sem saber o que fazer. Definitivamente aquela não era a reação esperada.

Hermione sorriu enxugando as lágrimas por uns segundos.

–Tem certeza? –Perguntou fungando e observando o bruxo, que ostentava uma expressão indecifrável, ajoelhado na cama.

–Nunca tive tanta certeza de nenhuma outra coisa na vida. –Respondeu Draco com sinceridade.

A garota sorriu e se jogou no loiro, o abraçando. O impacto foi tão grande e Draco estava tão despreparado que caíram os dois da cama, indo parar com um baque surdo no chão do quarto.

–Ai, você ainda vai me matar... –Resmungou o loiro abraçando a bruxa de volta, já no piso de madeira escura.

–Você não morre tão fácil doninha. –Brincou Hermione se erguendo no peito do rapaz para observá-lo.

Draco sorriu. Ele sorriu com uma emoção nova batendo no peito. Ele estava real e completamente feliz ali com Hermione. Não estava mais se segurando para não falar nada comprometedor, não tinha mais medo do que viesse a acontecer.

“Que se dane” –Pensou antes de dizer:

–Agora eu sou a doninha, huh? Não sou mais o anjo?

Enquanto esperava a garota parar de morder os lábios e responder sua pergunta, Draco observou o modo como os olhos de Hermione refletiam a luz do sol que entrava pela janela.

–Você não pode ser um anjo agora. –Declarou Hermione ruborizando.

–E por que razão isso acontece? –Perguntou se apoiando sobre os cotovelos, de modo que Hermione estava meio que sentada nele.

–Eu não poderia fazer isso num anjo.

Antes que Draco raciocinasse e perguntasse “Isso o quê?” para a surpresa total dele Hermione se aproximou e colocou uma mão em volta do seu pescoço.

–Ok, acho que estou entendendo... É bom não ser um anjo. -Disse o rapaz sorrindo. Naquele momento, Draco Malfoy finalmente sentiu que as coisas estavam se encaixando.

A garota sorriu de volta e quebrou a distância o beijando.






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Notas finais do capítulo

E aí? *-*
Gostaria de dizer que calma! A fic não vai simplesmente morrer. Conversei com a Flor e me bateu uma ideia louca. Eu simplesmente decidi que Forgetting está acabando. Mas não se preocupem! Irei fazer uma segunda temporada, ou uma continuação. Usem o termo que quiserem. Tem muito mais por aí, mas essa parte já está dando o que tem pra dar. Espero que gostem e aproveitem ao máximo o climinha romântico!