Forgetting escrita por Helle, Flôr de Lis no Peito


Capítulo 17
Festa - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! A criatividade apareceu, mas só me revelou metade de um cap. Resolvi postar logo, porque até eu estou curiosa pra ver no que vai dar! =P Enjoy!



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–O que o Sr. Acha desse? –Perguntou Hermione estendendo um vestido rosa rendado.

O elfo, que estava meio apavorado com a situação, deu de ombros.

Estavam no quarto da garota há mais de uma hora. A bruxa não se decidia com a roupa e nem havia penteado os cabelos ainda. Estava do mesmo jeito, pois não sabia o que usar e muito menos o que fazer.

–Fale alguma coisa Sr. Petrus! –Disse a castanha ao revirar as roupas no armário.

O elfo arregalou os olhos e disse incerto:

–O Sr. Malfoy gosta muito de...

–Preto. Completou Hermione sorrindo.



–Olá Draco.

A voz etérea despertou o loiro de seus devaneios.

–Lovegood, oi. Você chegou err... –Olhou o relógio de pulso. - Uma hora adiantada. –Respondeu o rapaz se virando para receber a ilustre convidada.

Não se surpreendeu ao ver a loira com um vestido roxo berrante e uma flor esquisita nos cabelos que pareciam maiores que nunca. O que mais esperar de Luna Lovegood?

–Onde estão os outros? –Perguntou a bruxa olhando os jardins vazios.

–Não vão vir muitos outros. –Respondeu o jovem dando de ombros.

Estavam nos jardins onde os elfos fizeram um ótimo trabalho. Balões brancos e lanternas redondas flutuavam perto da grande árvore e dos arbustos, que estavam iluminados por centenas de pequenos pontos luminosos que piscavam em tons de branco e prata.

–Como ela está? –Perguntou Luna.

–Bem. Tirando o fato de... você sabe, não poder ver nenhum outro homem. –Respondeu Draco com certa amargura.

A loira assentiu com um olhar vago que sempre assustou um pouco o sonserino. Ele observou a garota vagar o olhar sobre tudo nos jardins, as mesas, os balões, as cestas de morango...

–Quem teve essa ideia? Da festa, quero dizer.

Por alguma razão, o rapaz respirou fundo antes de dizer:

–Fui eu. Acho que é importante fazer Hermione incluir outras pessoas em seu círculo de amizades. Faz parte de quem ela costumava ser, deve fazer parte agora também.

–E você não tem medo de perdê-la? Não tem medo de que ela se lembre?

A honestidade desconcertante de Luna Lovegood fez Draco ficar desconcertado ao responder:

–Por que eu deveria?

–Você gosta dela. Não tem medo dela lembrar de tudo e te estuporar?

O loiro engoliu em seco. Mas Luna continuou:

–Nós sabemos que a Hermione que conhecemos em Hogwarts não gostaria nem um pouco dessa situação. Acho que ela surtaria...

–Pois é. –Cortou Draco. Ele se afastou em direção a casa enquanto a garota observava algo num arbusto. -Fique à vontade. –Disse já dentro da casa.




–Já vai Draco!

–Anda logo!

–ESPERA!

O loiro tentava não rir, mas era impossível. Apressar Hermione era ainda mais divertido que a contrariar. Depois de muito irritar a garota que não abriu a porta de jeito nenhum, Draco desceu as escadas a fim de ele próprio se arrumar.


Dentro do quarto a castanha tentava inutilmente usar as coisas que haviam dentro da maleta de maquiagem. Depois de parecer um panda em três tentativas frustradas de fazer algo nos olhos a garota fechou a maleta e lavou o rosto. Nada de maquiagem. Ela se preguntou pra que tinha tudo aquilo se aparentemente não sabia usar.

“Coisa estúpida.” –Pensou com rancor ao olhar pra maleta cor de rosa.

Resolveu arrumar o cabelo uma vez que já havia escolhido a roupa.



–Hermione, anda logo.

–ARGH, ESPERA DRACO! –Gritou a castanha de dentro do quarto.

Petrus que estava calado o tempo todo tomou um susto com os gritos de Hermione e caiu da beira da cama, que era onde estava sentado.

–Tá tudo bem aí? –Perguntou o loiro ouvindo o baque surdo.

–Tá, tá. Me dá mais uns minutos! –Disse Hermione correndo para ajudar o elfo. -Tudo bem? –Ela acrescentou em um sussurro. Petrus assentiu esfregando a cabeça.

O rapaz desceu as escadas revirando os olhos. Resolveu ver se mais alguém havia chegado.

–Desculpa Sr. Petrus, mas o senhor poderia me trazer um copo com água e algumas margaridas?

O elfo assentiu e aparatou.

Hermione sabia que podia providenciar a água e as flores, mas quis ficar sozinha. Ela respirou fundo, colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e abraçou os joelhos, sentada no chão.

Uma festa. Uma festa de aniversário para ela. A garota não era boba, sabia que uma festa não era composta por apenas duas pessoas e um elfo. Com certeza mais pessoas iriam aparecer. Ela não sabia ao certo como reagiria algum dos seus amigos, principalmente o ruivo dos Weasley, desse as caras.

–Aqui está sua água senhora. E as flores. – Disse o elfo desaparatando na frente da moça.

A bruxa assentiu pegando o copo das mãos do elfo e dando um gole. Em seguida pegou as flores e dispensou o elfo.




–Draquinhooo...

O loiro virou-se para lançar um olhar gélido para a dona da voz.

–Não me olhe assim, não posso perder a oportunidade de te irritar, posso? – Disse Pansy divertida. O loiro sorriu fazendo uma negação com a cabeça.

–Cadê a Granger? –Perguntou a morena dando um abraço apertado no rapaz.

–Trancada no quarto há horas. –Draco rolou os olhos.

–No quarto dela? –Perguntou a morena se soltando do loiro.

O bruxo assentiu.

–Então coloca isso na pilha de presentes. –Disse Pansy subindo as escadas elegantemente. –Nos dê quinze minutos.

O loiro suspirou e se dirigiu aos jardins, onde a pilha de presentes, a maioria dele mesmo, estava.




A castanha tomou fôlego para gritar mais uma vez que "Já estava indo”. Era a quinta vez que Draco batia na maldita porta.

–Granger? –Perguntou uma voz feminina que Hermione reconheceu como sendo de...

–Srtª Parkinson?

–A única! –Exclamou a moça. –Tô entrando. –Anunciou ao destrancar a porta e adentrar no recinto.

Ao observar as roupas espalhadas pela cama, os sapatos revirados no chão e a maleta de maquiagem jogada num canto a morena deu um assobio.

–O furacão Granger se instalou aqui?

A castanha não pode evitar um sorriso.

–Quer ajuda? –Perguntou a sonserina colocando as mãos na cintura.

Hermione lançou um olhar resignado para a moça a sua frente, mas cedeu e disse:

–Por favor.




–Draco?

O bruxo sentiu seu sangue congelar nas veias. Conhecia muito bem aquela voz.

–Mãe?

O jovem foi pego de surpresa por um abraço ao se virar na direção da voz.

–Mãe, o que está fazendo aqui?

–Dois meses sem me ver e é assim que recebe sua mãe?

Draco piscou sem reação. Pigarreou duas vezes pra poder falar:

–Não... Claro que não. Me desculpe mãe, é que a senhora me surpreendeu.

A mulher olhou em volta, e estreitou os olhos ao dizer:

–Se existe alguém surpreso aqui, sou eu. O que significa isso tudo?

Draco sentiu um cubo de gelo descer por sua garganta ao engolir sua própria saliva.

–É só uma...

–Festa. –Disse Narcissa pousando seu olhar na pilha de presentes que se amontoava numa mesinha baixa perto da porta lateral da casa.

–De quem é? –Quis saber a mulher.

Draco Malfoy nunca se viu tão sem palavras. Seria um caos contar tudo de uma vez à sua mãe. Decidiu que a mulher teria de ser forte, pois ele não esconderia aquilo.

–Acho melhor a senhora entrar e se acomodar. É uma longa história, mãe.




–Tem certeza de que estou... bonita nessa roupa? Não é muito diferente? Eu pensei em usar preto, Draco gosta de...

–Draco gosta de mulheres com atitude. Você gosta dessa cor e desse estilo, pois então, use. Não tem que agradar Draco o tempo todo. Faça algo por você. –Disse Pansy deixando Hermione abobalhada. A castanha piscou algumas vezes para se lembrar de uma questão.

–Vocês eram... namorados em Hogwarts?

Pansy sorriu.

–Não. Nós podemos chamar o que Draco e eu tivemos de “caso”.

–E depois de Hogwarts?

A sonserina arqueou uma sobrancelha.

–Porque as perguntas?

–Ah, não é nada. Só... curiosidade.

A morena reprimiu um sorriso maior ainda e disse com o maior desdém que conseguiu reunir:

–Ah, que pena... Pensei que gostasse do Draquinho, porque ele... você sabe.

Hermione arregalou os olhos e ia virar a cabeça para indagar algo, mas a morena puxou os cabelos da grifinória um pouquinho, afim de que ela mantesse a cabeça na mesma posição.

–Ai Srtª Pansy!

–Me chame só de Pansy, Hermione. –Disse a morena ainda reprimindo um sorriso.




–Quer dizer então que a Granger está morando aqui.

–Resumidamente, sim. –Respondeu Draco.

O loiro esperou os gritos, a repulsa, a raiva, mas tudo o que recebeu da mãe foi um olhar indecifrável.

–Mãe?

–Eu não vou gritar Draco, se é o que espera. Eu estou, na realidade, com muita pena dessa garota. Você está bem, pelo que vejo. Espero que ela fique bem.

O rapaz não teve resposta. Só conseguiu sorrir e apertar as mãos da mãe entre as suas.




–E então? O que achou do cabelo? –Perguntou a morena sorrindo.

–Está perfeito, você tem que me ensinar a fazer isso. –Disse Hermione envergonhada.

–Ah claro! É bem simples... Oh meu Deus, olha a hora! Já se passaram 45 minutos! Draco deve estar tendo um derrame. –Exclamou a moça sacudindo os cabelos curtos e negros do rosto.

Desceram as escadas praticamente correndo. Hermione quase caiu ao bater em Pansy que parou abruptamente. A castanha teve de se agarrar ao corrimão para não se desequilibrar.


–Ai Pansy, você quer nos matar?

A morena não teve tempo para responder.















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Notas finais do capítulo

E aí?! Maldições, azarações, elogios, pedradas? Cadê minhas fantasminhas? Eu quero opiniões, críticas, etc... Vamos lá meninas, vocês conhecem o esquema. Não querem ver meu lado chantagista né?
Beijos ♥