Traga - Me À Vida escrita por Fallen Angel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Chegando lá...




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                        Andei mais ou menos uns 500 metros, até dar de cara com uma outra porta, e dentro da sala haviam muitos adolescentes parecidos comigo, alguns velhos e outros mais novos, mais ainda sim eram adolescentes, alguns estavam junto com suas “gangues” e conversavam entre si. Tinha gente de todo tipo naquele lugar, rebeldes como eu, outros com cara de terrorista, outros com cara de serial – killer em miniatura, outros com cara de drogados... Mais, uma pessoa em especial me chamou muito a atenção, ele estava parado no fim do corredor conversando com um grupo de amigos igualmente lindos como ele, mais ele era perfeito, estava vestindo uma calça skinee preta, all star de couro preto, uma blusa preta lisa, e uma jaqueta de couro preto. Seu cabelo, num tom perfeito de preto azulado, caia em uma franja muito lisa sobre os olhos, Será que ele usava chapinha? , seu olhos eram mais bonitos que os meus, eram verdes, mais um verde cor de folha bem clorofilada, sua pele era branquinha, e suas bochechas não eram nem um pouco rosadas, sua boca era muito bem desenhada emoldurada por dois pircings nos cantos inferiores dos lábios, que eram em forma de argola. Meu deus, esse ser humano caiu do céu! Então morrendo de vergonha, eu simplesmente abaixei a cabeça e sai andando olhando pro chão e de repente eu bato em alguma coisa muito forte, me deu a impressão de ter batido com a cabeça em alguma parede ou pilastra.

                 - Ai! – eu disse caindo de bunda no chão e quase amassando meu Tablet que estava na mochila que eu levava nas costas.

                 - Nossa! Desculpe-me!  Eu não vi que você estava vindo! Você se machucou? – disse uma voz aveludada, mais eu nem reparei quem era pois estava ocupada de mais passando a mão na minha cabeça para ver se tinha feito algum “galo”.

               - Não, eu esto... - assim que eu olhei pra cima, pude ver aquele menino que eu achara lindo, olhando pra mim com um ar de extrema preocupação, e seus olhos eram extremamente penetrantes e me deixaram sem fala.

Eu simplesmente ignorei esse fato, já que da ultima vez que eu me apaixonei, vamos dizer assim, que não foi uma das melhores experiências da minha vida...

               - Você esta bem? – disse ele de novo.

               - Sim, na medida do possível... – ele pareceu aliviado quando eu falei isso.

               - Que bom, achei que você tinha se machucado!

              - Bom, se eu me machuquei eu não sei, pois meu espelho esta na minha mochila... – mochila, Tablet, Black Berry... AI MEU DEUS!

Sentada no chão mesmo, eu tirei a mochila das costas e abri desesperadamente a procura dos meus xodós, ele me olhava com um ar confuso, quando achei logo retirei eles da bolsa pra saber se estava tudo bem com eles.

                - Ah – eu disse aliviada – todos perfeitos! – ele me olhou e deu uma risadinha.

                - Eu também tenho muito amor pelos meus – disse ele tirando do bolso seu Black Berry – meu Tablet esta no quarto...

                - Venha, eu te ajudo a levantar! – disse ele se levantando e estendendo a mão pra mim. Como às vezes eu sou uma pessoa educada, eu estendi a mão pra ele, que era bem macia, parecia que ele havia passado creme na mão a sua vida toda.

                - Tem certeza que está bem? Hã... é... moça... – disse ele muito envergonhado e corando.

                 - haha’ , Lucyana, me chame de Lucy, prazer – eu disse estendendo a mão pra ele.

                 - Prazer Lucy, sou Guilherme, mais por favor me chame de Gui!

Depois desse breve momento de confraternização, eu coloquei meu Black Berry no bolso do sobre tudo, e guardei o Tablet de volta na mochila. Ele levantou minhas malas do chão, e as colocou ao meu lado.

                  - Obrigado, e desculpa ai pela topada que eu dei em você. – eu falei já quase indo em bora.

                  - Não! Por favor espere, eu insisto em ajuda – lá a achar seu quarto e seu horário de aula, sou veterano aqui e já conheço algumas coisas...

                 - Ahn, ta bom então... – eu disse meio com aquela voz de pessoa sem escolha.

           Durante nosso percurso, eu estava me sentindo um tanto desconfortável com um silêncio que pairava entre nós, até que finalmente ele resolveu se manifestar.

                 - Me desculpe perguntar, mais, por que diabos você esta aqui?

                 - Bom, é que minha família... digamos assim... não curte muito meu estilo, entende?

                 - Tá bom, já entendi, seu problema é o mesmo que o meu, sua família é extremamente certinha, antiga e aristocrática, não é?

                 - É, é sim, e sem contar que eu tenho mais 3 irmãos que são um inferno!

                - Há, eu te entendo tenho 2 irmãs mais novas, mais elas são certinhas assim como meus pais.  – Nós dois demos risada juntos, e depois houve um silencio, e eu fiz uma pergunta, que eu queria fazer desde a hora em que começamos a caminhar pelo corredor (que aparentemente não ia acabar nunca.)

              - Desculpe se estou sendo intrometida... Mas... Você não tem muita cara de veterano em um lugar desses... – Ele riu.

              - É, muita gente diz isso, mais eu já estou aqui a 1 ano, meus pais me mandaram pra cá por que me consideravam rebelde demais para conviver em uma família da alta sociedade americana. A única vez que vejo eles, é quando eles vêem trazer meus presentes de aniversário e natal, por que se não fosse por isso, eu nunca os veria... – ele olhou pra mim com um ar de quem não se importava com esse fato – mais mesmo assim, eu não ligo muito pra isso, meus pais nunca me deram atenção, aqui pelo menos eu tenho amigos do mesmo estilo que eu. – eu mal consegui tirar minhas conclusões sobre essa história, quando ele olhou pra mim, entusiasmado, e disse que havíamos chegado à secretaria.

                 - E ai, Norma! Quanto tempo! Como foi de férias?

                 - Olá Gui! Muito bem, obrigado! E ai, o que você quer de mim hoje? – falou a mocinha gordinha e baixinha atrás de uma mesa.

                 - Então, Norma, minha amiga aqui, quer saber o quarto dela, companheira de quarto e horário das aulas. Será que você poderia me ajudar?

                 - Claro – disse a mulher gordinha – como se chama querida?

                 - Lucy... Lucyana... Lucyana Potomac. – a mulher gordinha então pesquisou meu nome no sistema e logo imprimiu uma folha.

                 - Pronto, Lucy! Aqui nesta folha esta tudo que você precisa saber. – disse a mulher me entregando uma folha.


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