Lílian Evans e Tiago Potter escrita por Isa Finnigan


Capítulo 7
Ele não mudou nada.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171378/chapter/7

Eu nunca fiquei tão triste na minha vida. Ele brincou com os meus sentimentos, despedaçou o meu coração. Não senti vontade de levantar da cama quando o dia amanheceu. Não senti vontade de ver o Sol.

-Vamos Lílian, não vai adiantar nada você ficar deitada aí- disse Alice- Vai ficar chorando até as férias?

-Vou ficar chorando para o resto de minha vida Alice.

-Pare de ser dramática garota! Vem cá eu te ajudo. Só tem mais uma semana de aula mesmo. E você vai passar as férias em minha casa ouviu?

-Se você diz.

Ela me ajudou a me vestir. Descemos para tomar café. Mas eu não tinha fome nenhuma. Eu só queria voltar para minha cama e hibernar. Eu fitava o meu prato com nojo.

- Se isto te fazer melhorar- disse Alice ao meu ouvido- Potter está igualzinho você. Pálido, olhos vermelhos e sem apetite.

Olhei para a outra ponta da mesa e lá estava Potter. Mas não tinha a expressão alegre de sempre, estava muito pálido e seus olhos castanhos esverdeados estavam levemente vermelhos. Black e Pettigrew trocavam olhares preocupados. Lupin não estava ali. Ele fitava seu prato vazio com a cabeça apoiada nas mãos. Desviei o olhar dele e recomecei a olhar meu prato, agora cheio de torradas, Alice ficou insistindo tanto em minha cabeça para que eu comece que eu iria acabando doente, que eu finalmente comi uma torrada.

Alice me arrastou castelo abaixo para todas as aulas por uma semana. Finalmente as férias chegaram.

Já estava na cabine do Expresso de Hogwarts. Finalmente eu realmente hibernaria. 

-Lílian- disse Alice irritada-, se você acha que irá ficar deitada na cama chorando as férias inteiras, está muito enganada.

Droga, Alice lia pensamentos.

-Como vai me impedir?

-Você vai para a minha casa. Franco também vai. Outros bruxos também vão. Meus pais têm muitos amigos.

-Ótimo- disse mal humorada.

Alice trocou um olhar com Franco.

-Lílian- disse ela devagar-, já acabou. Não adianta mais ficar assim. Não vale a pena.

Eu olhei para ela e as lágrimas começaram a cair. Alice veio e me abraçou. Franco fez o mesmo.

-Alice, Franco, vocês são meus melhores amigos- disse á eles em meio á lágrimas- Me ajudem, o quê eu faço? Ele não sai da minha cabeça. Eu o amo.

Adormeci com a cabeça deitada no colo de Alice.

Desci do trem me despedi de Alice e do Franco e fui procurar os meus pais. Droga, eles não estavam tão longe dos pais deles.

-Oi filha!- disse minha mãe dando-me um abraço e depois sussurrou para que meu pai não ouvisse- Onde está ele?

Irracionalmente olhei para Potter, cumprimentava seus pais cansadamente, fingindo um sorriso. Alice e minha mãe realmente sabiam lidar comigo. Ela viu o meu olhar triste para o garoto e entendeu tudo. Ela tinha o dom. Fomos para casa.

Na primeira semana de férias eu já tinha feito todos os deveres de casa. Quando não estava ajudando minha mãe nos afazeres de casa, eu me pegava pensando em Potter. Eu ainda o amava.

Estávamos todos almoçando, quando uma coruja preta entra voando pela cozinha, bate no vidro da porta e cai no chão. Petúnia soltou um berro e eu fui correndo direto para a ave. Ela trazia uma carta amarrada na perna. Peguei a carta em uma mão e a coruja em outra e fui correndo para o meu quarto. Depois comecei a ler:

"Querida Lílian,

Espero que não esteja morta. Estou muito preocupada com você, por isso mandei uma carta o mais rápido possível. Quero que passe o resto das férias em minha casa para ficar de olho em você. E adivinhe, irá haver um jantar para todos os bruxos que trabalham no Ministério da Magia, mamãe e papai trabalham lá! Você vai comigo tá?

Responda-me esta carta com a seguinte resposta: 'Sim Alice, estarei aí sábado. Beijos. '

                                                             Esperando que esteja viva,

                                                                                              Alice."

Sorrindo comigo mesma eu desci de volta á cozinha e perguntei á minha mãe:

-Mamãe, a Alice está me chamando para passar o resto das férias na casa dela. Eu posso ir?

Ela me olhou desconfiada e depois disse:

-Ah filha, você só passou uma semana aqui. Não pode ficar mais um pouco?

-Eu realmente preciso ir mãe.

-Tudo bem- disse ela triste-, pode ir. Mas como você vai?

Eu pensei. È mesmo como eu ia? Até que eu me lembrei de uma coisa...

-Há um ônibus para bruxos perdidos, o Noitebus Andante, ele pode me deixar lá.

Ela desistiu. Subi para o meu quarto para arrumar a mala, pois já era sexta-feira. Despachei uma coruja para Alice.

Acordei bem cedo no dia seguinte muito ansiosa para ir para a casa de Alice. Me despedi de minha mãe, meu pai e deu um tchauzinho para Petúnia e fui para a rua. Eu olhei para os lados, não havia ninguém, depois enfiei a mão no bolso interno de minhas vestes e peguei minha varinha. Estiquei a varinha para a frente e depois abri os braços. Neste momento dois faróis enormes apareceram na esquina e depois um enorme ônibus roxo berrante.

-Olá- disse o condutor- meu nome é Roger Par...

-Tá eu já sei- disse impaciente empurrando o dinheiro na mão do homem.

Eu sentei em uma mesa um tanto isolada. Roger depositou meu malão perto de mim e perguntou:

-Onde deseja ir?

-West Guiller, Londres. Se não me engano número 423.

-Ouviu Ernesto?-gritou ele para o motorista- WestGuiller, fica em Londres no número se ela não se engana 423.

O ônibus partiu. Foi uma viagem muito desconfortável. O automóvel chacoalhava todinho, fiquei feliz quando o ônibus me deixou na porta de uma mansão enorme e vermelha. E para meu horror, sentados em uma banquinho, estavam ninguém menos que Sirius Black e Tiago Potter.

Porquê todo lugar que eu ia ele tinha que estar lá?

-Evans?- perguntou Black- O quê está fazendo aqui?

-Não te interessa- disse sem olhar para sua direção. Encaminhei para a porta da mansão e bati três vezes. Já estivera uma vez antes na casa de Alice, era muito bom ficar lá. A porta se abriu e Alice pulou em cima de mim para um abraço de urso.

-Calma Alice- disse á ela quando me soltou-, ainda estou viva, ok?

-Ainda bem, vamos , deixe seu malão aí no canto, depois peço para papai levar para cima. Vem, vamos para a cozinha, você deve estar morta de fome.

-Na verdade estou- confessei.

A cozinha era grande e bem iluminada, com uma enorme mesa de centro. Havia quatro pessoas sentadas tomando chá. Duas delas eu conhecia: o Sr. e a Sra. Knight, mas as outras duas pessoas eu já havia visto, só não lembra de onde.

-Ah, Lílian querida- disse a Sra. Knight-, venha, tome um chá.

Alice e eu nos sentamos á mesa.

-Creio que não conhece o Sr. e Sra. Potter, não é Lílian?- disse o Sr. Knight apontando para as duas pessoas. O Sr. e a Sra. Potter sorriram para mim. E eu disse:

-Olá.

-Olá Lílian- disse a Sr. Potter bondosamente.

-Tiago nos disse muito sobre você- disse o Sr. Potter.

Senti meu rosto perder a única cor que tinha. Comecei a beber meu chá de cabeça baixa.

-Por falar no Tiago- disse o Sr. Knight se dirigindo ao outro-, como ele está? Está indo bem em Hogwarts?

-Ah está bem sim. Porém deu uma decaída em poções, mas suas notas são muito boas.- disse o Sr. Potter

-È- continuou a Sra. Potter-, mas ultimamente ele anda muito estranho, o Tiago. Perdeu o apetite e anda muito magro e pálido. Só o jovem Sirius para faze-lo comer. E também muito quieto, quando perguntamos o que aconteceu com ele apenas diz ''que está tudo bem''.

-Jovens- disse a Sra. Knight depositando vários bolinhos na mesa- Nunca tente entende-los. Eles odeiam. São bem estranhos nessa idade. Veja só a nossa Alice, está namorando o filho dos Longbottom! Boa pessoa a Augusta. Alice vá chamar Tiago e Sirius para comer bolinhos.

Para a minha decepção Alice me puxou junto com ela para fora.

-Ei- disse ela para os rapazes- minha mãe fez bolinhos, e está chamando para comer.

Os garotos nos acompanharam de volta para a mesa. Potter sentou ao meu lado. Todos comeram em silêncio. Senti Alice me lançar olharem esperando que eu e Potter no beijássemos a qualquer momento. Quando os Potter e Black foram embora, já era começo de noite.

A semana que fiquei na casa de Alice, me ajudou bastante a me animar. Numa manhã de sábado Alice quase me derrubou da cama.

-Lílian acorda!È hoje a festa dos aurores! Hoje á noite! Acorda!

-Nossa, é verdade- concordei cansada- Tinha me esquecido.

Passamos o dia inteiro ajudando a mãe e o pai de Alice á arrumar a casa para o jantar. Quando acabamos fomos nos arrumar para a festa.

Não estava uma noite fria. Coloquei um vestido que minha mãe havia me comprado. Era lilás bem claro, muito bonito. Alice queria fazer minha maquiagem, mas eu não sou louca para deixá-la fazer.

Havia muitos bruxos no jantar. Não me surpreendi quando vi o Black e Tiago. Apenas me surpreendi quando percebi o quanto estavam bonitos esta noite. Franco também estava lá com os outros dois. Nós cinco nos sentamos na sala de estar em silêncio.

Eu não agüentava mais aquilo. Aquele silêncio. Precisava tomar um ar lá fora. Levantei-me sussurrei um já volto na orelha de Alice saí para a rua.

 Eu andei até um a outra rua. Fazia uma noite boa. Estava pensando no meu sétimo ano. Quando ouço um barulho ás minhas costas. Dois adolescentes estavam avançando para mim. No máximo um ano mais velhos do que eu.

-Eaí ruivinha- disse um deles- você é linda hein?

-È mesmo, não é Charles?

Eu estava perdida. Não havia Tiago ali para me defender.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu nem sei se a rua West Guiller existe. Dou créditos á Laura Marques por me ajudar na história.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lílian Evans e Tiago Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.