Heart And Soul escrita por CDJ


Capítulo 18
XVIII


Notas iniciais do capítulo

foi mal demorar de novo, minhas lindas ): mas weee, 2012 chegou!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171241/chapter/18

 Nós chegamos em Stratford cerca de 12 horas depois. Havia sido uma viagem longa e muito cansativa, ainda que Jeremy tivesse o pé meio pesado e nós tivéssemos ultrapassado o limite de velocidade várias vezes. Eram exatamente sete e meia da noite, estava começando a escurecer, quando chegamos na frente da casa dos avós de Justin. Por mais que soe estranho, era uma típica casa americana. Pelo menos igual as que eu havia visto enquanto ainda morava nos Estados Unidos. A casa tinha dois andares, um jardim pequeno na frente, uma passarela de pedras e uma garagem descoberta ao lado do jardim e da passarela. De alguma maneira, eu conseguia imaginar Justin crescendo naquela casa, mesmo ele provavelmente não tendo morado lá.

 Nós descemos do carro. Não havíamos parado uma vez sequer, porque Jeremy não queria perder tempo. Foi uma prova de fogo para a minha bexiga, mas eu não estava com vontade de ir ao banheiro. As crianças haviam dormido grande parte do tempo, mas eu não consegui pregar o olho. Erin também dormiu, então só restou eu e Jeremy, conversando sobre músicas clássicas do rock. Comemos um sanduíche rápido cada um no carro mesmo, duas Pringles e outro salgadinho não identificado. Tomamos ao todo 10 latas de Coca-Cola na viagem inteira, o que para mim era um crime, pois concentrava sódio e cafeína demais no meu organismo. No fim das contas, eu estava mais do que contente por ter chegado.

 Tirei as crianças do carro. Peguei Jaxon no colo e segurei a mão de Jazzy enquanto Jeremy e Erin descarregavam o carro. Jeremy reclamou de novo sobre o peso da minha mala, mas ao pegar as malas das crianças, ficou quieto. Deviam estar mais pesadas que a minha. Fiquei encarando a porta como se pudesse abri-la com o pensamento. Eu não queria tocar a campainha. E se algum desconhecido aparecesse?

 - JUSTIN! – gritou Jeremy, puxando as malas pela passarela.

 A porta abriu-se de repente e o garoto que tinha a mentalidade de uma criança de cinco anos apareceu, todo sorridente. Não consegui deixar de sorrir.

 - E aí, pessoal – disse ele, todo feliz, vindo na minha direção.

 Ele pegou Jazzy no colo, que riu, toda feliz. Deu um beijo na testa de Jaxon e fez cócegas nele. Eu também ri com aquilo.

 - Que saudade de vocês – disse ele, apertando Jazzy.

 A garotinha riu mais ainda.

 - Para, Bieber, para! – pediu, rindo, quando ele fez cócegas.

 - É, é, muito lindo esse momento família. Agora sai da frente, filho – disse Jeremy, mal-humorado.

 Justin riu e deu um passo para o lado. Também dei um passo para o lado para não atrapalhar. Erin passou logo atrás dele, sorrindo, mas não disse nada.

 - O que ele tem? – perguntou Justin, apontando o pai.

 - Provavelmente uma bexiga estourada, mas ele vai ficar bem – dei risada – É que aquela é a minha mala e está pesada pra caramba. Além do mais, a gente passou doze horas dentro do carro. Ele deve estar cansado.

 - Doze? – Justin arregalou os olhos – Nossa, eu cheguei aqui em três.

 - Como você veio? – perguntei, boquiaberta.

 - Vim de helicóptero – respondeu, dando de ombros, como se aquilo fosse tão normal quanto dizer que havia vindo de ônibus.

 Enquanto eu tentava não pensar na quantia de dinheiro que Justin tinha no banco, ele me fez segui-lo e nós entramos na casa de seus avós. Colocamos as crianças no chão assim que ele fechou a porta atrás de mim e elas correram, felizes. Estavam protegidas ali dentro, mesmo eu não tirando o olhar delas.

 - Vem cá, vou te apresentar meus avós – ele sorriu, puxando meu braço.

 Eu sorri também e assenti, mas ainda ficava olhando pra trás. As crianças estavam correndo em volta de uma mesa de vidro. Eu não conseguia parar de olhar. Elas podiam se machucar. E se Jaxon caísse? E se Jazzy empurrasse o irmãozinho na mesa? Meu Deus, qualquer casa era um perigo.

 - Liv – Justin chamou meu nome assim que paramos de andar, mas eu ainda olhava pra trás. Ele pigarreou e eu olhei para frente, corando.

 - Desculpa, só estou meio preocupada com as crianças.

 - Está tudo bem, querida – disse uma senhora na nossa frente – Justin costumava correr em volta daquela mesa todos os dias e nunca aconteceu nada.

 Eu sorri e olhei para trás só mais uma vez. Jazzy e Jaxon haviam parado de correr e agora se esforçavam para subir no sofá. Tive que conter meu desejo de ir lá ajuda-los e voltei a encarar os avós de Justin.

 - Esses são meus avós – disse Justin, percebendo que tinha minha atenção agora.

 - Oi – eu disse, timidamente.

 O senhor, provavelmente o avô de Justin, me ofereceu a mão.

 - Eu sou Bruce.

 - Eu sou a Liv, muito prazer – respondi, sorrindo e apertando sua mão.

 - Sou Diane – disse a avó de Justin quando lhe ofereci minha mão.

 Ela apertou-a e nós voltamos às posições iniciais. Eles pareciam muito simpáticos, não paravam de sorrir.

 - Justin falou de você – disse Bruce – Ele falou que você é ótima com crianças.

 Soltei uma risada fraca e continuei sorrindo. Olhei para Justin de soslaio.

 - É mesmo? Obrigada. Eu tento.

 - Pelo que já vimos, é mesmo – afirmou Diane, sorridente.

 - Ah, obrigada – agradeci, sorrindo para ela.

 Justin soltou uma risada e colocou a mão em meu braço de novo.

 - Vem, tem mais gente pra você conhecer.

 Ele me puxou enquanto eu acenava para Bruce e Diane.

 - Seus avós são muito fofos – comentei, sorrindo.

 Ele riu e assentiu.

 - Eu amo muito eles – sussurrou.

 Tive que me conter. Aquilo era tão fofo. Caminhamos até a cozinha, onde Scooter e uma mulher estavam sentados na mesa, conversando.

 - Bom, o Scooter você já conhece – disse Justin, apontando o empresário.

 Scooter e se levantou para me cumprimentar com um beijo na bochecha. Eu fiquei meio surpresa, mas retribuí.

 - Essa é a Carin, minha noiva – Scooter apontou a mulher ao seu lado.

 - Oi, eu sou a Liv – eu disse, me inclinando para cumprimenta-la.

 - Oi – disse ela enquanto me cumprimentava – Justin falou pra caramba de você.

 Senti minhas bochechas corarem novamente. Nenhum dos dois percebeu, só Carin. Ela sorriu mais ainda pra mim e me mandou uma piscadela. Dei uma risada para tentar disfarçar. Eu já estava me sentindo uma celebridade naquela família.

 - Agora, vem – Justin me puxou de novo.

 Dei risada e acenei pra Scooter e Carin. Enquanto nós saíamos do cômodo, ela sussurrou algo para Scooter, que assentiu e deu uma risada. E então ele me olhou de novo. Corei mais uma vez. Eles deviam estar falando sobre mim, mas eu não fazia ideia do que poderia ser. Enquanto isso, Justin me afastava deles e eu não pude nem tentar me informar. Subimos as escadas e, quando chegamos perto de um quarto, ele me olhou.

 - Agora você vai conhecer a mulher que eu mais amo no mundo – ele disse, sorrindo.

 Eu soltei uma risada enquanto ainda caminhávamos. Entramos no quarto. Eu não via ninguém na minha frente. Olhei para Justin.

 - Quem eu vou conhecer agora? Sua mãe? – zoei com ele.

 - Exatamente – ele sorriu.

 Uma mulher estava perto de nós. Eu nem havia reparado. Ela tinha cabelos castanhos, olhos azuis e um sorriso bondoso.

 - Ah, meu Deus – levei as mãos à boca – Desculpa, eu achei que ele estivesse brincando.

 A mãe dele deu risada. Ela então deu passo para a frente e me abraçou. Eu retribuí o abraço, ainda me sentindo extremamente envergonhada. O culpado era Justin Bieber.

 - Eu sou a Pattie, mãe do Justin – disse ela, logo que me soltou.

 - Eu sou a Liv – sorri.

 - Pois é, eu sei quem você é – ela deu uma risadinha – Ele falou muito de você.

 Justin continuava parado do meu lado, sorrindo, se achando. Eu revirei os olhos e lhe dei um tapa no braço.

 - Ele anda falando muito de mim. Coisa feia, Bieber – eu disse, rindo, olhando pra ele.

 - Ei, a culpa não é minha por você ser tão adorável – ele disse a última palavra carregada de sarcasmo e me mandou uma piscadela.

 Revirei os olhos de novo.

 - Sei que eu sou um amor de pessoa – comentei, jogando o cabelo pra trás.

 Pattie e Justin riram.

 - É, você queria né – respondeu Justin, me zoando.

 Eu ia lhe dar outro tapa no braço, mas Pattie fez isso por mim. Dei risada.

 - Justin, que coisa feia! Não se fala assim com uma dama – ela o repreendeu, brava, mas quando olhou pra mim, deu uma piscadela.

 Tive que rir. Justin estava completamente ferrado nessa turnê, eu tinha uma nova super aliada: a mãe dele.

 - Ai, mãe – ele disse, fazendo beicinho.

 Ela o encarou brava ainda, mas depois deu risada.

 - Tudo bem, agora vão. Vocês devem ter coisas a fazer. Ryan e Chaz estão chegando, não estão?

 Justin assentiu. Eu continuei parada. Não fazia noção de quem eles eram. Acho que o Wikipédia não continha todas as informações necessárias. Ele se virou para mim e colocou a mão em meu braço. Antes de começarmos a andar, encarei-o.

 - Aonde a gente vai agora? – perguntei.

 - Lá embaixo. Meus amigos já estão chegando.

 Dei uma risada e voltei a encará-lo.

 - Você tem noção de que a sua família é enorme?

 - Minha família? – ele sorriu de canto e me cutucou no braço – É sua família também.

 Corei e olhei para o chão. Acho que eu não estava preparada para ouvir aquelas palavras; muito menos para encará-lo enquanto ele dizia aquilo. Só fazia com que eu me sentisse cada vez mais livre e mais culpada por ter me distanciado da minha família de verdade.

 - Obrigada – eu disse, levantando a cabeça e sorrindo – Por me considerar da família.

 - De nada – e então ele riu – Sabe o que isso significa?

 Neguei com a cabeça.

 - Que você vai ter que me aguentar em dobro – o pestinha sorriu.

 - Você se esqueceu do mais importante – pausei para dar dramaticidade – Você vai ter que me aguentar também. Então prepare-se, porque eu não vou te largar tão cedo.

 Dei uma risada e comecei a caminhar, deixando-o para trás. Ele logo conseguiu me acompanhar, se prendeu ao meu braço de novo e nós caminhamos para o andar de baixo juntos, rindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, já me decidi. Amanhã começo a postar Run From Me. A outra fic, Replace Your Heart, não sei quando vou postar, mas eu aviso vocês :))
Então, espero que tenham gostado desse capítulo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heart And Soul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.