POV de uma brasileira-coreana escrita por NandaVictory


Capítulo 2
Todo estudante é um pouco ninja




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Tudo ocorreu bem na noite de ontem, meu pai nem desconfiou de nada. Alias, foi uma noite comum tirando que Onew e JongHyun ficaram aqui no meu quarto jogando videogame comigo até quase 3h da manhã mesmo estando levemente embriagados.

Kim JongHyun era nosso amigo a cerca de 10 anos. Nos conhecemos quando tínhamos 7 anos apenas, durante as férias que passamos no Japão. Ele estava no mesmo hotel que nos hospedamos e, logo, acabamos descobrindo que ele também era de Seoul.

Ainda lembro quando JJong era um garotinho magricela, baixinho, parecendo um bebê dinossauro. Não sei como eu tinha uma quedinha por ele. (risos)

Aaaah, sono!

Segunda-feira, 6h30min e eu aqui já vestida. Já disse que odeio esse uniforme? Pois é, eu detesto!

Meu irmão e meu amigo fugido do ‘Jurassic Park’ já estavam na copa tomando o café da manhã e riam de qualquer merda. Talvez fosse da tarde anterior, enfim...

– Vamos crianças! Vocês vão acabar se atrasando e além do mais, eu tenho compromissos.

Como meu pai estava em casa, ele prometeu que nos levaria até a escola que afinal, nem era tão longe assim.

“Espera ai... Ele nos chamou de criança?”

Fui até a cozinha, peguei uma maçã e saímos.

Na chegada, a primeira pessoa que vi foi meu “pequeno” Chanshik.

GongChan era praticamente meu bebê, mesmo sendo bem mais alto que eu. Era o tipo de garoto que eu pegaria para cuidar, afinal, é criaturinha mais fofa e inocente que eu conheço, mesmo tendo seus humilhantes 1,84m.

– Bebê!

– NOONA! Estava derrubando pedaços do meu coração esperando você chegar e...

– Sim meu anjo. Deixa de ser exagerado e me dá um abraço. – Estendendo os braços alegremente.

– Por que você ta assim?

– Assim como handongsaeng?

– Assim... Você ta tão abatida, sei lá!

– Ah... Isso? – Disse apontando para meu rosto – É só sono... Não se preocupe!

Eu realmente não tinha como não ficar feliz perto daquela criaturinha, ele estava sempre sorrindo e se mostrando carinhoso com todos.

Chanshik entrou no colégio ano passado, mas infelizmente não caiu na mesma sala que eu. Eu sempre lamentei e quase todo dia pedia que tentasse uma transferência, mas agora eu sei o porquê dele sempre recusar: SeungRi e Julliana.

TRIIIIIIIIM!

– Ah Nanda...

– Não fica triste bebê. No intervalo eu passo lá na sua sala. Não vou te deixar sozinho.

– Êba! – Festejou, sorrindo de forma doce.

Enquanto todos seguiam para suas devidas salas, eu praticamente me arrastava... Queria estar me arrastando para minha cama, isso sim. Nem sequer olhava para frente quando algum ser infeliz esbarrou em mim.

– Oh... Desculpe-me!

– VOCÊ POR ACASO É CEGO? NÃO TÁ ME VENDO NÃO?

– Oh... Perdão. Me desculpe! É que eu sou novo por aqui...

– E desde quando isso justifica sair esbarrando em mim?

– É porque eu to...

– Está atrasado. Você deveria seguir para sua sala também!

Continuei meu rumo deixando aquele menino lá com cara de jegue. Não sou de fazer isso com ninguém, mas quem mandou ser desatento e esbarrar em mim logo hoje?!

Ao chegar a minha sala, pedi licença à professora e segui até minha carteira que é junto com a de Key. JongHyun que senta ao lado, estava lá conversando com ele, e Taemin estava sentado em MEU lugar. 

– Bom dia gente!

– Bom dia Nanda. Não te vejo a séculos!

– Cala a boca JJong. Você dormiu na minha casa.  – Repreendendo-o, e parando em frente a Tae para ver se ele se tocava.

– Oi... Nanda...

– Oi Taemin. Minha carteira.

– Ah... essa?

– Não lerdo. Aquela lá do fundo.

– Noona... Senta com JongHyun. Só hoje, por favor.

– Não criança. Vaza! Esse lugar é MEU!

– Ah não! – Resmungou fazendo biquinho.

– Seu lugar não é lá ao lado de Minho? Então pronto... Se pique!

– Tá bom... Sua chata! – Disse ele, dando-me língua e levantando-se até sua carteira mais ao fundo.

Bem... Pode parecer estranho, mas meu namorado era da mesma sala que eu e praticamente não nos falávamos naquele lugar. Eu estava sempre com Key e ele andava com o povo que senta ao fundo, ou seja, a mesma panelinha de sempre: Minho, Taemin, Jaebeom, Taecyeon, aquele cara ali que eu não sei o nome, e... Julliana.

– Key, cadê sua namorada? Não a vi ainda.

– Ela não chegou. Acho que vai faltar hoje.

– Ah...

– Mas e ai?! Por que você ta com essa cara de quem não dormiu nada?

– Ah Kibum, história longa...

– Me deixa adivinhar! Onew saiu, você estava em casa sozinha e carente, então você ligou para SeungRi e ele foi lá te dar uma solução quente e interessante... Acertei?

– É o que? NÃO!

– Então foi super sem graça.

– Bem... Tem SeungRi, mas envolve meu pai, Onew e JongHyun também.

– Onew e JongHyun? – Disse sussurrando.

– Por que você está sussurrando?

– Nada. Continue...

Enquanto contava o que havia acontecido no dia anterior, praticamente não notei a expressão de Kibum mudar. Julliana estava parada na porta da sala com... ‘ei! Perai, é aquele garoto de novo?’

– Quem. Diabos. É. Esse. Garoto?

– Esse daí deve se apresentar agora e... – sem ânimo algum tentava explicar, mas fui interrompida por um Kibum muito furioso.

– EU NÃO QUERO SABER QUEM É ELE!

– Mas...

O que esse garoto acha que é? Já chega no colégio com a cara de otário dele, esbarra em mim e ainda não tem a humildade de se apresentar. Lá vai ele com essa cara branca quase albina dele sentar do lado de Julliana. Perai, ele foi sentar com Julliana? COM JULLIANA? Vai se foder.

Key ao notar que ela havia entrado com o tal menino a lançou um olhar não muito amigável, e pra ele também. Eu apenas ri. Não fui com a cara dele, contudo era divertido ver Kibum ficar extressadinho.

Um azarado!

Foquei-me em assistir a aula daquela professora maluca. Seria perda de tempo me preocupar com quem é ou o quê é aquele novato.

Após um longo e quase interminável horário, não aquentava mais ouvir reclamações e birrinhas de ciúmes de Kibum.

– Key, se você está tão enciumado vá falar com ela. Mas, por favor, pare de ficar resmungando.

– Eu não vou falar com ninguém. Ela que fique lá com seu novo amiguinho. – Disse pondo um bico enorme nos lábios.

– Faça o que quiser Kibum. – Disse, me levantando ao ver que Julliana vinha conversar com ele. Aproveitando o tempo entre as aulas, fui falar com SeungRi.

– Olá meu amor! – Falei, dando-lhe um selinho.

– Bom dia meu anjo! Temos dois novatos, como você pode ver.

– Ah... Oi meninos. – Olhando para todos, principalmente para aquele carinha muito parecido com Jaebeom que estava do lado deste.

– Bem... Esse aqui é o WooYoung o irmão gêmeo de Jaebeom...

– Hum... Prazer! Chamo-me Fernanda. – Fitando-o de forma doce, fazendo-o corar e abaixar a cabeça levemente.

– Ah, quase me esqueci do novato. – riu – Esse é o ‘Chandoong’...  é o novo amiguinho de Julliana. – Falando baixinho suas últimas palavras, fazendo todos rirem, menos o tal garoto.

– Aaah, Chan-dun-gui... Nós já nos batemos. – Fingia interesse, mas estava explicito em meu rosto a falta deste.

– Me desculpe pelo mal entendido mais cedo. Você nem ao menos me deixou explicar...

– Você já se desculpou... Esqueça.

– Sinto que você não foi muito com a minha cara...

– Como é seu nome mesmo? – Fazendo certo tom de deboche.

–  CheonDung.

– Então esse é o seu nome? CheonDung?

– Chame-me apenas de Thunder.

– Como quiser... Thunder. E não, você só deveria ser um pouco mais atento. Nunca se sabe quando você vai encontrar uma HyunA pela frente.

– HyunA?

– ...

Mais uma vez, deixei Thunder sem resposta.

Dei uma piscadela para Victory e fui me sentar, afinal, o professor de biologia Choi SeungHyun já havia entrado na sala.

Já havia passado cerca de 20 minutos de aula e eu estava mais inquieta que o normal. Sério, eu não ia muito com a cara desse professor e a minha sensação era sempre de querer me jogar da janela quando ele adentrava a sala. Mas dessa vez, parecia que tudo tinha piorado.

Já basta Key na tensão do meu lado... JongHyun parecia ter dormido sobre os cadernos, e Taemin, bem... Minnie nem senta perto de mim.

– E ai? Falou com ela? –Tentei puxar assunto. Qualquer um que fosse.

– Falei... – começou frio – Parece que ela estava apenas o ajudando.

– Hum... E porque você ainda parece enfurecido?

– Não gostei dele.

– Também não fui muito com a cara desse Thunder.

–...

– O que foi Kibum? – Ele parecia incrédulo.

– Thunder? Você já está chamando-o até pelo apelido? É isso Fernanda?

– Não, Key é que...

– Fernanda e Kibum, será que vocês podem ser menos inconvenientes e me deixar dar minha aula sem ser incomodado de novo?

– Mas eu não estava fazendo nada... – tentei refutar, mas fui interrompida novamente pelo ahjussi SeungHyun.

– Srª O’Neil, retire-se da sala. Sua voz estridente é irritante. – Continuou sério, dando um leve sorriso cínico ao fim. Eu por minha vez, não agüentei calada. Precisava ser um pouco arrogante, pelo menos uma vez na vida.

– É para sair? – Me fiz de desentendida.

– Você ouviu senhorita. Não me faça repetir o que disse.

– Então terá que repetir.

– Fernanda, retire-se da sala e vá à diretoria. Quero uma suspensão sua pelo resto do dia.

– Tudo isso? QUE ABSURDO!  – Cara de pau? Não, cínica mesmo! Fingia uma cara de surpresa. O que eu mais queria era irritá-lo.

Quando olhei para SeungRi, o vi piscar e pronunciar algo como “vai ficar tudo bem”.  Espero mesmo meu amor...

– Está liberada por hoje O’Neil.

– Então ta. Estou saindo... – Disse levantando os braços em sinal de rendição e pondo um sorrisinho sarcástico no canto dos lábios.

Tá, ta legal. Eu saí da sala, ele me expulsou, tudo bem. Mas quem disse que eu vou conversar com aquela secretária gorda? Não mesmo!

Alias, só se for para me ferrar. Logo agora que meu pai voltou de viagem. Não posso sujar minha moral com ele. De forma alguma!

O que posso fazer então? – Pensei enquanto andava devagar sem saber ao certo para onde estava indo. Estava tardando o inesperado. A qualquer hora um disciplinador nojento iria me encontrar e...

Uma luz pareceu surgir e me veio uma idéia louca na cabeça.  Acabara de me deparar com a quadra de esportes e alguma turma do 1º ano estava lá em educação física. Minha sorte é que o professor deles não é o seonsaeng Siwon.

Cassei algum lugar em que pudesse me camuflar como aluna daquela turma, e por graça divina encontrei três garotos que não estavam jogando.

– Er... Oi! – sorri amarelo.

– Oi? – olhou estranho o garoto loirinho, um pouco desentendido. Ele me parecia o NichKhun.

– Quem é você? – Disse sério um carinha que estava largado entre duas cadeiras. Um gatinho, não posso mentir, mas tinha uma postura meio “eu-sou-fabuloso-então-desencosta”.

– Oi Fernanda, tudo bom? – disse outro, esse moreno, enquanto sorria fofamente com os olhos.

Epa! Como ele sabe meu nome?

– Você me conhece? – perguntei atônita, enquanto puxava uma cadeira e me sentava junto a esse.

– Bem... Eu te conheço. Quer dizer... Só de vista... É porque... – balbuciava e atropelava suas palavras enquanto encolhia-se em sua cadeira. Achei tão adorável a forma que ele tentava se explicar, mas depois fiquei com um pouco de dó.

– Er... Nanda... Pode chamar de Nanda né?! – antes que eu pudesse dizer algo, o loiro disparou a falar de novo – Ricky é seu maior fã. Ele fica te observando a todo o momento: no intervalo, na saída, quando você chega, até quando você ta usando aquele shortinho curto da educação física.

Não conseguia pronunciar uma palavra se quer. Quer dizer que eu tenho um fã? UM FÃ?

Anw, até que ele é uma gracinha! – Tive um devaneio, logo me imaginando apertando aquelas bochechas rosadinhas que permaneciam em sua face.

– Eu? Quer dizer... Você é linda, perfeita... –balançando a cabeça tentando organizar suas idéias – Mas eu sequer te conheço. – assim deixando visível um semblante triste em seu rosto ao fim de sua frase.

– Bem Ricky... Então eu serei sua noona! – Terminei dando-lhe um beijo na bochecha e estranhamente sua reação foi abraçar-me, abraçar-me com tanta força que achei que fosse quebrar.

– AAAAWN, QUE FOFO VOCÊS! – Disse o menino loiro, separando-nos e dando um tapinha em Ricky. Este, por sua vez, deu-lhe língua.

– Tá legal, eu ainda não sei seu nome, ô ciumentinho!

– Eu sou Chunji, esse metido aqui é o L.Joe, e quero um beijo também. – Falou pondo um bico enorme em seus lábios, tirando risos mútuos.

TRIIIIIIIIIIM!

– Ah, que pena Chunji-ah, fica para a próxima...

– Mas...

– A noona tem que ir!

Corri! Corri tentando chegar ao 2º A novamente, e rezava para que o senhor MostroHyun já estivesse se retirado.

Assim feito! Entrei na sala enquanto todos saíam, pisquei para JongHyun, que desentendido seguiu, e fui em direção a SeungRi tascando-lhe um beijo enquanto todos se reuniam numa espécie de rodinha. Graças a Deus, eu tenho um ótimo fôlego!

– Então Julli? Vai fazer hoje à tarde? – Wooyoung perguntou.

– E quem é você? – Key perguntou diretamente.

– Kibum... – ela o repreendeu.

– Bem, estamos todos com fome... Hoje é dia de alguém pagar o lanche, como sempre combinamos de todo dia alguém pagar o lanche pra todo mundo quando vamos a uma lanchonete! – Taemin se proferiu junto com sua barriga roncando.

– Isso quando pagamos... – todos riram do comentário de Victory, e eu... bem, eu estava ao seu lado, abraçada pela cintura.

– É verdade hyung! – Taemin falou de novo. – Julli-noona não se importa de fazer isso hoje? Soube que irmão trabalha em um bom restaurante! O hyung podia fazer um desconto pra gente!

Contudo, antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, a coordenadora exigiu que nos retirássemos. Num movimento ninja, peguei minha mochila e fiz de tudo para me esconder atrás de todos. Não podia contar apenas com a sorte. Sabe lá se o professor falou alguma coisa com ela.

Enquanto todos saiam da sala comentando talvez sobre o desfalque que pretendiam fazer com G-Dragon, eu fugia tentando não ser percebida nem mesmo por eles.

Era o intervalo, logo muita gente circulava por todos os cantos. Eu queria sumir, sim, eu queria fugir. Mas, e agora? Como eu sairia dali?

Enquanto andava apressadamente por um dos corredores, pensando num plano para pular algum muro sem ser vista, senti mãos frias tocarem meus ombros e gelei por inteira.

 – Fernanda, por que você está de mochila se ainda estamos no intervalo? – Fechei os olhos com força imaginando o pior. Quando virei, pensando ser algum disciplinador ou até mesmo o diretor, me bati com a imagem de Jinki olhando desconfiado para mim.

– Então Fernanda, não vai me dizer?

– É Onew... é porque...  AH ONEW, ME AJUDA! – Já desesperada, sacudia de leve os braços de meu irmão que ainda parecia não entender o que estava acontecendo.

– Tá, ta bom... Mas o que você quer que faça? O que foi que você aprontou?

– Não Jinki, você não entendeu... – falei puxando-o como um escudo ao ver Choi SeungHyun passar com um pacote estranho nas mãos e conversando com uma outra professora qualquer  – Você precisa me ajudar a SAIR daqui. Eu preciso ir embora agora. Depois eu te explico tudo, eu juro.

– Ei Onew, vem cá! – falou uma de suas amigas de sala a uns 15 metros. Acredito que pela voz tenha sido Park Bom.

– Oi minha linda... Espera um pouco. Tô resolvendo uma coisa aqui.

Tinha algumas pessoas circulando por aquele lugar, mesmo esse não sendo o corredor principal, e isso pareceu irritar Jinki. Logo, este saiu me puxando e sem entender o que estava acontecendo, permaneci calada.

Ao chegar numa espécie de jardim, ele me soltou.

– Que lugar é esse Onew?

– Pronto, não tem mais ninguém. Pode me dizer o que foi que aconteceu. – Disse sentando-se à sombra de uma árvore.

– Bem... Ocorreu um imprevisto na aula de biologia um pouco antes do intervalo.

– O quê? Logo na aula do Sr. Choi?

– Ah Onew, aquele professor é um babaca. – Comecei, sentando-me ao seu lado. – Eu perguntei uma coisa a Key e ele veio logo dizendo que minha voz era irritante e que queria minha suspensão. Só faltou dizer que me odiava e que queria que eu queimasse no fogo do inferno!

– Tá Fernanda, ele pode ser o cão, mas ele não iria te expulsar de sala só por causa disso.

– Mas é sério, só foi isso. Ele que é maluco. – pausei – Com certeza a mulher dele não deve ter o deixado fazer nada com ela ontem à noite!

– Fernanda... menos.

– Você duvida?

– Eu não! – confirmou rindo.

E então o silêncio tomou o ar da graça e manteve-se ali por cerca de 10 minutos. Curtíamos a brisa e meu gêmeo parecia entretido com uma folhinha que acabara de cair sobre sua cabeça.

– Onew-ya...  – Esse, ainda distraído, respondeu apenas um “rum.” – Você tinha dito que ia me ajudar a sair... Eu preciso ir embora logo.

– É verdade. Vamos, levanta! – Disse levantando-se e estendendo a mão para que pudesse imitá-lo.

Fomos para traz de um cercado de árvores, e pude ver uma portinha meio escondida entre galhos.

– Sim, idiota. Tá trancada. – Já de braços cruzados, me virei pondo um bico sem tamanho nos lábios.

– Ah, a chave. – Disse tateando os bolsos da calça. – Achei!

E então, em menos de um minuto a portela a minha frente foi aberta e eu já podia ver a rua aos fundos da escola.

– Jinki, eu te amo! – Falei pulando em seus braços e dando-lhe um abraço apertando.

– Também te amo, Nanda. – Soltando-se de minha demonstração de carinho.

Fazia menção de ir embora e ele já quase fechava a porta novamente, mas eu sentia que esquecia algo.

– Onew, por favor, avise ao ChanShik, ele deve estar preocupado. Ah, e tente falar com Key.

– Vai! Vai logo antes que alguém perceba.

Podemos dizer que nesses últimos 40 minutos o que eu mais fiz foi correr e correr...  


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