Isabella Volturi escrita por Valentina Cullen


Capítulo 3
Família?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171039/chapter/3

Uma dor inexplicável atingiu meu pulso, no mesmo lugar em que James havia me mordido, Aro, era assim que o vampiro se chamava, me mordera e saíra em disparada, com os outros vampiros junto com ele.

Comecei a gritar, chamando para apagarem o fogo de tomou conta de meu corpo, mas ninguém veio aplacá-la, parecia que cada célula do meu corpo estava explodindo em mim, a queimação foi aumentando, meu coração estava em um ritmo inacreditável, parecia que iria pular fora do meu peito de tão rápido que estava.

Eu gritava sem parar, para apagarem o fogo, mas ninguém fazia, depois de algum tempo o fogo foi abandonando algumas partes do meu corpo, mas em compensação, o fogo só cresceu em meu peito.

Talvez tenha passado dias ou horas, não sei, só conseguia me concentrar na queimação que tomava meu coração.

O fogo abandou o restante do corpo, se concentrando apenas em meu peito, que batia cada vez mais rápido, e mais rápido, até falhou algumas vezes, falhou novamente, e parou.

Fiquei um tempo estática, pensando que a dor voltaria, mas não voltou, abri meus olhos, que deixei esse tempo todo fechado, e me maravilhei com a textura do teto, as partículas de pó que passeavam pelo ar. Tudo tão claro, que meus antigos olhos humanos não iriam ver antes, mas que agora vejam coisas que qualquer humano veria, talvez apenas, com um microscópio.

Enquanto ficava admirando o espaço a meu redor, ouvi passos vindo até mim, quando pensei em me levantar do chão, já estava em pé, me assustei com minha agilidade, que antes, com certeza teria caído no chão.

-Olá Bella. - Falou o vampiro que adentrou a sala onde me encontrava. - Ao que parece o processo de transformação fez muito bem a você, não é? - Perguntou ele.

Meu olhar de dúvida parou sobre ele, ele deve ter notado e falou:

-Mas que indelicadeza a minha, nem me apresentei, sou Demetri. -Falou ele.

- Bem, você já deve me conhecer. - Mas que frase mais idiota fui falar. Ao que parece isso eu não perdi também.

-Sim, claro que a conheço, vim até aqui lhe chamar, a comida acabou de chegar. - Falou ele, com certa urgência na voz.

- Tudo bem. - Falei.

-Vamos.

Saímos da sala em disparada, não pude evitar me maravilhar com a rapidez que chegamos ao salão, onde me encontrei anteriormente, ainda humana.

-Minha querida, que bom que a transformação já acabou, está tudo bem com você? - Perguntou Aro, vindo em minha direção.

Resolvi dizer a verdade.

-Bom na verdade, não está nada bem, está tudo muito desorientador para mim.- Respondi um tanto eufórica.

-Há minha querida, isso acontece mesmo, logo irá passar, mas não vamos ficar falando sobre isso, sua sede deve estar insuportável, não é mesmo?

Sede, só em pensar nessa palavra, minha garganta começou a arder. Aro percebeu meu estado, e sorriu em concordância.

No mesmo instante, ouvi vários passos se aproximando, e vários corações batendo, minha boca encheu de veneno com esse som. Quando as portas se abriram, nem esperei um comando de Aro, apenas pensei no ardor que estava minha garganta e avancei no primeiro humano que adentrava o salão, ninguém me impediu, pulei no pescoço do homem, parecia ser de meia idade, ele nem teve tempo de fugir ou lutar comigo, fui tão rápida que o matei em menos de 10 segundos, soltei o corpo agora morto de meus braços, e olhei pela primeira vez o rosto do homem que acabara de matar, estava com os olhos abertos, sem vida, a expressão do rosto era lívida, a boca estava entreaberta, talvez em sinal de susto.

Olhei ao redor, e vi os outros vampiros se alimentando de outros humanos, no mesmo instante me bateu um remorso tão grande que desejei não ter matado o homem sem vida que se encontrava agora em meus pés.

Não era isso que eu queria, eu apenas havia aceito a proposta de Aro em me tornar uma vampira para ser igual a Edward, e talvez ele me querer de volta um dia.

O vampiro de cabelos brancos levantou o olhar de sua presa já sem vida em seus braços e olhou diretamente para mim, com um sorriso sarcástico no rosto.

-E então Bella, já está satisfeita? - Ele perguntou, vindo em minha direção.

-Resolvi mentir para ele, ele me dava arrepios.

-Sim. - Falei a ele.

-Isso é interessante, como que uma recém-criada já está satisfeita, nunca vi isso em meus 1.500 anos.

Arfei, 1.500 anos? Ele deve ser um dos vampiros mais velhos que conheço.

- Bella, minha querida, já está satisfeita mesmo? Há alguns humanos aqui ainda, pode pegar todos se você quiser.- Aro, se aproximava de mim e do outro vampiro.

-Não, já estou satisfeita mesmo Aro. - Repeti a ele.

Ele me olhou com o cenho franzido, mas concordou.

-Caius, por favor me acompanhe, e você também Marcus. - Falou Aro ao vampiro a meu lado, e ao vampiro que olhava para um canto qualquer como se não ligasse para nada. Saiu do recinto, antes mesmo que Aro.

-Há Bella, depois gostaria de falar com você, enquanto isso, Felix irá mostrar seu quarto. - Disse Aro, saindo do salão, acompanhado por Caius.

Um vampiro muito alto veio até mim, com um sorriso no anto da boca.

-Vamos?- ele perguntou.

-Sim.

Me levou até um quarto com uma janela enorme, no quarto havia um sofá de canto, uma escrivaninha, e uma prateleira, com alguns livros sobre ela. Ao lado dela havia outra escrivaninha, essa com um computador portátil em cima. No outro canto do quarto havia uma porta, deveria ser um closet, e no outro canto, outra porta, me perguntei se seria um banheiro, e o porquê de estar ai já que vampiros não precisam usar um.

Vendo minha cara de interrogação, olhando para a tal porta, Felix sorriu e disse:

-É um banheiro sim, é quando ficamos muito sujos de sangue, ou qualquer outra coisa e precisamos nos lavar. - Falou ele. Bom, ao menos isso, né.

-Fique a vontade, voltarei depois para levá-la até Aro.- falou e se retirou.

Fui até a janela, a vista era linda, não tinha como negar, abri o closet, havia um vestido preto e uma capa cinza – escura , olhei minhas roupas, eram as mesma que vestia a quase uma semana, resolvi trocá-las, entrei no banheiro, avistei um espelho e avistei a mulher mais bonita que já vira, branca feito papel, cabelos castanhos escuros que caiam em cascatas quase até a cintura, um corpo estonteante, mas o que mais me chamou a atenção, foi o olhar dela, os olhos eram de um rubi intenso, nunca vi olhos tão vermelhos em toda minha vida, ou existência agora.

Demorei um tempo para perceber que aquela mulher na verdade era eu mesma, não pude deixar de sorrir com isso.

Um leve batida na porta do meu quarto, me tirou de meus devaneios.

-Entre. - Falei, indo até lá.

-Uau, mas você ficou lindíssima com essa roupa. - Falou Feliz

Se eu ainda teria a capacidade de corar, teria corado, e não foi apenas a meus olhos que fiquei bonita.

-Obrigada, mas os olhos são arrepiantes, não é mesmo?

-Há sim, são sim, daqui a alguns meses, eles clareiam um pouco, irão ficar para um vermelho menos intenso.

O quê??? Meses?? Ele só podia estar brincando comigo , não é?

-Como meses, irei ficar com esses olhos por tanto tempo assim? - perguntei a ele, minha voz subindo gradativamente com minha irritação.

-Hei, calma, isso é assim mesmo.

Tentei me acalmar, e por incrível que pareça, consegui, Felix me olhou de forma estranha, como se me aclamar fosse quase que impossível para mim.

-Nossa, isso é estranho. - ele falou.- Um recém-criado se controlar assim, você mesmo deve ter um dom.

-Recém-criada?

-É, é assim que nós chamamos os vampiros que são novos ainda.

Tentei não me irritar com isso, tipo como? Um bebê, melhor nem pensar senão iria me exaltar novamente.

-Hum, tudo bem. Então Aro quer falar comigo?

-Há sim, havia me esquecido, sabe né, nos distraímos facilmente.

Sim, eu sabia, ele, uma vez me falou, vampiros podem se distrair com qualquer coisa, devemos ficar atentos para isso não acontecer.

-Vamos então? - Perguntei.

-Vamos, claro.

No caminho até lá Félix me contou que não se lembrava quando foi transformado e nem por quem, falou que já estava com os Volturi há muito tempo.

Quando chegamos até o salão que anteriormente matei aquele humano, e que o remoro por ter matado ele cresce ainda mais em mim, e se ele tivesse família? E se tivesse um filho ou uma filha esperando ele em sua casa, uma esposa? Como que eu queria ter fugido dali, ter um autocontrole como Carlisle tem.

-Há minha querida, pelo que vejo já está vestida adequadamente, e a roupa lhe caiu como uma luva.- Falou Aro sentado no meio de Caius e Marcus, em gigantes cadeiras, como antes no centro do salão.

-Há sim, encontrei essa roupa no closet.- falei.

-Perfeito, Félix, pode ir agora. - Ordenou Aro.

-Sim mestre. Te vejo mais tarde Bella. -Falou Félix.

Respondi com um leve movimento de cabeça.

-Pois bem Bella. -falou Caius, logo após que Félix deixou a sala. - Agora você é uma Volturi, este colar você deve usar sempre. - Me entregou um colar, com o que deduzi m brasão pendurado nele.

Coloquei ele logo, não queria revidar com Caius, ele me dava medo.

Agora que você pertence a nosso clã, você deve saber que deverá cumprir nossas leis.

Aro continuou me explicando todas as leis que os 3 vampiros criaram, a história deles também, e não deixei de me impressionar com a idade deles.

Quando Marcus me falou o porque deles terem me transformado, não pude deixar de pensar no homem que matei, poderia ter sido eu.

-Bella, você tem um dom, isso todos nós sabemos. - Falou Aro, depois de ter tocado minha mão novamente, e com um olhar de ambição falar que não conseguia ler meus pensamentos.

-Você será treinada a lutar, e tentaremos aflorar seu poder.- Falou Caius, interessado em nossa conversa, já Marcus continuava com a mesma expressão de antes, ou melhor sem expressão.

Tudo bem. - era isso que eu sempre falava.



Tive que falar dos Cullen a eles, mesmo estando morta, uma dor tomou conta de mim, em pensar neles novamente. Falei que Edward não conseguia ler meus pensamentos, mas que Alice e Jasper podiam ver meu futuro e mudar meu estado de espírito.

Aro achou isso interessante, seus olhos brilharam quando falei em Edward e Alice, parecia que ele os queria em sua guarda também, um leve tremor percorreu meu corpo em penar nisso.

Depois de várias horas conversando com eles, me retirei e voltei a meu quarto, não precisei pedir a ninguém que me dissesse a que direção ficava, simplesmente segui o cheiro que antes eu havia cruzado.

Quando cheguei até lá, me deitei no sofá, e repassei toda a conversa que tive com eles, não pude deixar de pensar quando Aro falou que pertencia a seu clã e não família como os Cullen de denominavam. Pensar em família, me fez lembrar de Charlie, será que o veria um dia novamente? Se o veria, não iria querer matá-lo como fiz com o homem?

Se pudesse chorar, eu choraria agora, estava com uma saudade ainda maior dos Cullen, de Alice, minha amiga, de Esme, com seu carinho, de Carlisle com sua calma, de Emmet, com suas brincadeiras, de Jasper, com seu reservamento, até de Rosalie, com quem nunca troquei quase nenhuma palavra, e, principalmente, dele, meu Edward. Um dia eu iria reencontrá-los, e talvez, ao menos, voltar a ter amizade com eles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, fiz ele rapidinho, mais eu acho que ele ficou até que bom, o que você acharam???
Comentem, e se não é pedir muito recomendem ele.
Reviews??
Vou começar a escrever o outro capítulo hoje de noite, então amanhã de tarde eu posto ele, de manhã tenho aula.
Beeeeijooos