Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 37
DESPEDIDAS E CHEGADAS


Notas iniciais do capítulo

Pois nada na vida dos nossos protagonistas é tão ruim que o autor não possa piorar drasticamente em apenas um capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/170904/chapter/37

Harry teve um jantar inesquecível feito pela Sra. Weasley no Domingo de Páscoa. Vários ovos de chocolate estavam distribuídos na mesa repleta de pratos salgados. Pastelão de carne e rins, hambúrgueres cobertos com fatias de berinjela e queijo, várias espécies de peixe em vários tipos: assados, fritos, grelhados, com molhos. Incontáveis litros de suco de abóbora e vinho (ninguém mais novo que Fred ou Jorge conseguiu permissão da Sra. Weasley para beber vinho). Fondue¬ de tudo o que os garotos pudessem imaginar. A toalha, Harry percebeu, era feita de puro chocolate.

Naquela noite de Domingo (a última das férias de Harry), estavam reunidos à mesa toda a família Weasley, Harry, Hermione, Lino Jordan, Olívio Wood, Alícia Spinnet e Angelina Johnson. O clima não poderia ser melhor.

Na altura em que Harry comia seu quarto pedaço da toalha da mesa (que já estava praticamente destruída), Angelina contou a todos como fora a partida BEAUXBATONS X DURMSTRANG, que fora na Quinta-feira, trinta e um de março.

— Foi um verdadeiro vexame — ela contava. — Se nós achávamos Durmstrang ruim, Beauxbatons se revelou.

“Mas até que não estava tão diferente assim o placar. Durmstrang liderou o tempo inteiro. O mais perto que o outro time chegou foi noventa a cem.

Mas a captura do pomo foi algo espetacular. Os dois apanhadores subiam como dois foguetes até que nós no camarote não podíamos mais vê-los.

Krum desceu mais veloz que sabe Deus o quê, o braço esticado o mais que podia com o pomo na mão.

E terminou. Durmstrang com trezentos e oitenta pontos contra duzentos de Beauxbatons.”

— Isso foi feio — comentou Harry. Também perdera para Krum. Sabia que isso era horrível, mas ao menos a diferença era de apenas dez pontos.

— Ei, Angelina — disse Hermione. — Como está o placar?

A garota teve de pensar um pouco para responder.

— Beauxbatons está com setecentos e cinquenta, Durmstrang com mil e quarenta e Hogwarts com seiscentos e cinquenta.

— Isso é bom — disse Fred — só jogamos dois jogos, passamos mole a pontuação de Beauxbatons.

— Durmstrang e Beauxbatons só têm mais um jogo — disse Jorge contando nos dedos — os dois contra nós. Podemos muito bem acabar com Beauxbatons e levar Durmstrang para a final.

— Isso se eu não perder o pomo de novo, não é? — Harry ainda não esquecera aquela partida.

— Ora, vamos, Harry — disse Hermione dando duas palmadinhas no ombro do garoto. — Você perdeu uma vez, não significa que vai perder sempre.

— Tem razão — disse Olívio —, até quando perdemos para Lufa-Lufa há três anos, ganhamos a taça em junho, não foi? E não me admiro nada se quando vocês voltarem para Hogwarts não terão uma enorme taça para colocar na Sala dos Troféus.

*        *        *

Até os pensamentos de Harry estavam cheios de comida e pesados. Quanto ao próprio Harry, nem se fala. Hermione já ficara irritada de chamar Harry e o garoto só responder uns cinco minutos depois.

Mas cedo demais, a Sra. Weasley os mandou para a cama. E com dizeres de “vocês têm aula amanha”, Harry e Rony subiram para o quarto e Harry, que embora demorasse até para pensar, se apressou em dormir.

*        *        *

Como sempre acontece com a família Weasley, eles estavam atrasados para voltar para a escola. Já haviam perdido a primeira aula do dia e a Sra. Weasley gritava com todos que se atrasavam dizendo que eles iriam perder a segunda aula.

— Então manda a Gina, o Rony, o Harry e a Hermione — gritou Fred para a mãe do banheiro. — Nós não temos aulas.

A Sra. Weasley levara o dedo a boca e murmurara:

— Ele tem razão.

Harry e Hermione riram baixo atrás dela.

E então, dois minutos depois, Harry, Rony, Gina e Hermione estavam dentro do Carro Aparatável do Ministério da Magia na porta da Toca. No portão duplo de aço do Palace Beauxbatons. Dentro do Expresso de Hogwarts.

Harry, Rony e Hermione empurraram os seus malões para o dormitório e correram para a sala de Defesa Contra as Artes da Trevas.

Não poderiam ter uma surpresa maior.

O Prof. Lupin não mais dava aulas. Eles deram de cara com o Prof. Davi Donlon.

Ele parecia muito bem, embora duas marcas fossem bem visíveis nas laterais da sua testa.

— Vamos, entrem. Não se importem pelo atraso. Peguem suas varinhas e comecem a praticar a Maldição do Gruda Corpo.

— Maldição do Gruda Corpo? — perguntou Hermione interessada, tirando a varinha do bolso interno das vestes.

— Tem um efeito um pouco mais profundo do que o Feitiço do Corpo Preso — disse Davi. — Só que irreversível. Porém, bem complicada.

“O feitiço correto é Finite Corpus e deve ser executado ao mesmo tempo que a varinha faz um risco vertical.

O atingido nunca mais conseguirá se mexer, uma vez que não existe contra-feitiço. Portanto vocês devem prestar bastante atenção antes de lançá-la.

O Ministério da Magia controla o uso desta maldição. E alguns bruxos são imunes a ela.

Tal imunidade requer um longo processo que vocês não aprenderão até o fim da sétima série.

Esta Maldição é assim qualificada devido à não melhora do efeito.”

Muito interessados em aprender a Maldição do Gruda Corpo, Harry, Rony e Hermione correram para uma mesa e começaram a praticar com alguns dos bonecos que o Prof. Davi providenciara.
A turma foi liberada com quinze minutos de an-tecedência. O Prof. Davi murmurou qualquer coisa sobre a necessidade de planejar melhor as suas aulas e liberou os alunos que foram devagar para a porta da sala do professor Flitwick.

— É bom ele estar de volta — disse Hermione. — Dá pra ver que o efeito das Lanças Podres passou. Só me pergunto por quanto tempo ele dormiu…

— Acho que por muito — disse Harry coçando a cabeça e se sentando em frente à garota. — Se eu dormi por quatro dias, ele deve ter dormido por uns três meses. Afinal, está internado desde antes do natal.

Hermione pareceu considerar isso, mas não teve tempo para responder, a sineta indicando o fim da ala tocara e a porta da sala de feitiços se abrira, deixando a sétima série da Lufa-Lufa sair.

Harry estava com saudades de Emily. Não a via desde antes das férias.

O Prof. Flitwick fez a chamada quando todos entraram e, em cima da sua famosa pilha de livros começou:

— Vocês devem se lembrar de quando eu ensinei o Feitiço Fidelius e disse que era necessária a força física. Esqueci um pequeno comentário: a varinha fica leve como uma pena se o fiel do segredo tiver total dependência do feitiço. Se a vida dele depender disso. Agora podemos continuar. Vamos começar a teoria do Feitiço de Troca Humana. É como aparatar, mas você precisa de um feitiço, algo para trocar de lugar com você e não precisa ser maior que dezessete anos.

Harry estava começando a sentir uma animação sobre o Feitiço de Troca Humana, quando foi interrompido pela voz de Alvo Dumbledore.

— Atenção todos os professores. Compareçam ao Saguão de Entrada. Alunos não devem sair de suas salas.

— Já está virando um hábito — comentou Harry bufando. — Pelo menos espero saber o que estar acontecendo a qualquer instante.

Hermione fez uma cara de descrença.

— Acho que não, Harry — comentou a garota. Rony chegou mais perto para ouvir. Harry jogou sua varinha sobre a mesa e faíscas vermelhas saíram da ponta do objeto, como se protestasse. — O tom do Dumbledore não era de pressa, como das outras vezes. Parecia muito mais um lamento.

Harry ficou pensativo. Não dera muita atenção ao tom de Dumbledore. Realmente, estava mais desapontado pelo fato de não saber quanto tempo teria que esperar para que o professor Flitwick pudesse ensiná-los o Feitiço de Troca Humana. Foi quando alguém bateu à porta da sala. Era um aluno da Grifinória que parecia ser do sétimo ano. Harry suspeitou que provavelmente seria o Monitor-Chefe. Isso se confirmou quando ele falou.

— Todos os alunos devem voltar aos seus dormitórios e não sair de lá até que recebam novas instruções.

“Não importa quantos treinos, encontros, etc. perderão. São ordens do diretor. AGORA!”

Harry, Rony e Hermione arrumaram as mochilas, guardaram as varinhas e foram para o seu dormitório. Quando abriram a porta do quarto, encontraram uma coruja-das-torres aparentemente bastante velha. Lembrou a Harry Errol, a coruja velhíssima da família Weasley.

A coruja trazia presa a bico uma carta endereçada a Harry em letras muito finas e borradas em alguns poucos pontos. Parecia que quem a escreveu estava chorando. Harry não tinha certeza.

O garoto não olhara quem remetera aquilo, mas ao ler as três primeiras linhas do que dizia a carta também escrita na mesma letra fina, só que desta vez sem lágrimas, Harry sentiu seu coração apertar.

Harry,

Queria poder te dar o amor que você merece. Mas não posso. Você nunca vai saber o que estou sentindo enquanto escrevo estas linhas finais. Por mais que eu tenha me preparado nas últimas semanas, já havia chegado um ponto em que não conseguia enxergar os seus olhos.

Talvez eu nem saiba o que estou fazendo. Posso me arrepender disso durante toda a minha vida. Mas acho que chegou o momento de dizer adeus.

Sei que sou fraca por não conseguir falar isso pessoalmente, mas peço que me entenda.

Compartilhamos um ano maravilhoso, mas ele está terminando e a nossa história também.

No próximo mês, meu pai vai se mudar para Atlanta, nos Estados Unidos, não tenho escolha. Achei que uma carta seria mais digna do que uma fuga.

Você merece alguém que lhe acompanhe por toda a sua vida, não alguém como eu.

Não sei como lhe dizer tudo o que me mata neste exato instante. Sinto raiva, fúria, saudades e não consigo (por mais que já tenha tentado) te esquecer.

Portanto acho que é melhor terminar de rodeios, você já deve ter entendido o bastante e até mais que o suficiente. Não temos mais condições de continuar.

Nunca vou esquecer o ano que tivemos.

Emily

Harry sentia que uma única lágrima escorria pelo seu olho esquerdo. Sentia-se reduzido a algo passageiro, como uma brisa que ninguém se lembra mais como era.

Não se sentia bem. Estava com vontade de quebrar algo, estava com vontade de se quebrar. Queria gritar, queria chorar, queria fugir, queria dormir.

Não ousava encarar Rony e Hermione. Sabia que os dois estavam ali, mas sentia como se estivesse sozinho.

Harry sentiu a carta de Emily, amassada em suas mãos, cair no chão. Não se deu ao trabalho de pegar. Sentiu uma vontade repentina de arrumar seu armário e lá se trancou. Sentou no chão, mas por mais que não entendesse como, se sentia cansado. Exausto. Mas não conseguia encontrar sua tristeza.

Ouviu batidas na porta.

— Harry. Sei como você está se sentindo — a voz de Hermione invadiu o armário. — Se quiser conversar, estamos aqui fora. Se não quiser…

A voz de Hermione morreu e Harry se sentiu um pouco melhor. Mas, mesmo assim, não queria conversar com ninguém.

*        *        *

Harry já havia perdido a conta de quanto tempo estava dentro do armário. Ainda não sentia vontade de sair. Há um bom tempo, Hermione batera novamente e dissera:

— Harry! O Dobby trouxe o almoço. O seu está sobre o seu criado-mudo. Se quiser eu posso colocar em frente à sua porta.

Foi a única vez que Harry disse alguma coisa.

— Não. Obrigado.

Harry achou que havia dormido um pouco. Não sabia dizer. Ouviu uma voz que ecoava.

— Atenção alunos. Dirigem-se ao Salão de Jantar imediatamente.

Era a voz da professora Minerva. Harry se levantou, abriu a porta do armário. Tinha plena consciência de que sua aparência não era das melhores. Encontrou Hermione com a mão em direção à porta.

— Eu ia te chamar — disse ela. — Se quiser, temos tempo para você lavar o rosto.

Harry foi em direção ao banheiro. Olhou pela janela. Já era noite. Lavou o rosto e saiu do quarto.

Chegando ao Salão de Jantar, Harry viu o professor Dumbledore de pé, com uma cara de que alguém acabou de falecer. Tal pânico invadiu Harry e ele percorreu os olhos pela mesa dos professores. Estava completa. Sentindo-se aliviado, Harry se sentou entre Rony e Hermione. Estavam chegando os últimos alunos. Quando todos se sentaram, Dumbledore, sem mudar a aparência e num tom muito sério, disse:

— Boa noite. Primeiramente peço perdão a todos por cancelar as aulas num momento que tenho certeza ser de puro prazer para vocês — Harry ouviu uma aluna da Corvinal dando uma risadinha de desdém atrás do garoto. Dumbledore não pareceu ter ouvido. — Mas tenho que avisá-los que, a partir de hoje, teremos uma hóspede que não é tão nova assim.

“Às oito horas da manhã de hoje, a Ministra da Magia francesa Marie Claire Lapaix assinou o Documento de Vigilância número oitenta e sete.

Este documento diz que um representante do Ministério tem o direito de vigiar qualquer visitante estrangeiro no país.

À luz da situação atual, Lapaix se sente ameaçada. Teme que Voldemort” vários alunos franziram o rosto “apareça por aqui a qualquer instante.

Então peço a todos que recebam, da maneira que acharem apropriada, a responsável por vigiar a Escola de Hogwarts.”

Dumbledore parou de falar. Acenou para uma porta que ficava atrás da mesa dos professores. Por ela entrou a última pessoa que Harry gostaria de ver na vida. Pior do que Severo Snape, Draco Malfoy e Duda Dursley juntos.

Baixa e gorda, com uma face larga e incrivelmente flácida e a boca frouxa. Grandes olhos redondos e saltados. Literalmente a aparência de um sapo. Dolores Umbridge entrou pela porta.

A única diferença dela para a primeira vez que Harry a viu em Hogwarts era que ela não mais carregava aquela medonha expressão de falsa amizade. Tinha um olhar de raiva e que dizia claramente “Agora vocês me pagam”.

— Devo dizer — continuou Dumbledore — que como visitantes, não temos mais a obrigação de seguir o regime imposto no último ano letivo. E que, como Ministro da Magia da Inglaterra — se é que fosse possível, o olhar de raiva de Umbridge ficou ainda mais horrível à menção das últimas palavras de Dumbledore — tenho o dever de proteger qualquer bruxo britânico dentro ou fora de sua terra natal. O jantar será servido agora e, a partir de amanhã, vocês receberão novos horários, que facilitam a inspeção da representante do Ministério local em relação a qualquer coisa dita nas aulas. Bom apetite.

A comida apareceu, como normalmente, na frente de todos. Mas ninguém conseguia se mexer. Todos os alunos olhavam perplexos para Umbridge.

Harry ouviu que um aluno, à mesa da Lufa-Lufa, começou a vaiar. Todos, exceto os alunos da Sonserina, se manifestaram contra a presença da ex-diretora. Dumbledore se postou de pé imediatamente.

— Devo incutir em vocês, por mais que ache desnecessário, a responsabilidade que Hogwarts tem para com a Copa Escolar de Quadribol. Se tal atitude permanecer, além de estarmos fora da Copa, a relação entre França e Inglaterra deixará de ser amistosa.

Imediatamente cessaram as vaias. Harry não compreendia muito bem: não teriam mais que aturar Umbridge, mas teriam que aturar Umbridge. Como se lesse a dúvida escrita no rosto de Harry, Hermione disse:

— Não teremos com a sapa velha a mesma relação que tínhamos ano passado. Mas teremos que mostrar certo respeito. Afinal, como disse Dumbledore, estamos colocando em risco também a relação entre França e Inglaterra.

— Tá… — Rony claramente não entendera. — Mas o que ela tá fazendo aqui? Logo ela!

— Acho que sei a resposta — disse Hermione levando o dedo indicador aos lábios. — Ah! Lembrei! No dia de natal, quando lemos que Hogwarts foi atacada e tudo o mais.

— Como se desse pra esquecer — disse Rony com uma cara feia —, estamos aturando o Malfoy desde então. — Hermione agitou as mãos o fazendo calar a boca.

— Levei o jornal para o almoço — continuou a garota — e li que Umbridge fora finalmente demitida do Ministério, junto com Percy.

— Se eu tivesse lido, ficaria feliz — comentou Harry.

— Mas será que vocês não pensam? — Hermione parecia irritada. Chamou a atenção de várias pessoas. Harry notou que Umbridge os olhava como se estivesse determinada a pegar cada palavra agora.

— Hum, Hermione — disse Harry massageando o estômago — acho que a comida não me caiu muito bem. Será que você se importa de continuar falando dentro do quarto. Eu não aguento mais esperar.

— Eu posso lançar um feitiço — comentou a garota levando a mão ao bolso interno das vestes. Ela não vira Umbridge. Nem Rony. — Estou ficando realmente boa nisso.

— Não precisa tanto. Só não aguento mais esperar.

— Ah. Tudo bem — a garota pareceu um tanto desapontada.

— Hum, vão vocês. Acho que vou esperar a sobremesa — Harry lançou um olhar fuzilante e discreto em Rony. — Ah, deixa pra lá. Perdi a fome. Vamos?

Os três desceram as escadas o mais rápido que puderam. Quando chegaram ao quarto, Harry tratou logo de trancar a porta e lançar um Feitiço de Impertubação nela.

— Umbridge estava olhando — disse o garoto se jogando na cama. — Continua.

Hermione pareceu surpresa com a criatividade instantânea de Harry, mas continuou:

— Certo. Umbridge foi demitida, pois era a única, além de Percy que não aceitava o retorno de Voldemort. Moody já nos disse que ela está agindo de caso pensado sobre isso. Dumbledore nos disse que Lapaix está com medo de Voldemort.

— Você quer dizer que Umbridge está se aproveitando disso, para, em companhia do Voldemort, tomar o domínio do Ministério Francês e permitir a entrada dele aqui e…

— Chegar a você. Isso mesmo, Harry.

— Mas o Palace Beauxbatons está protegido contra o Voldemort, não está? — perguntou Rony preocupado.

— Se você entender protegido como ter uma aliada dele aqui dentro e provavelmente outro dentro do navio de Durmstrang, então se pode dizer que sim. Estamos protegidos.

— Exatamente.

Por mais vezes que isso acontecera durante o ano, Harry ainda se assustava quando Dumbledore aparecia onde ele estava depois do garoto ter protegido o lugar.

— Bom pensamento, Harry. Sempre estarei perto de vocês. Mas fiquem tranquilos, Umbridge não sabe o que aconteceu. Mas, voltando ao assunto, vocês chegaram rapidamente aonde eu queria. Ter uma aliada de Voldemort junto conosco não é nada bom. É quase o mesmo de tê-lo aqui.

“A única diferença entre agora e no ano anterior é que Dolores não mais tem o poder de me tirar de Hogwarts. Mas pode complicar bastante a nossa vida.

Peço que não coloquem em execução qualquer plano contra ela, por mais eficaz que possa parecer. Nos alunos da AD, é bem provável, nascerá a mesma vontade de expulsá-la. Harry, por favor, contenha isto.”

Dumbledore deu as costas e se virou para a porta. Harry o chamou.

— Senhor, quando a Copa terminar, como vamos voltar para Hogwarts se Voldemort invadiu o castelo?

— Devo dizer, Harry — Dumbledore se virou para o garoto —, que o castelo nunca esteve tão bem protegido.

Harry se sentiu aliviado e se sentou na cama. Descobriu como estava faminto. Mas sua preguiça era maior que a fome. Deitou-se e sentiu a cama tirar seus óculos. Adormecera instantaneamente.

*        *        *

Dumbledore tinha razão. Os alunos da AD realmente apareceram para a reunião de Sábado cheios de idéias para tirar Umbridge de lá. Mas mal começaram a expressar suas idéias quando ouviram uma batida na porta.

— Pode entrar — gritou Harry para a porta. Ele se arrependeu disso.

Com uma prancheta prendendo um pergaminho cor-de-rosa e uma caneta de pena de águia na mão, Umbridge entrou na sala e olhou para Harry.

— Onde está o professor? — perguntou ela.

Todos os alunos apontaram imediatamente para Harry. O garoto teve vontade de matar um por um deles. Mas se lembrou de que a primeira série não conhecia Umbridge.

— Sr. Potter — Umbridge riu leve e falsamente. — Creio que como o senhor é um aluno, estas crianças devem estar equivocadas.

— Não estão — Harry respondeu rápida e secamente. Tinha total consciência do nível de sua grosseria.

— Devo então presumir que esta é uma reunião inapropriada de acordo com Marie Claire Lapaix.

— Não. Deve presumir que isto é parte da grade curricular da Escola de Hogwarts aprovada pelo diretor e pelos dois últimos Ministros da Inglaterra. Portanto, se a senhora deseja algo é bom falar logo. Estou perdendo tempo.

— Vim para inspecionar — disse Umbridge abandonando o risinho. — Devo inspecionar cada reunião onde haja um professor e mais de cinco alunos. Como os alunos aqui disseram que o senhor é o professor. Devo ficar.

— Mas como você mesma disse, Dolores, Harry é apenas um aluno, então você não tem o direito de inspecioná-lo — Dumbledore estava em pé à porta. Provavelmente seguira Umbridge, sabendo para onde ela iria. — Então acho que você está de saída. E direto para o meu escritório. Harry, por favor, continue.

Harry se sentiu grato a Dumbledore. Como Harry poderia preparar alunos contra Voldemort se eles tinham uma aliada dele os vigiando?

*        *        *

— E a sapa velha saiu?

Dão chinha fomo filar febois fofa fo fumchebor.

Era a hora do almoço e Harry estava contando para Rony e Hermione como fora a invasão de Umbridge à primeira aula. Harry engoliu o pedaço de rosbife que tinha na boca quando Hermione disse que não entendera uma palavra e o garoto repetiu:

— Não tinha como ficar depois do fora do Dumbledore. A sineta. Tenho que ir.

As outras turmas também apresentaram idéias mirabolantes para expulsar Umbridge. Mas Harry não podia aproveitar nenhuma delas. Nem a de colocar grãos vermelhos de Pó de Hensyther na sopa de Umbridge, transformando-a em veneno. Por mais que ninguém fosse conseguir descobrir o culpado. Talvez Snape. Isso livraria Harry dos dois ao mesmo tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter E O Toque Da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.