Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 16
A HISTÓRia DE Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Este foi o meu primeiro bloqueio. Embora não o mais longo, de longe o pior de todos. Aqui eu realmente não fazia ideia de como prosseguir a história. As ideias haviam acabado e eu estava muito longe do fim cronológico do livro. Várias vezes, enquanto escrevia, ponderei simplesmente apagar este capítulo e dar um jeito de ligar o anterior ao seguinte, mas algo sempre me fazia manter, de alguma forma não queria desperdiçar o que havia escrito.



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Harry acordara na manhã seguinte com a certeza de que precisava falar com Rony sobre o sonho que tivera. Mas era impossível. Ele não conseguia lembrar-se do sonho.

— Mas como pode? — perguntou Rony. Harry via com clareza a curiosidade na voz do amigo — Você quer tanto falar comigo e esquece!

— Eu não sei, tudo bem? Eu esqueci — disse Harry após várias tentativas de Rony de fazê-lo lembrar do seu sonho.

— Mas, Harry…

— Há algo urgente, Sr. Weasley? Se houver, não tenho objeção a parar a minha aula.

A professora McGonagall estava com os braços cruzados. Seus olhos fuzilavam Rony por trás dos óculos quadrados. Seus lábios estavam finos como raramente estiveram.

— Não senhora — respondeu Rony sem graça.

— Sabe, Sr. Weasley? — Recomeçou a professora, descruzando os braços e apoiando a mão sobre a sua mesa. — Me lembro muito bem de, quando vocês estavam no primeiro ano, ter deixado muito claro que eu não gosto que atrapalhem a minha aula. Estou certa, então, de que vocês vão descobrir que eu gosto muito menos que atrapalhem os meus cursos de N.I.E.M.s. Posso contar com vocês para que este curso siga bem até o final do sétimo ano?

Rony foi o único a responder um “sim, senhora” baixinho. Suas orelhas já estavam quase roxas. Harry sabia que Rony daria tudo no mundo para sumir dali.

— Mas, falando em N.I.E.M.s, quero que vocês, após as férias de natal, levem os livros que foram pedidos na carta dos resultados dos N.O.M.s para a Sala de Aulas número catorze. O horário ainda será distribuído a vocês. Por culpa da nossa situação, nós anteciparemos um pouco o Curso de Formação de que continuará após o término do curso em Hogwarts.

* * *

No Dia das Bruxas, Harry acordou com o excelente cheiro de comida que invadia todo o castelo logo pela manhã. Harry se levantou rápido e foi, cheio de fome, para o Salão Principal.

— Bom dia — disse Harry quando Rony e Hermione chegaram ao Salão e se sentaram ao lado do garoto. — O mingau de aveia está uma delícia.

— Acordou bem hoje — disse Hermione animada. — Nada que um bom cheiro de comida não faça.

— Depois vamos jogar um pouco de Snap Explosivo? — Perguntou Harry. Era estranho, ele se sentia bem, não dava para explicar direito. Nem ele conseguia entender. — O meu baralho já está ficando com teias de aranha.

À noite, o banquete foi um dos melhores em que Harry esteve desde a primeira série.

Todos os tipos de doces enfeitavam as mesas. Uma abóbora gigantesca, muito maior até do que as que Hagrid cultivava, estava no meio do encantado teto. Era a única (e suficiente) fonte de iluminação. O tom alaranjado na luz no enorme Salão dava um tom final à decoração das Bruxas.

Quando entravam, os alunos sentiam algo mudar por todo o corpo. Os chapéus cônicos de uso diário eram transformados em enormes chapéus, iguais ao Chapéu Seletor, somente que eram novos e em tons violentos de púrpura para as garotas e verde ácido para os garotos. O uniforme deles era transformado em vestes comuns de bruxo, que Harry particularmente nunca usara, uma vez que usava roupas trouxas quando estava de férias. As vestes dele o deixou com uma ponta de curiosidade. Sabia que já havia visto aquelas vestes em algum lugar. Elas eram verdes e longas, mas logo essa curiosidade desapareceu. Bastou que Harry se sentasse à mesa da Grifinória para que a comida o distraísse.

Esta, por sua vez, era um capítulo à parte. Os elfos domésticos resolveram caprichar muito desta vez. A comida era tanta que não sobrava espaço para os pratos e copos, se contasse também os tantos doces que os alunos comiam antes, durante e depois de cada prato.

Várias bombinhas arrumaram espaço na mesa para aparecer. Harry estourou uma e dela saiu um Lembrol, um instrumento que servia para dizer se você esqueceu alguma coisa. Felizmente, quando Harry o pressionou, a fumaça dentro da bola continuou branca, sinalizando que ele nada esquecera.

Durante o jantar, a luz da abóbora se reduziu, levando o Salão Principal à total penumbra. Nick Quase Sem Cabeça apareceu à frente da mesa dos professores, pigarreou alto e disse:

— Vivos, apresento-lhes O Espetáculo dos Mortos.

De dentro da abóbora, cem fantasmas saíram em direção a Nick Quase Sem Cabeça. Fizeram um verdadeiro show, onde cada um encenava o momento glorioso que foi a sua morte.

Depois, todos os fantasmas se uniram para um número musical. Muito diferente da Festa de Aniversário de Morte há exatos quatro anos, eles conseguiram um ótimo tom e arrancaram altos aplausos de todos ao fim da apresentação.

Quando os fantasmas saíram, a luz da abóbora voltou ao normal e o jantar continuou até quase meia-noite.

Com o estômago entupido e se sentindo pesado, Harry voltou para o seu dormitório. Onde, sem pensar em nada, nem mesmo em tirar os óculos e o uniforme que voltara ao normal assim que ele saiu do Salão Principal, Harry adormeceu e não se lembrava dos seus sonhos.

* * *

— Hagrid! Finalmente você voltou. Os curandeiros falaram que você iria ficar no St. Mungus apenas por um dia. — Harry, Rony, Hermione e o resto da Grifinória chegaram à sala de Trato das Criaturas Mágicas onde, pela primeira vez desde setembro, eles teriam uma aula com Hagrid.

— Estou feliz por ter voltado. Demorei, pois estava em outra… — disse Hagrid animado, mas um grande rugido e uma enorme onda de calor atingiram a todos e Hagrid se apressou em se certificar que uma grande caixa estava bem travada. Harry olhou intrigado para a caixa, mas o barulho e o calor levaram o garoto a ter quase certeza de que aquilo era…

— Um dragão? Hagrid, onde você conseguiu isso? — perguntou Hermione aflita, sem saber se deveria entrar na sala ou não.

— Acalmem-se todos — disse Hagrid. Hermione não era a única a se recusar a entrar na sala. Foi quando uma voz desdenhosa e fria atingiu o ouvido de Harry:

— Se já não bastasse ele ter voltado, traz consigo um monstro para nos torrar.

Draco Malfoy estava com os braços cruzados, parado no começo do corredor que levava às salas de aula. Sua voz atingiu todo o corredor e, provavelmente, o Saguão de Entrada, pois logo após ele ter falado, o Prof. Dumbledore apareceu.

— Devo perguntar — disse o diretor. Harry pôde reconhecer uma leve mistura de impaciência com divertimento na voz do diretor — Sr. Malfoy, se há algum problema aqui.

Draco ficou mais branco do que ele já era e respondeu, no tom mais amedrontado o possível:

— Não senhor. Problema nenhum.

— Hum, ainda bem — disse o diretor. — Pois pensei que o senhor não gostou do fato do professor Hagrid estar seguindo o roteiro de aulas sob minha autorização. Quanto aos outros alunos, não se acanhem, este dragão não irá lhes fazer mal. O professor Hagrid irá lhes explicar melhor. Agora, se me derem licença.

Dumbledore girou no mesmo lugar e saiu pelo corredor. Quando Harry se virou para entrar na sala de Trato das Criaturas Mágicas, Draco já estava lá dentro, anormalmente quieto, sozinho, ninguém o vira passar.

— Ficou com medinho do diretor, Draco?

— Não enche, Potter.

— Ah, ele ficou com medo do diretor. Que meigo.

— Antes mostrar respeito do que passar fome, Weasley.

— É, Draco? — Harry há muito queria esta oportunidade — Pois eu prefiro passar fome a passar essa vergonha de se mostrar tão poderoso e quando o diretor aparece, sair correndo. Mas, me conta, Draco. Você deve estar realmente chateado, não ganhou uma cicatriz, que pena. Se não fosse por isso, nós estaríamos iguais. Uma cicatriz e o pai morto por Voldemort. — Harry sabia que ele fora longe demais desta vez.

— Não ouse falar do meu pai, Potter — Draco estava vermelho de raiva, ele havia levantado e estava segurando Harry pela frente das vestes.

— Não ouse você a encostar mais um dedo nele. Solta — Hermione estava ao lado de Harry, a varinha na garganta de Draco e os dentes cerrados.

— E você acha que eu vou obedecer às ordens de uma sujeitinha de sangue-ruim miserável como você, Granger? — Draco ainda não havia soltado Harry. Crabbe e Goyle somente olhavam a cena.

Cara de lesma! — desta vez, o feitiço funcionara. Rony atingira Malfoy em cheio e a face dele foi mudando a aparência aos poucos. No lugar da pele branca e seca, aparecia uma viscosa e dobradiça, duas grandes antenas saíam do cabelo dele. O corpo de Draco não mais existia. Fora substituído por um enorme corpo de lesma usando as vestes de Hogwarts.

— É. Funciona — disse Rony, olhando para a lesma Draco Malfoy — É bom, agora posso vingar tantas lesmas vomitadas na segunda série.

Hermione, com um misto de agradecimento e aflição na face, disse:

— Antes que o prof. Dumbledore volte e veja isto, por favor, você pode fazê-lo voltar ao normal? Para que você mesmo não se encrenque.

— Mas…

— Eu estou muito agradecida pelo o que você fez. Realmente. Mas, por favor, para o seu próprio bem.

— Tá certo — Rony acenou a varinha e a lesma desapareceu, porém, Draco não retornara.

— Cadê ele? — Crabbe perguntou, já com os dedos fechados, ameaçando usar da força para trazer Draco de volta.

— Eu não sei. Realmente Não sei. Eu só tirei o feitiço da lesma. Eu não fiz mais nada — respondeu Rony. Harry tinha certeza de que, se Draco realmente sumira, Rony estaria encrencado.

— Eu vou procurá-lo. — Harry se assustara ao ouvir a voz de Hagrid. Ele havia se esquecido completamente de que havia um professor em sala.

Hagrid ficou meia hora fora de sala. A turma estava em silêncio total, a não ser pelas ameaças constantes de Crabbe e Goyle a Rony. Quando Hagrid voltou, ele só fez Rony se sentir pior.

— Nada. — disse Hagrid. — Em lugar nenhum. Nem dentro, nem fora do castelo.

Harry ouviu Rony dizer um “socorro” bem baixinho.

* * *

Na hora do jantar, todos foram surpreendidos por um berro que Harry e Rony reconheceram na hora de quem vinha.

— Ronald Weasley! Aqui fora! Agora!

Era a Sra. Weasley, a voz dela estava tão alta que parecia amplificada por um Berrador, porém ela se achava à porta do Salão Principal. Rony se levantou, suas orelhas estavam muito vermelhas. Todo o Salão Principal o acompanhou com olhar. Quando Rony saiu do Salão, a Sra. Weasley fechou as portas com um aceno de varinha. Harry tampou os ouvidos.

— Não tem vergonha! Sabe o que todos nós estamos passando e some com um aluno! Ronald Weasley, eu estou de olho em você! Você está proibido, entendeu? PROIBIDO de usar sua varinha fora das aulas! É um absurdo! Todos tentando proteger as vidas de vocês e você sumindo com aluno no meio da aula! É bom você se comportar, eu não quero um filho meu arrumando encrenca pra cima daquela família, me entendeu?

— É sempre ótimo ver a mamãe não gritando com a gente — Jorge se sentara ao lado de Harry, as mesmas roupas de pele de dragão que Harry o vira usando na Estação King’s Cross em Junho — Coitado do Roniquinho, está com probleminhas.

— Problemões, você quer dizer — disse Fred, sentando-se do outro lado de Harry.

—… como se já não bastasse um maluco tentando matar a todos, você ainda me arruma essa. Você não sabe que o seu pai é vice-ministro? É a segunda vez que você compromete o nome dele, Ronald! Uma total vergonha para mim! Sabe perfeitamente o que está acontecendo, sabe que nós estamos tentando manter o Harry, você e a Hermione longe do você sabe quem e você transforma um Malfoy em lesma e ainda some com ele. É bom você achar aquele menino, Rony weasley ou eu vou sumir com você! Agora vá jantar!

Houve uma pequena pausa em que, pelo visto, Rony dizia alguma coisa, mas parece que não agradou a Sra. Weasley, pois ela voltou a gritar.

— Eu mandei você ir jantar! Anda! Entra aí! E preste atenção, Ronald weasley, eu continuo de olho em você!

Rony entrou novamente no Salão Principal, seu rosto completamente vermelho, e, antes que alguém pudesse falar alguma coisa, Harry olhou para Hermione, implorando que ela tivesse uma solução para a situação de Rony não ficar pior do que já estava.

Hermione virou para o lado e começou a puxar assunto com Lilá Brown e Parvati Patil. Harry entendeu o que a amiga fizera e começou a conversar com Neville Longbottom, Dino Thomas e Simas Finnigam.

Deu certo. Antes que qualquer um pudesse começar a caçoar de Rony, o murmúrio da conversa recomeçou, e logo todos estavam novamente entretidos em seus assuntos.

— Obrigado — disse Rony se sentando entre Harry e Jorge. — O que vocês estão fazendo aqui? — Rony se virou para os gêmeos.

— Missões para a Ordem — respondeu Jorge.

— Vocês estão na Ordem da Fênix? — perguntou Hermione.

— É claro. Vocês também estarão assim que acabarem o curso em Hogwarts. — Harry se contorceu de leve no seu assento. Ele iria ingressar à Ordem da Fênix se ele estivesse vivo até lá. Ele se sentiu ainda pior quando Fred continuou — Você principalmente, Harry. Dumbledore já nos disse que você tem a ousadia de tentar algo para salvar a sua pele e a dos outros.

Rony e Hermione provavelmente perceberam o quanto aquelas palavras fizeram mal a ele, pois Rony mudou de assunto.

— E o que vocês fazem para a Ordem?

— Bem, não havia ninguém no Beco Diagonal nem no Caldeirão Furado para recrutar novos membros para a Ordem — disse Fred.

— Um grande erro — disse Jorge.

— Sem tamanho. Fatal — completou Fred. — então Dumbledore aproveitou a Gemialidades Weasley para ter como uma outra sede da Ordem. Sem contar também com nossos artefatos de Defesa.

— Artefatos de Defesa? — perguntaram Harry, Rony e Hermione juntos.

— Exatamente — disse Jorge puxando um frasco de dentro de sua roupa. O frasco era, aparentemente, de acrílico transparente. Dentro, um líquido roxo berrante com várias bolhas que não paravam de se multiplicar. Letras douradas escreviam Duplicador Multifuncional F.J. Weasley. A tampa, composta por dois borrifadores se multiplicavam e voltavam ao normal.

— E para que serve? — perguntou Harry. As expressões nos rostos de Rony e Hermione indicavam que eles também não sabiam ao certo o que era um Duplicador Multifuncional. Foi quando Jorge apertou a parte de trás da tampa do frasco e os borrifadores pararam de se multiplicar e viraram apenas um borrifador. Jorge apertou o lançador e pequenas gotas em um forte tom ácido de verde saíram dele. As gotas, que antes eram roxo berrante, atingiram a mão de Harry. Ele sentiu uma pequena coceira nela, mas antes que ele pensasse em coçar a mão, Rony deu um grito de exclamação. Ele não foi o único. Várias pessoas no Salão Principal também se assustaram. Harry não entendia a razão. Foi quando ele olhou para o lado e deu um grito também.

Era como olhar um espelho. Na frente dele estava simplesmente, ele. Harry tocou seu outro eu para ver se era real, e era. Embora esquisito. Ele tocou o próprio braço, porém não sentiu nada. Jorge apertou mais uma vez a parte de trás da tampa do frasco e pressionou mais uma vez o lançador. Gotas em tom azul piscina, saíram de dentro do frasco e atingiram a cópia de Harry, que desapareceu. Rony estava a meio caminho de perguntar como o irmão fizera aquilo, mas Jorge respondeu a pergunta que não foi feita.

— É algo que os trouxas vêm tentando por muito tempo, mas até hoje não conseguiram. Copiar alguém exatamente como o original é.

— Um clone — disse Harry.

— Melhor, Harry. Um clone que não pode ser atacado — disse Fred.

— O que é um clone? — Perguntou Rony.

— Rony, como alguém pode ser tão burro? — Perguntou Hermione. — Um clone é uma cópia geneticamente igual ao original.

— E o que é freneticamente?

— Não é freneticamente, é geneticamente, mas deixa pra lá, você não ia entender mesmo.

— Tudo bem. Esqueça — interrompeu Harry, voltando-se para Fred e Jorge. — Mas como não pode ser atacado?

— Simples. Eu e o Jorge deixamos a poção que prepara o Duplicador passar do ponto, mas mesmo assim resolvemos testá-la, e sem querer, eu lancei uma azaração na cópia do Jorge, mas não aconteceu nada, com ele. Mas eu fiquei cheio de furúnculos por meia hora.

— E então o efeito de qualquer feitiço é reversível — disse Hermione.

— Exatamente — respondeu Fred.

— O que nos torna imunes contra qualquer magia — completou Harry.

— Bem, agora se vocês nos dão licença, temos que falar com Dumbledore — disse Jorge se levantando. Fred fez o mesmo e os dois saíram do Salão Principal.

* * *

Passaram quatro dias até que Draco Malfoy aparecesse. Foi no banheiro feminino do segundo andar. Harry, Rony e Hermione acharam muito estranho o fato de Malfoy ter aparecido justamente no Banheiro da Murta Que Geme.

— O que vocês querem? Ah! Harry! É tão bom vê-lo — disse Murta quando os três entraram no banheiro após o jantar.

— Ah, oi Murta — disse Harry, sentindo que corava. — Eu, nós, queríamos saber se você viu um aluno da Sonserina aparecendo aqui hoje.

— Quem? Aquele loiro chato? —Perguntou Murta. Harry, Rony e Hermione riram, embora cautelosamente, pois Murta poderia pensar que eles estavam rindo dela.

— Isso. Aquele loiro chato — concordou Harry, continuando a rir.

— Ele não apareceu aqui hoje. Ele está aqui desde o dia em que o Frei Gordo me contou que ele — Murta indicou Rony com a cabeça — sumiu com um aluno.

— Espera aí! Você quer dizer que o Draco Malfoy tá aqui desde o dia em que ele sumiu? — perguntou Rony, as orelhas vermelhas.

— É — concordou Murta — Ele disse que iria se divertir quando resolvesse aparecer de volta, então, hoje de manhã ele começou a falar mal de você, Harry — Harry não gostou do jeito que Murta adocicou a voz ao falar o nome dele —, mas então eu ameacei de entregá-lo para o diretor e ele foi embora.

— Mas você deveria ter feito isso antes — disse Harry.

— Mas eu só o vi quando ele chegou e quando ele foi. Ele estava me irritando muito então eu fui ficar um pouco no lago, estou começando a entender aquela lula gigante.

— Mas, como…? — começou Harry.

— Ele veio parar aqui? Eu não entendi direito, ele disse que quando o Weasley lançou um feitiço nele, ele conjurou uma lesma gigante com o uniforme dele, disse que saiu da sala, já que todos só olhavam para a lesma e se escondeu aqui. Mas chegou uma hora que ele começou a mexer na torneira que você sabe qual é, Harry, aí eu fiquei com medo que ele a abrisse de novo e fui embora.

Harry não conseguia entender. O que Draco Malfoy queria com a Câmara Secreta? Antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Hermione o interrompeu:

— Harry, isso é absolutamente impraticável. O Malfoy nem ao Menos sabe que essa é a entrada para a Câmara Secreta, ele deve ter achado curioso o símbolo da cobra na torneira e achou suspeito. Hoje ele até pode ter certeza de que a entrada para a Câmara é ali, mas ele nem tem como provar nada.

— É Harry — continuou Rony — e mesmo assim ele nem sabe falar a língua das cobras, não é? Eu imagino o otário do Malfoy tentando tudo quanto é feitiço contra essa torneira sem conseguir nada.

— Mesmo assim, é estranho — recomeçou Harry.

— Nada é estranho, Harry — continuou Hermione. — Vamos embora daqui. O máximo que aconteceu foi que o Malfoy tá tentando se vingar do Rony por que ele colocou o Crabbe e o Goyle em detenção.

Harry concordou com a cabeça e deu meia volta, ignorando os olhares profundamente apaixonados que Murta lhe lançava. Mesmo assim, Harry ainda desconfiava de Draco Malfoy.


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