Dia 13 de Novembro de 1998.

Quinta-feira.

18:45.

Deve fazer duas semanas, que eu e Justin não nos falamos, sinto tanto a falta dele, ele é muito importante pra mim, sem ele, vejo os momentos curtos que passamos juntos em felicidade. Mas ele também errou, não poderia estar num show como aquele, mas quem sou eu para julgar, eu fazia parte do show. Sou orgulhosa demais para perdoar.

– Brit, telefone. - disse minha mãe, da porta do meu quarto.

– Quem é? - perguntei.

– Tina. - ela respondeu.

Levantei-me rapidamente. Atendi o telefone na sala.

– Alô, Tina.

– Brit! Eu tenho uma noticia que pode te ajudar pra esse momento deprê que você passa!

– O quê?

– Uma viagem!

– Viagem?

– É... Dezembro ta chegando e junto vem as férias, vamos para Londres!

– Com que dinheiro vamos para Londres, quer dizer, eu né, porque tu é a princesinha rica!

– Boba, eu, ou melhor, meu pai paga sua passagem!

– Ah, não, Tina, eu não gosto de ganhar favor de graça!

– Menina, favores são de graça!

– Mas, logo seu pai, um ricaço, vou ficar na maior divida com ele!

– Não liga pra isso!

– Ta, mas antes de tudo, preciso da opinião dos meus pais.

Minha mãe ouviu e disse:

– O que tem eu?

Ergui a mão em direção á minha mãe, como quem diz "espere".

– Tina depois te ligo, vou ver isso com minha mãe.

Desliguei o telefone.

Sentei-me no sofá da sala.

– Mãe, a Tina quer que eu vá com ela para Londres em Dezembro, nas férias.

– Bem, mas como vou pagar isso?

– O pai dela se ofereceu pra pagar!

– Ah, entao ta ótimo, porque não ir?

– Ta falando sério?

– Claro!

– Seria ótimo para você! Seu pai não se incomodará mesmo...

Dia 5 de Dezembro de 1998.

Terça-feira.

Shopping

16:00.

– Amanhã vamos viajar e nessecitamos de roupas novas. - gritava Tina.

– Pensar em ir pra Londres, me deixou mais feliz.

– Mas amiga, se você não ficasse feliz por isso, começaria á pensar que você é anormal... Mas, tem visto o Justin?

– Só cruzo com ele nas ruas ás vezes, nada á mais que isso.

– É... Então, olha pra lá! - Tina apontou para uma loja masculina onde estava Justin.

Me assustei com a presença dele.

– Vá falar com ele!

– Não!

– Você tem que ir, não precisão namorar, mas tem de resolver isso!

– Ok... O que eu falo?

– O que der na telha! Agora vai.

Tina me empurrou e fui andando nervosa, com o coração acelerado e com a idéia de fugir, mas antes que eu pudesse fazer isso, ele me viu e veio até mim.

– Precisamos conversar - ele disse.

– Olha me desculpa, eu errei! - disse rapidamente.

– Mas eu também não sou vítima nessa história e tenho pensado em muitas coisa para te dizer.

– Como o quê?

– Como... Eu te amo.

Eu não acreditei no que ouvi.

– Nossa!

– É... - ele suspirou.

– Acho que também te amo - falei, ele sorriu.

Nos abraçamos.

– Perai, é só isso mesmo - Tina disse nos assustando. - Brit, o cara fala que te ama e vocês se abraçam, cadê o beijo?

– Sem problemas - disse Justin.

Nos beijamos.

– Agora nada pode nos separar! - ele disse.

– Ah... Tem um probela! - falei.

– O quê - ele perguntou.

– Amanhã, eu e Tina vamos para Londres... Passar dois meses lá. Estamos aqui para comprar minhas roupas para usarmos lá - falei.

– Dois meses é muito tempo! - disse Justin.

– Eu não pensei que pudessemos ficar juntos, desculpa.

– A culpa não foi sua - ele disse.

– Brit - disse Tina - Você pode passar o resto do dia com Justin e eu faço as compras sozinhas.

– Sério?! - me surpreendi com a atitude de Tina.

– Claro, você vai me aguentar por 2 meses e ficar sem ver ele.

– Então vamos... - Justin me puxou.

Fomos á um restaurante caro do shopping, o Vaccaro.

- Como vai pagar essas coisas... São o olho da cara!

- Pra você, dou um jeito em tudo!

- Tudo mesmo?

- Sim.

- Tem como você ir á Londres comigo?

- Como?

- Seus parentes são donos da Hit.

- Não gosto de pedir dinheiro.

- Ok, deixa pra lá, não vamos estragar nossa noita com uma discussão boba, e esse ambiente, não ta legal, aproveita que nem fizemos pedidos e vamos dar um fora daqui!

- Ta, vamos.

Levantamo-nos rapidamente, todos os que comiam no local se chocaram com nossa saida "educada" e riamos das caretas deles.

No meio do shopping, Justin pegou minha mão, me encarou, como quem diz "vamos dançar" e aceitei.

Ele  me abraçou, me carregou até um palco da praça de alimentação, e começamos a dançar, mas não tinha música.

- Como podemos dançar sem música? - perguntei.

- Imagina a canção.

- Pode ser You Are Not Alone do Michael Jackson?

- Sim.

Uma multidão se formou em nossa volta.

- Justin, você é louco!

- Louco por você!