Quando acordei, o sol estava batendo no meu rosto.

Um sol forte demais para a cidade de Londres.

Levantei-me, rapidamente, para olhar pela janela.

Levantei rápido demais, pois tive que me sentar novamente.

Foi ai que notei que esse não era meu quarto.

Quando me levantei, desta vez mais devagar, para não desmaiar ou cair, fui até a porta.

Desci as escadas da casa desconhecida. Logo ao chegar ao pé da escada ouvi uma mulher falando.

-Eu não queria que tivéssemos que mandá-la para a casa do pai dela. Não mandaria ninguém para lá. - Ela disse se lamentando.

-Mas não foi você que a obrigou a ir para lá. Ela decidiu isso sozinha. - Agora um homem falava a tranqüilizando.

A mulher agora chorava.

Resolvi olhar pelo canto da parede, para ver se reconhecia alguma das pessoas falando. 

Quando olhei, a mulher estava com a cabeça encostada no ombro do homem, e com os olhos fechados.

Ela tinha o rosto jovem, mas com algumas rugas de expressão.

Eu a reconhecia de algum lugar, mas não me lembrava de onde.

Fiquei a observando até que ela abriu os olhos, olhando diretamente para mim.

Ela se arrumou, secando suas lagrimas rapidamente.

Eu me escondi novamente. Minha cabeça bateu na parede.

-Ai. - Me queixei colocando minha mão na cabeça. Nunca fui desastrada. O que estava acontecendo comigo hoje?

-Filha, você já não é grandinha o suficiente para ouvir a conversa dos outros escondida? - A voz da mulher estava se aproximando.

Eu pensei em subir as escadas rapidamente. Mas do jeito que eu estava desastrada, eu me arrebentaria.

-Por que você esta se escondendo querida? - Ela continuou se aproximando.

Ela parou ao meu lado e sorriu. 

Seu rosto era familiar de mais para eu não me lembrar dela.

-Por que você esta me olhando com essa cara? Por que está assustada? - Ela estava se aproximando de mim, e eu notei que estava recuando.

-Quem é você? - Eu disse sem pensar, e ainda recuando.

Ela ficou chocada.

-Sou sua mãe. - Ela parecia mais triste. – O que aconteceu?

-Não você não é minha mãe. - Eu desviei de sua mão que vinha na minha direção.

Ela ficou paralisada.

-Isabella Marie Swan, como assim? Rénee é sim sua mãe. - O homem me repreendeu. - O que aconteceu com você? Ontem você não jantou, foi se deitar ás 17h, e só levanta agora. E ainda fala com sua mãe deste jeito?

-Phil. - Rénee o chamou.

Mas ele continuou a fa...

Phil?

Rénee?

Onde eu estou?

-PHIL. PARE. - Rénee gritou.

Nós a olhamos assustados.

Ela me olhou novamente triste. Mas olhou para Phil o reprovando. Logo depois saiu do hall de entrada e foi para a cozinha novamente.

Phil me olhou com cara de "ainda não terminou", e foi atrás de Rénee.

-Rénee, espera. - Ele a chamou indo atrás dela.

Isso foi a ultima coisa que ouvi. Pois sai correndo até o quarto em que acordei.

Sentei-me novamente na cama, e tentei me lembrar de algo antes de aparecer aqui.

Não me lembrava de nada, a não ser de ter "desmaiado".

Ok. Agora tenho que pedir desculpas à suposta Rénee.

Quando estava saindo do meu quarto, me olhei no espelho que ficava atrás da porta.

OH MEU DEUS, OH MEU DEUS, OH MEU DEUS.

Eu estava no corpo da Bella.

Eu passei a mão pelo meu rosto, cabelos e braços.

Quando notei que aquela no espelho era eu, eu me belisquei para ter certeza que eu estava acordada.

Isso doeu muito. Possivelmente ficaria um roxo.

Eu fiquei paralisada por algum tempo ali.

Explicado o porquê de eu estar desastrada. Eu era a Bella.

Olhando-me e me analisando.

Como isso é possível?

Resolvi me desculpar.

-Rénee. - Desci as escadas chamando ela.

Fui até a cozinha. Ela não estava lá.

Fui à sala. Também não estava lá.

Onde ficava o quarto dela?

Procurei em toda a casa. Não a achei.

Sai para a varanda, ela e Phil estavam sentados lá.

-Rénee, me desculpe por antes. Eu só fiquei um pouco nervosa. - Eu me desculpei, mesmo sem saber o que realmente falar.

-Tudo bem, Bella. - Ela disse sorridente para mim.

Ficamos em silencio.

-Mas, voltando à conversa anterior, quando vou para a casa do meu pai mesmo? - Eu queria me atualizar sobre minha nova vida.

-Pai? - Ela e Phil disseram em uníssom. 

Pai, o que mais que Charlie era?

Charlie. Bella nunca o chamava de pai na frente dele.

-Tenho que me acostumar a chamar Charlie de pai, já que vou para Forks. - Eu criei uma desculpa rapidamente.

Ela sorriu para a minha desculpa.

-Você vai para Forks amanhã de manhã. - Ela continuou a falar.

Eu sorri sabia onde isso ia dar.

-Phil, me desculpe também. - Eu o olhei com carinha de cachorrinho abandonado.

-Não, Bella. - Ele parou. Isso me frustrou. -Me desculpe você. Fui muito rude com você.

Durante toda à tarde. Fiquei no meu quarto procurando pelo meu livro, que ontem antes de eu dormir estava junto comigo.

Se achasse o livro eu poderia ter dicas sobre o que poderia fazer.

Durante a janta, eu conversei com Rénee e Phil sobre Forks.

Eu lhe fiz perguntas sobre como Forks era. Dando como desculpa, que fazia muito tempo que eu não ai a Forks e já não me lembrava mais.

Ela desconfiou, mas respondeu.

Durante o começo da noite, eu fiquei pensando sobre a minha casa.

Dormi feliz pois amanhã começava minha "vida" oficialmente.