-Quem está ai? –Jacob gritou. Ele estava tremendo.

-Uma sanguessuga. –Uma voz angelical gritou de volta.

Jake parecia estar tendo uma convulsão.

-Jake. Calma. Eu estou no seu colo. Não se esqueça. Me deixa descer. –Eu falei rápido.

Jacob me colocou no chão.

Dei dois passos para trás e Jake se transformou.

Um grande lobo marrom avermelhado agora estava no seu lugar.

Ele me olhou para ver se eu estava bem.

Não demorou 2 minutos para os outros lobos chegarem.

-Chamou seus amiguinhos, vira-lata? –Victoria continuava parada. Mas em algum milésimo de segundo quando pisquei, apareceram outros dois. Um loiro, alto, e alias muito bonito. E um moreno com dred. Também muito bonito. –Eu também tenho os meus.

-Victoria. O que você quer aqui? –Eu gritei para ela.

Os lobos me olharam.

-Como você sabe quem eu sou? –Ela me olhou interessada.

-Eu sei! –Eu disse.

Não tinha certeza se podia falar a verdade.

Tudo passou rápido.

Victoria e James voaram em direções opostas. Laurent veio na minha direção. Jake pulou nas costas dele. Sam e Paul correram atrás de James. Embry e Quill na direção de Victoria. Jared saiu uma direção que eu não sabia para onde era.

Eu não vi mais nada. Apenas senti dor.

-Marjorie. Acorde. Por favor. Volta pra mim. Por favor, amor. –Ouvi Jake chorando.

Senti alguma coisa gelada no meu braço.

-Ela já está acordando. –Ouvi a voz de fada da Alice.

Eu não tinha voltado pra a Inglaterra? Por quê?

-Amor. Você pode me ouvir? Por favor... –Jake estava desesperado.

-Jay... –Eu falei quase sem ar. –Jake.

-Marj. –Ouvi Carlisle falando. –Abra os olhos.

-O que aconteceu? –Eu falei tonta.

-Laurent te mordeu um pouco antes de chegarmos aqui. –Carlisle falou com calma.

-Me... Mordeu? –Eu gaguejei.

-Não aconteceu nada. Está tudo bem. –Alice falou passando sua mão gelada na minha cabeça.

Jake ainda estava chorando.

-Jake. Vem aqui comigo. –Eu o puxei pra perto de mim.

-Marj... Eu fui fraco. Não devia ter soltado ele. Aquele sanguessuga filho duma mãe...

-Jake, amor. Você não foi fraco. Não foi! –Eu repeti para fazê-lo entender que aquilo não tinha sido culpa dele.

-Fui sim. Fui muito fraco. Eu não devia ter o deixado chegar perto de você. –Ele chorava triste.

-Jacob Black. Para com isso! –Eu disse olhando nos olhos dele. –Eu estou bem, você esta bem. Todos estão bem.

Ele ficou quieto.

Todos estavam quietos.

-O que aconteceu com eles? –Eu perguntei para Carlisle que estava medindo minha pressão.

-Os lobos mataram Victoria e James. E Edward matou Laurent. Quando chegamos Jacob estava caído no chão, e Laurent estava te mordendo. Edward o matou, arrancando sua cabeça. E Alice o queimou.

-Obrigada, Edward e Alice. –Eu sorri para os dois.

Nós estávamos num quarto marrom. O quarto era grande. Mas parecia pequeno, com os três garotos altos e fortes, e os outros três vampiros.

-Onde estamos? –Eu perguntei.

-No meu quarto. –Sam me disse parado na porta.

-E o Charlie? Onde ele está?

-Na casa do Billy. Pedi para meu pai chamar vocês para jantar lá. Nós temos que voltar para lá até as 20h. –Jake disse ainda abatido.

-Jacob. Pode pegar aquela seringa para mim. –Carlisle falou, apontando na direção da mesa de cabeceira ao lado da cama.

-O que é isso? –Eu perguntei.

-Um remédio para curar sua perna, mais rápido. –Foi a Alice que respondeu.

-Obrigada. –Eu disse fechando meus olhos ao sentir a agulha entrar na minha perna. Aquilo doeu muito. Não, não doeu, queimou.

-Marj. –Jake me chamou. –Amor, acorda. Temos que ir.

Abri meus olhos, e nós estávamos sozinhos.

-Que horas são? –Eu falei olhando para a janela escura.

-Deve ser umas 19h30minh. Temos que ir logo. Billy acabou de ligar. E Charlie esta preocupado. –Jake me ajudou a levantar.

-Obrigada. –Quando pisei no chão, minha perna não doeu. –Nossa, minha perna se curou mesmo.

-Acho que o veneno não faz tão mal assim. –Jake deu um meio sorriso, sussurrando.

-Veneno? –Eu parei.

-Sim. Você quebrou a perna quando Laurent te soltou, ele estava no alto de uma árvore, e você acabou quebrando a perna de novo. Carlisle colocou o veneno na sua perna, e você parece estar muito boa agora. –Jake parecia um pouco triste.

-Por que você esta assim? – Eu segurei seu rosto na minha direção.

-Assim? Como? –Ele perguntou.

-Triste.

-Não estou triste. Estou... –Ele parou. –É estou triste sim.

-Não fique triste. Já disse que a culpa não é sua.

-Marj. Não quero que você fique falando que a culpa não é minha. Eu sei que é.

-O que vou falar pra mostrar pra você que não é culpa sua? –Eu disse triste.

-Nada. Nada vai me convencer disso. –Ele respondeu saindo do quarto.

Eu o segui. Sam e Emily estavam na sala.

-Sam, Emily... Obrigada por me deixarem aqui. E por me compreenderem. E também por me ajudarem. –Eu sorri para os dois.

-Obrigado, Sam. –Jake sorriu para ele.

-Não foi nada ajudá-los. Mesmo abrindo uma exceção com os Cullen. –Sam sorriu.

-Marj, vai ser um prazer recebê-la aqui quando quiser. –Emily me abraçou.

-Obrigada, Emily. –Eu sorri para ela.

Emily voltou para os braços de Sam, como eu voltei para Jake.

Nós fomos para a casa do Billy, Jake se transformou em lobo, e eu fui nas costas dele.

Paramos perto da garagem dele.

-Marj, decidi pedir você em namoro para o Charlie. E queria que você soubesse disso. E... Me desculpe por ter sido um babaca antes. Eu só me sinto um pouco culpado.

-Jake... Eu te amo. –Eu disse o beijando.

-Eu também te amo. –Ele disse ainda com seus lábios nos meus.

Nós criamos coragem e entramos na casinha vermelha.

-Bella! –Charlie gritou a me ver parada de mão dada com Jake.

-Oi, pai. Oi, Billy.

-Olá, Charlie, pai. –Jake sorriu para eles.

-Olá. –Charlie disse serio para ele.

-Oi, Jake. Oi, Bella. –Billy disse parado ao lado de Charlie.

Nós conversamos. E fomos jantar.

-Charlie, Billy. Quero falar uma coisa pra vocês. Na verdade pedir. –Jake estava tenso.

Chegou a hora de eu ficar com vergonha.

-Fale filho. –Charlie disse sorrindo para ele.

Jake ficou em silencio alguns segundos.

-Eu quero pedir para namorar com a Bella. –Jake me olhou sorrindo, e deu uma piscadinha.

-Claro. Por que não! –Charlie sorria abertamente, nos cantos dos olhos dava pra perceber bem seus pés de galinha. –Bells, você aceita?

-Sim. Claro. –Eu sorria para Jake.

Fomos para casa. O problema? Explicar para Charlie onde eu estava esse tempo todo. E por que minha perna não doía mais.

Complicado, mas consegui. Apesar de que Charlie ainda estava desconfiado.

Falei que encontrei Jake na praia quando ele voltava da casa do amigo dele, nós ficamos conversando, e apareceram amigos alguns amigos dele, e fomos para a casa de Sam.

Minha noite foi tranqüila. Sonhei com o ataque vampiresco, mas foi boa.

De manhã, Charlie estava fazendo panquecas novamente.

Café da manhã silencioso, Charlie saiu para ir trabalhar. E eu fui para a escola.

A primeira pessoa que vi, foi Edward.

-Bom dia garota lobo. –Ele sorria para mim.

-Bom dia. Vampirinho. –Eu disse baixo.

-Como esta a sua perna?

-Envenenada. Mas está muito boa. –Eu ri dele.

-E isso é bem bom. Pelo menos, está curada.

Andamos para a escola.

-Mas e ai? Como foi ter um imprinting? –Edd riu.

-Edd. –Eu disse para provocá-lo. –Não fui eu que tive um imprinting. Foi o meu namorado lobisomem.

-Edd? Edd? Por que Edd? –Ele me olhava com certa raiva.

-Por que sei que você não gosta. –Eu mostrei a língua para ele.

-Ok, garotinha de cinco anos. –Nós demos risada.

-Edward. Adivinha quem está vindo? –Alice sorria.

-Tânia? –Edward sorriu para ela.

-Odeio brincar com você. –Alice mostrou a língua para ele também.

-Acho que vocês duas andam passando muito tempo juntas. –Edward bateu no ombro de nós duas. Ele deu risada.

-Sabia que ainda sou humana? –Reclamei passando a mão no meu ombro.

-Desculpa lobinha. –Edward ria.

-Calado Cullen. –Eu brinquei com ele.

-Oi, Bella! –Mike pulou na minha frente.

-Tchau. –Edward falou.

-Tchau, Edinho! –Eu disse para ele rindo. –Oi, Mike.

-E ai? Já está melhor?

-É acho que sim. –Eu disse pensando nas minhas ultimas 24h.

-Você e o Cullen estão bem amigos, não é? –Mike disse com ciúmes.

-Temos algumas coisas em comum... –Eu disse dando de ombros.