Como Conquistar Uma Terráquea escrita por Laura Mello xD


Capítulo 2
Minha gatinha - parte dois


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelas reviews, meninas. *-* Isso é muito importante pra mim(Kishigo, a fanfic, vocês, AUHSAUSHAUH xD).



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  Ichigo ficara irada com aquilo. Como ele ousava? Como Kishu ousava fazer aquilo, fazê-la passar tamanha vergonha? Ela ainda estava no chão, como uma idiota, olhando para o próprio dedo. Não lembrava mais o que estava fazendo naquela cozinha.

   - Agora tudo vai ficar bem. – sussurrou. – Minha doce gatinha.

 Então, ele inclinara-se para beijar sua testa. Quando percebera, Kishu já havia desaparecido.

  Tinha uma sensação esquisita ao perceber que tinha permitido tudo aquilo. Kishu é um besta, mas eu sou a maior de todas.

- Momomiya-san?

   A voz vinha do alto da casa. De repente, a situação caiu sobre a menina-gato como um baque: Aoyama-kun! Na sua casa! O que diabos ela estava fazendo?

- M-me desculpe, já estou indo, é que tinha um bicho aqui e eu tive que matar e...

    Tagarelou por um tempo, até conseguir reunir os últimos biscoitos e subir correndo as escadas.

   Kishu ainda não tinha ido embora. Não. Mesmo que ter encontrado sua koneko o tivesse deixado deveras satisfeito, nada era pronto e acabado quando se tratava dela. Ainda mais estando com um humano inútil no próprio quarto. Na verdade, encontrava-se novamente na janela. Espiar não era o termo certo, só estava... Hm... Tomando conta do que era dele.

- A-Aoyama-kun, quer mais alguma coisa?

   Em sua euforia, a menina tropeçou fortemente e caiu no chão. Soltou um pequeno gemido. Kish, lá fora, teve que conter-se para não entrar na hora.

- Está tudo bem, Momomiya-san?

- Sim, está tudo bem sim... Heehe...- ela murmurou com o sorriso mais forçado que conseguiu.

- Ah, então tudo bem.

    O alien não acreditava naquilo. Como ele não notava que Ichigo estava fingindo, e ainda muito mal?

- Aoyama-kun.- ela retornou. – Como você está ainda ruim por causa da gripe, será que eu poderia ler algo para você?

- Claro, claro que pode.

    Kishu se interessou, sentando-se no ar para observar melhor.

Droga, a mew praguejava internamente, esqueci que não tem nenhum livro que não seja contos de fadas nessa casa.

- E-então, sobre o que estávamos falando?

- Você iria ler alguma coisa para mim.

- Ah-a, isso? É, lembrei, eu sempre pego livro emprestado na biblioteca, aqui em casa não tem nada e...

   Mal começou a falar, um livro caiu da estante para a cabeça de Masaya. Olhos felizes a observaram ali de cima. Masha, tentando ajudar.

- Ah, olha, tem um livro bem aqui!- Aoyama comentou, inocente.- “A bela e a fera”.

- É, erh, hm...- ela engasgou.- Isso é ótimo.

  Sem mais opções, abriu o livro e começou a contar a estória.

   Kisshu agora se lembrara. Lembrara do motivo pelo qual não podia fazer tudo aquilo que tinha vontade referente à Ichigo. E era porque ela não conseguia olhar para ele. Onde olhava, a menina via o tal do menino humano. Sempre.

E vinha aquela sensação queimar novamente. Naquele momento em que ela contara docemente a historinha infantil, gaguejando nervosa algumas vezes, oferecendo os biscoitos, rindo sem motivo, ele quisera. Novamente. Queria estar no lugar de Masaya naquele momento.

Tanto.

   Suspirou. Detestava se sentir assim. Queria que a Fera da história devorasse ele todinho. Riu enquanto seus pensamentos tomavam forma de fantasia. Kishu, segurando a cintura de sua Koneko-chan, enquanto a Fera se preparava para atacá-lo. Desesperado e humilhado, Masaya gritaria:

- Socorro, Ichigo!

 E ela diria.

- Desculpe, Masaya, mas sou só do Kishu, para sempre.

Então sua gatinha viraria na direção do alien toda tímida, acariciaria suas orelhas e se inclinaria para...

     Pai cortou seus pensamentos:

- Kish, concentre-se.

      Ele bufou de irritação.

- Você ainda está pensando na mew rosa, não é?

      É claro, ela é minha gatinha teimosa.

- Hm. Não. – e abriu um sorriso enorme.

- Que tipo de mente doentia você tem? Ela é humana, nós somos cyclonus.

     Faz diferença “que tipo”?

- Na verdade, só quem tem me deixado irritado ultimamente é aquele humano metido.- ele não conseguiu se agüentar.

- Talvez você que seja o metido na história, já pensou nisso? – vendo as orelhas do companheiro baixarem, ele prosseguiu, com um pouco mais de tato – Ichigo não pode ser conquistada e levada embora porque não somos como eles. Não mostramos nossos sentimentos do mesmo modo que eles. Ela não entende o que você tanto quer.

- Ela só seria conquistada se alguém seguisse os rituais de acasalamento humanos para isso, então?

- É, basicamente acho que sim.

       Kishu parecia desolado. A verdade é que quase pegava fogo de expectativa e não queria que Pai percebesse, por isso baixara seu rosto.

 Sua gatinha, Koneko, Ichigo, querida, docinho... Seria sua.

       Se eram técnicas humanas de conquista que ela queria, ela teria. Ah, se teria.


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