Como Conquistar Uma Terráquea escrita por Laura Mello xD


Capítulo 1
Minha gatinha - parte um


Notas iniciais do capítulo

♥33 Bom, era necessário fazer uma fanfic com meu lindo-fofo-carismático alien. *-* Como a Ichigo pôde negar algo com esse rostinho tão cute praticamente implorando com o olhar? =x
Mas enfim. Não sei ainda ao que pode levar a minha escrita, mas, caso algo pesado vá ocorrer em algum momento, editarei com certeza alterando a classificação. Boa leitura. :B



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  Estava frio. Muito frio. E verde. E solitário. Kishu suspirou fortemente, esfregando as pálidas mãos para obter calor. É verdade – o frio não o incomodava TAAAANTO assim. A pouco tempo, em um local distante daquele planeta azul, aquela seria uma temperatura quase agradável. Mas não. Algo o incomodava.

  Seria o verde tão ofuscante daquele local? O silêncio e a cor única eram duas coisas, que, unidas, deixavam o ambiente quase doloroso. Várias vezes quase enlouquecera em castigos de dias impostos em outras dimensões – mas não. Não era isso. Lugares assim era outra coisa com a qual já havia se acostumado. Seria, então, a solidão? Suspirou de novo, dessa vez chegando a resmungar baixinho. Como e por que motivo se sentia tão só? Pai e Taruto também estavam lá. Talvez estivessem dormindo, ok, mas estavam lá. Taruto tinha alguns acessos de “sonambulismo enquanto dormia”. Primeiro, resmungara alto sobre os inimigos, logo depois abraçara algo imaginário e rira: “tem razão, isso não importa, Pudding, ninguém vai nos ver.”

   Kishu riu. Taruto também? A expressão marota dominou seu rosto por alguns segundos. É verdade, estava ali se indagando a meia hora sobre o que o incomodava tanto, mas a resposta estava bem na sua frente.

   A verdade é que seu amor pela teimosa Koneko-chan só fazia aumentar. Não tinha frio nessa magnitude, mas precisava tanto do calor da sua gatinha que a necessidade quase fazia seu corpo tremer. A cor avermelhada de suas bochechas quando se aproximava, o ruivo ou rosa de suas madeixas com aquele cheiro tão gostoso que ele não sabia definir do que era... Cheiro de Koneko-chan...

   Kishu, não conseguindo se conter, riu novamente. Ficava tão feliz de lembrar dela! A sensação de solidão diminuíra um pouco, mas permanecia aquilo. Aquela vontade esquisita e indefinida de fazer alguma coisa com a menina. Abraçá-la, beijá-la, apertá-la em seus braços, dormir sentindo seu cheiro e... Mordê-la. Ok, isso não era muito romântico. O alien soltou mais uma gargalhada, fazendo com que Pai revelasse um muxoxo irritado, tentando dormir em paz.

- Quer ser feliz, Kishu? Faça isso em outro lugar. – murmurou sonolento.

- Como quiser.

   Uma enorme coincidência foi ter teleportado justamente para o local em frente à casa de Ichigo. Sorriu, tinha um tipo de prazer inteligente no olhar. A expressão desapareceu quando finalmente espiou discreto pela janela. Deitado na cama onde deveria estar sua koneko, estava nada menos que... Masaya.

   Certo. Kishu virou o rosto para o lado, tentando se conter. Desde que perdera os pais, tornara-se extremamente possessivo com tudo aquilo que considerava “seu”. Seus pais haviam sido tirados dele... Mas sua gatinha dava um novo sentido à vida de Kishu, e ele não pretendia perdê-la. No entanto, lá estava o alien, vendo aquele humano fraco e irritante na cama de sua amada. Não que ele nunca tivesse deitado na cama de Ichigo antes. Na verdade, várias vezes, lembrava de ter rolado nos lençóis para sentir seu cheiro. Mas ele não. Aoy, Aio, enfim, Masaya, não podia fazer aquilo. Entrou no aposento em uma lufada de ar. E saiu em outra lufada, ao perceber que Ichigo se aproximava. Espiava, agora, pela janela.

- Momomiya-san. – murmurou Aoyama. – Tem mais alguém aqui?

   Ichigo sorriu sem graça e falou baixinho qualquer coisa para que ele se acalmasse. Seu Aoyama-kun estava tão doentinho que nem conseguia falar direito. Passara mal quando estavam caminhando, e então ela conseguira convencê-lo de passar um tempo a descansar na sua casa. Sentia um frisson só de pensar nisso. Estava cuidando! Cuidando do Aoyama-kun, na sua casa! Que romântico, nyaaawwr! Saiu correndo do quarto, percebendo que suas orelhas estavam para aparecer.

- Já volto, A-Aoyama-kun. Os biscoitos já devem estar prontos.

   E deveriam mesmo. Colocara a um bom tempinho no forno. Saltitou até a cozinha, e... Encontrou certo alien, com uma fôrma de biscoitos flutuando acima de sua mão.

- Que cheiro bom, Koneko-chan.- ele anunciou rindo.- Queria fazer uma surpresinha para mim?  

- Kishu! -  ela logo diminuiu o tom de voz, lembrando do menino no segundo andar da casa.- Me dê isso!

   A menina-gato  pulou de todas as maneiras possíveis e impossíveis, realizando vários saltos mortais estilo gato para ter os biscoitinhos de volta. Kishu só desviava, rindo. Logo seu semblante se assemelhou ao de um cachorrinho sem dono.

- Querida, se quer um, é só pedir, podemos dividir...

   Ichigo estava pensando seriamente em se transformar em mew, quando percebeu que, saltando de um determinado jeito, poderia não derrubar Kishu, mas os biscoitos seriam seus. Então o fez, arrancando a fôrma de um alien surpreendido. O problema é que calculara mal as conseqüências, e aquilo estava pelando. Por instinto, soltou tudo no chão, o que rendeu alguns biscoitos perdidos.

- Itaaaai – ela choramingou, olhando para o dedo que fora mais seriamente afetado – Que quente...

- Meu pobre gatinho se machucou? – ela ouviu um sussurro em seu ouvido.

     Sua voz tinha um tom verdadeiro de preocupação, o que a fez ficar paralisada por alguns segundos. Tentou ignorá-lo e pensar no menino humano, o seu príncipe de verdade. Droga, é mesmo, seus biscoitos, o que faria agora?

    Kishu chegou mais perto, querendo perceber se havia causado algum mal sério à sua pequena. A menina, por instinto, destinou uma mão ao rosto dele, para prevenir beijos e aproximações por parte do alien. Ele a segurou.

- Koneko-chan...- murmurou devagar, ao perceber a coloração avermelhada no dedo.

    Muito sutilmente, ele deslizou o mesmo para dentro de sua boca, observando cada reação de Ichigo. A garota tinha prendido a respiração. Aquilo ardia um pouco.

- Kishu, o que você está fazendo?- a voz não tinha raiva. A  verdade é que a mew tinha percebido que ele estava tentando aliviar a sensação ruim.

    O estrangeiro sorriu, feliz que ela tivesse aceitado a gentileza, e passou firmemente, embora devagar, a língua sobre o ferimento. Ichigo fechou os olhos. Sentia um pouco de dor naquela situação, mas o carinho diferente dele sobre o mesmo local aliviava de alguma forma. Kishu sugou um pouco mais, observando-a. A menina tinha os olhos fechados e as bochechas avermelhadas. Linda. Tão linda.

- E-eh? Kishu?

     Ichigo voltou à realidade quando o alien parou o ato, encostando o dedo dela levemente em seus lábios.

- Agora tudo vai ficar bem. – sussurrou. – Minha doce gatinha.


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