Hikari no Ame escrita por fefivertuan


Capítulo 3
Entendimento


Notas iniciais do capítulo

Decidi adicionar o vocábulário no final ;**



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"... Sasuke estava confuso, aquela garota era tão forte e tinha uma personalidade tão variável, alem de parecer ler seus pensamentos e ações, o que o arrepiava todo. Todos saíram do lugar, menos sasuke. Ficou jogando kunais contra uma parede, perdido em pensamentos..." Andava por aqueles corredores escuros, não estava perdido, conhecia tudo ali como a palma da própria mão. Irritava-se por não encontrar certa garota de madeixas claríssimas que dominava os sonhos que antes eram seu único refúgio. Há pouco mais de três semanas semanas tinha descoberto a força dela. Desde isso treinavam juntos. Mas nos últimos dias ela parecia evitá-lo cruelmente, aflorando em seu coração um medo que acreditava não ter mais. No corredor mais próximo do laboratório, encontrou o homem dos óculos de grau. Pensou em perguntar dela a ele, mas sabia que o que receberia não seriam respostas e sim comentários irônicos ou provocações. Deu meia volta, mas antes que alcançasse o outro lado do corredor ouviu palavras em tom de escárnio. Ele podia ouvir o som de urubus gralhando bem perto de seus ouvidos - Ela o está evitando Sasuke-kun? Não a culpo, Hikari deve finalmente ter descoberto tudo. – ele não conseguia ver os olhos do menino, mas tinha certeza da confusão em que se encontravam. - Descoberto? Nani?(1) - o que ela poderia saber que a fizesse evitá-lo daquela forma? Já tinha conhecimento de que ele mataria o próprio irmão, e que era um nukenin (2) de Konohagakure. - É uma boa história Sasuke-san, mas não acredito que seja algo feliz. – o moreno já o segurava o grisalho pela gola da camisa, levantando-o contra a parede e mostrando-lhe o vermelho intenso de seus olhos. – acho que é melhor eu contá-la certo? Solte-me, do jeito que me segura eu não posso nem mesmo respirar direito – foi solto devagar, mas o garoto ainda olhava incansavelmente, os olhos rubros como sangue. - Conte logo isso se não quiser morrer aqui e agora. - Hikari foi encontrada por Orochimaru-sama em meio á chacina do clã dela, devia ter no máximo dois anos. Eles possuem um corpo extremamente resistente, e tem facilidade em unir chakras de naturezas diferentes, ela pode unir facilmente suiton (3) e futon (4). Seria corpo de Orochimaru-sama com dezessete anos, era a preferida dele e vivia ao seu lado. Mas quando o mestre descobriu que poderia ter o poder do sharingan, me mandou que a aprontasse mais cedo. Comecei a fazer alguns exames e descobri que o corpo dela em Orochimaru-sama rejeitaria a sua kekkei genkai (5) , então ele preferiu a sua linhagem à dela, tornando-a algo inútil, foi trancada em uma cela até que servisse para algo. Era solta apenas para algumas missões de espionagem com data de ida e de chegada. Em alguns meses terminarei de desenvolver um remédio e preciso do corpo forte dela para poder testá-lo. Ela deve ter descoberto que foi por causa de você que ela foi trancada e tratada como um nada por Orochimaru. E parece que o odeia o bastante para evitá-lo por dias – a cada palavra debochada de Kabuto o coração de Sasuke se apertava mais. Ela provavelmente não queria mais vê-lo. Sim, era verdade que ela deveria odiá-lo, e no momento ele mesmo odiava-se. Estava desconfortável, e precisava sair dali antes que o homem ao seu lado percebesse isso. - Vou comer algo lá fora. Depois treinarei. Não me importa a história daquela garota, se não irá treinar comigo me é tão inútil quanto a Orochimaru. – desativou o doujutso de seu clã e foi para o lugar dito antes. Seguiu devagar para a mesma vila onde passou aquela tarde tão agradável. Encontrou o ser que procurava um pouco antes, perto da entrada, estava em um lugar com uma vista linda, a garota de cabelos perolados estava sentada abraçando os joelhos embaixo de uma árvore de sakuras olhando para baixo. Parou em pé ao lado dela olhando para o céu com as mãos dentro das mangas do kimono, mas a mesma não tirou os olhos dos próprios pés. - Doshita no? (6) - Betsuni (7) - “...” – ele não sabia o que dizer, tinha medo de perder a única luz que lhe aparecera nos últimos anos, não sabia se conseguiria ficar sem ela. Seu peito quase explodia por estar ali tão próximo e se sentir tão distante. Ela o tinha mudado incrívelmente, nas últimas semanas tinha se tornado um vício ficar perto dela. Hikari tinha de estar ali, fosse treinando ou roubando-lhe um grande espaço nos sonhos, pensamentos e na cama. Mas depois da explicação de kabuto ele foi entendendo o que o velho queria dizer com ingênua, ela não sabia o que era vida, fora criada para viver apenas até os dezessete anos. Não tinha contato com qualquer outro homem que não fossem os dois que a criaram. Apenas mudava a personalidade de acordo com aquilo que lhe convinha por ser algo necessário para se conviver com o ex-sannin. Tomou coragem, tinha de perguntar. – Você... me odeia? A garota virou rapidamente para ele, parecia assustada. Os orbes se encontraram, os dele pareciam suplicar por perdão, e os dela por explicações. Viraram corados, ela voltou a olhar para os dedos dos pés e ele sentou-se à altura dela, sem que seus ônix perdessem o contato com as nuvens que começavam a formar um tom alaranjado. Era final de tarde e o sol logo iria se pôr. -Por que o odiaria Sasuke? – a falta do “san” não passou despercebida pelos ouvidos do moreno. - Kabuto me contou a sua história, também me disse que você descobriu que serei eu o próximo corpo da cobra velha. Deve estar me evitando por me odiar, já que tomei o seu lugar. Ela abafou uma risadinha com a boca contra os joelhos. Agora eram os olhos dele quem parecia pedir por uma explicação. - Não é por ter tomado meu lugar que não consigo ficar perto de você. Para mim não importa como morrerei, no fim virá apenas à morte de qualquer jeito. – falou ainda contendo um risinho. Parecia que sua vida pouco importava. Mas assim que terminou de falar sobre si instalou-se no local um silencio mórbido, e quando o mesmo foi cortado as belas safiras marejavam de lágrimas. – mas eu não quero morrer sabendo que será você a se tornar o corpo daquele homem soturno – Era a primeira vez que ele a ouvia proferir palavras rudes para com o sensei, ele nao pode deixar de sorrir de canto.- eu... Não sei por que, mas eu não quero. Ele estava feliz, e um pouco assustado com isso, ela sentia o mesmo que ele. Apesar de que nem mesmo ela soubesse. Os orbes se encontraram novamente. Mas nenhuma palavra foi proferida e não pareciam se preocupar com a cor de suas faces. Resolviam todos os seus problemas apenas com um olhar. Ele foi sentando mais perto, enlaçou a cintura fina de que tanto gostava, não encontrara resistência alguma da parte dela. O pôr-do-sol foi selado com um beijo. Podia ser classificado como infantil, ou apenas um selinho demorado. Nenhum dos dois era experiente em coisas assim, ela nunca convivera com alguém de sua idade e ele tinha muito a fazer para pensar em romance. Passaram mais algum tempo em um silêncio que para muitos seria maçante, mas eles já não tinham mais duvidas sobre o que sentiam. Agora o garoto se sentava encostado na árvore com a cintura dela envolta por seus braços, ela aconchegava a cabeça no ombro dele e os dois olhavam o pôr-do-sol. Ele queria que ela fosse para sempre daquele jeito, apenas dele. Sabia que era cedo demais para pedir o que iria pedir. Mas ele queria aquilo. E não importava o que Orochimaru dissesse ou a resposta que recebesse, ele pediria. - Como era o nome do seu clã? – ele não pôde evitar, aquilo era importante para ele, afinal, era por ser um Uchiha que ele ainda vivia. - Não sei, Orochimaru-sama nunca me disse – ele franziu o cenho, aquele “sama” tinha voltado? Aquela cobra provavelmente foi quem chacinou (isso existe? o.ó) o clã dela, além de também destruir a vida da moça. - Você não usa um sobrenome? - Deveria usar? – ela parecia confusa. Era Hikari, no passado sempre fora apenas isso, e futuramente seria o corpo de Orochimaru. Ela não o olhava nos olhos, estava com a cabeça nos ombros do rapaz, virada para cima, e o que conseguia ver era no máximo a orelha de Sasuke. Falava como uma criança de cinco anos que procura por um motivo para tomar banho ou usar sapatos. Uma mexa displicente do cabelo dele caiu na testa dela, e ela inocentemente começou a assoprar o cabelo. Não estava com vontade de tirar as mãos entrelaçadas junto as dele em seu colo. - Deveria. Sobrenome é algo importante para muitos. – ele tentou falar seriamente, tentativa frustrada, pois os arrepios que sentia na coluna cada vez que a garota lhe assoprava abaixo da orelha lhe causavam um amolecimento no corpo todo. - Mou (8), qual eu usaria? Nunca tinha pensado nisso antes – falava rindo, era engraçada a forma em que o poderoso herdeiro do sharingan se encontrava, ela conseguira quebrar a imunidade dos sentimentos do vingador. Desprendeu as mãos e arrumou-lhe os cabelos, para a tranqüilidade o moço. - Você poderia usar o sobrenome Uchiha... – deixou a frase vaga. Ele olhava para o céu, era como se fizesse o favor de ceder a ela o sobrenome de sua família, sempre fora orgulhoso, e falando indiretamente ajudaria caso ela rejeitasse o seu “pedido”. Ela não era burra. Sabia bem que ele não era um homem de falar abertamente algo. E tinha certeza de que aquele lhe era um pedido de casamento - Acho que Uchiha é um belo sobrenome – tinha um grande sorriso exposto no rosto. E ele também não pôde deixar de alargar um pouco o sorriso que já tinha no canto da boca. Ela tinha aceitado o pedido dele. Levantou-se e a pegou no colo, deu-lhe um beijo, desta vez já não tão infantil, era romântico e mas línguas já tinham contato direto. Olhou nos olhos dela, era apenas ela quem corava. - Então nos declaro marido e mulher! – tinha uma voz prepotente e até possessiva. Voltou com aquela moça ainda em seu colo, pela primeira vez aquele esconderijo escuro seria algo oportuno para o jovem. E também pela primeira vez não reclamaria de passar uma noite com aquela garota ocupando sua cama. (1) Nani? – O que? (2) Nukenin – Shinobi fugitivo (3) Suiton – Do tipo água (4) Futon – No tipo vento (5) Kekkei genkai - Linhagem sanguínea (6) Doshita no - O que aconteceu? (7) Betsuni - Não é nada. (8) Mou - É algo como um suspiro

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Notas finais do capítulo

Demorei para postar por que minha mae me arrastou para a praia onde nao há civilizaçao. ¬¬' ano novo e natal com a familia, mas eu já tenho ate o quinto capitulo completo, ainda tenho que corrigir mas posto amanha mesmo o quarto. desculpem os erros gramaticais,



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