Korean Moon escrita por Lady Sarah
Enquanto fazíamos compras, eu olhava admirada para todo o lado. Os pacotes escritos em japonês, os empregados sorridentes e as conversas cruzadas, em tudo me fascinavam. Mesmo assim, quando uma senhora me perguntou onde era a secção dos legumes, eu fiquei atrapalhada e chamei a Su, que disse que era ao fundo do corredor.
Tudo isso fez-me pensar. Como é que ela se habituara tão facilmente? Como? Nos seus e-mails tinha feito tudo parecer como um mar de rosas quando afinal a adaptação não devia ter sido fácil.
- Agora só falta o pão, vamos andando para a caixa e depois voltamos para casa.
Quando voltámos, levámos tudo para a cozinha para fazermos o típico natal português. Eram já oito horas da noite quando tudo ficou pronto, incluindo o jantar.
Estafados, sentámo-nos no sofá a ver um live-action qualquer que estava a dar na televisão e a conversar.
- Então a Tomoyo é irmã do Yochiro? – perguntei, referindo-me às personagens da novela.
- É sim, - respondeu ela. – mas são apenas meio-irmãos. O pior é que estão ambos apaixonados um pelo outro!
- Maldita novela.. – resmunguei, entre dentes. As pessoas já não podiam ter um final feliz normal? Ou uma história sem tantos escândalos?
- Ahahahah. – ela riu-se e começou a arrumar os brinquedos que a filha tinha deixado no meio da sala. – É melhor arrumar tudo antes que o Micky chegue, ele não gosta muito de coisas desarrumadas.
Suspirei e entrelacei os dedos, ainda sentada no sofá. – O que a maternidade aka casamento nos faz.
- É verdade. – respondeu e, nesse momento, ouve-se o som das chaves a tocar na fechadura.
Su endireita-se e corre até à porta. – Ele chegou!
Mal pude acreditar, ela corria como uma criança, como se não estivessem casados nem tivessem uma filha juntos… O que o amor nos fazia… Ainda bem que eu não tinha lá muito interesse em assuntos amorosos.
Quando Yoochun entrou, Su saltou literalmente para os seus braços e beijaram-se como se não se vissem há séculos. Fiquei a contar o tempo até que finalmente repararam em mim.
- Hum… Esta é a Catarina, a amiga de quem te falei.
- Olá, muito prazer sou o Yoochun, Micky Yoochun. Trata-me como quiseres, menos por Mickey!
- Eu sou a Catarina, mas podes chamar-me Moon.
Micky franziu o sobrolho. – Su e Moon? Ambas têm essas alcunhas esquisitas por alma de quem?
- Não são esquisitas, – contrapôs Su. – são cutes. Su vem de «Sun», que significa sol, e «Moon» significa lua. É algo que nos mantém unidas mas que também nos distingue.
- Ah, tá bom. – disse ele. – Então, e onde é que está a minha princesa?
- Está a descansar, comeu há pouco tempo. É para à meia-noite vir abrir as prendas. Por falar nisso, falaste com o Jae?
- Sim, ele não quer vir.
Su bate com o pé no chão. – Possas, que miúdo teimoso… Bah!
Yoochun colocou-lhe a mão na cintura e prometeu-lhe que a seguir ao jantar o iria tentar convencer.
- Ok, amor. – disse ela. – Faz isso. Agora vamos comer, a comida já está pronta.
Depois de comer e de lavar a loiça, ficámos a saber que o amigo do Micky tinha mudado de ideias.
- Eu não vou incomodar? – perguntei-lhes. – Agora com o vosso amigo…
- Ora essa, claro que não! – disse Micky. – “Amiga da minha mulher, é também minha amiga”.
- Obrigada.
- Além disso, - acrescentou Su, maliciosamente. – o Jae está a precisar de ter alguém a seu lado que tenha juízo.
- Não! – exclamei. – Nem penses.
- Nem que te peça de joelhos?
E foi desta forma que acabei por ficar como companheira do Jaejoong nessa festa.
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