Korean Moon escrita por Lady Sarah
Estava sentada no sofá com a pequena Su e a Su maior a meu lado e juntas víamos o programa em directo em que os DBSK participavam. Eles estavam a falar das suas vidas, das mudanças, da ruptura, do retorno e no casamento de Yoochun e o nascimento do segundo filho.
Estávamos todos muito felizes por eles os dois. As prendas para o futuro bebé não paravam de chegar. O pior eram as prendas dos famosos, prendas extravagantes para uma criança que as nunca iria usar.
Su fingia que seriam de grande utilidade e agradecia com um sorriso mas se fosse eu mandar-lhes-ia uma resposta irónica. Isto é, se queriam gastar tanto dinheiro, porque não numa coisa útil? Por causa disso, Su já me afastava sempre que ouvia a campainha a tocar.
Desta vez não fora diferente. Aparecera ali o Heechul dos Super Junior e Su fechara mesmo a porta da sala, deixando-me a mim e à criança sozinha.
- Então, Su-chan, feliz por teres um irmão?
Ela pensou um pouco. – Sim. Quero ser uma óptima onee-chan.
- Que querida!
- E quero que ele brinque aos pais e às mães comigo.
Eu sorri. – Mas sabes que ele quando nascer ainda será muito pequenino para brincares com ele e precisará de mais cuidados.
- Será? Então ele não vai ser da minha idade?
- Claro que não, Su!
- Oh! – ela fez birra e saiu do sofá quando viu a mãe a abrir a porta da sala. – Mãe, já não quero um irmão. Ele é muito pequeno, faz birras e cheira mal.
Eu levantei os braços quando ela olhou para mim. Não tinha feito nada, aquela criança distorcera e acrescentara coisas ao que eu dissera.
Ela pegou em Su e sentou-a no sofá novamente com ela. – Um irmão é maravilhoso, amor. E ser irmã mais velha não é para todos. Eu fui a mais nova, nem sabes o quanto eu sempre quis ser a mais velha!
- Porque é que não foste, mommy?
- Porque os meus pais não quiseram mais filhos, mas isso é outra história.
- E como vêm os filhos? É Deus que os traz?
- É sim, é sim. – disse eu, atabalhoadamente – E é só para quem se porta bem.
- AH! – Su levanta-se e começa a dar pontapés a tudo.
- O que tás a fazer, Su, pára com isso!
- Não! Eu não me porto bem, não, agora não, eu não quero ter bebés agora, mommy. – ela começou a chorar. – Ainda sou muito nova, mommy!
- Ahahahah – nós rimo-nos e eu peguei-lhe ao colo. – Linda, não é isso. É preciso seres muito mais velha para teres bebés, podes continuar a portar-te bem, para o bem de toda esta família.
Su acalmou-se e foi para dentro brincar com os legos. O programa já tinha acabado há muito e a televisão estava desligada.
- Então, o que te ofereceram desta vez?
- Uma coleira para o Pluffy.
- O quê?! – ela mostrou-me a coleira com o nome inscrito. – Quem é o Pluffy?
- Pois... O Heechul disse que é supostamente um cão São Bernardo que nós temos. Claro que não existe, mas ele diz que um dia poderá existir.
Eu ri-me. Estas extravagâncias matavam-me.
- Abençoado seja, que até escolheu a raça e um nome. Pensou em tudo, já viste?
- Sinceramente… Eu esperava não ver!
Subitamente ouve-se a porta a abrir e a fechar. Lá foi Su atirar-se para os braços de Yoochun outra vez. Isso ainda não parava de me surpreender… isso e o palerma do Jaejoong de braços abertos a olhar esperançosamente para mim. Virei-lhe as costas e comecei a ler uma revista. Ele avançou e tirou-me a revista. Deu-me um beijo rápido, levantou-me do sofá e calou-me os protestos com um beijo e avançou comigo até à entrada.
- Nós agora vamos sair. Adeus a todos. – disse ele e, puxando-me, fechou a porta.
- Que rude, Jae..
- Eles percebem e não se importam.
Ele levou-me no seu carro até uma zona de praia deserta. A paisagem era linda. E, diante dos deuses marítimos, ele virou-se para mim e disse:
- Catarina Torrão, queres casar comigo?
Eu fiquei siderada a olhar para ele, por longos minutos. Ele olhava-me com ar expectante, mas a minha cabeça já estava noutro lugar… Não queria casar, não acreditava no casamento, não queria sofrer. Mas como dizer-lhe, a ele?
Olhei-o nos olhos e respirei fundo. Aproximei-me dele e toquei-lhe no rosto. Ele tocou-me suavemente na mão com ar nervoso.
- Jae… - comecei. – Eu amo-te. Amo-te muito.
Ele sorriu-me. – Sim, eu sei. Também te amo, por isso quero casar contigo, ter uma família contigo…
- Jae…
- Já viste? Podemos ter uma filha tão querida como a Su ou um filho, sei lá, que fosse…
- Tão talentoso quanto tu? – acrescentei e ele sorriu. Retirei a minha mão da dele suavemente. – Jae, lamento. Não me posso casar contigo.
Ele nada disse por instantes. Olhou para mim como se olhasse com curiosidade para uma estranha, até que finalmente reagiu às minhas palavras.
- O que queres dizer com isso? Não me amas? Tu ainda agora disseste que sim e também sabes os meus sentimentos…
- A questão não é essa… - eu comecei, antes dele me interromper. – É que…
- É que nada! – replicou ele, dando um passo atrás e deixando ver a rosa vermelha que ele tinha preparado para me oferecer. Senti-me ainda mais triste... mas não podia fazer nada. – Tu não me amas, se me amasses o suficiente dirias sim.
Olhei para o chão e murmurei que aquilo não era assim tão simples. Ele aproximou-se de mim, agarrou-me num braço, levantou-me a cara com a outra mão e olhou bem a fundo nos meus olhos.
- Não queres mesmo? – ele sussurrou, a sua respiração suave misturando-se na minha. Não conseguia mais, eu tinha de sair dali.
- Não. – disse eu e, antes que me arrependesse, fugi.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!