Agora Percebi Que Ela Existe! escrita por Lys17


Capítulo 4
O Encontro - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, alguém lembra de mim? Bem, quem ainda estiver lendo, aqui vai mais um cap, continuarei esperando por reviews, e vcs são muito bem vindos quando quiserem comentar aqui. Demorei demais, eu sei, mas algumas coisas aconteceram, e eu não entrei mais no site. Boa leitura, aos leitores...



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Finalmente, pelo que havia parecido uma eternidade, sábado havia chegado. Daniel se encontrava neste momento dentro de seu próprio quarto, ajeitando a camiseta. Daniel era um jovem... Bastante desejado. E não havia como questionar o porquê.

O corpo era bastante definido, e além de fazer academia, ele ainda lutava box. Tinha uma força enorme pra uma pessoa só. Os cabelos eram um tanto longos, batendo no fim do pescoço, eram sedosos, e macios. Tinha olhos castanhos, amendoados, que deixavam as garotas sonhando por horas.

Usava uma roupa um tanto casual. Uma camiseta branca, e uma jaqueta jeans por cima, lhe dando um ar de descolado. Os cabelos estavam partidos de lado esquerdo, e puxados pra trás. Usava um jeans folgado, e um tênis preto. O cheiro do perfume dele inalava pelo quarto, o cheiro era bom até demais. Ele estava lindo demais.

Pra que se arrumar tanto? Simplesmente porque ele tinha que conquistar Charlie. Não sabia porquê queria tanto aquela garota, mas simplesmente a queria. Haviam provavelmente centenas de garotas no mundo mais bonitas que ela, mas apenas ela lhe chamava a atenção. Os olhos verdes brilhantes e sonhadores... Ele sentiu algo mais que atração só de pensar na garota. Por que pensava tanto nela? Por que estava sentindo um maldito frio na barriga? Por Deus, era só um encontro. Em quantos encontros ele já havia ido na vida?

– Filho - chamou uma voz da porta. Daniel se virou, e deu de cara com a mãe, Elizabeth, encarando-o com um sorriso encantado. - Você está tão bonito. A garota que verá hoje é de muita sorte.

Daniel abriu um sorriso amarelo, tentando disfarçar a vergonha. Odiava ser elogiado pela mãe, pois se sentia uma criança de 5 anos.

– Por falar nela... - ele olhou no relógio, e fingiu surpresa. - Olha, mãe, já são quase oito horas. Tenho que ir buscá-la, não é?

– Sim, sim claro - disse Elizabeth, dando um beijo na testa dele. - Se divirta, querido.

– Obrigado, mãe - ele disse, encarando o chão, como se sua vida dependesse disso. Ela lhe deu um abraço, e então finalmente o deixou ir. Ele caminhou até pra fora da casa, depois de falar com o pai, e então deu de cara com sua belezinha. - Oi, bebê.

Passou a mão pela moto que havia ganhado dois anos atrás, e a considerava como prioridade de sua vida. Não amava nada mais do que ela aquela moto. Abriu um sorriso satisfeito, pra então finalmente subir na moto, e ir em direção à rua onde Charlie havia dito que morava.

O caminho levou uns 15 minutos, mas logo ele estava frente à casa dela. Era uma casa de primeiro andar, vermelha, e bastante agradável. Ele engoliu em seco, enquanto parava a moto, só de pensar em dar de cara com o pai de Charlie.

Pousou a moto ao lado da calçada, e foi em direção ao portão, tocando a campainha em seguida.

Não demorou muito até uma senhora ruiva de olhos verdes aparecer.

– Olá - riu ela, abrindo o portão. - Você deve ser o Daniel, estou certa?

– Sim, claro - ele falou, com a voz fraca. - Eu vim buscar a Charlie. Ela está?

– Está sim, está conversando no telefone com o namorado - disse a mulher dando ênfase no 'namorado'. Daniel sentiu os punhos se fecharem, e uma raiva lhe subiu à garganta. Nem soube porquê havia sentido aquilo. - Ela já está vindo. Por favor, entre.

Daniel deu um sorriso amarelo, enquanto entrava, e era guiado em direção a sala. Um sorriso verdadeiro apareceu em seu rosto ao reconhecer a menininha deitada no sofá.

– Mary.

A garotinha abriu os enormes olhos amendoados na direção dele, e abriu um sorriso enorme.

– DANI!

E, num flash, ela tinha pulado em cima dele, abraçando-o. Daniel soltou uma risada, ao escutar os gritinhos de felicidade dela, e a colocou no colo.

– Nossa, é impressão minha ou você está crescendo? - brincou ele, ajeitando-a no colo, fazendo com que ela risse, envergonhada, e empolgada ao mesmo tempo.

– Estou quase do seu tamanho! - ela exclamou, com os olhinhos brilhando.

Daniel riu baixinho, baguçando o cabelo dela, causando uma risada. A mãe de Charlie assistia a cena com uma cara estranha, porém não era uma cara de raiva, e sim de surpresa.

– Daniel? - chamou uma terceira voz, que veio das escadas. Daniel olhou na direção de onde viera a voz, e seus olhos quase saltaram das órbitas.

Charlie descia as escadas, os cabelos loiros ondulados estavam lindos e brilhosos como sempre. Os lábios carnudos estavam pintados de rosa, e nem mesmo assim ela tinha medo de morder o lábio. Ela usava um vestido branco, com uma parte cinzenta, mas que mesmo assim a deixava perfeita. Assim como ele, ela também usava uma jaqueta jeans, e estava muito linda.

Surpreso, ele notou que ela não estava usando salto. Usava uma bota que ia até o tornozelo, de cor preta. E por que aos seus olhos ela parecia ainda mais perfeita?

– Oi - ela disse, ficando um pouco vermelha, enquanto finalmente ficava de frente pra ele. - Desculpe a demora, eu estava no telefone com o Alex.

– Tudo bem - ele disse, ainda com Mary nos braços. - E-Eu entendo. Vo-você tá linda.

Não acredito que gaguejei, pensou ele.

Voltando um pouco no tempo...

A última vez que ele havia gaguejado, havia sido na época que ele ainda era moleque. Quando tinha no máximo uns 7 anos, no qual ele tinha uma queda pela professora Ginny. Vivia gaguejando sempre que ela se dirigia á ele, e ainda era zoado por Will por causa disso. Mas finalmente havia superado aquilo, e nunca mais havia gaguejado. Até aquele momento.

– Obrigado - disse Charlie, respirando fundo, e dando um beijinho no rosto de Mary, que ficou vermelha. - Droga, mana, por que você tem que ser tão fofa?

Mary riu.

– Hoje é você quem está fofa, Char.

Em resposta tudo que teve foi a risada de Charlie.

A mãe de Charlie e Mary caminhou até os dois e pegou Mary nos braços, enviando um sorriso em direção aos outros.

– Se divirtam, vocês dois - ela disse, sorrindo. - Talvez devam ir logo, pois antes de meia noite, Charlie, quero você em casa.

– Tá certo - disse Charlie, dando um beijo na mãe e na irmã. - Tchau, mãe. Tchau, Mary.

Depois de despedidas, e etc, eles finalmente foram pra fora da casa, e Charlie contemplou a moto dele com os olhos enormes.

– Você tem uma Vespa?

Daniel ergueu uma sobrancelha, e olhou pra ela. Viu o sorriso formado nos lábios perfeitos dela, e aquilo o intrigou.

– Sim - falou ainda desconfiado. - Ganhei ela há dois anos. Não gosta de motos?

– Pelo contrário! - exclamou ela, super empoolgada. - Eu adoro motos. É só que... Faz tempo que não ando em uma.

Daniel abriu um sorriso, enquanto subia na moto, e a ligava.

– Bem... Hoje você vai voltar a andar. E vai adorar.

Ela riu, e subiu na moto, passando os braços ao redor da cintura dele. Daniel sentiu arrepios subindo pelo corpo, e uma pulsação lá embaixo. Era mesmo um perigo ficar tão perto assim de Charlie... Por que ele se sentia assim? Era uma menina.

– Pronta? - ele perguntou, a voz fraca.

– Yeah - ela sussurrou perto do ouvido dele, e aquilo não havia ajudado nem um pouco. Finalmente, ele deixou de ser um idiota, e a moto tomou velocidade.

Durante todo o caminho, ele escutava os leves gritinhos dela de felicidade, e aquilo o deixava feliz. Ele não sabia descrever o que aquele maldito frio na barriga significava. Talvez estivesse ansioso... Mas por quê?

– Aonde vai me levar? - perguntou ela, calmamente, abraçando-o com mais força.

– Pretendo te levar ao Rhodes - ele disse, com o rosto centrado na estrada. - É um lugar que fica perto da praia, você vai gostar, com certeza.

Charlie abriu um sorriso, e apenas disse:

– Tenho certeza que vou.

E nem mesmo uma notícia de que o mundo iria acabar naquele momento, conseguiria apagar o sorriso que nasceu no rosto de Daniel.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Review?