Quando o ouvi dizer que queria que eu fosse sua namorada, não sabia o que responder. Minha mente, minha alma e meu coração gritavam desesperadamente para que eu aceitasse, mas o problema era a minha voz. De alguma forma eu não a encontrava em lugar algum, e não conseguia lhe dizer que aceito.

Bella se encontrava em certo tipo de transe, e pra falar a verdade isso está me deixando muito nervoso. Se ela não queria, eu acataria sua decisão. Só que estou tão apaixonado por essa garota, que se ela disser não, meu coração se quebraria completamente.

Edward me olhava como se esperasse com expectativa algum tipo de espetáculo. Minha voz sumira, e não sabia como lhe responder. Ao ouvir seu pedido, meu coração deu pulos de alegria, tudo que mais queria está acontecendo e eu como boba que sou não lhe respondia. O que está acontecendo comigo? Porque não consigo lhe responder? Será que isso é comum para aqueles que estão apaixonados?

Será que ela não queria realmente e por isso está a demorar a me responder? Ou ela não sabe o que sente por mim? E se ela não sente nada?

“Eu aceito Edward.” Ouvi sua voz baixa.

“O que?” perguntei surpreso por ouvi-la.

“Quero ser sua namora.” Respondeu.

Finalmente consegui encontrar minha voz e lhe responder.

“Tem certeza? Você demorou a responder e talvez por ser muito nova não queira.” Disse preocupado.

“Tenho. Eu que deveria te perguntar isso, pois você é bem mais velho e talvez não queira uma adolescente como namorada.” Disse de cabeça baixa.

“Estou apaixonado por você, não importa a sua idade.” Disse ao me olhar em meus olhos.

Sorri ao ouvi-lo dizer, meu coração estava agitado e ao mesmo tempo feliz por saber que meus sentimentos eram correspondidos. Acho que estou tão feliz que ataquei Edward, juntei nossos lábios sem me importar com o resto.

No começo ele ficou assustado, mas logo me atacava também. Eu puxava seus cabelos o trazendo para mais perto. Seu peso sobre o meu corpo e suas mãos passeavam por meu corpo, e as minhas pelo seu. Parávamos o beijo apenas para recuperar o fôlego, pois assim que recuperado começávamos outro beijo. Ficamos entre beijos e caricias por muito tempo, pois notei que já estávamos deitados no chão, e tudo estava ficando quente.

“Acho melhor pararmos.” Disse ele ao recuperar parte do fôlego.

“Não acho não.” Disse seria, agora que sentia as coisas ia ficar melhor e desconhecidas ele queria parar?! Não mesmo. “Quero continuar.”

“Amanha você tem aula, e ate chegarmos..”

“Não, falto um dia. E não morro por isso.” O cortei. Antes que pudesse responder, o puxei pela camisa e beijei seus lábios, que prontamente foi correspondido. Mas acabou cedo demais.

“Bella, é melhor pararmos por aqui.” Disse todo preocupado.

“Por quê?”

Antes que Edward dissesse alguma coisa o meu telefone começou a tocar. Parecia que tinha algo conspirando contra mim, só podia.

“Pronto.” Atendi.

“Bella, você já viu que horas são?” Ouvi Jasper falar.

“Não, por quê?”

“Porque já passam das quatro e meia da manha e tio Charlie já tá perguntando de você.”

“Tá de brincadeira, né?” perguntei.

“Não, mas se quer continuar ai com o seu… eu nem sei o que ele é. Mas voltando ao assunto, vem logo pra casa.”

“Fiquei sem entender agora.” Disse sem graça.

“Vem pra casa, tio Charlie não tá gostando nada das horas e eu to sem ideia para persuadi-lo. Fora que eu estou tentando dormir!”

“Tá, eu já vou pra casa.”

“Ok, beijo.”

“Problemas?” Edward perguntou.

“Não, apenas papai que acha que já está tarde para mim tá na rua.”

“Eu disse que estava tarde.” Sorriu.

“Ah, deixa pra lá. Vamos antes que papai tenha um enfarto.” Me levantei e me preparava para andar.

“Você vai querer ir andando ou vai tirar o sapato?” perguntou ao se levantar.

“Como assim? Andar descalço?” perguntei.

“Seria isso. Já que com esses sapatos, possa ocorrer um acidente. E chegando a atrasar mais ainda.”

“Será que… bem você não poderia me carregar de novo?” perguntei com a maior cara de pau e com a MAIOR das vergonhas. Mal comecei a namorar com Edward e já estou aproveitando do pobre rapaz. Oh eu falei namorar, que lindo. Combina tão bem..

“Posso, só achei que não queria passar por isso de novo. Pois você achou ruim da primeira.”

“Não achei ruim, eu achei ruim por você. E andar descalço nesse chão, que na verdade é terra pura, ecaa. Nem quando sonho eu ando descalço na terra, eu sempre dei um jeito…” Fiz uma careta, e notei a cara de confuso que ele ficou. “Você não tá entendendo nada, né.”

“A verdade, não.” Sorriu. “Mas vem cá, vamos embora.” Disse ao me puxar para seus braços.

Antes mesmo que pudesse pensar seus lábios cobriram os meus. E pode ter certeza que eu tava gostando muito, e só queria mais.

“Bella, não comece.” Disse em arfadas.

“Ham?” perguntei ainda meio zonza pelo recente beijo.

“Não se faça de desentendida, mocinha.” Disse antes me pegar em seus braços.

O caminho de volta foi entre sorrisos e conversas banais. É tão bom estar em seus braços e saber que os sorrisos que ele dava era por você, somente você. Realmente eu me tornei uma garota completamente apaixonada. E olha que eu não precisei de um muito tempo para ser conquistada. Será que eu sou tão fácil de conquistar?! Ou Edward que consegue conquistar qualquer uma facilmente?! Ai se essas dadas ficarem dando em cima do meu namorado.

“Quanto tempo mais ou menos vai demorar a chegar?” perguntei quando subia na moto.

“Quase uma hora, depende muito. Segura meu anjo.” Disse antes de ligar a moto.

Se eu disser que não gostei, estarei mentindo, pois ouvi-lo me chamar de meu anjo, me desarmou. O caminho de volta foi silencioso, mas mesmo assim não deixei apreciar a pessoa que Edward é. (LINDO, EDUCADO, CARINHOSO, SÓ NÃO DIGO GOSTOSO PORQUE NÃO PROVEI Kkk. Voltando…) E infelizmente chegamos rápido demais.

“Hora de descansar.” Disse quando eu desci.

“É, daqui a pouco tem aula.” Concordei quando lhe devolvi o capacete.

“Fique com ele. Vai precisar a partir de agora.” Deu uma piscadela.

“Se diz.” O peguei de volta.

“Não vou te prender muito tempo aqui. Vá entre.”

“Tá bem. Tchau..”

“Falta algo não?” perguntou.

“Acho que sim.”

“Vem cá.” Me puxou para mais uma vez nos beijarmos. E sei que não importa quantas vezes eu nunca me cansaria de seus beijos e nem deixaria de sentir a eletricidade que passava pelo meu corpo. Mas infelizmente tínhamos que respirar. “Entre primeiro.” Disse sorrindo.

“Tchau.” Falei ainda meio zonza pelo recente beijo. Caminhei em direção ao portão de vagar, ainda tinha receio de minhas pernas não aguentar e cair.

Quando o abri, acenei pela ultima vez antes de vê-lo partir. Caminhei lentamente para dentre de casa, ainda estava feliz. Eu estou feliz.

“Serio, se soubesse que chegaria às cinco e meia da manha não permitiria que saísse.” Disse papai que acabara de descer.

“Desculpe, acabei perdendo a hora.” Disse com receio de ele me matar. Apesar de saber que isso nunca vai acontecer.

“Não precisa ficar com essa cara. Não estou bravo, só não quero que saia a noite dependendo dá hora.” Disse ao me dar um beijo na testa.

“Não está bravo?” perguntei.

“Não.”

“De verdade?”

“De verdade. Agora vá tomar um banho, e venha comer alguma coisa. E depois vá descansar.” Disse ao ir em direção a sala de estar.

“Posso ficar em casa hoje?” perguntei.

“Pode. Mas apenas hoje e nada mais. E vou pensar em um horário para que todos nessa casa vão se recolher.”

“Papai, que horror, mas mesmo assim obrigada. Te amo papi.” Disse ao correr para o meu quarto.

Não irei ao do Jasper, pois ele ainda deve estar dormindo, e teria que ir a aula. Então fui fazer o que o papai mandou tomar um banho e descansar. ‘E pensar bastante no MEU namorado. ’ Sorri com esse pensamento.

O banho estava uma delicia relaxante e morninho. Coloquei uma roupa fresca e me joguei na cama. Depois comeria, e contaria tudo ao Jasper. Mas acho que não pensaria em nada, nem mesmo no Edward, o cansaço acabou ganhando.

Cheguei em casa correndo. Se demorasse mais um pouco chegaria ao trabalho atrasado. ‘Droga, e logo hoje. ’ Pensei ao olhar o relógio.

“Filho, chegando agora?” perguntou Esme a me ver entrar pela porta.

“Sim. Perdi a hora.” Disse sorrindo amarelo.

“Isso que dá fica afogando o ganso.” Disse a mala do Emmett, ao entrar na sala com uma tigela na mão.

“Só não te respondo, pois tenho que tomar um banho.”

“Você só não me responde, pois eu to com a razão.” Disse todo orgulhoso de si enfiando uma colherada na boca.

“Não te respondo por que estou atrasado. E quando é que você começou a ter razão?” perguntei rindo da sua cara de bravo.

“Engraçadinho você. Não tenho culpa se eu NUNCA fico na seca, já que tenho a Rosálie.” Disse se achando o maioral.

“Eu também tenho a minha namorada.”

“QUEM?” perguntou Alice surpresa ao entrar na sala acompanhada de Rosálie.

“Não acredito no que eu ouvi.” Disse Emmett se fazendo de bobo e louco pra saber o resto.

“Depois eu converso com vocês. Mas agora tenho que trabalhar e vocês aula. Fora que eu estou atrasado. Tchau.” Dei um beijo em Alice e subi.

Não queria tomar banho, o cheiro de Bella ainda estava grudado em minhas roupas. E ela não saia do meu pensamento. Acho que será difícil trabalhar assim...

Tomei um banho corendo e vesti a roupa mais do que depressa. Quando descia os meninos estavam discutindo para saber quem era a TAL que se acha no direito em ser minha namorada.

Desde pequenas Rosálie e Alice sempre tiveram ciúmes. Qualquer garota que pensasse em chegar perto, elas a faziam sair correndo antes mesmo de saber seu nome. Não podíamos sair e alguma mulher sorrir para mim que elas aprontavam alguma, logo em seguida a mulher sumia. Sempre achei graça, elas brigavam comigo por achar que eu as fazia se interessarem por mim.

“Moço, moço, chegando tarde em casa. Temos que conversar.” Disse Rosálie.

“Moça, moça, hoje eu chego no horário. Prometo que conversamos quando voltar.” Disse rindo.

“Não vai tomar café?” perguntou Esme preocupada.

“Não, como algo por lá. Não se preocupe mãe, estou bem.” Disse antes de lhe dar um beijo na testa e corre pelas ruas para ir trabalhar.

(…)

“Atrasado senhor Cullen.” Ouvi quem menos queria ver no momento.