The Life Of A Demigod escrita por Bruna


Capítulo 4
Minha colega de classe do ano passado é reclamada




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        Estávamos todos saindo do anfiteatro quando uma luz iluminou a cabeça de Gustavo. Era uma cobra, mas era só o holograma da cobra. Todos olharam para ele, estava sendo reclamado, como a menina no anfiteatro mas ela fora reclamada como filha de Hefesto. Gustavo era filho de Apolo. Alguns meninos do Chalé de Apolo vieram falar com ele, as meninas ficaram atrás, alguma sorrindo e outras não pareciam tão feliz com a noticia. Gustavo foi com eles até  o Chalé de Apolo. Ele sempre reclamava porque era filho único, agora parecia feliz com uma dúzia de irmãos.

       - Vocês vão ficar no Chalé de Hermes por enquanto, até sabermos de quem vocês são filhas. – Annabeth disse no momento em que eu ia perguntar sobre isso.

     Laura, eu e Lohane, - a outra menina nova, tinha cabelos escuros lisos, um pouco ondulado na ponta e era um pouco baixinha – seguimos os irmãos Stoll até o chalé de Hermes.

       Hermes, deus mensageiro e deus dos ladrões, é era melhor eu tomar cuidado com as minhas coisas. Travis e Connor pareciam legais mas mesmo assim. Tinha um menino no fundo do chalé que ficava encarando todos com o canto do olho, era o mais esquisito ali. Ninguém parecia notá-lo ali, devia estar a muito tempo no acampamento. Travis nos levou até três sacos de dormir no canto do chalé.

       -Desculpem mas as camas estão todas ocupadas, vão ter de dormir ai. Se importam? – Todos negamos e concordamos em dormir ali, até porque era o único lugar. – Ah, e acho que vão precisar disso – Ele jogou duas camisas laranjas do acampamento para cada uma e foi para sua cama.

          Eu sonhei com o nada. O nada mesmo, era um lugar totalmente escuro, como uma caverna, mas sem sons e sem nenhum sinal de luz do sol em algum lugar, como uma caverna bem profunda. Foi assim o sonho inteira, não agüentava ficar ali, era angustiante, mas não podia fazer nada, tentava me mexer e achar a saída mas eu não conseguia, como se eu estivesse presa. Esperei que alguma coisa mudasse mas nada aconteceu.

       Acordei de manhã com o sol no meu rosto, mesmo sendo inverno e estando nevando lá fora do acampamento - é era muito incrível mas se eles não quisessem, não nevava lá, não chovia, não havia tempestades – e com Lohane deitada quase em cima de mim. Me levantei e ela acordou, rolando para o lado.

         -Hã? Oque aconteceu? – Ela pulou como se fosse se defender de alguém, com cara de sono. Eu comecei a rir. Todos já estavam saindo do chalé para o café da manhã.

         -Venha, vamos nos atrasar para o café da manhã. – Ela se levantou e nos seguimos os outros.

          O café da manhã foi normal, ou quase pelo fato que tivermos que jogar a melhor parte da nossa comida como uma oferenda aos deuses em uma fogueira. Eu ainda achava aquilo tudo muito louco, como algumas pessoas fascinadas por Deus e Jesus, mas era mais real, não tinha como aquilo na cabeça de Gustavo ser só algo normal, era realmente o sinal de um deus reclamando um de seus filhos, mas fiz o mesmo que todos estavam fazendo. Não sabia ainda para quem deveria jogar, todos jogaram para seus pais ou mães olimpianos e eu ainda não sabia quem era o meu, não sabia pra quem deveria jogar. Hermes, quem sabe?

       Fiz isso e vi que Laura e Lohane fizeram o mesmo. Depois do café da manhã fizemos nossas atividades e deveres do acampamento. Mais tarde ia ter um tal jogo chamado “caça a bandeira”. Não sabia muito bem oque era isso, pelo que me falaram era tipo de uma luta com armas antigas, como espadas, facas e arco e flecha, para capturar a bandeira do time adversário. Eu não tinha nenhuma dessas armas, não sabia como ia “jogar” isso.

       - Acho que vão precisar escolher suas armas agora. – Um menino um pouco alto, com cabelos escuros e ajeitados apareceu na porta do Chalé de Hermes acompanhado por Gustavo, parecia ter 14 anos ainda, mas já devia estar no acampamento a algum tempo. Eu já tinha visto ele... Ah claro, um filho de Apolo. – Me sigam.

        Ele nos levou até um galpão que parecia um lugar para guardar ferramentas para jardinagem. Mas dentro havia armas, não armas dessas que você vê nas cidades ou filmes atuais, eram espadas, arcos – flechas, e algumas facas também.

      - É só escolher uma, sempre tem uma arma certa para cada campista. Gustavo é melhor você pegar um arco- flecha, nós filhos de Apolo somos bons com ela, mas com espadas somos horríveis.

      - E se eu quiser uma espada?

      - Não é uma boa idéia...

           Mas mesmo assim ele foi para uma das prateleiras e pegou uma espada, que automaticamente caiu no chão, era pesada de mais mas ele parecia envergonhado, como se não quisesse parecer fraco de mais até para pegar uma espada. Ele sorriu, jogou a espada no chão e foi para outra prateleira procurar outra espada. O menino, que eu ainda não sabia o nome, foi até lá e botou a espada na prateleira com facilidade. Gustavo pegou outra espada que quase voou na mão dele de tão leve. Deixou na prateleira também, e foi tentando outras mas nenhuma o agradava.

       Laura pegou uma espada de uma prateleira mais em baixo, era como uma faca, tinha serras no lado, nos dois lados, a cor era de um prata brilhante e havia umas caveiras com olhos vermelhos no pegador da espada. Nesse momento aconteceu, ela foi reclamada, era uma caveira. Hades, Laura era filha de Hades, aquilo nunca me passara pela cabeça, ela era tão... feliz, alegre. Era tão diferente do deus dos mortos. Ela nem parecia notar isso, estava se divertindo com a sua nova espada.

       -Uau.

       -Oque? – Ela não tinha entendido nada, até olhar aonde todos estavam olhando. – Oque é isso? Oque está acontecendo?

       - Uma filha de Hades, você é filha de Hades, ele não devia ter mais filhos, Nico e Bianca foram antes de eles fizerem o juramento, agora todos os deuses quebraram sua promessa. – Ele parecia tão indignado quanto todos. Até mais que Laura.


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