Na sede dos Vocaloids, logo depois de uma semana após a estréia dos Sakuya Twins arrumava-se um grande alvoroço na sede. Andavam de lá para cá, esperando certa pessoa acordar. O mais velho, tentava explicar com palavras e berros “Não foi, não foi” mas ela não tinha defesa. A loira estava deitada, ensangüentada e tremendo dizendo apenas uma palavra “Lynn” entre soluços de choro.

                -Bom di-

                -LYNN POR QUE?

                -Porque o que?

                -Por que você quase matou a Rin? OLHE O JEITO QUE ELA ESTÁ!

                A menina virou-se e espantou-se. Eram vários cortes espalhados por seu corpo pequeno a menina tremia e ao lado dela estava Luka e Meiko tentando acalmá-la.

                -Rin! Rin, o que está acontecendo? É claro que eu não fiz isso! – disse ela olhando profundamente nos olhos de Len

                -Ah nossa! Agora você quer que eu acredite em você do que na minha própria irmã? Sakuya Lynn você acabou de entrar para os VOCALOID, e já está se exibindo?  POUPE-ME!

                -Rin, Rin diga para o seu irmão que não sou eu!

                -Ci...u...mes....

                Lynn ficou indagando-se, e foi tirada do estabelecimento e colocada em outro lugar só com o seu irmão Link para que pudessem conversar com Rin e esclarecer sua versão. Lynn chorava muito no colo de seu irmão, não entendia o porquê ninguém a escutava. De repente Kaito abriu a porta e cabisbaixo apontou pra a sala. Lá estavam todos reunidod e cabisbaixos, jorrando lágrimas e mais lágrimas.

                -Sakuya Lynn. Agora oficialmente você está banida dos VOCALOIDS. Agora é apenas Sakuya Link. E nada mais. – falou Miku, a primeira Vocaloid.

                Assustada Lynn correu, saiu daquela casa e chorando foi correndo pelos cantos em que mesmo ela não conhecia. Estava com raiva, pensava que lá todos a amavam e não ligariam para qualquer mentira que fosse contada. E estava errada. Na verdade todos ouvem primeiro os que já eram mais velhos e não novatos, e Rin era umas das primeiras vocaloids.

                ...~...
                Ouviu-se o barulho de uma moto chegando. Lynn estava ajoelhada, sob a chuva esperando alguém resgatá-la... Ou talvez, ficar ali para sempre e depois arranjar uma casa para ficar talvez.

                -Lynn...

                A garota ousou olhar para cima e encontrar sua figura conhecia e mais amada. O mesmo saiu da moto, acolhendo-a colocando um casaco envolto da menina. Deu seu capacete a ela, mesmo ela não querendo foi obrigada. Agarrou o corpo do maior e encostou sua cabeça nele adormecendo ali.
                Quando acordou estava dentro de seu quarto, um quarto antigo de sua antiga casa e ao lado dela estava seu irmão. Parecia orar, pois estava de mãos cruzadas e estava sério.

-Nii-chan...

                -Lynn, você acordou... – passou a mão na cabeça da menos acariciando seu rosto

                -Não fui eu... Eu juro! – a menina encheu-se de lágrimas

                -Eu sei meu amor, mas tive que fingir que acreditava. A versão de Rin é totalmente ridícula. Ela falou que você a visitou na noite com uma faca, e a esfaqueou dizendo”Não ouse chegar perto do meu irmão e de Len novamente” era ciúmes ela dizia.

                -Como eu ... – contorceu-se de dor

                Lynn pegou um resfriado “brabo” Por ter ficado na chuva por um bom tempo. Seu peito doía, estava encatarrada era o que parecia. E sua bronquite estava atacando então, não poderia fazer nada além de repousar.

                -Daqui a cinco dias, vai ter a comemoração da nova integrante dos vocaloids: SF-A2 Miki. Mas olha você não irá e se for do jeito teimoso que você é tente, por favor, não se aproximar deles.

                ...~...

                E assim ela fez. Passaram-se os cinco dias e Lynn já estava bem melhor. Tinha febre de vez em quando mas isso não impediria dela de ir no evento, afinal todos os vocaloids já registrados deviam estar lá.
                Seu vestido fora um que ganhara de Luka, que era bem formoso e inexplicavelmente bonito. Chegou lá, afastando se de todos e olhando para a garota que a havia culpado. Ela já estava perfeitamente bem. Apenas com algumas cicatrizes no braço que eram escondidas pela luva. Olhava para o desanimado Len, que estava cabisbaixo sem nenhum motivo.

                -Hn...

                Murmurou irritada. Havia sido excluída por todos, e percebia os sorrisos falsos que todos davam. Não estava nem um pouco feliz. Len olhou num flash a garota deslumbrante, que olhava de um lado para o outro. Aproximou-se dela e pegou seus pulsos levando-a para uma sala ali perto. Trancou a mesma e a jogou na cadeira.

                -O que você está fazendo aqui?

                -Achei que todos os Vocaloids tinham que estar presentes na comemoração não é?

                -Você não é mais uma Vocaloid!

                -Eu não sou mais uma Vocaloid?

                -Não, viu o que você fez com Rin? Já é o bastante.

                -E eu achei... Achei que você gostava de mim. Achei que acreditaria em mim. Achei que me amasse... Que me protegeria. Mas não você é igual a todos os outros. NUNCA VAI ACREDITAR EM MIM, não é?

                A garota levantou chorando tentando destrancar a porta. Mas foi interrompida pelo abraço do maior em suas costas.

                -Eu... Quero... Satisfazer... Meu... Desejo...

                Len estava repleto de desejo. Quando se tratava do corpo de sua amada Lynn, ele tornava-se outra pessoa. E aquele vestido era provocante demais, e ele queria tocar seu corpo mais uma vez saciar seu desejo, mesmo que fosse proibido.
                Virou-a para si beijando seus lábios, deixando que as lágrimas caíssem pelo seu rosto. Começou a levantar suas pernas, atacando demais para o corpo de uma menina frágil- como Lynn estava agora - agüentar. Ouviu-se então alguém abrir a porta, outra pessoa tinha a tranca, e se esconderam no armário grande que ali tinha. Torciam para ninguém descobrir.
                Entrou Rin e uma mulher, de cabelos vermelhos e olhos dourados bem vestida. A mulher tinha longos cabelos vermelhos, e num impulso Lynn colocou seu celular no silencioso, logo começou a gravar a conversa.

                Era repugnante para Len.

                ...~...

                -Viu agora Miku, como não sou culpada?

                -Lulu-chan... – agarrou o corpo da garota – desculpe não ter acreditado em você.

                Rin acordou, sonolenta e com um sorriso incrível. Olhou para todos os cantos e viu a figura que não queria ver: Lynn.

                -O que você está fazendo aqui, sua assassina?

                -Assassina vírgula!

                -SOCORRO! – começou a gritar

                -Não há de que pedir socorro. – disse Len aparecendo.

                -Len!

                Correu e abraçou-o, mas Len a afastou fazendo sinal negativo. De repente todos apareceram, com um celular ligado. Era a gravação e dizia:

                “Para você conseguir ser a primeira Vocaloid, e seu irmão também terá que machucar-se de novo. Dessa vez culpe Megurine Luka”

                “Mas...”

                -A número um? Todos somos os numero um aqui, Rin.

                -Mas eu não disse isso.

                -Eu vi, Rin. – disse Len por fim.

                -Mas Len eu fiz isso para o nosso bem!

                -Nosso bem nada! Fez-me acreditar, em uma coisa que não é real. Estou decepcionado com você!

                -E como punição, Lynn dirá o que você deverá fazer.

                Lynn então se aproximou. E olhou no fundo dos olhos de Rin, sem pena apenas lamentando.

                -Ficará afastada dos Vocaloids por dois anos.

                -E quem cantará com Len?

                -Contente-se. Eu.

                E assim foi feito. Todos pensavam que ela ia banir Rin, mas sabia o quanto a irmã de Len era importante pelo mesmo. Logo, Rin saiu com suas malas e prometeu voltar “com tudo”. No final, Len sentou-se no sofá ao lado de Lynn com todos em volta.

                -Não entendi. Por que você não a baniu?

                -Simples. Ela é importante para você!

                Len sorriu meigo, e deu um beijo na testa de Lynn agradecendo com todo o seu coração a Lynn. Até seus olhos sorriam, assustando a pequena.

                -Len...

                -Bom sabe naquele dia, eu não consegui saciar o meu desejo... – deitou-se sobre Lynn – Quero saciá-lo.

                Todos foram embora, sabiam que os dois iam fazer isso ali mesmo. E começaram. A raiva pode se transformar numa coisa tão simples, que transborda dentro de si. Porque afinal de contas, Len não queria se separar do corpinho simples que era só dele.